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sábado, 4 de novembro de 2017

UM SERTÃO DE CRAIBEIRAS E FLORES DOURADAS

Por Rangel Alves da Costa

Nesta época do ano, os sertões já começam a se enfeitar com roupagem nova de suas craibeiras. Quando florescem, contrastando com as paisagens entre o esverdeado e o acinzentado, as craibeiras passam a deslumbrar os olhares pela beleza de sua copa tomada de flores amareladas, douradas, que brilham ao sol e se derramam ao leito como majestoso tapete.
Perante as craibeiras nas ruas, avenidas e estradas, o sertanejo até se sente em outro lugar. Difícil é imaginar que de seu chão tantas vezes tão ressequido e tão sofrido, de repente floresça algo assim tão majestoso e encantador. Não só nas craibeiras como em outras árvores de ornamentação que a partir deste mês florescem em cores vivas, lilases, avermelhadas, sempre bem fortes e chamativas. Ora, quem é sempre acostumado com a flor amarelada da catingueira ou a esbranquiçada do mandacaru, logo se sente num mundo diferente.
Mas apenas o mundo sertanejo com suas surpresas e seus encantos. Por isso mesmo que as craibeiras são vistas como simbologias de um outro sertão possível de existir: o sertão bonito, frutificante, grandioso e de inigualável beleza. Também a sensação de que por cima da aridez da terra há muito mais a ser descoberto, tanto na natureza como no próprio homem. O sertanejo poeta de sua própria vida, o sertão poesia na sua própria existência.
E conheço uma craibeira de beleza especial: a craibeira na beira da estrada do Curralinho. Mas não uma simples craibeira, mas a craibeira mais linda e mais suntuosa do mundo, a craibeira mais florida e mais viva da terra. E o que mais desperta aos sentimentos: tamanha beleza em meio a uma paisagem sofrida, de pouca chuva e pouco verde, onde o marrom e o acinzentado se alastram e a poeira do chão se levanta a cada passagem. Mas é nesta moldura que está a craibeira.
O retrato: a estrada de chão batido, entremeada de pontas de pedras e secura, num caminho tipicamente sertanejo, pois ladeado por cercas de arames farpados, plantas rasteiras e ressequidas, tufos de matos, tendo alguma vegetação carcomida de sol pelos arredores, numa angustiante desolação, mas ao mesmo tempo a presença, bem no beiral da estrada, da imponente craibeira. Quem, entre a surpresa e o fascínio, não duvidará de estar em outro mundo que não o sertanejo?
Mas está no sertão, sim senhor. A craibeira é tão sertaneja como o próprio homem da terra, é tão matuta quanto a catingueira, o mandacaru e o xiquexique. Contudo, não é fácil de ser encontrada. Daí sua beleza ainda maior ao surgir como surpresa ao olhar, daí sua magia ao ser avistada até como uma impensável florada sertaneja: flores amareladas, vivas, de um dourado ora mais singelo ora mais suntuoso, sobressaindo perante tudo o que houver na paisagem ao redor.
A verdade é que o florescer das craibeiras se torna a mais bela poesia sertaneja. Mesmo ainda distantes, logo os olhos divisam aquelas cores majestosas tomando a copa das árvores defronte às moradias, casebres longínquos, beiras de estradas, sempre se sobressaindo nas paisagens. Talvez vaidosa demais, mas a verdade é que as craibeiras gostam de crescer afastada de outras árvores, em local onde possam florescer e logo serem reconhecidas pela beleza de suas cores.
A partir de setembro, em plena estiagem, com tudo ao redor acinzentado e quando o clima começa a esquentar ainda mais, eis que elas desafiam a paisagem e irrompem com suas folhas amareladas. E basta o florescer imponente para que tudo se transforme ao redor, vez que as atenções não serão outras que não para a árvore símbolo da beleza em meio ao impensável.
E não obstante as copas douradas, revestidas de um amarelo tão vivo que chega a brilhar à luz do sol, o chão logo abaixo também se transforma num tapete de incomparável formosura. E o mais incrível é que as flores surgem desnudadas de folhas; ou seja, vão desabrochando junto aos galhos e tomam toda a copa das árvores, atraindo pássaros, borboletas, abelhas e principalmente o olho humano. 
Eis, assim, retratos de um sertão florido, cativante e belo, pelas floradas das craibeiras.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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SÃO JOSÉ DO SERIDÓ/RN - 100 ANOS DE FUNDAÇÃO - 04 DE NOVEMBRO DE 1917 - 04 DE NOVEMBRO DE 2017.

Por Zezé Costa

Lugar de Memórias... Rua 13 de Maio (Bairro Liberdade), em períodos distintos (2000 e 2016) representada nesta imagem na mesma tonalidade, para percebermos melhor as mudanças na paisagem. 

Fotos: Arquivo pessoal de Zezé Costa

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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EZEQUIEL FERREIRA VULGO "PONTO FINO"

Por José Romero de Araújo Cardoso

Amigo Mendes, boa tarde!

Parabéns pelo excelente artigo sobre Ezequiel Ferreira, vulgo "Ponto Fino".

Só uma ressalva. Ezequiel, irmão caçula de Lampião tinha boa pontaria. Foi ele o responsável pela morte de Raimundo Luiz, delegado, sub-prefeito e fundador da localidade de Cantinho do Feijão, hoje município de Santa Helena/PB. 

Lampião e Ezequiel Ferreira seu irmão caçula

O crime ocorreu quando do primeiro deslocamento do bando, intuindo atacar Mossoró, em maio de 1927. Pois, inicialmente estava previsto para o mês de maio a lousada investida sobre a capital do oeste potiguar. 

Lampião e o bando foram barrados na  localidade de Belém do Rio do Peixe, hoje município de Uiraúna/PB. O chefe da horda assassina descobriu ter sido ludibriado, pois as balas que lhes venderam estavam "chocas". Então, rumaram para Aurora/CE, a fim de refazerem-se do revés em terras do poderoso coronel Isaías Arruda.

Raimundo Luiz morreu defendendo o lugarejo. Ele era o pai do cordelista Raimundo Santa Helena, sendo que este poeta popular nasceu em seis de abril de 1926, contando poucos mais de um ano de idade quando do ataque do bando de Lampião à localidade paraibana, divisa com o Estado do Ceará.

Dona Rosinha viúva do desditado Raimundo Luiz, estava grávida. Lampião queria abrir o ventre da pobre mulher, para ver qual era a cara do filho de um "macaco de polícia". 


Não o fez em razão da oportuna intervenção de Jararaca, pois esse cangaceiro, martirizado em Mossoró a 19 de junho de 1927, mostrou-se agradecido à mulher marcada para morrer, devido à forma extremamente humanitária como foi tratado quando em leva de retirantes deslocava-se de Pernambuco em uma grande seca que assolou o Nordeste, talvez a de 1915 ou 1919.

A viúva de Raimundo Luiz suicidou-se no Rio de Janeiro, onde morava, na companhia do filho Raimundo Santa Helena e família, atirando-se do alto de uma cachoeira na floresta da Tijuca, quando ficou sabendo que Lampião teria uma estátua no topo da serra que enfatiza o topônimo atual do antigo termo de Villa Bela (hoje município de Serra Talhada, Estado de Pernambuco).

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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MAESTRO BATISTA E NELSON NED

Por Lindomarcos Faustino

Maestro Batista ao piston, acompanhando o cantor Nelson Ned em um dos memoráveis shows na Praça Vigário Antônio Joaquim, promovidos pela Rádio Rural de Mossoró. Meados da década de 70.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1360564897402645&set=gm.1439354992814593&type=3&theater

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CAMINHOS DO PAJEÚ


O livro "Caminhos do Pajeú" é de autoria do escritor Luiz Cristovão dos Santos uma bela obra prefaciada pelo escritor de nome e renome José Lins do Rego. 

Escritor José Lins do Rego

Eu estou o lendo e é um excelente trabalho, presente que recebi do professor Pereira lá da cidade de Cajazeiras no Estado da Paraíba. 

Adquira-o o quanto antes através deste e-mail: franpelima@bol.com.br

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LAMPIÃO ATACA A CASA DAS PEDRAS, NAS PORTEIRAS, VILLA BELLA

https://www.youtube.com/watch?v=Ts6V3QWsACw&feature=share

O vídeo é uma criação de Verluce Ferraz, a partir de imagens das ruínas da Casa de Pedras, nas Porteiras, em Villa Bella - pertencente a Henrique Mello, - na montagem entram Quirino Silva, Paulo George, Célia Maria - fazendo a performance de Lampião do Século XXI.

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ANTONIO SILVINO.

Por Medeiros Braga

"Antonio Silvino falava
Como a defender os filhos,
E um dia a engenheiros
Mostrou alguns empecilhos:
Se não pagar por seus usos
Vou quebrar seus parafusos
Vou arrancar os seus trilhos.

Esteve com o coronel
De nome Francisco Sá
Disse a ele o que pensava
E chegou mesmo a cobrar
Dos ingleses tão cruéis
Uns trinta contos de réis
Para poder transitar.

Disse mais ao coronel
Que trilhos arrancaria
Se não fosse pago a conta
Desses contos que exigia,
O coronel vendo exposta
Garantiu que a proposta
Aos ingleses levaria."
************************* 
Este é o 2º Cordel que componho nos últimos 30 dias, sendo "A Guerra dos Bodopitás" e Antonio Silvino com 96 estrofes. Eis, algumas. Espero que gostem.

ANTONIO SILVINO
Agitavam-se as matas
Existentes no sertão
Com o vento, a chuva, raios,
E relâmpagos e trovão.
Corre a onça para toca,
Os coelhos vão à loca,
Voa à mata o gavião.

Com a vinda da justiça
Que tantos erros causou
Surgiu, preciso, o cangaço
Que bom tempo perdurou.
Voltava a ser agitada
Toda mata, a passarada
Que de tiro se assustou.

Por falhas judiciárias,
Nas quebradas do sertão
Passavam bandos fazendo
Justiça com a própria mão,
Como então fez Jesuíno,
Logo mais Antonio Silvino
E bem depois, Lampião.

Não poderia esquecer
Do crime macabro, horrendo,
Contra o senhor João Pereira
Com a justiça cedendo;
Com seu filho “Chico”, então,
Que jurou “Vingança, Não!”
Ao seu pai ali morrendo.

Até o ataque de Souza
Nasceu de uma injustiça.
Um camponês foi surrado
E vendo a justiça omissa
Recorreu a Lampião
Que cedeu à invasão
Aos irmãos nessa premissa.

Também nesse bando havia,
Rancoroso, um cangaceiro,
Que foi preso, injustamente,
Como sendo um bandoleiro;
Nessa moeda de horror
O juiz e o surrador
Não pagaram barateiro.

O valente surrador
Fugiu para bem distante,
E o pobre do juiz
No seu cargo confiante
Muita humilhação sofreu
Bem como quase morreu
Em momento agonizante.

Não fora Chico Pereira
Que bem na hora surgia
Suspendendo aquele ato
De morte que se daria...
Atrasasse ele um segundo,
Jamais o juiz ao mundo
Essa história contaria.

Foi assim, pois, a justiça
Responsável pelos atos
De violência, estímulo
A muitos assassinatos;
Por conta das omissões
Forçaram insurreições
A muitos homens pacatos.

De Virgulino eu já disse
Bem coberto de razão:
Se ao criminoso do pai
Fosse imposta a punição
Repito no bom sentido:
Jamais teria existido
Esse tal de Lampião.

Assim foi imposto o mesmo
Peso a Antonio Silvino,
Um pequeno agricultor
Que queria por destino
Ter uma casa e mobília,
Uma modesta família
Mulher, menina e menino.
******************** 
******************** 
CONCLUSÃO
****************** 
O alferes bem armado
Inquiriu um cidadão,
Sob o pavor da tortura
Arrancou a confissão,
O informante, sem tino,
Disse que Antonio Silvino
Se achava em diversão.

Ele jogava baralho
Quando a volante cercou
Era já cinco da tarde
E a luta ali começou,
Com uma hora de pino
O audaz Antonio Silvino
Um soldado o alvejou.

Mas pôde romper o cerco
Com um tiro no pulmão,
Chegou em Manoel Clemente
Mas, mesmo com proteção
Pedia para avisar
À Polícia Militar
Que se rendia à prisão.

Foi levado Antonio Silvino
Para a cadeia local,
Recebeu o tratamento
Da área medicinal,
Dois dias após, então,
Tendo já a condição
Foi levado à capital.

Primeiro a Caruaru
Em uma rede estirado,
Mais de 40 quilômetros
Sem carro foi carregado,
Dali, daquela Estação,
Na Casa de Detenção
Foi, em recife, internado.

Vinte e sete de agosto
Foi a data da prisão,
Com três dias chegaria
Na Casa de Detenção...
Chegava ao fim um reinado
Que em um trio de Estado
Se estendeu pelo sertão.

No presídio por Recife
Era sempre visitado,
Excluindo jornalista
Havia muito afamado:
Zé Américo, sem segredo,
Também, José Lins do Rego
Com marcas do seu passado.

Nos tribunais condenado
Pelo poder dominante
Foi mais de duzentos anos
Uma pena extravagante,
Mas estava consciente
Do julgamento excrescente
E o que teria adiante.

Além desses personagens
Que ele sempre recebia
Fez ali ele amizade
Que lhe passava alegria:
O comunista Gregório
Bezerra, com repertório
Que muito satisfazia.

Tinha já vinte e três anos
De prisão... confinamento,
Mas devido a avaliação
Por seu bom comportamento
Solicitou seu indulto
E Getúlio pôs-se culto
Por seu favorecimento.

Assim, em mil novecentos
E trinta e sete, a saber,
Antonio Silvino livre
Pôde as ruas percorrer,
Sessenta e dois anos tinha
E planejando já vinha
Em muitos outros viver.

Ao deixar esse presídio
Entre saudade e alegria,
Pelo seu trabalho tinha
Uma certa economia,
Ali dentro onde ficou
Ele sempre trabalhou
O couro, a bijuteria.

Depois de andar bastante 
E de rever seus amigos
Foi para Campina Grande
Onde esteve em dois abrigos,
Um da sua irmã amada,
Após “A Última Morada”
Um dos hotéis mais antigos.

Morreu em quarenta e quatro
Aos sessenta e nove anos,
Viveu nos tempos difíceis,
Enfrentou muitos tiranos.
Sem justiça e sem razão
Teve com a própria mão
Que fazer valer seus planos.

Antonio Silvino é outro
Que deve ser estudado,
Discutir razões e causas
Pelas quais foi transformado.
A verdade não me enguiça:
Foi a injusta justiça
Quem criou todo esses estado.




Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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FOI O ‘CABO PASTEL’ OU MANOEL DUARTE QUEM MATOU “COLCHETE” EM MOSSORÓ?


A historiografia do cangaço é, em si e por si, bastante complexa em seu amplo parâmetro.

Primeiro pela sua extensão de tempo, de 1756 a 1940 oficialmente e com isso ter feito parte de dois regimes governamentais, Império e República, mais o Estado Novo depois do golpe no golpe, onde o segundo pretendia rasgar, queimar, tirar do mapa, o primeiro. Segundo, junto a ela, a falta de títulos, registros, comprobatórios. A maioria das informações que temos escritas em obras literárias está ‘naquela’ de informações orais, notícias em jornais da época e/ou boletins militares. Se as três fontes de informações, em determinada informação, baterem, tiverem o mesmo ‘percurso’, a mesma ‘trilha’, bacana, estar tudo dentro dos conformes científico- metodológicos. Porém, raramente, as informações batem, pelo menos parecidas, nas três vias de pesquisa.

A fonte fornecedora oral sobre o passado tende por si aumentar, ampliar, parte daquilo que viu, soubera de outra fonte ou mesmo tendo passado, vivido a ocorrência. Isso faz parte da natureza humana, aumentar, diminuir, criar e fantasiar o que aconteceu ao longo da sua existência. É fato.


Uma das fontes escritas, único meio de comunicação em massa na época, os jornais escritos, tendem a tentarem chamar a atenção, particularmente, para o seu produto, aumentando, criando e fantasiando suas matérias para assim seu produto ter saída e as vendas aumentarem. Vemos, hoje, manchetes e matérias, da época da hecatombe, que nem a identificação de personagens e lugares é correta. É fato.

Por fim, temos a fonte de pesquisa dentro das corporações militares de cada Estado por onde o Fenômeno Social Cangaço “andou”, “esteve” e/ou se propagou. Essa fonte deveria ser de total confiança, porém, sabemos que não é. Os subdelegados, delegados e militares dos povoados, vilas e cidades da época, logicamente, não ‘podiam’ escrever, em seus relatórios e/ ou boletins, tudo aquilo que realmente ocorrera em determinadas ações empregadas por civis e militares nos vários embates contra cangaceiros, mesmo porque estavam sendo, sempre, empregadas contra ‘bandidos’ salteadores. Aí, muita gente que nada tinha haver com o ‘causo’, ‘dançou’ bonitinho. Foi castigada a base de ‘cipó de boi’ ou varas de marmeleiro ou mesmo mortas, assassinadas, não tem outra definição, e foram incluídas no somatório do total de bandoleiros abatidos. Também é fato.

Quando as fontes informativas seguem um mesmo rumo, até que se tem uma ampla segurança naquilo que se narra e/ou escreve, quando falha uma delas, a coisa começa a complicar. Há fatos escritos sobre as ações de bandos de cangaceiros, particularmente do de Lampião, em determinados lugares que, jamais o cara colocou os pés nem nos limites do município, imaginem ter adentrado e praticado os horrores costumeiros.

Bem, voltamos a falar nesse texto sobre o ataque que Lampião fez, ou tentou na fazer, a cidade norte rio-grandense de Mossoró.


O sol já havia pendido no horizonte quando o prefeito da cidade, coronel Rodolfo, envia para o chefe cangaceiro, Lampião, seu último bilhete dizendo não ter, nem poder enviar a quantia solicitada. Ao enviar aquele bilhete, com certeza sabia o Intendente que mexeria num vespeiro. Só que, sabidamente, ele organizou uma defesa armada, teve tempo para isso. O coronel organizou uma defesa com os militares que ficaram na cidade junto aos civis determinados, a fim de defendê-la dos proscritos. O coronel sabia da quantidade de cangaceiros que acompanhava o pernambucano chefe, inclusive, do total após terem se aglomerado os bandos de Lampião e Massilon Leite. Nas escuras, sem saber, pelo menos da quantidade, todos sabemos que seria loucura.

Lampião usou uma das armas mais combatíveis e eficientes no decorrer da sua guerra particular, o medo. O medo, gerado por mortes terríveis, sofridas e judiadas, sequestros, estupros e toda série de horrores anteriormente praticados, fazia com que muitos daqueles inquiridos por quantias distintas, as mandassem sem nem pestanejarem. Ao estudarmos o que ele cometera ao longo do percurso para Mossoró, vemos claramente as pretensões do chefe cangaceiro. Suas ações praticadas durante a ‘jornada’ nos mostra com clareza o ‘efeito esperado’ por ele. Só que o ‘tiro saiu pela culatra’, como dizemos aqui nos rincões do Sertão do Pajeú das Flores, e o efeito foi totalmente ao contrário dos homens daquela cidade.

Segundo o pesquisador/historiador Sérgio Augusto de Souza Dantas, na tarde do dia 13 de junho de 1927, no lugar chamado “Saco”, os bandoleiros encontravam-se acampados enquanto seu chefe tomava as últimas providências. Lampião queria ‘arrancar’ a grana do prefeito sem dar um tiro, por isso, envia-lhe os famosos bilhetes e tem respostas com outros em forma negativa. Vendo que mais nada podia ser feito além de um ataque armado, Lampião chama seus lugares-tenentes, na época os cangaceiros Sabino e Jararaca, e fazem um ‘conselho de guerra’. Havia se juntado ao bando do chefe cangaceiro pernambucano o bando de do cangaceiro paraibano conhecido por Massilon Leite, ficando todo contingente em torno de cinquenta e poucos homens.

O ideal seria terem se divido, o terem divido, o bando em quatro grupos, porém, naquela tarde de junho, o cangaceiro Jararaca havia tomado cachaça em demasia e não tinha condições, físicas nem mentais de comandar sua caterva. Então o bando é divido em três grupos, ficando Sabino como comandante de um, Massilon tomando de conta de outro e o restante acompanha Virgolino.


Sabino e seus ‘cabras’, incluindo os cangaceiros Colchete e Jararaca, ficaram com a linha frente, ou próximo a essa devido estarem a usar, aí entra o dedo estratégico de lampião, os reféns como escudos. Lampião ordena que se faça uma linha de frente com os prisioneiros. Eles entregam rifles aos prisioneiros, descarregados é claro, para que, se ocorresse um investida do pessoal da cidade, essa seria em cima dos pobres refém, dando tempo para o bando refazer-se da surpresa e contra-atacar. Imaginem como esse pessoal, andando na frente de um bando de celerados, prontos para brigarem, sabedores da resistência colocada pelo prefeito, vendo a hora serem atingidos, por um ou por outro lado, o quanto ‘cortaram prego’. Logo depois estava o grupo de Massilon e, por último, na retaguarda ficou o comandante-chefe com os seus. Por mais que se esgueirassem não foi possível chegar ao ponto determinado, o Banco do Brasil ou a casa do prefeito, sem serem notados.

“(...) A frente da matutada marchavam – como ajustado – os reféns Amadeu Lopes, Pedro José, Azarias Januário, Júlio soares, Joaquim Germano de melo, Belarmino de Morais, Sancho amaro, além de Geraldo Oliveira e filho, cada qual com rifle desmuniciado às mãos e chapéus à cabeça. Pavor estampado nos rostos humildes, como a refletir desconfortável condição de “escudos humanos” (...).” (“Lampião e o Rio Grande do Norte – A História da Grande Jornada” – DANTAS, Sérgio Augusto de Souza. Natal, 2005)

O Intendente nos mostra conhecer de batalhas ao estudarmos como ‘armou’ a defesa de sua cidade. Além de usar sacos com algodão, para reter os projéteis, colocou vários dos seus homens na parte alta, sobre os telhados, para assim terem melhor visão sobre o inimigo e uma melhor posição de tiro, além d e ficarem fora da linha de fogo. Atirar de cima para baixo, resguardado por frentões de tijolos, sempre é melhor do que estar no meio das ruas em busca de abrigo frontal e para o alto, o que não se encontra em todo local.

Estrategicamente o coronel Rodolfo coloca sentinelas nos lugares mais elevados da cidade, nas torres das igrejas. Uma dessas sentinelas fora o dentista Antônio Brasil, que, segundo o escritor citado, Sérgio Dantas, deu o primeiro alarma. O homem sempre tende a usar aquilo que estar ao seu alcance em confrontos e, se nada há, ele improvisa e/ou cria para sua defesa e seus ataques. Pois bem, com certeza havia sido acordado antes que, quem primeiro notasse movimentos de cangaceiros, daria o alarma para os companheiros mais próximos. O dentista deu o alarma para os funcionários do Telégrafo. Estes passam a informação para o Padre Luís Mota, que daria a ordem para puxarem as cordas e badalarem os sinos. Assim ocorreu: o padre permiti que homens fiquem nas torres da Igreja Matriz, protegidos, para consumarem a resistência...

“(...) Cedi as torres da Igreja Matriz para nela se fazerem trincheiras(...) Da torre esquerda da Matriz rompeu o primeiro tiro em direção à Capela do Alto da Conceição, onde apontavam os primeiros bandidos. Corro à Praça da Matriz, mando tocar os sinos como alarma, correspondido pelas demais torres das igrejas (...).” (Ob. Ct.)


Acreditamos que Massilon tinha ordens específicas, não de Lampião, mas de um coronel coiteiro, o coronel Isaias Arruda, do município de Aurora, CE, para dar um fim no coronel Rodolfo Fernandes, Intendente de Mossoró, RN. No início do conflito, conta-nos a história que Massilon guia seus subordinados em direção específica à casa, exatamente do prefeito, o coronel Rodolfo. Apesar de alguns não verem, ou não quererem ver, o coronel sabia ser o alvo principal. Tanto que constrói uma excelente barricada em sua moradia. Concluímos isso quando vemos, nos anais dos relatos da história, que a casa de seu genro, o gerente do Banco do Brasil, na época, fica desguarnecida e é invadida por parte dos cangaceiros que estavam com Sabino. Eles arrombam suas portas, entram e fazem o maio arruace dentro dela. 

Esses, e outros detalhes, contaremos em outra oportunidade. Fixaremos nossa volta ao passado no ataque a casa do coronel e da sede, casa, da Intendência. Massilon de tudo faz, ou pensa ter feito para invadir a casa do coronel Rodolfo e apossar-se dela e do nela tinha. Deu a molesta e não conseguiu. Sabino com os seus, estava a atacar a sede da Intendência, já o comandante mor do cangaço, encontrava-se distante do eixo do conflito.

Seguindo os trilhos, Lampião chaga a Estação Ferroviária e nela monta seu QG. Dali ele recebe notícias e dá suas ordens. Junto aos homens de Sabino encontrava-se o cangaceiro “Colchete”. “Colchete” se esgueira feito uma serpente à procura de sua presa usando como anteparo a mureta de uma casa. Chegando ao limite, nota que como vai, a coisa não iria muito longe. Toma uma decisão suicida: parte de seu abrigo, em busca dos fardos de algodão que faziam barreira na casa onde se encontrava o coronel e seus defensores para atear fogo nos mesmos. Não vendo outra maneira de desalojar os defensores do coronel, e ele próprio, parte para cima da trincheira. No caminho para essa casa, ziguezagueando, Colchete pretende, ou pretendia colocar fogo nos fardos do algodão, a fim de desalojar os homens que dentro da casa estavam a darem combate. Mais uma vez a estratégia fica ao lado de quem usa. Dessa vez o estrategista era o coronel prefeito. Além da barreira que havia com os frentões das casas usadas como trincheira tinha as torres das Igrejas usadas para o mesmo fim. No local bastante elevado, alguém, de muito sangue frio e boa pontaria, nota as intenções do cangaceiro ao aproximar-se da casa sede da Intendência. Sem pressa, leva o rifle ao ombro, faz mira e aperta o gatilho.

O atirador acerta o alvo escolhido na altura da sua face. Colchete, impondo uma velocidade limitada as pernas dos homens, recebe o impacto da bolota que saíra da arma do atirador na torre da Igreja. Acreditamos que mesmo sem serem somadas as duas velocidades, apenas o tiro bastava, dá um grito de horror e seu corpo e jogado no chão. O cangaceiro fica a mover-se de dores e a urrar feito fera ferida. Calmamente o atirador recoloca outra bala na agulha, faz mira e puxa o gatilho. Dessa feita, o projétil vai alojar da altura do dorso do bandido. O corpo, cremos que por efeito de espasmos, puro reflexo, ainda estremece por algum momento, ficando inerte logo em seguida, pois sua vida havia chegado ao fim.


Ao perder tão efetivo combatente, o chefe naquela linha de fogo, o cangaceiro Sabino das Abóbodas, ordena imediatamente o toque de retirada. Pela extensão em que estavam posicionados, logicamente os homens não escutariam o simples toque da corneta. Por isso, para esse combate, havia Lampião, prevendo uma ocorrência semelhante, ordenado que, ao afastarem-se da linha de fogo, seus homens usassem como ‘toque de retirada’ o som dos disparos das armas pequenas, revólveres e pistolas, e assim foi feito. Essa tática é bastante usada quando da participação das mulheres, depois de 1930, nos combates entre cangaceiros e volantes. Dentre os comandados por Sabino, um, não conseguindo atinar o que faziam os outros, talvez pelo excesso do álcool, fica pra trás. Ele, vendo o companheiro ter sido abatido, parte para cima de seu corpo. Alguns autores referem que Jararaca simplesmente iria com a intenção de recolher os ‘bens’ que seu companheiro levava nos bornais.

Aqui deixamos nosso parecer, particular, de que não acreditamos nessa versão. O cangaceiro José Leite de Santana, mais conhecido por “Jararaca”, era um ex-militar do Exército brasileiro. Prestava seus serviços a Nação desde 1920, quando, em 1924 estoura mais uma revolta militar, tida na História como Revolta Paulista de 1924, sendo, também conhecida por: Revolução Esquecida, Revolução do Isidoro, Revolução de 1924 e de Segundo 5 de julho, onde participara sob as ordens do general reformado Isidoro Dias Lopes. Então meus amigos, a ida do cangaceiro Jararaca, ou a pretensão deste, para nós não fora simplesmente em busca de seus pertences, mas, talvez para ajudar ou mesmo recolher o corpo de um companheiro tombado na trilha sangrenta do combate. Quando se cai nas garras do crime, tornando-se um criminoso, não importa como sejam, muitos dos pesquisadores, talvez para darem uma satisfação, insatisfeita, aos leitores, ou a seus leitores, já determinam as ‘causas’ em suas entrelinhas.

Pois bem, Jararaca, também é atingido por tiros vindos do alto das torres da Igreja. Cai por sobre o corpo do companheiro e permanece por alguns instantes imóvel. Ao ver-se ferido gravemente, pois havia recibo um tiro na altura da linha medial do tórax e outro na parte posterior de sua coxa direita, grita pedindo socorro a Sabino. Naquela altura Sabino e seus homens já haviam se retirado, estando distantes, não conseguem escutar os gritos do companheiro, mesmo porque o barulho ensurdecer dos disparos continuava pertinentemente.

“(...) caiu desacordado por cima do corpo fétido de Colchete.

Minutos transcorreram em enervante silêncio. 

Em pouco, o cangaceiro recobrava as forças. Sem embargo, de sangue verter aos borbotões pelo profundo ferimento aberto a altura do peito, articulou simultaneamente os músculos das pernas e ensaiou rastejar. Percebeu já distantes, seus consortes de guerra. Bradou rouco, desesperado:

- Sabino, estou ferido! Moreno, socorro! Me ajude, Sabino!

Não havia menor possibilidade de retorno. A cabroeira, atarantada, vencia o campo aberto até o cemitério. A escapada em desordem os colocava na ira de atiradores posicionados na residência de Ezequiel Fernandes de Souza, na trincheira do casarão do Intendente e na torre da Igreja de São Vicente. A artilharia, naquele momento, provinha de três flancos (...).” (Ob. Ct.)


Já na outra frente, com o chefe Massilon e seus comandados, a coisa estava bem parecida com a primeira. A residência alvo não fora tomada. Ferrenhos defensores desceram as mãos nos gatilhos das armas, tornando-se impossível algum progresso por parte dos homens de Massilon. Sem ter outra saída, passa a ordem e recuam em direção ao ponto em que encontrava-se Lampião. Antes, porém, recebem uma saraivada de balas de homens estrategicamente colocados ao longo dos trilhos do trem. Com muito esforço Sabino chega a presença do chefe e faz seu relatório. Lampião fica sabendo de que tiveram duas grandes baixas, Colchete e Jararaca. Sabino pensava que seu companheiro, o cangaceiro Jararaca, também estivesse morto. Lampião ordena que Sabino retorne ao campo da luta e passa a ordem para que Massilon e Luiz Pedro, que estavam a trocar tiros com os defensores, entocados dentro da sede da União dos Artistas, (Dantas), dando cobertura a retirada de Sabino e seus homens. Assim fora ordenado, e assim foi cumprido. Lampião, ‘lambendo as feridas’ parte rumo ao Estado do Ceará, para a cidade de Limoeiro do Norte, onde seus homens recebem os cuidados de um farmacêutico e depois partem rumo ao Leão do Norte.

Na cidade do sal, as coisas estão a se clarear para os defensores. O receio de uma nova investida dos cangaceiros vai passando aos poucos. Cita Dantas em sua obra que essa certeza só veio depois que o tenente Abdon Nunes de Carvalho junto ao sargento Pedro Sílvio e alguns homens, fizeram uma ronda de averiguação protegidos, resguardados, pelos defensores que estavam no alto da torre da igreja e das casas.

A cidade volta a ter vida alegre. A alegria é percebida em todo rosto. Venceram o bando do “Rei dos Cangaceiros”. Aos poucos algumas pessoas, que estavam escondidas próximos a cidade, começam a voltarem e, juntando-se aqueles que saíam das trincheiras, começam a aglomerarem-se em volta do corpo inerte do cangaceiro Colchete. Dessa forma, fora descrita a cena tétrica do corpo do cangaceiro morto na travessa São Vicente por um artista:


“Trajava roupa cáqui, vestindo uma calça mesclada; usava chapéu com dois barbicachos, calçava luvas de couro, usando alpercatas com meia de seda; ao pescoço trazia encarnado, bom como à cintura uma faixa de chita bem vermelha. A sua arma era um fuzil Mauser, trazendo trazendo no bornal profusa munição. Foi encontrada em duas algibeiras uma porção de moedas de prata. Ao pescoço pendurava inúmeros escapulários, orações diversas e medalhas de Santos, inclusive uma de alumínio, com a efígie do Padre Cícero.” (Ob. Ct.)

Os momentos de tensão e medo antes do ataque, aos poucos se transformam em uma aloucada tensão geral de quererem, ao exibirem o corpo de um deles, mostrarem todo seu ego, potencial, nas ruas daquela cidade. Então começam a arrastarem o macabro troféu pelas ruas, profanando-o com perfurações, de facas e punhais, chegando a cortarem uma das orelhas do defunto, até chegarem às escadarias da Igreja de Santa Luzia, aonde o deixam.

Bem meus amigos. Notamos que na obra do pesquisador/historiador Sérgio Augusto de Souza Dantas, “Lampião e o Rio Grande do Norte – A História da Grande Jornada”, o mesmo não cita, em momento algum, o nome daquele defensor a acertar, mortalmente, o cangaceiro Colchete. Já há em vários textos há citação de um civil como sendo o feitor da ‘obra’. Já em outros, vemos a citação, resultado de uma pesquisa feita por um pesquisador militar, essa nos trás o nome do militar e sua patente, referindo inclusive que o mesmo fora promovido pela ação em Mossoró.

O pesquisador Romero Cardoso, da cidade de Pombal, usando as páginas do blog CARIRI CANGAÇO, em uma quinta-feira, 1 de setembro de 2011, na matéria “O Trucidamento de Jararaca em Mossoró”, não referindo quais as fontes usadas sobre o assunto, assim nos relatou o caso: 

“Na parte superior da residência do prefeito postava-se exímio atirador, de nome Manuel Duarte, que logo notou a intenção do famoso bandido do vale do Pajeú.

O bravo defensor mossoroense esperou momento oportuno, quando Colchete ficou com a cabeça visível o suficiente para que o winchester calibre 44 do homem postado em cima da residência do prefeito detonasse projétil certeiro que esfacelou o crânio do cangaceiro de Lampião. Colchete estertorava devido o estrago causado pela bala da arma de Manuel Duarte, quando outro indômito integrante da trincheira do prefeito pulou a janela de punhal em riste para terminar o serviço, sangrando-o impiedosamente. Imediatamente esse homem que não sabia o significado da palavra medo voltou ao seu posto para continuar o combate.”

Agora veremos, através das páginas do blog TOXINA, a matéria: “CURIOSIDADE – CABO PASTEL, O POLICIAL QUE MATOU COLCHETE E PRENDEU JARARACA”, colhida de uma fonte militar. Um coronel da Briosa do RN, Coronel Ângelo, fazendo uma pesquisa sobre antigos guerreiros daquela corporação, descobre um boletim datado de 15 de junho de 1927, dois dias depois do ataque a cidade de Mossoró, RN, onde o mesmo refere quem fora o homem a acertar o cangaceiro Colchete naquela tarde.

Vejamos o que nos relata o pesquisador sobre a pesquisa do coronel Ângelo:

“...No dia 11 de maio de 1927, seguiu em diligências para o interior do Estado, um contingente de 16 policiais militares, com o objetivo de reforçar o policiamento do interior contra o bando de Lampião.

Entre esses homens estava o Cabo Leonel da Silva Pastel, figura pouco conhecida na história do cangaço e cuja única fotografia foi descoberta tem pouco tempo junto aos arquivos da PMRN em Natal, pelo Coronel Ângelo, historiador da PMRN.

Por volta de 16h00 do dia 13 de junho de 1927, Lampião e seus cangaceiros invadiam a cidade de Mossoró os quais foram recebidos e expulsos à bala pelos corajosos mossoroenses.

Entre os cidadãos que se encontravam nas várias trincheiras armadas pela cidade, estavam alguns policiais que pertenciam ao contingente policial local. Um deles era o Cabo Leonel da Silva Pastel, pouco conhecido na história e cuja única fotografia foi descoberta tem pouco tempo pelo Coronel Ângelo, historiador da PMRN.

Conforme Boletim Oficial da PM, o Cabo Pastel teria sido o responsável pela morte do cangaceiro Colchete e também teria sido o autor da prisão de Jararaca, ferido no peito quando tentava ajudar seu companheiro Colchete.

Por tais razões, Pastel foi promovido ao Posto de Sargento, tudo isso registrado no Boletim Regimental da PMRN, nº 166, datado de 15 de junho de 1927. Além disso, também foram promovidos ao Posto de Cabo, os soldados Minervino Fagundes e João Arcanjo, pela coragem com que ajudaram a população a enfrentar a investida do Bando de Lampião, tudo isso, registrado no Boletim Regimental nº 172, de 21 de junho de 1927”

Vejam que, apesar de ser um fato bastante divulgado, estudado e analisado por diversas linhas, frentes, de pesquisa, surge esse, digamos, impasse, sobre quem, realmente, seria o matador de Colchete.
A pesquisa, aí é esse seu criado particularmente referindo, executada pelo pesquisador/militar, o coronel Ângelo, nos trás uma fonte escrita. Nela uma data e nomes de militares participantes daquele conflito., nos levando a seguir essa trilha.

E aí? Quem, na verdade, foi o matador do cangaceiro “Colchete”, na tarde do dia 13 de junho de 1927, na cidade norte rio-grandense de Mossoró?

No entanto, meus amigos, fica ao encargo de vocês, darem seguimento a essa pesquisa e, ao final de tudo, tirarem suas conclusões.

Fonte Obra e blogs citados
Foto Cariricangaço.com
Toxina.com

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