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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

ILHAS DE CALOR

Clerisvaldo B. Chagas, 6  de fevereiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.839

         As geograficamente denominadas “Ilhas de Calor” são áreas com temperaturas mais elevadas do que as da redondeza. Isso costuma acontecer no centro das grandes cidades, onde há maior concentração de construções, calçadas, asfaltamento e veículos. Vários motivos juntam-se para essa formação como o concreto das edificações, a pavimentação de ruas e avenidas, a inexistência de áreas verdes e a poluição atmosférica que elevam a temperatura fazendo com que o ar torne-se mais quente e seco. Nos grandes centros urbanos predomina o concreto em detrimento a área verde. Mas não somente acontece nos grandes centros, pois as cidades menores também seguem os padrões das maiores com efeitos similares.

ILUSTRAÇÃO: (MUDA-MUNDO BLOGSPOT).

As cidades dos sertões nordestinos, antes com o calor amenizado pelo entorno da caatinga, hoje sofre com o desmatamento da antiga proteção. O progresso que vai chegando segue os padrões das metrópoles, mas, raramente a jardinagem urbana é lembrada permitindo as “ilhas de calor” em maiores ou menores proporções. Inúmeras dessas cidades incentivam a arborização, sem orientações técnicas alguma. Em várias delas as árvores são até inadequadas causando transtorno à população.  Outras são abandonadas à própria sorte como se a obrigação das autoridades não passasse de um discurso raro, chocho e cadavérico. O agrônomo, o urbanista, o geógrafo, o geólogo, tornam-se figuras raras no planejamento urbano e, os garis – os mesmos que recolhem o lixo – passam para os importantes ofícios dos especializados.
Além da arborização planejada de ruas e avenidas, ainda temos direito as áreas verdes do entorno da cidade, das praças e dos parques gigantes que são atualmente os amenizadores das tensões diárias da população. E se os climas do mundo estão sofrendo modificações negativas, deveremos cuidar da nossa própria casa que é o lugar onde a gente mora. Ainda como dizia um grande filósofo: “Se todo mundo varresse a porta de casa, o mundo inteiro seria limpo”.
Pois é assim que se formam as “ilhas de calor”, bem como é assim também que deveremos agir para uma melhor qualidade de vida. Sertão: cobre do seu dirigente local.


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SOBRE POLÍTICA, POLÍTICOS E ZÉ DE NEM

*Rangel Alves da Costa

Zé de Nem não era nem para entrar nessa história, mas entrou pela sua desimportância tão importante, ou pela sua insignificância primordial, como se verá adiante. Mas ainda parece de muita estranheza que um zé-ninguém como Zé de Nem assuma lugar garboso num texto sobre política e políticos.
Não sei mesmo por que tanto enxerimento do cabra, quando todo mundo sabe que a política e os políticos estão a milhões de anos-luz de um mero matuto, de um empobrecido vivendo na desvalia de tudo, de um completo desconhecido arranchado no oco do mundo. Aí é que se engana.
Tanto a política como os políticos não existiriam - para o bem ou para o mal - acaso Zé de Nem não existisse. Este cabra é tão importante que toda filosofia política, toda teoria política, toda tese política e tudo o que se diga e se escreva sobre políticos, sempre terá o tal Zé como figura primordial.
Ora, o que seria da política e dos políticos sem o Zé de Nem na pobreza, sem o Zé de Nem necessitado de tudo, sem o Zé de Nem eleitor, sem o Zé de Nem votante? Talvez até ele nem seja avistado como gente, mas o simples fato de ser estatística eleitoral já lhe permite atenção e visibilidade.
A verdade é que toda política e todo político andam em círculo em torno de Zé de Nem. Tudo prescinde dele. Sem ele nada haveria. Mesmo na sua insignificância social e humana - ao menos aos olhos do poder -, é no Zé que se sustenta todo o pedestal parlamentar e governamental. Eita cabra da peste é o Zé!
Ninguém avista o Zé, ninguém sequer recorda que ele existe. Ao menos em determinado período pós-eleitoral. Na sua casinha se esconde, no seu mundo fica escondido. Os carros de vidraças fechadas passam e quase atropelam o Zé. Um bicho pulguento no beiral da calçada. Bote por riba!
Ora, mas não é esse mesmo bicho feioso que de repente ganha status de celebridade? Os mesmos carros param à sua porta e de dentro deles descem os sorrisos, as mãos estendidas, as demasiadas cordialidades. Tudo para agradar a Zé. Tudo para transformar a miséria de Zé em paraíso, ao menos na promessa. Não poderia ser diferente: Zé vota, Zé é eleitor!


E um fato importante, ainda que espantoso, a dizer. Zé de Nem pobre, faminto, sedento, mísero e doentio, é muito mais importante para a política e para os políticos do que se fosse um sujeito rico, com muitas posses, com fartura de tudo. Assim como o poder abomina o saber, a política partidária abomina todo aquele que não se venda nem aceite favores.
Numa triste, porém verdadeira analogia, Zé de Nem seria o bicho morto estirado no chão, enquanto a política e os políticos são aves carnicentas. E agourentas também, vez que piaram na noite escura para que as fraquezas se transformassem em queda. Ora, as carências e as fragilidades são fáceis demais de domar segundo as pretensões.
Sim. Zé de Nem estirado no chão, buscando qualquer sopro de vida, sem força própria para se erguer, e os carcarás, os gaviões, os urubus, os abutres, tudo voejando ao redor com bico sedento. Mas não pretendem dizimá-lo ainda, não são, por enquanto, intenções suas de destripar o que ainda resta no resto.
Olha o ardil do carnicento. Bem que poderia dar um rasante e num instante a bicada de misericórdia. Mas não. Despeja qualquer coisa sobre o Zé caído, de modo que aquela mísera ajuda sirva como ilusão de renascimento, e no refazimento a submissão àquele que o ergueu. Mantido será em cativeiro.
Tem-se, assim, que até Zé de Nem caído se torna de fundamental importância para as artimanhas futuras. Aquele que o ergue não deseja, contudo, que ganhe muita força. Zé tem que viver para sempre cambaleante, de modo a continuar precisando de ajuda. Não há interesse algum que Zé de Nem tenha força própria para decidir sua vida.
Aos olhos e aos desejos da política e do político, Zé de Nem tem de continuar pobre e precisa continuar vivendo no submundo humano da miséria. Quanto mais Zé necessitar de esmola, mais fácil será enganar e domar sua carência. Dá um pão e submete o homem, dá um remédio e logo se tem como dono de Zé.
É neste contexto de contínua fragilidade, de permanente necessidade, de longa fome e duradoura sede, que Zé de Nem tanto interessa à política e aos políticos. Como dito, mesmo no cai não cai, mesmo no morre e não morre, o Zé continua sujeito aos olhos do poder e de fundamental importância enquanto eleitor e votante.
Também é em seu nome que as políticas públicas, tão bonitas quanto irrealizáveis, saem dos gabinetes. É a distância lembrando a existência de outro mundo. Mas tanto faz. Não se cumpre sequer o constitucionalmente estabelecido acerca dos direitos e garantias fundamentais, quanto mais aquilo que possa ser a redenção humana de Zé.
E assim Zé de Nem vai vivendo. Ontem mesmo um filho pequeno chorou com fome. Nada ele tinha para oferecer. Mas já ouviu dizer que políticos já estão aparecendo pela região. Logo o pão da ilusão chegará. E pelo bico da mais carnicenta das aves.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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UM CABRA CRUEL E VALENTE A TODA PROVA.

Por Geraldo Antônio de Souza Júnior


Autor de uma grande quantidade de assassinatos. Alguns antes e outros já quando estava ingresso nas hostes de Lampião.

Procurado pelas policias de vários estados da região Nordeste, sem contar a enorme rede de inimigos que buscavam a todo preço a sua cabeça. Há quem afirme que em determinado momento da história mais de mil pessoas o procuravam para matar.

Porém... matar essa fera não era tarefa das mais fáceis e muito menos para qualquer um. Muitos se aventuraram e terminaram mortos e irrigando com o sangue de suas veias as terras secas do sertão. Apesar da extrema crueldade com que tratava seus desafetos é inegável a coragem e a valentia desse cangaceiro. Sua história reforça esse argumento.

Apontado como um dos mais perigosos cangaceiros da chamada segunda fase do cangaço lampiônico e um dos homens encarregados de fazer os serviços “pesados”, como afirma Frederico Pernambucano de Melo, a mando de Lampião.

Seu destemor e sua constante vigilância foram alguns dos fatores que fizeram com quê atravessasse todo o período em que esteve presente no cangaço sem levar um único tiro sequer.

Antônio Ignácio da Silva o Moreno II nasceu na cidade de Tacaratu/PE no dia 01 de novembro de 1909 e faleceu em Belo Horizonte/MG no dia 06 de setembro de 2010, aos 100 anos de idade. Onde residia com sua família.

Um personagem de destaque da história cangaceira. Fruto de uma terra sem lei em uma época em que imperava no sertão nordestino a lei do mais forte. Os desmandos dos poderosos. A seca, a fome e a miséria, onde a justiça era concretizada através da vingança, a lei era a da bala e a sentença... a morte.

Nas quebradas do Sertão.

A fotografia acoplada a essa matéria foi registrada durante a visita de Moreno II à cidade de Brejo Santo no estado do Ceará, ocorrida no ano de 2005, sendo uma cortesia do amigo cangaceirólogo Bruno Yacub (Brejo Santo/CE).

Geraldo Antônio de Souza Júnior


https://cangacologia.blogspot.com.br/2018/02/cangaceiros_6.html

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TÍTULO DE CIDADÃO DO RIO GRANDE DO NORTE



ATENÇÃO AMIGOS: 

A confreira Goreth Serra está organizando a ida de um ônibus à Natal, para conduzir os amigos e amigas à Assembleia Legislativa, para assistir a entrega do título de Cidadão do Rio Grande do Norte ao Prof. Benedito Vasconcelos Mendes, que ocorrerá às 10 horas do próximo dia 15 de março, no plenário da ALRN. Vejam o áudio.

Benedito Vasconcelos: Contato - Goreth Serra 84 99651-803

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes 

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JORNAL DA CULTURA | 01/02/2018

https://www.youtube.com/watch?v=M0FJ3nRQRag

Olá, caros e caras, a partir do minuto 36 do Jornal da Cultura abaixo há uma matéria sobre Lampião e o novo cangaço na qual dou entrevista. 

Abraços a todos!

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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JOSÉ JOAQUIM TELES MARROCOS. ( História Pura...)



Nasceu na cidade de Crato aos aos 26 de novembro de 1842, dois anos mais velho que seu conterrâneo, amigo e primo Cicero Romão Batista, fora Professor, Jornalista e abolicionista. 


Os pupilos do Cel. José Luís Alves Pequeno, José Marrocos e Cícero Romão matriculam-se no Seminário da Prainha, Fortaleza, diocese criada em 1854. Especulam-se dois motivos de sua expulsão do seminário. A primeira hipótese teria sido por que José Marrocos, se negou, por humildade, a receber a comunhão por não se achar digno de comungar o corpo de Cristo, e a segunda teria sido bem virtude de o biografado ser filho do padre João Teles Marrocos com uma cabocla escrava. De volta ao Cariri José Marrocos se torna um ardoroso defensor dos milagres eucarísticos ocorridos a partir de 1889, além de reivindicar maciçamente pela emancipação do distrito de Juazeiro. Com a chegada de Dr. Floro Bartolomeu da Costa, em 1908, o mesmo se encarrega pela supremacia das diligências politicas tanto quanto nas defesas religiosas de Padre Cicero. Neste ínterim José Marrocos é afastado de seu primo, em virtude uma proteção exacerbada de Dr. Floro para com o Padre Cicero. 


Já residindo em Barbalha, onde possuía uma escola particular José Marrocos não é convidado para a inauguração de seu jornal O REBATE, um periódico em oposição ao jornal cratense, contrário as reivindicações emancipacionistas. Ressentido, porém humilde o mesmo escreve com pesar tal incongruência, mesmo assim, finaliza seu artigo com um viva ao Juazeiro. 

Acometido pela tuberculose, José Marrocos, com aspectos de boas condições físicas, é tratado pelo médico Dr. Floro Bartolomeu da Costa o que recai sobre o médico a acusação de um suposto envenenamento, pois seu paciente morreria no dia seguinte, aos 10 de agosto de 1910. 

Está sepultado no cemitério anexo a Capela do Socorro, ao lado do túmulo do Beato José Lourenço.Prof. Lailson Gurgel Feitosa Araújo

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LAMPIÃO EM RIBEIRA DO POMBAL EM 1928

Por Josevaldo Matos

Acabei de conversar com o neto de um personagem que recepcionou Lampião e sua comitiva em Ribeira do Pombal, BA, em dezembro de 1928. 


Segundo ele, na ocasião, Seu avô ganhou um punhal de um dos cangaceiros. Tal punhal o avô doou ao seu tio, que o tem até hoje. 

Que história bacana!

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1929811933718273&set=gm.769233629952250&type=3&theater&ifg=1

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ILDEBRANDO E SEU APRÍGO



Tive o prazer de conhecer o homem que fazia os últimos gibões que Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, utilizava. Seu Aprígio, grande mestre do couro do sertão pernambucano em Ouricuri - PE. É visível a influência do cangaço na produção de suas peças. 



Acompanhe a entrevista com esse mestre do couro no site IGS Web (www.igsweb.com.br) ainda está semana!

https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/?multi_permalinks=1890335084612327&notif_id=1517932498922356&notif_t=feedback_reaction_generic&ref=notif

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INDICAÇÕES DE LEITURA SOBRE PRESENÇA FEMININA NO CANGAÇO


Por Noádia Costa

A presença feminina no Cangaço não se reduziu as cangaceiras Maria Bonita e Dadá. Desde o final de 1930, quando Maria Bonita se torna a primeira mulher a fazer parte de um bando de cangaceiros , até 1940 quando o Cangaço chegou ao fim, mais de 70 mulheres fizeram parte dos vários subgrupos de cangaceiros.

Algumas cangaceiras se tornaram conhecidas, já outras permaneceram no anonimato e pouco se sabe sobre a trajetória de tais mulheres no Cangaço . O mais importante é que que vários pesquisadores tem feito excelente trabalho de resgate da história dessas mulheres. A questão de gênero recorrente no Cangaço, tem sido sanada. E muito se tem produzido sobre as mulheres do Cangaço.

Para quem deseja conhecer e se aprofundar sobre a história das cangaceiras, temos vasta bibliografia com informações e detalhes importantes da vida de tais mulheres. Vale a pena ler e conhecer um pouco da presença feminina no Cangaço, essa parte da história do Brasil que na maioria das vezes cai em esquecimento nos livros didáticos e raramente tem sido trabalhada nas universidades.













https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/

Adquira estes livros com Francisco Pereira Lima através deste e-mail:

franpelima@bol.com.br

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BOM DIA A TOD@S AMIG@S...


Por Kydelmir Dantas

As cinco primeiras pessoas que comentarem "Kydelmir Dantas, me dá um livro?", nesta postagem, ganharão um Livro ou Cordel de presente em algum momento deste ano.

O presente será o que eu escolher, com a cara de quem vai receber, porém quando e que tipo, serão decisões minhas.

Talvez eu apareça, talvez eu mande pelos Correios. O ÚNICO CRITÉRIO PARA GANHAR o presente é que, ANTES de responder, você publique a mesma proposta no seu mural (copie e cole este texto, trocando meu nome pelo seu), oferecendo livros para cinco pessoas. Não precisam ser livros seus, nem livros novos.

Não vale e-book, e quem não oferecer para os amigos, não ganha!





https://www.facebook.com/search/top/?q=Kydelmir+Dantas&init=public

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DELEGACIA DE CURRAIS NOVOS


Por Cangaceiro Cdo

Neste prédio era antiga delegacia de currais novos-RN. Foi aqui que em 1928, foi levado o corpo do cangaceiro Francisco Pereira Dantas vulgo Chico Pereira. O mesmo tinha sido morto pela polícia potiguar. 

Atualmente o prédio passou por reforma e funciona a Câmara Municipal de Currais Novos-RN. Aliás, na reforma do prédio foi achado ossadas humanas, mas o caso foi escondido do público.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=321755488313081&set=gm.1891112457867923&type=3&theater

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