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sábado, 17 de maio de 2014

A ESPERA

Por Rangel Alves da Costa*

Toda espera coloca um pé margeando um abismo, já disse o poeta. Já outro sintetizou que a espera é laço que não se desfaz por desejo ou vontade própria. Tudo verdade. Nada mais difícil e tormentoso que esperar.

O simples ato de esperar implica em afetação de comportamentos e em diversas consequências. E todas angustiantes, aflitivas, atormentadoras. É como se a pessoa tivesse a vida suspensa na dependência de outro acontecimento.  

O desejo e a vontade, o temor e a necessidade, são algumas das consequências da espera. E fato que se torna em desespero pela demora de acontecer. Um olhar lançado ao relógio, os passos de lado a outro, a mente fazendo suposições, a visão que se lança pela porta, pela estrada, pela janela. Assim se afeiçoa a expectativa.

E surgem as mais cruéis indagações: Será que virá, será que á agora, por que ainda não chegou? Será que vem mesmo, será que vai mesmo acontecer, por que não acontece logo para acabar com esse desespero? Já deveria ter chegado, já deveria ter acontecido, mas por que não há logo uma resposta para essa espera?

O relógio bate o seu tempo certo, mas parece que os ponteiros perderam o rumo, correm ou estão cansados demais. A porta silenciosa e no mesmo lugar, mas parece que se aproxima e que a qualquer momento será tocada. A estrada se alonga, a curva adiante sem sombra ou sinal, mas parece que um vulto ganha contorno, que enfim a pessoa virá. Mas tudo miragem, ilusão da espera.


As situações de espera são as mais diversificadas e terrificantes possíveis. E os momentos assim são os mais longos, verdadeiras eternidades. Os passos seguem sozinhos ao redor, nada se tem como normalidade. Tudo acontece, menos o esperado. O coração pulsa apressado, os olhos vagueiam atônitos, tudo indica que vai acontecer a qualquer momento. Mas nada.

A linda donzela, cheirosa a loção de alfazema, com cabelo em trança e face rosada, corre ao entardecer para a janela e, na ilusão do amor primeiro, se põe a esperar que o seu príncipe encantado passe. Quem sabe se ele não desponta na esquina com uma flor à mão e um olhar de apaixonada confissão. Mas tarde após tarde, já caindo a noite, e somente a vã espera.

O pai de primeira viagem já não suporta mais a aflição. A esposa esperando o filho tão sonhado, já em trabalho de parto, mas ele tem de ficar aguardando o anúncio na antessala ou no corredor da maternidade. E nada de a porta abrir, nada de aparecer o médico ou enfermeiro para dizer qualquer coisa. Também não consegue ouvir qualquer choro de criança. Nada. Quer gritar, mas a placa adiante avisa: Silêncio!

No leito de morte, a família reunida ao redor, o velho parente não suporta a dor daquele momento e vai encostar-se a qualquer coisa do lado de fora. Aí, tudo fazendo para não desabar de vez, mas sentindo a vazante no olhar e a agonia no peito, aguarda apenas que alguém apareça à porta para a notícia final. E espera e desespera, e de repente os gritos. É o fim e a espera acabou.

Na beirada do mar, na solidão já sombreada do cais, a mulher lança o olhar aflito às águas distantes. Procura enxergar o barquinho de seu pescador que tarda a chegar. Tem um lenço à mão e teme não mais reencontrar seu amor para a festa da vida. E o tempo passa, a noite chega de vez, mas nada parece cortando as correntezas. Será que seu amor voltará a seus braços ou foi levado pelo canto da sereia?

E vai esperando até o amanhecer. Ao redor tudo já com outra feição. O alvorecer esperando o sol, o cais esperando as ondas, a gaivota esperando que a mulher aflita entenda o seu grasnado triste. O seu pescador não voltará.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:
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O rei do cangaço era um homem que gostava de fazer apontamentos.
Tinha mais de uma CADERNETA para esse fim.
Uma delas, está em posse da família Ferreira, além de uma MECHA DE CABELO do famoso bandoleiro.

Confira, na foto acima.

Fonte: facebook
PáginaVoltaseca Volta‎ Lampião, Cangaço e Nordeste

Blogs:
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Polêmica e Olhares Diversos sobre o Cangaço de Virgulino no segundo dia de Cariri Cangaço em Piranhas

Por Manoel Severo
Manoel Severo abre o segundo dia em Piranhas

O segundo e último dia de Cariri Cangaço Piranhas, no Centro Cultural Miguel Arcanjo, dentro da Semana do Cangaço, na bela cidade ribeirinha do Baixo São Francisco começou com a Conferência do Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo com o tema: "A intrigante e polêmica genialidade de Virgulino Lampião". Por cerca de 40 minutos os participantes do evento puderam fazer um conjunto de reflexões sobre a personalidade marcante e todos os talentos geniais do rei dos cangaceiros. refletido por toda sua longa vida fora da lei.

No cangaço de Virgulino cada peça se encaixava em seu devido lugar...

"Parece estranho falarmos de cangaço e termos que recorrer a conceitos próprios do ambiente empresarial moderno; mas, nos aprofundando um pouco mais na história intrigante de Virgulino, não nos parece exagero considerar que já naquela época o engenhoso bandido das caatingas conhecia muito bem o valor do Marketing Pessoal, a Política da Boa Vizinhança, Lobby e Tráfico de Influência, até mesmo noções de Logística Empresarial; na verdade não conseguimos conceber um reinado tão extenso de uma vida fora da lei em circunstâncias tão adversas, sem que boa parte desses conceitos não fizesse parte da mente prodigiosa de Lampião" Provoca Manoel Severo. 

Existia amor no cangaço ?

O segundo momento da noite reuniu os pesquisadores Aderbal Nogueira e Juliana Ischiara em mais um eletrizante debate tendo como pano de fundo; A ilusão e o amor no cangaço. As apresentações se seguiram á apresentação do Vídeo documentário da Laser Vídeo: A Ilusão no Cangaço, onde o documentarista Aderbal Nogueira defende a tese da grande ilusão que o cangaço realmente foi,  fazendo reflexões sobre a forma de vida, o sofrimento e as privações de homens e mulheres que se entregavam àquela vida.


Novamente a saudável e sensacional polêmica: Aderbal Nogueira e Juliana Ischiara 


"A qual amor os senhores se referem quando discutem se teve ou não teve amor no cangaço?"

Wescley Rodrigues.

Juliana Ischiara, pesquisadora de Quixadá, "temperou" o debate estabelecendo o contra-ponto e provocando à platéia quando defendeu que existia amor entre grande parte dos casais de cangaceiros da época. "Não se pode dizer que Durvinha não amou Virgínio, ou que Dadá não amou Corisco", provocou Juliana Ischiara.

Secretários, Luiz Carlos Salatiel, Francisco Carlos, Jairo Luiz e o Curador do Cariri Cangaço Manoel Severo, abaixo a secretária de cultura de Canindé do São Francisco,Roberlange Feitosa.


 Professor Pereira, Messias Lima e Manoel Severo 
Lívio Ferraz e Juliana Ischiara

Ao final, os promotores do evento: Secretários de Cultura e de Turismo de Piranhas, Luiz Carlos Salatiel e Francisco Edson, o Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo e o Conselheiro Cariri Cangaço, Jairo Luiz, confirmaram a reedição do evento para 2014, que já tem data marcada: Semana do Cangaço 2014 - Cariri Cangaço Piranhas, de 25 a 27 de Julho. Compromisso Assumido ! Que venha 2014!

Manoel Severo
Cariri Cangaço Piranhas
Semana do Cangaço

http://cariricangaco.blogspot.com
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O Museu do Sertão

Por José Mendes Pereira
Proprietário do Museu - Professor Benedito Vasconcelos Mendes

Terça-feira, desta semana, fui convidado pelo pesquisador do cangaço, Professor Pereira, lá da cidade de Cajazeiras, no Estado da Paraíba, para marcar presença, ontem (16) às 4:00hs da tarde, no "Museu do Sertão", criado pelo professor Benedito Mendes Vasconcelos.

Professor Pereira e sua esposa dona Fátima
jaldesmar-costa.blogspot.com

Mesmo sendo mossoroense eu apenas ouvia falar sobre este "Museu Histórico" (particular), e algumas vezes, fui convidado pelo poeta, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueana, o Kydelmir Dantas, mas nunca eu estava pronto para tal visita.


Cheguei lá um pouquinho antes da chegada do Professor Pereira e sua esposa, ambos chegaram acompanhados do proprietário do "Museu" Professor Benedito Vasconcelos Mendes. 

Museu do Sertão conta a história do homem no semiárido com seus instrumentos de trabalho - desimbloglio.blogspot.com
oestenews-cultura.blogspot.com

O Museu fica localizado distante da cidade de Mossoró 5km, na estrada que segue para Alagoinha, município de Mossoró, e em companhia do Professor Pereira, sua esposa dona Fátima, meu cunhado Manoel Pereira (Nezinho), mais o proprietário professor Benedito Vasconcelos passamos o resto da tarde percorrendo os grandes galpões, os quais guardam as peças históricas adquiridas com os recursos próprios  do fundador. E veja que outros galpões, nós não os visitamos, por falta de tempo. 

professor-alanmartins.blogspot.com
noticiasdevenhavereregiao.blogspot.com

Você que sempre visita esta cidade, um dia, procura conhecer o "Museu do Sertão" do professor Benedito Vasconcelos Mendes, que com certeza, você verá peças antigas que nunca seus olhos viram em lugar nenhum.

genildomiranda.blogspot.com
desimbloglio.blogspot.com

Tem peças que foram usadas pelos índios da região, como urupemas, esteiras, flechas, enormes parafusos feitos de madeira, máquinas gráficas, fósseis de animais, carroças antigas, alambiques, peças que fabricavam rapadura, bulandeiras, máquinas de costura secular, balanças, máquinas de escrever (antigas), ancoretas, roladeiras (que segundo o professor Benedito Vasconcelos Mendes, uma criação mossoroense), serrotes com dois cabos, prensas, enormes tachos para a fabricação de queijo, canoas construídas pelos índios... Seus olhos irão ver o que ainda não viram. 

professor-alanmartins.blogspot.com
icapuidetradicoes.blogspot.com

Você que nasceu em Mossoró também precisa visitar este enorme e valioso acervo para a cultura. O acervo ocupa uma área de 14 hectares de terra. 

www.caldeiraodochico.com.br
www.ricardobanana.com

Você será bem recebido, e o professor Benedito Vasconcelos lhe acompanhará durante toda visita ao Museu, explicando a finalidade de cada peça, e pense numa pessoa popular.

desimbloglio.blogspot.com
www.matraqueando.com.br

O "Museu do Sertão" também tem enormes estátuas das nossas personalidades: O Beato Lourenço, Padre Cícero, Patativa do Assaré, Zumbi dos Palmares, Frei Damião, Lampião e outras e outras personalidades do nosso Nordeste Brasileiro. O Museu é fantástico.

desimbloglio.blogspot.com
blogdeluizrocha.blogspot.com

Ao visitá-lo, você não se arrependerá de jeito nenhum. Ao contrário. Voltará outras vezes e será acompanhado de amigos e amigas. 

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A DESTRUIÇÃO DE MONUMENTOS HISTÓRICOS NA GUERRA CIVIL DA SÍRIA

Publicado em 15/05/2014 por Rostand Medeiros

Como vem ocorrendo de forma quase que corriqueira, que nem sequer damos muita atenção aqui no Brasil, a trágica guerra civil na Síria continua sem resolução à vista e o número de mortos do conflito continua a subir. Sem dúvida que a perda de vidas humanas, a maior parte de civis, é algo verdadeiramente terrível neste conflito, que dia após dia está esfacelando um dos mais antigos povos do planeta.


Mas esta não é a única consequência desastrosa deste conflito – o patrimônio histórico e arquitetônico da Síria está sendo feito gradativamente em pedaços.


A UNESCO verdadeiramente implorou para que ambos os lados da contenda respeitassem e protegessem os artefatos históricos sírios, verdadeiros tesouros da humanidade. Porém, dada a disposição do ditador Bashar al-Assad para matar impiedosamente dezenas de milhares de seus próprios cidadãos, é improvável que ele vá mostrar algum respeito por monumentos históricos de seu país.

Sem jamais esquecer e menosprezar a cataclísmica perda de vidas humanas, trago aos leitores do nosso Tok de História as terríveis fotos de cinco dos mais importantes monumentos históricos e arquitetônicos sírios, que foram danificados ou destruídos nesta sangrenta guerra civil:

1-Mesquita Umayyad

Localizado na antiga cidade de Aleppo, a Mesquita Umayyad é um monumento sírio qualificado pela UNESCO como Patrimônio Mundial.


É também uma das mesquitas mais antigas e importantes do mundo. Tanto as forças do Regime  de Assad, quanto a sua oposição têm lutado pelo controle do prédio, absolutamente destruindo-o neste processo. O minarete que tinha quase 1.000 anos, foi finalmente derrubado no início deste ano.


Em uma entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Helga Seeden, professora de arqueologia na Universidade Americana de Beirute, colocou essa perda no seguinte contexto: “Isto é como explodir o Taj Mahal, ou destruir a Acrópole em Atenas. Esta mesquita é um santuário de vida… Isso é um desastre. Em termos de patrimônio, este é o pior caso de destruição que já vi na Síria. Estou horrorizada”.

2-Mercado Al-Madina

Localizado  no coração da cidade de Allepo, com as suas ruas estreitas e longas, o mercado Al-Madina é o maior mercado histórico coberto do mundo, com uma extensão aproximada de 13 quilômetros.


Até pouco tempo era um importante centro de comércio de bens de luxo importados, como a seda crua do Irã, especiarias e corantes da India e muitos outros produtos. Al-Madina também é o lar de produtos locais, tais como produtos agrícolas, sabão e a maioria de suas lojas remontam ao século 14.


Listado como Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1986, foi amplamente queimado e grande parte destruído durante luta que começou em setembro de 2012.

3-Mesquita Al-Omari 

Esta mesquita, fundada no início do século VIII, tal como Umayyad, uma das mais antigas mesquitas do mundo.


Durante os primeiros dias da guerra, ele serviu como um hospital de campanha e santuário para os oposicionistas.


Em 2013, seu minarete foi destruído. Ambos os lados acusam o outro de ser responsável pela sua destruição.

4-Krak des Chevaliers

Uma dos seis locais listados como Patrimônio Mundial da UNESCO na Síria, o Krak des Chevaliers era um dos castelos medievais mais bem preservados do mundo. Combatentes da oposição lutam para manter o domínio sobre esta estratégica e importante fortaleza há mais de dois anos.


Designado pelos muçulmanos como “qalajat al-Husn“, localiza-se na a 65 km a oeste da cidade de Homs, perto da fronteira com o Líbano. A expressão “Krak”, ou “Karak”, designa um tipo de fortificação erguida no Séc. XII e XIII pelos Cruzados, nas regiões das atuais Síria e Palestina. Tinham o objetivo de assegurar a defesa dos chamados “Reinos Latinos do Oriente”. Os principais Kraks eram este na Síria, que defendia o limite Nordeste do Condado de Trípoli, o Krak de Montreal, em al-Chawbak, defendendo o limite Sudeste do Reino de Jerusalém, e o Krak de Moab, em al-Karak, também no Reino de Jerusalém.


O Krak des Chevaliers, ou Krak dos Cavaleiros, foi erguido sobre um esporão rochoso do deserto sírio. Mas isso não impediu o devastador bombardeio aéreo e de artilharia das forças do regime, com ápice no dia 21 de outubro de 2013. E essa devastação não tem fim à vista.

5-Palmyra

Esta é uma antiga cidade na Síria central, localizada num oásis a cerca de 210 km a nordeste de Damasco, capital deste antigo país.


A localização estratégica da cidade, aproximadamente a meio caminho de distância que entre o Mar Mediterrâneo e o Rio Eufrates, tornou-a num ponto de passagem obrigatório para muitas das caravanas que seguiam aí a sua rota comercial.


Como as forças de oposição lutam contra o exército sírio em torno deste antigo oásis no deserto, as ruínas deslumbrantes tem sido abaladas por disparos de canhões, morteiros e foguetes.

De nossa parte rezamos pelo fim deste conflito.

E tem gente que ainda acha que uma das soluções para melhorar o Brasil seria uma guerra civil devastadora. Meu Deus, perdoai estas pessoas pois não sabem o que falam!




Extraído do blog http://tokdehistoria.com.br do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

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ESCRITOR JOSÉ BEZERRA VISITA JOÃO DE SOUSA LIMA

Por João de Sousa Lima

O escritor José Bezerra Lima Irmão acaba de lançar seu mais novo livro: Lampião a Raposa das Caatingas.


A cidade de Paulo Afonso foi apresentada ao escritor que esteve com João de Sousa Lima, há alguns anos, visitando os lugares históricos.


José Bezerra fez questão de vir a Paulo Afonso e presentear João com um exemplar.

O livro recém lançado tem aproximadamente 
700 páginas e custa R$ 90,00. 
Para adquirir seu exemplar pode ser diretamente com 
João de Sousa Lima pelos telefones: 
75-8807-4138 ou 9101-2501 e pelos emails: joaoarquivo44@bol.com.br / 
joao.sousalima@bol.com.br

http://www.joaodesousalima.com/
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