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terça-feira, 29 de março de 2022

ATAQUE DOS CACHORROS


*Rangel Alves da Costa

Poderia ser Ataque dos Cães, mas melhor Ataque dos Cachorros mesmo. E assim por que a selvageria é a mesma, a voracidade é a mesma, a mordida por gestos e atitudes é a mesma.

Que mundo selvagem este. Não mais aquele tempo de conquistas do velho oeste americano, de saloons com seus bêbados violentos, de carruagens sendo atacadas por índios ferozes, de xerifes com estrela no peito, de duelos ao pôr do sol.

Mas um mundo de asfalto, de modernidade e as mesmas violências. Mas com uma violência pior ainda: a perda da paz interior pelos ataques dos cachorros ao redor. Todos humanos, porém.

Quando os cachorros humanos se põem ao ataque - e sempre atacam a todo instante – não há mais liberdade, não há mais integrante física ou mental, não há mais direito de escolha, não há mais cada um sendo dono de sua própria vida. Logo chegam os ataques e as mordidas.

Os carnívoros humanos agem quase sempre iguais aos animais, aos canídeos. Muitas vezes se mostram mansos, mas apenas um disfarce às suas pretensões. Com instinto de traição, e de repente já estão avançando com unhas e dentes sobre sua presa. Sempre rosnam, sempre uivam, mas não pela valentia, e sim para atemorizar.

E assim o homem vai se tornando presa do homem, do cachorro em sua mais deplorável concepção. Ora, quando se diz que determinado sujeito é um cachorro, quis dizer que não vale nada. Quando diz que é pior de cachorro, então coloco o outro na fundura da desonra. 

Certamente que os cães não merecem tais comparativos com os humanos. O cachorro de rua, também conhecido como vira-lata, possui personalidade animal muito superior à humana. Mesmo sendo de rua, ataca quando é atacado, andeja para sobreviver, possui sua vida de esquina e esquina sem se importar nem ter inveja do cachorro da madame ou do cão de raça bem protegido atrás do muro.

O cachorro humano – voltando à caracterização desprezível que muitos indivíduos possuem – é certamente o pior animal do mundo. O canídeo não mente pretensiosamente, o carnívoro não trai por exacerbação de maldade, o cachorro não apunhala falsamente o outro da espécie pelas costas.

O pior é que ninguém, absolutamente ninguém, está devidamente protegido dos ataques dos cachorros humanos. Parece uma horda faminta por ferir, por denegrir, por macular, por desonrar, por atingir de qualquer modo a paz do outro. Com palavras, gestos e atitudes, que são mais perigosos que o veneno, então vão espalhando os seus ódios e suas desumanidades sobre todos.

Quando atacam, e sempre atacam, os cachorros humanos gostam de escolher aspectos sensíveis ao outro. Ora, o que uma pessoa tem a ver com as escolhas do outro, com a vida sexual do outro, com a opção sexual do outro, com a cor da pele do outro, com a condição socioeconômica do outro?

Mas sempre tem e sempre ataca. Não gosto de preto, não gosto de pobre, não gosto de viado nem de sapatão, não gosto de quem luta honestamente para sobreviver, não gosto que seja um centímetro maior do que eu. O outro tem que ser mais baixo, e em tudo. E tem que se ajoelhar perante às suas maldades. E há muito cachorro pensando e agindo assim.

E uma difícil luta contra os ataques dos cachorros. A vida íntima de cada um parece ser vigiada a todo instante. Quando não há nada a ser dito, então a mentira toma o lugar da verdade. E daí em diante as fofocas cumprem o seu papel de macular as inocências e as boas atitudes daqueles que estão de janelas e portas fechadas exatamente para se proteger do ataque dos cachorros.

Mas, como dito, não há jeito. Os cachorros sempre atacam.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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MANDIOCA

Clerisvaldo B. Chagas, 29 de março de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.681

Passeando pelos campos encontramos uma pequena roça de mandioca, o que indica persistência de certo agricultor. Para quem aprecia a zona rural, a paisagem de um roçado qualquer é sempre gratificante, porém, existem muitas coisas de ordem pessoal no olhar. Não deixamos de registrar as roças que chamam mais atenção pela beleza das plantas em estágio avançado. Ver uma roça de milho bonecando faz parte da beleza exuberante da planta. Uma roça de milho é belíssima, com seus frutos ou mesmo ainda sem eles, foi o que sempre acusou o nosso olhar durante tanto tempo de vida sertaneja. Outro plantio que sempre nos chamou a atenção também pela beleza e elegância, foi o pé de mandioca.  Sua folhagem completamente diferente, rendada, é de uma beleza única nos roçados.

MANDIOCAL (FOTO G1).

 Realça a elegância da planta, o espaçamento dirigido pelo agricultor e a limpeza da roça em questão. Você contempla ao mesmo tempo a planta e a terra trabalhada. E por ser um plantio de baixo porte, dá para vê muito bem a Natureza e a interferência do homem. Em nossa opinião, nem uma roça “plantation” de algodão supera a planta ajardinada da mandioca. Esse produto sempre fez parte do tripé da agricultura de roça do sertão: feijão, milho e mandioca. Sempre foi a tradição sertaneja e que vem rareando sua existência e crescendo esse mesmo cultivo na região de Agreste. Lembra-me que quando os incentivos governamentais chegaram ao sertão com as construções de modernas casas-de-farinha, houve a coincidência de queda gradativa desse produto;

Nem toda terra serve para o cultivo da mandioca. Talvez tenha sido isso que influenciou no desestímulo ou até mesmo o preço não compensativo. Mas, falar da mandioca em geral é entrar numa vasta literatura de páginas sem fim. Seu histórico, seus benefícios para a saúde, sua diversidade na indústria e sua aceitação em todos os recantos do País. Ainda tem a parte chula dos engraçadinhos de plantão. Entretanto, queríamos apenas expressar a beleza da planta que infelizmente não serve para jardim doméstico, embora seja ajardinada. De qualquer maneira afastamos o estresse citadino do cotidiano e voltamos de pulmões limpos e leveza na alma, após cenário verde e calmante do campo.

Os indígenas estavam certos.

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2022/03/mandioca-clerisvaldob.html

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UMA VERDADEIRA RELÍQUIA HISTÓRICA.

Por Cangaçologia

Subgrupo do bando de Lampião liderado por Zé Sereno.

Fotografia registrada no ano de 1937 no distrito de Amparo de São Francisco no estado de Sergipe que na época pertencia ao município de Propriá e posteriormente elevada a condição de cidade.

Infelizmente não se sabe a identidade do fotografo que registrou o grupo liderado por Zé Sereno nessa ocasião.

Essa fotografia pertence ao acervo pessoal de Dona Carmosina dos Santos.

Fotografia gentilmente enviada por Claudinei Pereira.

Na fotografia da esquerda para a direita estão os cangaceiros: Marinheiro II (Marinheirinho) irmão de Sila e cunhado de Zé Sereno cujo nome verdadeiro era Antônio Paulo de Souza, Zé Sereno (José Ribeiro Filho), desconhecido, Saracura (Benício Alves dos Santos) e outro cangaceiro de identidade desconhecida.

Geraldo Antônio De Souza Júnior

https://www.facebook.com/Cangacologia/photos/a.435268929895318/4932521243503375/

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O CANGACEIRO BALISA E AS REVELAÇÕES SOBRE A TENTATIVA DE INVASÃO A MOSSORÓ

 Por Nas Pegadas da História

https://www.youtube.com/watch?v=fGeykga-kf4&ab_channel=NASPEGADASDAHIST%C3%93RIA

O Cangaceiro Balisa e as revelações sobre a tentativa de invasão a Mossoró Se você quer ajudar nosso Canal, a nossa chave do PIX é 85987703564 ou se quiser ajudar com doações de livros e revistas favor entrar em contato com o e-mail: jflavioneres@gmail.com ✔✍📖CURSO ESCREVA UM CORDEL EM 40 DIAS https://go.hotmart.com/B67573637C ✔✍📖CURSO DESVENDANDO OS SEGREDOS DO REPENTE 2022: aprenda a improvisar com um repentista. https://go.hotmart.com/E67574245F LIVROS ✔👀Lampião, Senhor do Sertão. Vidas e Mortes de Um Cangaceiro https://amzn.to/3t3Afm6 ✔👀Apagando o Lampião: Vida e morte do rei do cangaço https://amzn.to/3pcnl4a https://ler-para-melhor-viver.webnode... https://jflavioneres-nph-livraria.fre... CANAIS PARCEIROS: 😊👀 UMA HISTÓRIA PARA A MEMÓRIA https://url.gratis/EKbuum 😊👀 ROSINHA VIDA MINHA: https://www.youtube.com/channel/UCE32... 😊👀 Pr. FLÁVIO NERES : https://www.youtube.com/channel/UCuM7... DICAS DE LIVROS. https://ler-para-melhor-viver.webnode... https://jflavioneres-nph-livraria.fre...

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CANUDOS DE ANTÔNIO CONSELHEIRO - 2018

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=qZwrevWKVmU&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Canudos de Antônio Conselheiro - 2018.
O registro de uma viagem à velha Canudos de Antônio Conselheiro e também às ruínas da segunda Canudos que, devido à seca, ambas afloraram das águas do Cocorobó.
Link desse vídeo: https://youtu.be/qZwrevWKVmU

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CANUDOS

Por Histórias do Brasil - Canudos 

https://www.youtube.com/watch?v=OtytnH59p3o

O líder messiânico Antônio Conselheiro e o massacre da comunidade de Canudos, no interior da Bahia. Publicado na internet em 08/08/2017.

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A AÇÃO NOBRE DE UM RUDE.

 

Ângelo Osmiro

Conta o escritor Ângelo Osmiro Barreto que em 1910, durante o período da Semana Santa, o lendário Cassimiro Honório, um velho cangaceiro do alto sertão pernambucano, da afamada região do Navio, promoveu um formidável cerco a um dos seus inimigos José de Sousa.


Melânia era filha de Cassimiro Honório, havia sido roubada por José de Sousa. O pai da moça, inconformado com a atitude do jovem sertanejo, arregimentou um grande contingente de cangaceiros e retomou a filha do jovem apaixonado. O episódio criou grande rivalidade entre os dois sertanejos, homens valentes e acostumados às lutas, numa época em que as divergências eram resolvidas à bala. A justiça, pouco ou nada fazia para resolver essas pendengas.

Durante um grande cerco promovido por Cassimiro Honório à fazenda de José de Sousa que durou sete dias, um fato interessante chamou a atenção de todos.

Dentre muitos homens valentes de ambos os lados, um iria se destacar pela sua atitude nobre. José Rajado, sertanejo rude com sangue no olho como se diz até hoje naqueles sertões, brigava entrincheirado ao lado dos comandados de Cassimiro Honório.

Passados três dias de luta renhida, José Rajado escutou um choro de criança vindo de dentro da casa sitiada. O choro persistente chamou a atenção do cangaceiro.

Aquela criança aos prantos só poderia estar com fome, pensou o cangaceiro naquele momento da luta. Em ato repentino José Rajado levantou as mãos, e aos gritos, pediu para que o tiroteio fosse suspenso.

Surpresos com a atitude pouco comum do bravo sertanejo, os contendores pararam os tiros, e o silêncio tomou conta do lugar por alguns momentos. O cangaceiro José Rajado, propôs aos sitiados que se prometessem não alvejá-lo, iria ao curral, ordenharia umas cabras e levaria o leite para a criança que estava chorando com fome.

José de Sousa prometeu todas as garantias a José Rajado, que confiando na palavra empenhada do inimigo, foi ao curral, encheu um balde de leite e deixou-o em frente à porta da casa sitiada. Retornou ao seu local de combate, e após estar novamente seguro, o tiroteio recomeçou.

O cangaceiro José Rajado, apesar de toda sua rudeza, acabara por praticar um ato da mais alta nobreza.

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