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domingo, 26 de maio de 2024

JOSÉ KEHRLE O PADRE ALEMÃO QUE FEZ HISTÓRIA EM SERRA TALHADA

 


O “Viagem ao Passado” resgata para os leitores um pouco da história Padre José Kehrle, um dos primeiros da família alemã a desembarcar no Brasil e a fincar raízes em Serra Talhada. O jovem padre chegou à cidade com 21 anos de idade e só foi em embora por perseguição política, as vésperas da decretação do Estado Novo, em 1936, aos 35 anos.

A foto em destaque foi doada à Paróquia de Nossa Senhora da Penha por uma de suas sobrinhas que reside em Serra Talhada, a Professora Emma Kehrle. Dona Emma que também doou um óculos de uso pessoal do padre, uma imagem do Menino Jesus que ficava em seu altar particular e uma lembrancinha do seu Jubileu de ordenação sacerdotal.

As relíquias foram conduzidas pelo jovem estudante de medicina, Matheus Magalhães, até o atual administrador da Paróquia. Ainda não se sabe onde as peças serão colocadas para serem expostas ao público. Vale registrar que o Padre José Kehrle foi o responsável pelo inicio das obras da atual Igreja Matriz da Penha.

A VIDA E A OBRA DE UM HISTÓRICO SACERDOTE

Os relatos abaixo resumem uma cronologia elaborada pelo próprio Pe. José Kehrle em carta datilografada para um sobrinho no ano de 1975. Nascido em 19 de maio de 1891, em Rheinstetten – Alemanha, o Padre José Kehrle chegou a cursar medicina na Universidade de Munique tendo desistido da carreira no último ano de faculdade para ingressar no seminário e tornar-se sacerdote.

Veio para o Brasil em 1909 e ordenou-se em 14 de março de 1914, em Olinda-PE tendo sido transferido no ano seguinte para Quixadá-CE onde chegou a ter contato com Pe. Cícero em Juazeiro. No ano seguinte, foi encarregado de assumir a secretaria do bispado de Floresta, onde ficou por quatro anos até, em 1919, se tornar o primeiro pároco de Rio Branco, atual Arcoverde. Nesta última cidade chegou a criar uma pequena banda e um “jornal falado”, com o intuído de gerar meios de distração para a população local.

Ainda em 1919 recebeu a ordem de retornar a Floresta junto a seu irmão, o também padre, Luiz Kehrle, onde foram incumbidos de construir uma nova catedral na cidade. Levantou-se uma discussão sobre o melhor local para erguer a construção e o padre José, por sugerir um plebiscito para a tomada da decisão, acabou sendo ameaçado pelo prefeito e seus jagunços tendo que se retirar da cidade no mesmo dia.

Nesta época, Pe. José Kehrle começou a sofrer diversas perseguições políticas tendo sido acusado de ser inimigo do Brasil (por ser Alemão) e de ser protetor de Lampião. Chegou inclusive a ser ameaçado de morte pelo chefe de polícia de Recife.

Em 1922 assume a paróquia de Nossa Senhora da Penha em Vila Bela (atual Serra Talhada) ficando também responsável pela paróquia de São José do Belmonte. Em Vila Bela deixou seu marco quando resolveu demolir a antiga igreja de duas torres (construção de traços muito rústicos e desarmoniosos para dar início à construção da atual Igreja matriz.

A construção seguiu até o ano de 1936 quando, por questões políticas, Pe. José foi transferido de volta ao secretariado da Diocese em Pesqueira. Na sede da diocese começou a presenciar diversas aparições de Nossa Senhora das Graças que lhe avisava de muitos fatos futuros de sua vida pessoal e sacerdotal (os relatos dessas aparições constam no livro: “Eu sou a Graça”, de Dom Rafael Maria Francisco da Silva).

Ainda em sua missão pelo Sertão pernambucano, o padre alemão passou pelas cidades de Venturosa, Afogados da Ingazeira, Brejo da Madre de Deus e Moxotó. Por fim, chegou em Buíque no ano de 1947, onde construiu sua casa e a Capela de Nossa Senhora das Graças, criou uma escola de educação agrícola e uma maternidade com recursos vindos da Alemanha, escreveu livros que foram censurados e atendia muitos pobres que vinham buscar remédios, esmolas e conforto espiritual.

José Kehrle faleceu em Buíque no ano de 1978, aos 87 anos. Sua grandiosa contribuição para a história do interior de Pernambuco ainda é pouco divulgada, mas seu pioneirismo e suas ideias inovadoras foram fundamentais para o crescimento e propagação da fé cristã pelo sertão do estado.

 

O Padre José Kehrle, o quarto da direita para esquerda, na farmácia do Dr. Lima Pachêco, na então cidade de Villa Bella, em agosto de 1928

 

O Padre José Kehrle, ao centro, na antiga Igreja de N. S. da Penha, construída em 1872 e demolida e 1925, o prédio ficava localizado no centro da Praça Sérgio Magalhães, no ponto onde atualmente fica o pé de catingueira metálico



 

Relíquias do Padre José Kehrle doadas pela sobrinha Emma Kehrle

Pescado em O Farol de notícias

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MARIA BONITA E LAMPIÃO

 Por Tico Garrincha

Obra disponível. Mede 40x50 . Acrilica sobre tela. 

Meu WhatsApp 84 98747-0626

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SÓ COMO ARQUIVO - SÍLVIO SANTOS E...

 Coração e Emoção

Sílvio Santos

Há muitos anos atrás, quando tudo estava iniciando em minha vida, eu andava de porta em porta dos comércios procurando emprego. Ninguém queria me contratar, então falei: “vou até a lanchonete do Roque”. 

Roque e Sílvio Santos

Chegando em frente à lanchonete, estava logo uma placa: PRECISA-SE DE ATENDENTE. Meus olhos brilharam de felicidade, pois naquele momento meus pensamentos eram os melhores, é claro. Roque era meu amigo, uma vaga, eu tinha certeza que iria conseguir. Chamei ele em um canto e falei: “Amigo preciso dessa vaga de atendente. Você sabe da minha situação, vou me empenhar ao máximo pode ter certeza, só preciso da vaga URGENTE”.

Então ele olhou pra mim e disse: “amigo não me leva a mal, mas eu preciso de uma moça, bonita, cheirosa e malhada pra trazer freguesia”.

Naquele momento as lagrimas caíram, eu disse: “tudo bem meu amigo, sucesso pra você”.

Então decidi vender minha bicicleta e comprei balas, canetas e doces pra vender na praia. As coisas foram dando certo, comprei uma BANCA, fiz faculdade, trabalhei em uma embarcação, ganhei um programa, virei dono da SBT. Anos depois quando eu já era dono do SBT, após apresentar o programa, minha assessoria disse: “tem um homem baixinho moreno te chamando, disse que é seu amigo de infância e que precisava muito falar contigo”. Fui até a portaria e era o Roque: “Silvio, desculpa por aquele dia. Faz anos que não nos falamos”.

Sílvio Santos

Naquele momento vendo a situação dele eu disse: “Não precisa falar nada amigo, aquele NÃO, foi a melhor coisa que eu recebi na minha vida, foi a partir daquele não que eu corri atrás dos objetivos que eu realmente queria pra minha vida, OBRIGADO AMIGO!”

E disse mais para ele naquele momento: “Deus pode fechar, 1, 2, 3 milhares de portas, mas ELE sempre vai reservar uma porta certa pra você, entre comigo, sei do que precisa, vamos até o meu camarim, coma alguma coisa e vamos até o RH, a partir de hoje você vai trabalhar comigo”.

“Hoje faz mais de 30 anos que Roque trabalha comigo no SBT”.

Deixo para todos vocês: “Não desista! Mesmo que a porta se feche, coloque em sua mente que você vai vencer, lute com suas garras, não desista, nunca pensa em desistir, pois a vitória é sua”

— Silvio Santos

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CURIOSIDADE - LAMPIÃO SÓ TEVE FILHA MULHER?

 

Há muitos que quando tomam conhecimento da história de Oxente torcem o nariz, principalmente os conterrâneos, dizem que o quadrinho conta uma história mentirosa e que Lampião nunca teve filho homem, porém Oxente se trata de uma ficção.

Realmente segundo a história, Virgulino Ferreira, vulgo Lampião, e Maria bonita tiveram apenas uma filha chamada Expedita Ferreira Nunes; esse era o único registro de paternidade dele até então.

Mas com o passar dos anos, em 1994 descobriu se um filho homem legítimo de Lampião conhecido como João peitudo, de nome João Ferreira da Silva. Essa descoberta abre um leque de teorias e especulações, quem pode garantir quantos filhos Lampião teve ao todo?

Sabe se que os cangaceiros naquela época cometiam diversas barbaridades por onde passavam, inclusive o estupro, quem pode garantir que essas mulheres não deram luz ao fruto desses atos criminosos? Isso só Deus pode saber, mas o que eu quero dizer é, Serafim é um personagem fictício, mas não deixa de ser uma possibilidade na vida real como aconteceu com João peitudo. Então enxerguem Oxente como uma história de um universo paralelo onde as possibilidades da vida real se colidem e passam a fazer um pouco de sentido. Agora a pergunta que não quer calar - " Será que Lampião tem mais algum filho espalhado por esse nordeste?"

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AQUI FOI SEPULTADO O CORONEL SANTANA - CANAL CANGAÇO EM FOCO

 Por Getúlio Moura

Visitamos o Cemitério Público de Barbalha/CE. Junto com o neto do coronel santana, fomos ao local onde o mesmo foi enterrado.

Visitamos o Cemitério Público de Barbalha/CE. Junto com o neto do coronel santana, fomos ao local onde o mesmo foi enterrado.


https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

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MULHERES DO CANGAÇO

 Por Ricardo P. Medeiros


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A INFLUÊNCIA RELIGIOSA DE DELMIRO GOUVEIA: UMA PERSPECTIVA ISLÂMICA NA VILA DA PEDRA

 Por Gilmar Teixeira

Na pequena vila de Pedra, no sertão nordestino do Brasil, a religião de Delmiro Gouveia permeia não apenas as estruturas físicas, mas também a identidade espiritual da comunidade. A história singular desse visionário industrial, que marcou a região com sua visão e determinação, revela uma forte ligação com a fé islâmica.

Delmiro Gouveia, conhecido por sua notável contribuição para o desenvolvimento econômico da região, demonstrou um profundo respeito e afinidade pela religião islâmica. Sua recusa em permitir a construção de uma igreja católica na vila evidencia não apenas uma postura de liderança inflexível, mas também uma dedicação inabalável aos princípios de sua fé.



A presença marcante de símbolos islâmicos em todas as suas construções é um testemunho tangível dessa devoção. Cada edifício erguido por Gouveia parece ecoar os valores e crenças que ele abraçava, celebrando uma tradição milenar que ressoa além das fronteiras geográficas.

Para entender a profundidade dessa ligação, é necessário explorar os fundamentos do Islã que moldaram a vida e os ideais de Delmiro Gouveia. Sua paixão pelo conhecimento, sua ética de trabalho incansável e seu compromisso com a justiça social refletem os princípios islâmicos de educação, trabalho árduo e equidade.

No entanto, é importante ressaltar que, embora Delmiro Gouveia tenha sido influenciado pelo Islã, sua abordagem religiosa era única e pessoal. Sua jornada espiritual pode ter sido enraizada na tradição islâmica, mas sua interpretação e aplicação desses princípios foram moldadas por sua própria experiência e contexto cultural.

A marca deixada por Delmiro Gouveia na vila da Pedra transcende o aspecto puramente econômico e industrial. Sua religião, intrinsecamente entrelaçada com sua identidade e legado, continua a inspirar e desafiar aqueles que buscam compreender a complexidade da fé e sua influência sobre a história e a sociedade.

Gilmar Teixeira, pesquisador e escritor - Conselheiro Cariri Cangaço

 https://cariricangaco.blogspot.com/2024/05/a-influencia-religiosa-de-delmiro.html

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