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sábado, 24 de março de 2018

LUTO MAIS UMA VEZ EM MOSSORÓ!!!!

Por Lindomarcos Faustino

A cidade de Mossoró ficou mais pobre hoje, a cultura ficou desfalcada, com o falecimento do nosso amigo José Maria de Abreu, mais conhecido por "Zé Maria da Banca de Revista", mais detalhes em instante, através do Relembrando Mossoró!

José Maria de Abreu nasceu no dia 08 de abril de 1939, no bairro Pereiros, cidade de Mossoró-RN; filho de José Jerônimo de Abreu e Maria das Dores de Abreu. Ele só estudou em sua casa, pois desde muito cedo começou a trabalhar, já aos seis anos de idade, quando começou a entregar bolos, com sua tia Josina.

Quando estava com seus doze anos começou com Barbosinha, que o mesmo tinha um comércio de bebidas e fazia a entrega em um jumento, onde permaneceu neste ramo por 16 anos. Era casado com Maria das Dores da Conceição de Abreu, com quem teve duas filhas: Maria da Conceição e Eliana. Quando a mesma estava grávida do terceiro filho, na hora do parto não aguentou e veio a falecer, uma companheira fiel e amorosa. Suas filhas passaram a ser criadas por sua mãe. Anos mais tarde seu Zé Maria a conheceu outra morena, em um vesperal das Moças, que era apresentado no então Cine Pax, Maria José de Abreu, com quem teve cinco filhos, mas o mesmo perdeu três filhos. 

Após a saída de Barbosinha passou a trabalhar na Distribuidora Potiguar, quando a mesma o incentivou em criar uma banca de revistas na cidade, quando o mesmo colocou três bancas, pelo centro de Mossoró, mais tarde trabalhou por sete anos e sete meses na então Casa da Revista de Mossoró. Por muitos anos permaneceu com sua Banca de Revista, ali em baixo da Câmara Municipal de Mossoró.

Faleceu no dia 24 de março de 2018.

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COINCIDÊNCIA OU NÃO: PADRE CÍCERO..!



Em 30 de Novembro de 1870, por decisão direta de Dom Luiz , Cícero Romão Batista foi ordenado sacerdote, aos 26 anos, na antiga Igreja da Sé, em Fortaleza. Pouco depois de receber as ordens, selou um cavalo e seguiu para o Crato, onde deveria rezar a primeira missa. Uma curiosa - ou premeditada? - coincidência marcaria a volta à terra natal. Cícero, já padre, chegou justamente na primeira hora, do primeiro dia, do primeiro mês, do primeiro ano de uma década que se iniciava. Era 1 hora de Primeiro de Janeiro de Mil Oitocentos e Setenta e Um. Para quem, como ele, acreditava em forças misteriosas e mensagens do outro mundo, nada poderia soar como mais cabalístico e premonitório dos muitos prodígios que ainda estavam por vir. (Trecho da Página 43 do Livro Padre Cícero - Poder, Fé e Guerra no Sertão de Lira Neto).

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O CEARÁ DE NOGUEIRA ACCIOLY PARTE 1

Por Manoel Severo
Nogueira Accioly
A mais longa e emblemática oligarquia da velha república no Ceará teve como principal protagonista Antônio Pinto Nogueira Accioly, que durante mais de dezesseis anos comandou com mão de ferro e um aguçado senso de sobrevivência política os destinos do Ceará em um dos mais conturbados e violentos períodos políticos da república.
Nogueira Accioly, nasceu na cidade cearense de Icó em outubro de 1840, era filho de portugueses e casou com dona Maria Teresa de Sousa, filha do casal, Tomas Pompeu de Sousa Brasil; senador e sacerdote; e dona Felismina Filgueiras; uma das mais tradicionais famílias do estado. 
Em 1864 formou-se em direito em Recife e acrescentou o Accioly , da avó materna a seu nome. A partir do prestígio de seu sogro, senador Pompeu, tomou gosto pela política, ao qual quase veio a suceder na cadeira senatorial cearense, logo após o império, fato que não se concluiria em função da proclamação da república.
D. Felismina Filgueiras, matriarca da família Souza Brasil, e sogra de Nogueira Accioly
Senador Pompeu, sogro de Accioly
Logo após a proclamação da República assume o governo do Ceará o General Bezerril Fontenelle tendo como seu vice, Nogueira Accioly que acabou o sucedendo, à frente do governo cearense a partir do ano de 1896, inciando ali uma das mais fortes e significativas oligarquias da velha república no nordeste. 
Em seu primeiro governo o estado do Ceará foi castigado por uma seca cruel entre os anos 1898 e 1900 e uma forte epidemia de varíola. Ao final de seu governo assumiu o comando do Ceará seu sucessor, Dr. Pedro Borges que durante o quadriênio 1900 a 1904 continuou recebendo forte influência política de Accioly fazendo com  que o governante retornasse à frente dos destinos do Ceará novamente a partir de 1904 e novamente em 1908, iniciando seu último governo que foi marcado por sua deposição em 1912.
Nogueira Accioly, de pé, recebendo no Ceará a visita do Presidente Afonso Pena em 1906 
Barricadas contra Accioly em 1912

Os desmandos; como violentas repressões à imprensa e a adversários políticos, o conjunto de privilégios sempre envolvendo parentes e apadrinhados de Accioly unidos às manobras que envolviam fraudes eleitorais contando com o apoio da política dos governadores, vinham criando constantes insatisfações junto a sociedade cearense. 
Em 1911 iniciou no Brasil ; a partir da necessidade do Presidente Hermes da Fonseca conter sua forte oposição nos estados; o movimento encabeçado por setores militares e alguns segmentos da sociedade civil denominado de "Salvacionismo". O objetivo seria o de defenestrar do estado brasileiro as oligarquias espalhadas por todo território nacional que ameaçavam Fonseca . Esse movimento com forte apoio do governo federal acabou vindo a calhar e foi aproveitado pela oposição aciolyna em Fortaleza, quando foi lançada a candidatura do coronel Franco Rabelo, personalidade "salvacionista" para as eleições de 1912 ao governo estadual , contra o candidatura de Nogueira Accioly.
Franco Rabelo
A capital cearense conheceu ali, as primeiras grandes passeatas de sua história, o ineditismo da iniciativa, envolvendo as moças e as crianças, acabaram cristalizando e fortalecendo o sentimento de ruptura da sociedade de Fortaleza com Accioly. 
Particularmente na Passeata das Crianças, no dia 21 de janeiro de 1912, a polícia militar investiu sobre os manifestantes com extrema violência resultando na morte de uma criança, sendo o estopim de uma verdadeira batalha campal de três dias, com manifestações, combates e muitos mortos pelas ruas de Fortaleza, terminando no dia 24, com a derrocado do governo Acciolista.
Passeata das Crianças, 21 de janeiro de 1912
O salvacionista Coronel Franco Rabelo viria a ser eleito, inaugurando o período de libertação do Ceará da oligarquia de Accioly, entretanto, por ironia do destino, as mesmas manobras federais que o haviam favorecido , agora se colocariam contra ele e dois anos depois de sua eleição, Franco Rabelo seria deposto no ápice do que viríamos a chamar de a Sedição de Juazeiro.
Continua...
Manoel Severo - Cariri Cangaço
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O CIRCULO DA MÃE DE DEUS " ..JUAZEIRO, PADRE CÍCERO, DR. FLORO...X..PRESIDENTE FRANCO RABELO...


 Acervo do pesquisador Voltaseca Volta

O movimento armado iniciou-se em 9 de dezembro de 1913, quando os jagunços invadiram o quartel da força pública e tomaram as armas. Nos dias que se seguiram à população da cidade organizou-se e armou-se, construindo, em apenas uma semana, uma grande vala ao redor da cidade, chamada de "Círculo da Mãe de Deus", como forma de evitar uma possível invasão. As forças estaduais retornaram à cidade do Crato e pediram reforços para destruir o círculo. Franco Rabelo enviou mais soldados e um canhão para invadir Juazeiro. No entanto, o canhão falhou e as forças rabelistas foram facilmente derrotadas pelos revoltosos.

A reação do governo federal demorou alguns dias, com o deslocamento de tropas da capital, que se somariam aos soldados legalistas no Crato. Apesar de estarem em maior número e melhor armados, não conheciam a região e nem as posições dos jagunços e por isso a primeira investida em direção a Juazeiro foi um grande fracasso, responsável por abater os ânimos dos soldados. Os reforços demoraram a chegar e as condições do tempo dificultaram as ações para um segundo ataque, realizado somente em 22 de janeiro e que não teve melhor sorte do que o anterior. Com novo fracasso, parte das tropas se retirou da região, possibilitando que os jagunços e romeiros invadissem e saqueassem as cidades da região, a começar pelo Crato, completamente desguarnecida. Os saques tinham por objetivo obter armas e alimentos, mas alguns desobedeciam as ordens a roubavam bens pessoais. A última investida legalista ocorreu em fevereiro sob o comando de José da Penha, que acabou morto em combate. (Foto de Domínio Público).

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FOTO RARA DO VELÓRIO DE PADRE CÍCERO...JUAZEIRO-CE

Acervo do Voltaseca Volta

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CARIRI CANGAÇO FORTALEZA 2018....Lançamento de Livro.



Cangaceiros Cariri nos proporciona mais um grande Lançamento; o grande pesquisador e memorialista João Bosco André nos trará "Documentos para a História de Missão Velha", um trabalho de fôlego, calcado em anos de pesquisa e dedicação à história de sua terra natal, portal do Cariri e berço dos Terésios, tradicional tronco familiar que viria a ser o grande responsável pelo desenvolvimento de toda a região sul do Ceara.IMPERDÍVEL, Bosco André no Cariri Cangaço Fortaleza, 26 a 29 de Abril de 2018 !!!

OBS: TAÍ UM LIVRO ESPERADO POR MUITOS ESTUDIOSOS. São dezenas de anos de pesquisas e, trará de tudo um pouco. História da cidade de Missão Velhas; Seus coronéis; Brigas políticas; causos, e, muito mais....etc...( adendo por Volta Seca)....Já articulei para comprar o meu exemplar...abs

VEJA TUDO EM:
https://cariricangaco.blogspot.com.br/…/documentos-para-his…


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ENCONTRO DO EX-CANGACEIRO CANDEEIRO II COM O EX-VOLANTE J. PANTA DE GODOY (FANTÁSTICO - REDE GLOBO)

https://www.youtube.com/watch?v=dRtmvuDd10E

Publicado em 5 de dez de 2016
INSCREVER-SE 18 MIL
Matéria do programa "Fantástico" da Rede Globo (1996) sobre o encontro entre o ex-cangaceiro Candeeiro II (Manoel Dantas Loyola) e o ex-Policial Volante José Panta de Godoy algoz de Maria Bonita. Apresentação do Jornalista José Raimundo. Foto (Capa): Revista MOMENTO. Vídeo postado inicialmente no Youtube por: Dimas Marques.
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VINGANÇA, NÃO - DEPOIMENTO SOBRE CHICO PEREIRA E CANGACEIROS DO NORDESTE


Amigo(a) leitor(a) e amante da literatura lampiônica, este livro está na boca dos estudiosos do cangaço. Você deve adquiri-lo urgentemente, porque livros sobre cangaço, voam de repente. Este foi escrito pelo próprio filho do cangaceiro Chico Pereira o Pe. Pereira Nóbrega.

Para adquiri-lo basta entrar em contato com o professor Pereira lá de Cajazeiras, no Estado da Paraíba através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

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SOBRADO NO QUAL FICOU LAMPIÃO E SEU BANDO, QUANDO DE SUA VISITA AO JUAZEIRO-CE, NO INÍCIO DE MARÇO DE 1926.



Casa onde Lampião ficou hospedado em Juazeiro do Norte-CE, no ano de 1926. Rua da Boa Vista que fica entre as rua Dr. Diniz e Rua São Luiz.

Na ocasião Lampião atendendo a um chamado do Meu Padim Ciço, com o propósito de se unir aos grupos Patrióticos que combateriam a "Coluna Prestes" e para isso o cangaceiro recebeu a patente de capitão do exército patriótico.

Lembrando que esta casa (sobrado) pertencia na época ao poeta popular João Mendes de Oliveira. (Foto de domínio público).

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LIVRO SOBRE A EX-CANGACEIRA DULCE


Por Tião Ruas
Na foto vê-se, Dulce e Tião ( foto de autoria desse último.)

LIVRO SOBRE A EX-CANGACEIRA DULCE (ainda, viva e , com 93 anos de idade), SAIRÁ EM BREVE.

Olá, pessoal! Dentro de uns três meses, aproximadamente, será feito o primeiro lançamento do livro: "A BONECA CANGACEIRA DE DEUS - DULCE". Ainda, não foi escolhida a cidade; é um assunto em aberto.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=545199232530570&set=a.131042527279578.1073741828.100011214939678&type=3&theater&ifg=1

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A FÉ DO CANGACEIRO BOM DEVERAS EM PADRE CÍCERO

Por Junior Almeida

Em março de 1926 Lampião à frente de dezenas de cangaceiros entrou em Juazeiro do Norte, para receber das mãos do Padre Cícero, a famosa e polêmica patente de capitão dos batalhões patrióticos, que tinham por finalidade combater a coluna Prestes, que “invadira” os sertões nordestinos. Dentre os cabras do Rei do Cangaço, estava o cangaceiro Manuel Marcelino, o Bom Deveras, irmão dos também cangaceiros Lua Branca e Vinte e Dois. O sicário que viria a morrer em Salgueiro, Pernambuco, num combate com a volante pernambucana comandada pelo cabo Afonso Rodrigues no natal daquele mesmo ano, pelas suas palavras, demonstrava ter a mesma devoção ao Patriarca do Juazeiro que Virgulino Ferreira. Disse Bom Deveras:


Nesse mundo num existe padre tão santo cuma meu padim Cirço. Cumpadi, acredite que ele é do reino de Deu. Vou contá o que aconteceu cum forastêro que achode visitar meu padim, mode vê se ele cumia. Dissero a esse ateu que meu padim não cumia cuma nói. Os di cume num era desse mundo. Ele levou na mangação. Apôis fromou uma viagem prá qui e mode chego com uns costado numa besta melada. Era um caba mago, ôio miúdo e boca de chupá ovo, cum chapéu de apara-castigo, mitido numas carça frocha. Meu padim adinvinhô a tenção desse mardiçuado e chamou esse herege pra tumá assento na mesa e armuçá. O relógio do meu padim batia 11 hora.

O magrelo armuçou à farta e viu com os oio que a terra há de cume o meu padim machucá uma cumida branca pra lá e pra cá, num pratinho de vrido e num cumeu. Acredite cumpadi cuma tamo nesse Juazeiro, o marvado cumeu todo alimento que a beata trôve. Tava tão infomeado que nem cachorro de cambueiro.

Esse cão in figura de gente foi chorando pedi perdão no Artá de Nossa Senhora das Dôre e nunca mai duvidou da divina graça do meu padim.

*Foto: parte do Bando de Lampião em Juazeiro.

**Informações para o texto: Cangaceiros de A a Z, de Bismarck Martins e LCN, de Aglae Lima de Oliveira, de qual conservei a grafia original do depoimento de Bom Deveras.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1456992747745893&set=gm.792189530989993&type=3&theater&ifg=1

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