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quarta-feira, 25 de março de 2015

O CANGACEIRO VOLTA SECA SEM ASSISTÊNCIA


"Desassistido na infância, quando vivia na companhia dos pais, praticamente abandonado durante o julgamento, em Bonfim, Volta Seca continuou sem nenhuma assistência. Num período de formação de personalidade, numa fase em que a educação é fundamental, jogaram-no na Penitenciária do Estado, uma velha casa mal situada, mal dirigida, onde uma promiscuidade trágica e tristíssima logo o envolveu, misturando-o com os sentenciados adultos de todas as matrizes, e os malandros corruptos e incorrigíveis de todas as idades. 

Não se perdeu, porém, o desgraçado, por um desses milagres do destino, verdadeiramente inexplicáveis. Sua reação foi vigorosa. De começo mandaram-no para um mister lastimável: fazer flores de miolo de pão. Ora, sendo o ambiente prisional favorável a uma deformação do caráter, com os desvios gravíssimos do libido, era deixa-lo exposto às zombarias dos demais, afora os prejuízos de toda sorte resultantes da falta de uma atividade viril. Tive que intervir junto à diretoria da Penitenciária para que não se prolongasse a situação."

Estácio de Lima, 4 de abril de 1952.

Fonte: facebook
Página: Robério Santos‎ O Cangaço

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SERRA GRANDE - PALCO DE UMA DAS GRANDES BATALHAS DO CANGAÇO.

Por: João de Sousa Lima

Quem estuda e pesquisa o assunto cangaço, com certeza já ouviu falar no famoso COMBATE DA SERRA GRANDE, local em que Lampião e seu bando travou um dos mais sangrentos e bem sucedidos combates, contra Forças Policiais pernambucanas, de toda sua vida cangaceira.

Nesse combate Lampião mostrou toda a sua habilidade e astúcia em guerrilha, o seu grupo formado por 80 cangaceiros enfrentou e destroçou a super volante formada por aproximadamente 320 Soldados (Esse número nunca foi totalmente contabilizado), mas sempre é apresentado em uma proporção de 04 Soldados para 01 Cangaceiro.

Vários “Nazarenos” participaram desse ferrenho combate que foi comandado pelo major Theóphanes Ferraz Torres.

Entre os grandes comandantes dos diversos grupos estavam o Capitão Higino Belarmino, Manuel de Souza Neto (Mané Neto), Sargento Arlindo Rocha e Euclides Flor.

O combate começou entre oito e nove horas e terminou às dezessete e trinta. Manuel Neto acabou sendo baleado nas duas pernas e por muito pouco não morreu. Calcula-se que mais de vinte soldados morreram nesse confronto. Da parte dos cangaceiros não houve baixas.

O rastejador da polícia chamado Ângelo Caboclo foi baleado e posteriormente morto pelos cangaceiros.

Mesmo a polícia contando com um grande contingente e ainda com o suporte de duas metralhadoras e mais ainda com grandes nomes que comandaram as volantes, esse foi o combate que mais desmoralizou as tropas do estado pernambucano.

Por: João de Sousa Lima.
Adendo: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)


Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior 

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AS DEZ GERAÇÕES DA FAMÍLIA CAMBÔA - Lauro da Escóssia e a genealogia da família Cambôa

Por José Romero Araújo Cardoso

Nascido no dia 14 de março de 1905, falecendo em 19 de julho de 1988, Lauro da Escóssia revelou-se expressão fenomenal de quem fez história com competência ímpar em Mossoró, cidade que o viu nascer e se encantar para a eternidade.

Dono de estilo inconfundível, panfletário, reconhecido através de editoriais inflamados, enquanto legado do avô Jeremias da Rocha Nogueira, Lauro da Escóssia foi protagonista de verdadeiros furos de reportagens, como a entrevista que conseguiu realizar com o cangaceiro Jararaca em junho de 1927 na Cadeia Pública que mais tarde se transformaria em museu e tem seu nome como merecida homenagem.

O estudo genealógico que traz o título de “As dez gerações da família Cambôa”, publicado em primeira edição no ano de 1978 pela Coleção Mossoroense, constitui-se em um dos mais importantes registros acerca da importância para Mossoró e região da família originada a partir do Alferes Manuel Nogueira de Lucena.

Pesquisa aprimorada direcionou Lauro da Escóssia a traçar as bases genealógicas do intricado processo de formação de diversos troncos genealógicos regionais, cujos nomes de tão familiares permitem que identifiquemos componentes das mesmas que se destacam em diversos campos de atuação, do político ao econômico, do educacional ao literário, entre diversas outros.

De Jeremias Nogueira da Rocha, pai de João da Escóssia, ao Padre Florêncio Gomes de Oliveira, o qual, na expressão oportuna de Vingt-un Rosado, foi o primeiro geógrafo e geólogo mossoroense, passando por João da Rocha Nogueira (João Bangú), patriarca da família Reginaldo da Rocha, entre diversas outras incontáveis e eminentes personalidades, o importante estudo genealógico de Lauro da Escóssia se destaca pela perspicácia e  clarividência em deslumbrar a importância desse setor histórico como imprescindível para fomentar todo um processo de identificação familiar e cultural.

Cabe indagar se Lauro Reginaldo da Rocha, quando de militância comunista, adotou o codinome Bangú em homenagem ao antepassado, pois um Cambôa chegou a se tornar secretário-geral do Partido Comunista do Brasil em diversas vezes, substituindo Luiz Carlos Prestes.

O prefácio escrito por Vingt-un Rosado para “As dez gerações da família Cambôa” enfatiza a importância da retomada das trilhas abertas por Francisco Fausto de Souza no que tange à genealogia enquanto imprescindível para o estudo da História regional.

Vingt-um Rosado destacou que Francisco Fausto de Souza estudou a genealogia da família Cambôa até as cinco primeira gerações. Lauro da Escóssia enriqueceu esse estudo, inserindo mais cinco gerações, tendo aproveitado para apelar para que sua contribuição não se perdesse de vista, tivesse continuidade pelos que o sucederiam.

Atento ao brado do grande jornalista, Cid Augusto realizou criterioso estudo genealógico sobre os Escóssia, ramo familiar dos CAMBÔA surgido quando das querelas entre maçonaria e igreja católica no século XIX.

A reedição pela Coleção Mossoroense de “As dez gerações da família Cambôa” acontece em momento oportuno, pois além de estar esgotado há muito tempo, contribui significativamente para que as gerações que não ainda não conhecem suas origens possam se reconhecer enquanto sujeitos históricos, dada a importância desse grupo familiar para a construção coletiva quem vem se efetivando em nossa região.

José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Escritor. Professor Adjunto do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.

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O QUE É CULTURA

Por José Romero Araújo Cardoso

Muitos acham que cultura é simplesmente significado de aprimoramento intelecto-cultural, classificando o ter cultura como a diversidade de conhecimentos sobre determinados assuntos.

Cultura pode ser empregada nestes termos, embora designe também como a própria formação do espírito humano e de toda personalidade dos indivíduos, definindo comportamentos e a variação de manifestações de uma sociedade.

Os gostos, as sensibilidades e as preferências típicas de cada região ou lugares refletem a estrutura cultural de um povo, enfeixando simbologias próprias que dão certo sentido de unidade ao coletivo.

Falar de cultura hoje é tentar compreender o sentido de resistência e diversidade étnico-cultural que marca a dinâmica da era da globalização, exemplificada através das múltiplas formas assumidas pelas tradições que as grandes cidades abrigam.

Comparar uma cidade de porte médio como Mossoró com uma de mega-porte como São Paulo permite-nos identificar ambas as categorias, onde na primeira há identidade mais sólida com outras da região, enquanto a segunda revela uma impressionante amálgama de valores e tradições pertencentes a diferentes populações do globo, havendo certa territorialidade cultural com relação a regiões específicas dentro do conjunto do que uma homogeneidade.

Na formação cultural interferem diretamente inúmeros fatores, destacando-se o educacional, sócioeconômico, político, histórico-geográfico etc., tanto no coletivo como individualmente, figurando como esboço da realidade que caracteriza o modo de vida das pessoas.

A cultura de um povo, tesouro coletivo que retrata a consciência de cada um, valorizando, sobretudo, a personalidade formada ao longo dos tempos, representa a preservação do indivíduo em sua identidade dentro do processo social, evitando-se a perda dos vínculos com a própria existência.

Enviado pelo Escritor, Professor do Departamento de Geografia - FAFIC - UERN e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso.

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Em Princesa, Noite de Homenagens !

Manoel Severo recebe homenagem de Elane e Archimedes Marques

Quando nos envolvemos num empreendimento como o Cariri Cangaço, presente em 16 municípios de 4 estados nordestinos, com 85 Conferências e 24 Mesas de Debates, com 76 Visitas Técnicas e 6 Grandes Caravanas de Trabalho reunindo até agora mais de 10.000 expectadores, se percebe que isso tudo é o resultado de uma grande Construção Coletiva. Dessa forma o sentimento que impera em nosso seio é o de Gratidão, muita gratidão a todos estes abnegados apaixonados pela história e cultura do sertão.
 
 Prefeito Dominguinhos recebe Título das mãos de Aderbal Nogueira
Angelo Osmiro entrega Título a Emmanuel Arruda
 Narciso Dias passa às mãos de Paulo Mariano
Prefeito Dominguinhos entrega a Thiago Pereira o Título do Cariri Cangaço
 Paulo Mariano entrega o Título de Valmir Sousa
Aderbal Nogueira entrega Título de Socorro Maria ao representante, Vereador Pacelli Mandu
 
Em Princesa Isabel, não foi diferente de outras edições de nosso Cariri  Cangaço. Em nossa noite de abertura o Conselho Consultivo do Cariri Cangaço conferiu aos responsáveis na municipalidade pela parceria e realização do evento. Receberam o Título de Amigo do Cariri Cangaço: Domingos Sávio Roberto; prefeito municipal; Emmanuel Arruda, assessor especial do município, grande embaixador do Cariri Cangaço em Princesa Isabel; Thiago Pereira, bisneto do Cel José Pereira, ex-prefeito por duas vezes da cidade e atual secretário municipal de administração; Paulo Mariano, pesquisador, memorialista e renomado escritor, filho do município de Princesa, Valmir Sousa, grande colaborador do Cariri Cangaço, secretário de infraestrutura do município e ainda Socorro Mandu, secretária de Cultura da cidade, representada pelo vereador Pacelli Mandu.
 
 Narciso Dias homenageia Jorge Remígio
Angelo Osmiro em nome do Cariri Cangaço homenageia Carlos Eduardo Gomes, empresário do Rio de Janeiro, proprietário do Sítio Passagem das Pedras, local de nascimento de Virgulino Ferreira
Prefeito Dominguinhos entrega Título ao Dr Lamartine Lima
 
Em outro momento por ocasião de menções especiais, o Conselho Consultivo Alcino Alves Costa, do Cariri Cangaço, prestou uma homenagem especial ao grande artista, compositor e músico, in memoria, Canhoto da Paraíba, título recebido por Sabrina Barbosa, representando a família do ilustre artista princesence, que inclusive aniversariava na data. Além desta homenagem foram também homenageados, pelos relevantes serviços prestados ao fomento da memória e cultura do sertão, os pesquisadores; Jorge Remígio de João Pessoa, Carlos Eduardo Gomes do Rio de Janeiro e Dr Lamartine Lima, de Gravatá.

Sabrina Barbosa recebe a homenagem ao grande Canhoto da Paraíba
 Manoel Severo recebe homenagem pelo casal Elane e Archimedes Marques
 
Ao final o curador do Cariri Cangaço foi surpreendido pela homenagem por parte do casal Elane e Archimedes Marques com Placa de Reconhecimento pelo trabalho à frente do Cariri Cangaço.
 
Cariri Cangaço Princesa
Dia 19 de março de 2015
Princesa Isabel, Paraíba

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