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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

NOVO LIVRO SOBRE O CORONEL DELMIRO GOUVEIA

Autor: Gilmar Teixeira


Você irá saber quem matou o coronel Delmiro Gouveia

Você acha que foi esta dupla, 


 Róseo Morais e José Inácio Pia, o "Jacaré?"
Ou foi este, o Lionello Iona, o sócio do coronel que mandou matá-lo?
E os dois primos estavam envolvidos ou não?
Peça logo o seu.
Um livro escrito com respeito ao leitor
Edição do autor:  
152 págs. 
Contato para aquisição 
Valor: R$ 30,00 + R$ 5,00 (Frete simples)
Total R$ 35,00

História de Mossoró RN

Por: Geraldo Maia do Nascimento
Mossoró foi a primeira cidade do Rio Grande do Norte a fazer campanhas sistemáticas para liberação dos seus escravos. Não foi uma luta de poucos.  Envolveu toda a cidade.  Luta coletiva, pacífica e pioneira no Estado, é comemorada ainda hoje como  a maior festa cívica de Mossoró.
Os escravos comprados em Mossoró eram remetidos para Fortaleza e, dali, para as províncias do sul. Talvez tenha sido esse tipo de comércio que tenha despertado o sentimento de piedade pelos cativos. A idéia de libertação começou no Ceará em 1881.
Em Mossoró, a idéia surgiu por ocasião de uma homenagem prestada na Loja Maçônica 24 de Junho ao casal Romualdo Lopes Galvão, líder da política e do comércio. Presente à homenagem se encontrava o Venerável Frederico Antônio de Carvalho, a quem coube a idéia da fundação de uma sociedade cuja finalidade fosse a libertação dos cativos.
Em 6 de janeiro de 1883 é criada a Sociedade Libertadora Mossoroense, cuja presidência provisória fica a cargo de Romualdo Lopes Galvão. Aderem ao movimento os melhores nomes da terra. A diretoria definitiva fica formada por Joaquim Bezerra da Costa Mendes,  presidente; Romualdo Lopes Galvão,  vice-presidente; Frederico de Carvalho,  primeiro secretário e o Dr. Paulo Leitão Loureiro de Albuquerque,  orador. Nessa época, Mossoró contava apenas com 86 escravos. A 10 de junho alforria 40 desses escravos. A Sociedade Libertadora tinha um Código, com um único artigo e sem parágrafos, onde estava determinado que "todos os meios são lícitos a fim de que Mossoró liberte os seus escravos".
Foi um dia festivo aquele 30 de setembro. A cidade amanheceu com as ruas  ornamentadas de folhas de carnaubeiras e bandeiras de papel coloridas. A alegria contagiava  os lares. Ao meio-dia, a Sociedade Libertadora Mossoroense se reunia no 1º andar do prédio da Cadeia Pública, onde funcionava a Câmara Municipal. O Presidente da Sociedade Joaquim Bezerra da Costa Mendes, abre a solene e memorável sessão, lendo em seguida, diversas cartas de alforria dos últimos escravos de Mossoró, e depois de emocionado discurso declara "livre o município de Mossoró da mancha negra da escravidão".
Além dos abolicionistas, os salões da Câmara Municipal estavam lotados com familiares e grande massa da população.
Depois da sessão, a festa tomou as ruas.   O Dr. Almino Afonso pronunciou inúmeros discursos, empolgando os auditórios que o aplaudiam delirantemente. E foi também o Dr. Almino Afonso que criou o "Clube dos Spartacos" composto, na sua maioria, por ex-escravos, tendo sido eleito presidente o liberto Rafael Mossoroense da Glória. A função desse clube era dar abrigo e amparo aos ex-excravos, que aqui chegavam por mar ou por terra. Era a tropa de choque dos abolicionistas. Como território livre, Mossoró passou a ser procurada por todos os escravos que conseguiam fugir. Sabiam que aqui chegando, encontravam abrigo. O Clube dos Spartacus sempre conseguia evitar que os escravos voltassem com os donos. Alguns eram comprados; outros eram mandados para Fortaleza e nunca mais apareciam. Tudo isso aconteceu cinco anos antes que a Princesa Isabel assinasse a famosa "Lei Áurea", que acabava com a escravidão em  território nacional.
O dia 30 de setembro passou a ser a grande data cívica da cidade. A Lei nº 30, de 13 de setembro de 1913, declara feriado o  30 de setembro que até os dias atuais é comemorado com muito entusiasmo. 
Material disponibilizado pelo Historiador Geraldo Maia
Fonte:
Independente do texto acima
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Atenção Cangaceirólogos Paulistanos

A Bonita Maria do Capitão desembarca por aí, visse?

Extraído do blog: "Lampião Aceso"

Independente do texto acima
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Reedição de Livros do Cangaço - Por: Professor Pereira


A  bibliografia do cangaço e temas afins é extensa e diversificada. São centenas de livros à disposição dos estudiosos, pesquisadores, colecionadores e admiradores da história e cultura nordestina.  Mas, infelizmente, dezenas destas obras não são mais encontradas nas livrarias e sebos especializados. São consideradas esgotadas e, em alguns casos, raras. Quando são colocadas à venda, estão com preços exorbitantes, totalmente fora da realidade financeira da maioria das pessoas que desejam adquiri-las.

Faço, por meio deste artigo, uma indagação pertinente e natural: por que esses livros não são reeditados? Não é o meu propósito procurar identificar  e analisar os fatores que dificultam ou impedem essas reedições, mas contribuir, positivamente, com este processo, para que o resultado seja promissor. Aproveito a oportunidade para conclamar,  solicitar aos autores, herdeiros de autores já falecidos ou quem esteja na posse do direito destes trabalhos, que procurem reeditá-los, pois são obras extraordinárias, que demandaram milhares de horas de leituras, pesquisas, viagens e entrevistas, com muito sacrifício, principalmente, em épocas mais remotas, quando os autores não dispunham de meios de transporte, comunicação, e a internet, que podemos utilizar atualmente.

Professor Pereira entre, Kydelmir Dantas e Honório de Medeiros em dia de Cariri Cangaço

Então, não se justifica a ausência destas relíquias, na bibliografia disponível  do cangaço. Faço este apelo,  em nome de milhares de pessoas que necessitam dessas obras para a efetivação das suas pesquisas, descobertas e fundamentações teóricas de monografias, dissertações e teses, no Brasil e mundo afora.Os sites, blogs e comunidades virtuais ligados ao fenômeno do Cangaço, como: SBEC- Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, O Cariri Cangaço,  Lampião Aceso, Cangaço em Foco, Tokdehistória, Lampião, Rei do Cangaço  entre outros, que estão sempre focados e à disposição da expansão do estudo da história e cultura nordestina,  divulgando  os  lançamentos de edições e reedições de livros, revista e  artigos referentes ao assunto, o que facilita  o acesso deste material pelos pesquisadores, colecionadores e interessados no tema.

Como consequência natural da utilização destas ferramentas,  observo um crescimento considerável de pessoas  interessadas no estudo do Cangaço. Além do uso da Internet na distribuição eficiente  desses livros,  o que contribui e incentiva  os autores a editarem e reeditarem suas obras.  Tomo a liberdade e a iniciativa de citar algumas obras, por ordem cronológica,  que gostaria de vê-las reeditadas e espero que os leitores acrescentem, por meio de seus comentários, outros trabalhos esgotados e raros aqui não relacionados:
   

Os Cangaceiros, Romances de Costumes Sertanejos 1914, Carlos Dias Fernandes;   Heróes e Bandidos 1917, Gustavo Barroso;  Beatos e Cangaceiros 1920, Xavier de Oliveira;  Ao Som da Viola 1921, Gustavo Barroso;  A Sedição de Joazeiro 1922, Rodolpho Theophilo;  Lampião, sua História 1926, Érico de Almeida;  Lampeão no Ceará, A Verdade em Torno dos Fatos 1927, Moysés Figueiredo;   Padre  Cícero e a População do Nordeste 1927, Simões da Silva;  Os Dramas Dolorosos do Nordeste 1930, Pedro Vergne de Abreu;    Almas de Lama e de Aço 1930, Gustavo Barroso;  O Flagello de Lampião 1931, Pedro Vergne de Abreu;  O Exército e o Sertão 1932, Xavier de Oliveira;  Sertanejos e Cangaceiros 1934, Abelardo Parreira;  Como Dei Cabo de Lampeão 1940, Ten. João Bezerra;  Lampeão, Memórias de um Oficial Ex-comandante de Forças Volantes 1952, Optato Gueiros;  Caminhos do Pajeú 1953, Luís Cristóvão dos Santos;  Solos de Avena s/d, Alício Barreto;  Cangaceiros 1959, Gustavo Augusto Lima;   Rosário, Rifle e Punhal 1960, Nertan Macedo;  Serrote Preto 1961, Rodrigues de Carvalho;  O Mundo Estranho dos Cangaceiros 1965, Estácio de Lima;  Lampião e Suas Façanhas 1966, Bezerra e Silva;  Lampião, O Último Cangaceiro 1966, Joaquim Góis;  Sertão Perverso 19 67, José Gregório;  Lampião, Cangaço e Nordeste 1970, Aglae Lima de Oliveira;  Cinco Histórias Sangrentas de Lampião, Mais Cinco Histórias Sangrentas de Lampião(dois livros)1970, Nertan Macedo;  Vila Bela, Os Pereira e Outras Histórias 1973, Luís Wilson;  Terra de Homens 1974, Ademar Vidal;  Bicho do Cão, Canga, Cangaço, Cangaceiro s/d, José Cavalcanti;  Cangaço: Manifestação de Uma Sociedade em Crise 1975, Célia M. L. Costa;  Figuras Legendárias 1976, José Romão de Castro;  A Derrocada do Cangaço 1976, Felipe de Castro;  Antônio Silvino, O Rifle de Ouro 1977, Severino Barbosa;  Capitão Januário, a Beata e os Cabras de Lampião 1979, José André Rodrigues(Zecandré);  Gota de Sangue Num Mar de Lama, Visão Histórica e Sociológica do Cangaço 1982, Gutemberg Costa;  Volta Seca, O Menino cangaceiro 1982, Nertan Macedo;  Prestes e Lampião s/d, Ten.  Adaucto Castelo Branco;  Sangue, Terra e Pó 1983, José de Abrantes Gadelha;  Lampião, as Mulheres e o Cangaço 1984, Antônio Amaury C. de Araújo;  Lampião e Padre Cícero 1985, Fátima Menezes;  Guerreiros do Sol:  Violência e Banditismo no Nordeste do Brasil 1985, Frederico Pernambucano de Mello(Será l ançado a 5º edição desse livro, agora em janeiro/2012); Lampião e a Sociologia do Cangaço s/d, Rodrigues de Carvalho;  A Vida do Coronel Arruda, Cangaceirismo e Coluna Prestes 1989, Severino Coelho Viana;  Lampião, Memórias de Um Soldado de Volante 1990, Ten. João Gomes de Lira;  Nas Entrelinhas do Cangaço 1994, Fátima Menezes;   Lampião e o Estado Maior do Cangaço 1995, Hilário Lucetti e Magérbio de Lucena;   Cangaço: Um Certo Modo de Ver 1997, Vera Figueiredo Rocha;  Amantes e Guerreiras: A Presença da Mulher no Cangaço 2001, Geraldo Maia;   Histórias do Cangaço 2001, Hilário Lucetti;   Lampião e o Rio Grande do Norte, a História da Grande Jornada 2005, Sérgio Augusto de Souza Dantas.

Obs. Algumas dessas obras já foram reeditadas, mas, mesmo assim, estão  esgotadas.Está lançado o debate. Vamos à discussão construtiva, formando um elo de entendimento, consultoria,  convergência na direção do resultado positivo, e espero que possamos  colher os frutos num futuro próximo, com novos livros no mercado. Votos de Saúde e paz a todos.

Francisco Pereira Lima - Prof. Pereira
Advogado, Professor, Membro da UNEHS, SBEC e
Conselheiro do Cariri Cangaço
f
ranpelima@bol.com.br
Cajazeiras - PB

Livros do mestre

Por: Cicinato Neto

Acabei de receber o livro "Dadá e Corisco", do mestre Antônio Amaury Corrêa de Araújo.
Em breve, o grande especialista prometeu o envio de "Maria Bonita". Ambos os livros foram impressos em Salvador graças ao patrocínio da Assembleia Legislativa da Bahia.
Do mestre Amaury já tenho "Como morreu Lampião", o primeiro dos seus clássicos, "Lampião, segredos e confidências do cangaço" e "Lampião e as cabeças cortadas". Quem precisa conhecer o cangaço, especificamente do tempo de Lampião e de cangaceiros como Corisco e Maria Bonita, não pode deixar de ler as obras significativas do mestre.

O que mudou? - 04 de Janeiro de 2012

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Nos anos cinqüenta, o Nordeste brasileiro sofreu uma das maiores secas já registradas, deixando a terra calcinada e a população faminta. Por essa época, foi lançado um apelo à generosidade do povo do Sudeste e Sul, em favor dos flagelados nordestinos, através de uma campanha intitulada: “Ajuda Teu Irmão”. Os poderes públicos, além de não tomarem qualquer providência substancial, pareciam desfrutar a comodidade que lhes proporcionava a iniciativa popular. 
Revoltados com o fato, o poeta Zé Dantas compôs, em parceria com Luís Gonzaga, uma toada-baião com o título de “Vozes da Seca”, onde protestavam contra o comportamento dos governantes. Dizia a letra:
               
               “Seu doutô os nordestino têm muita gratidão
               Pelo auxílio dos sulista
               nessa seca do sertão
               Mas doutô uma esmola a um homem qui é são
               Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão.
               É por isso que pidimo proteção a vosmicê
               Home pur nóis escuído para as rédias do pudê
               Pois doutô dos vinte estado
                temos oito sem chovê
               Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cumê.
               
               Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage
               Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudage
               Livre assim nóis da ismola, que no fim dessa estiage
               Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa corage.
               
               Se o doutô fizer assim salva o povo do sertão
               Quando um dia a chuva vim, que riqueza pra nação!
               Nunca mais nóis pensa em seca, vai dá tudo nesse chão
               Como vê nosso distino mercê tem nas vossa mãos”.
               
O fato mostra que, mesmo sendo um conceito de difícil apreensão por classes sociais mais abastadas, é justamente um artista popular o que vai definir com exatidão o conceito de plena cidadania, onde estabelece uma relação de contrato com o governante, autônoma e independente, e para além do conformismo passivo do assistencialismo demagógico. 
Zé Dantas e Luis Gonzaga, com essa letra, estabeleceram uma das mais vigorosas afirmações da cidadania brasileira, ao contrário do que muitos intelectuais de esquerda iriam tentar insinuar nos anos de chumbo da década de 60/70. 
Mais de cinquenta anos se passaram do protesto de Gonzaga e Zé Dantas e, no entanto, pouca coisa mudou no cenário político. A toada continua tão atual quanto era no seu lançamento a mais de meio século. Por tudo isso passamos a refletir: o que realmente mudou no Brasil com relação às secas do sertão? Que programas foram implantados para que o nordestino do campo não fique a mercê das chuvas? As esmolas públicas foram substituídas por programas de incentivo ao pequeno agricultor? Os atuais programas sociais implantados pelo governo federal tipo “Bolsa Família,” não serão apenas outro tipo de esmolas para o homem do campo sem nenhum incentivo a produção? Os assentamentos rurais, por exemplo, fruto de tantas batalhas e processos jurídicos, têm se mostrado produtivos? 
Deixamos a questão em aberta para reflexão do leitor. Apenas lembramos que num regime democrático, como é o nosso, “o governo é o povo”. 

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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento
 

Napoleão Tavares Neves e o Diário de Luiz Ayres de Alencar

Por: Manoel Severo

O vídeo abaixo foi gravado ainda quando estávamos construindo o formato do primeiro Cariri Cangaço, em março de 2009.


Naquela ocasião o grande memorialista e amigo particular,
 
 
Napoleão Tavares Neves nos mostrava o "Diário" de seu tio Luiz Ayres de Alencar, ex-prefeito de Jardim, na Serra do Araripe; onde o mesmo transcrevia de maneira precisa e magistral os acontecimentos de seu cotidiano, nos relatos deste vídeo, destaques para um dos ataques dos irmãos Marcelinos e o famoso Fogo das Guaribas. Vale a pena acompanhar, tanto pelo ineditismo como pelo valor histórico do referido documento.

Manoel Severo
Cariri Cangaço
http://cariricangaço.blogspot.com