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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O RAPOSA DAS CAATINGAS E O PESQUISADOR MIRIM PEDRO POPOFF CONTINUAM FAZENDO SUCESSO

Pedro Popoff - Foto do acervo de Carla Motta

O livro "Lampião a Raposa das Caatingas" escrito pelo pesquisador José Bezerra Lima Irmão está sendo lido pelo mais novo pesquisador do cangaço e de Luiz Gonzaga Pedro Motta Popoff.


Tanto o livro "Lampião a Raposa das Caatingas" como o pesquisador mirim "Pedro Popoff", continuam fazendo sucesso, e é que o Pedro Popoff ainda está com 9 anos, mas sabe tudo sobre cangaço e o rei do baião.


O Raposa das Caatingas já está na 3ª. Para você adquiri-lo, basta entrar em contato com o autor, ou com o professor Pereira lá de Cajazeiras no estado da Paraíba.


Se você ainda não comprou este fantástico trabalho do escritor José Bezerra Lima Irmão adquira-o agora. Saiu a 3ª Edição. Lembre-se que quando lançam livros sobre cangaço os colecionadores arrebatam logo para suas estantes. Seja mais um conhecedor das histórias sobre cangaço, para ter firmeza em determinadas reuniões quando o assunto é "cangaço".

São 736 páginas.
29 centímetros de tamanho.
19,5 de largura.
4 centímetros de altura.
Foram 11 anos de pesquisas feitas pelo autor

É o maior livro escrito até hoje sobre "Cangaço". Fala desde a juventude  e namoro dos pais de Lampião. Quem comprou, sabe muito bem a razão do "Sucesso a nível nacional do Raposa das Caatingas"
que já está na 3ª. edição.

O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:

Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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LIVRO QUE ESTÁ NO FORNO....." AS CRUZES DO CANGAÇO - OS FATOS E PERSONAGENS DE FLORESTA - PE "


O que torna o livro As Cruzes do Cangaço - Os Fatos e Personagens de Floresta, um trabalho de pesquisa tão especial? 

O livro está sendo elogiado por pesquisadores e escritores dos mais renomados em historiografia Sertaneja e Cangaceira, do Nordeste e do Brasil, como Frederico Pernambucano, João de Sousa Lima e Leonardo Ferraz Gominho. O livro apresentará além de histórias inéditas, uma coleção de fotografias nunca vistas no mundo do cangaço. O próprio comandante do Cariri Cangaço, Manoel Severo, leu o episódio da Chacina da Tapera com mais de quarenta páginas e por celular via Mensager ele comentou: SEM PALAVRAS!!!! EXCELENTE!!!!!

Na fotografia abaixo, os escritores Marcos e Cristiano colocam frente a frente, Cláudio Correia (segundo no alto, da esquerda para a direita) e Dona Luzia de Garapú . Ela, com 96 anos, assistiu a morte de seu pai, o Caboclo Garapu, e dos cangaceiros Zé Marinheiro e Sabiá (que erradamente está escrito que morreu em Serrote Preto) e Cláudio era vizinho e confidente de Zé Freire, ex - volante que estava na linha de frente no combate, acontecido no Riacho do Mundé em 1927.

A nossa satisfação é enorme, saber que todos aqueles esforços, perdas de sono, fome, sede, angústias, incertezas, chegou no patamar que almejávamos, a realização de um sonho de dois matutos aventureiros. Sem as armaduras de couro do vaqueiro, mas com a garra e a coragem típica dos Florestanos, nos embrenhamos nas caatingas virgens e quase intransponíveis da nossa terra, e como vaqueiros da história seguimos os passos do Rei do Cangaço, o Capitão Lampião, por trilhas e antigas veredas. Encontramos personagens totalmente lúcidos e que nunca foram entrevistados por nenhum outro pesquisador e por pouco não passaram despercebidos na história. 

Obrigado a todos os amigos que curtem, comentam e compartilham as nossas publicações. Obrigado pela força.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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LIVRO BEATOS E CANGACEIROS.......DIGITALIZADO...UNIVERSITY OF FLORIDA


Caros amigos:

Segue para quem ainda não conhece o link do livro completo (250 páginas) do pesquisador e escritor Xavier de Oliveira, BEATOS E CANGACEIROS, escrito no ano de 1920.


Há algum tempo que tenho esse link da UNIVERSITY OF FLORIDA DIGITAL COLLECTIONS. Como esse livro foi parar lá ninguém sabe, mas o mais importante é que está à disposição do público. Também o imprimi e encadernei, pois ainda não possuo o original que custa em torno de R$ 250,00 a 300,00 nas vendagens via internet.

A pesquisa que gerou o livro BEATOS E CANGACEIROS trata-se de um misto de estudo de psicologia social, história real, observação pessoal do autor e impressão psicológica dos então beatos mais famosos e alguns dos mais celebres cangaceiros do Nordeste, obviamente, antes de 1920, ou seja, antes da era de Lampião.

Consta que das andanças em entrevistas diversas o autor Xavier de Oliveira, também médico cearense e cronista de costumes, convivendo com os fiéis do Padre Cícero no Juazeiro do Norte, em 1915, teve o seguinte diálogo com o beato Vicente, lenhador de profissão:

Quis tirar-lhe o retrato. Não o consentiu.

- Isso é coisa da besta-fera, disse-me.

- Mas o Padre Cícero tira, ponderei-lhe, para convencê-lo.

- Sim, mas Cristo também andava sobre as águas e não se afogava. O meu padrinho pode até pisar em fogo e não se queima. Mas eu é que não quero que o "Capiroto" tenha lá o meu retrato.

Façam um bom proveito desse livro histórico. Eis o link:

Fonte: facebook
Página: Archimedes Marques
Grupo: O Cangaço

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AS ÚLTIMAS PASSAGENS DE LAMPIÃO POR ALAGOA NOVA - PARTE FINAL


Duas histórias são contadas como sendo as últimas vezes que Lampião esteve em Alagoa Nova. A primeira foi narrada por Sipriano Alves Ferreira

Joaquim Nicolau, o Quinca Niculau, do São Bento, tinha sua residência e terras nesse sítio, vizinhas ao Povoado. Ele já tivera alguns contatos com Lampião e gosava de sua confiança. Em uma de suas passagens ali, em 1926, o cangaceiro esteve em sua casa e pediu a Quinca que guardasse uma maleta e disse-lhe que não a entregasse a mais ninguém, pois um dia quando voltasse a queria de volta, em mãos. Quinca seguiu a instrução ao pé da letra. Em Patos, um certo “Senhor Salviano”, que deveria ter alguma autoridade, soube da história dessa maleta e mandou uma carta para Quinca comparecer urgente nos Patos. Chegando lá, Senhor Salviano disse que tinha um particular para conversar com ele, e seguiram de mata adentro. Ao andarem na mata, Quinca Nicolau virou-se para ele e pediu para que ele falasse; então ele disse: é que Lampião passou aqui e disse que o senhor me entregasse a maleta. Então Quinca ficou brabo e respondeu: Lampião me disse que eu não poderia entregar esta maleta para ninguém. Desconfiado, fez a volta, mandando que Salviano fosse à frente, o que foi obedecido. Ao chegar em casa, os cangaceiros de Salviano perguntaram se ele havia conseguido o objetivo.Ele respondeu: “Não me falem mais disso não, pois esse homem é uma fera, e quase me mata na mata. Quinca voltou para casa, onde viveu ainda alguns meses. No ano seguinte mudou-se para o Ceará. Dez anos depois, ao falecer, deixou a maleta com os filhos e Lampião nunca voltou para pegar.

Agda Vicente de Arruda – Em uma dessas saídas, registra-se a passagem do bando de Lampião, por Alagoa Nova.

Em um final de tarde de 1926, a tropa de Virgulino Ferreira fez parada nessa terra. Ao entardecer, já escuro, estava meu avô “tomando uma fuga” do cansaço do dia, deitado na frente da casa, junto à porta. Minha avó estava sentada na cadeira, quando chegou uma tropa montada de burro. Pelas vestimentas, Silva reconheceu o visitante e disse: “Apeie”. Desceram de suas montarias e tomaram água. Dª Agda preparou um jantar onde foi servido cuscuz, rapadura, leite e café, iguarias disponíveis da culinária da época. Ao partirem, os cangaceiros levaram panos amarrados em “trouxas”, contendo cuscuz e rapadura.

O bule de porcelana que Agda serviu o café (primeiro à esquerda).
A bandeja (acima) utilizada no casamento de Doca e Isabel, em São José, no ano de 1923.
Foto do Autor: Museu de Manaíra (2014)

A partir daí, o Sr. Manoel, esposo de Agda, por medo de ser morto, chegou a acompanhar os cangaceiros pelo período de 12 meses. Há quem diga que ele, simplesmente, teria “desaparecido” naquele período. Não se sabe, ao certo, o que ocorreu com ele[26].

[1] Existe divergência quanto à data dessa batalha.
[2] Os habitantes mais novos de Princesa e aqueles que fizeram boas pesquisas, discordam dessa versão. Existe, porém, vários dos mais antigos que afirmaram essa ocorrência. Até o velho “Nego Chico”, do Pelo Sinal, era enfático em afirmar: “Livino Ferreira era combinado com Zé Pereira”.
[3] Em 2013 foram levados três aparelhos GPS para fazer a aferição e constatou-se uma altitude de 1.138, sobre a pedra mais alta.
[4] Teria sido esse o momento em que Doca, Lampião e o parente, estariam conversando sobre a ajuda solicitada e que foram orientados a fugir para São José.
[5] Quelé residia em Alagoa Nova e dali administrava suas operações.
[6] Possivelmente, a partir daí, Lampião não estava, mas sim, Livino.
[7] Livino
[8] Livino.
[9] Livino.
[10] Era uma chuva forte.
[11] .Livino.
[12] Livino.
[13] Livino.
[14] intercedeu.
[15]  Segundo Marilourdes Ferraz, em seu Canto do Acauã, pág. 231, “A mercadoria roubada de Sousa e apreendida na casa foi entregue às autoridades paraibanas, que deram o recibo correspondente”. Quem seriam as “autoridades” que receberam a mercadoria? – As volantes paraibanas? Em Sousa ou outro lugar, não existem registros da devolução de nada.
[16] Cajazeiras (PB).
[17] Livino
[18] Ao que tudo indica, após a semana de tratamento em Triunfo – Vide Tiro no Pé - Lampião e Luís Pedro reintegram-se ao grupo.
[19] Próximo ao Pau Ferrado.
[20] Né Marcelino.
[21] Não foi Luís do Triângulo que morreu, mas um cunhado dele, de nome Chiquito.
[22] Luís do Triângulo organizou a defesa de Patos, com trinta homens bem armados, e não permitiu a entrada de Lampião. Com a morte de seu cunhado Chiquito, Luís e seu grupo iniciou longa perseguição aos cangaceiros, culminando com uma emboscada que destruíu boa parte desses bandoleiros.
[23] Existe nessa narrativa da luta do Gavião, uma dúvida quanto à exatidão da data.
[24] Enviado por Manoel dos Santos Diniz – Né Marcelino -, pai de João e Juvenal. João era um dos dois prisioneiros sequestrados.
[25] Esse cangaceiro foi ferido após longo tiroteio com a polícia, no sítio Tataíra. Foi protegido e cuidado por Manoel Lopes – o Ronco Grosso - que, posteriormente, em companhia do cangaceiro Tocha, o liquidaram, a mandado de Zé Pereira.

[26] Fato narrado por Maria Aparecida Rabelo (Gogóia), neta de Manoel Ferreira Rabelo (apelidado de “Silva”) e Agda Vicente de Arruda.

FIM.
http://www.manaira.net/canga%C3%A7o.html

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"O OLHO CEGO DE LAMPIÃO"


A versão de como Lampião teria ficado cego do seu olho direito. Em confronto com a volante, Lampião em pleno tiroteio se encontrava deitado, um soldado dispara contra um pé de quipá (planta espinhosa), que faz um dos espinhos cair dentro do olho de Lampião. Ao ficar cego dizia Lampião: - "Não me faz falta o olho cego, pois preciso fechar um para atirar". Isso aconteceu no ano de 1924/1925, nessa época lampião lutava contra as volantes do estado da Paraíba e Pernambuco.

Fonte: facebook
Página: Pedro Ralph Silva Melo

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UNIÃO ESTÁVEL, VIVACIDADE

Por Francisco de Paula Melo Aguiar
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Sem provar que contribuiu para comprar o patrimônio, nada existe para ser dividido na hora da separação entre os casais que vivem em união estável.

Francisco de Paula Melo Aguiar

Preliminarmente sabemos de que tem muita gente que resolve optar em viver amancebado e ou amancebada com gente metida à rica do que se casar com gente pobre, porém não menos digna, apenas não tem fortunas presente e ou futuras para deixar para seus dependentes quando morrer. E o instituto jurídico da união estável vem se aperfeiçoando no Brasil através da jurisprudência emanada do STF – Supremo Tribunal Federal e do STJ – Superior Tribunal de Justiça. Não faz muito tempo de que a nossa Justiça decidiu de que mulher solteira que vive em união estável com homem casado, não tem direito aos bens do mesmo, nem mesmo a pensão do INSS quando o mesmo falecer. O mesmo principio é aplicado para homem solteiro que vive com mulher casada. Não é diferente, por analogia no caso de união estável entre mulheres e ou entre homens, onde um dentre eles são legalmente casados. Antes disso também existia o famoso golpe do baú, onde uma donzela e ainda de menor idade resolvia se casar com um velho moribundo com uma vela acesa esperando a hora de viajar para a eternidade. Isso também ocorria muito com jovens do sexo masculino, ainda de menor idade, que se envolviam com idosas ricas, apelando para que elas falecessem e deixassem sua riqueza para eles. É o mundo cão mesmo, disso ninguém tem dúvida. E até porque “não há tristeza no mundo que se compare à tristeza dos olhos de um moribundo fitando uma vela acessa [...]”, segundo a trova nº 138 do poeta Américo Augusto de Souza Falcão, que nasceu santaritense na Praia de Lucena/PB, em 11 de fevereiro de 1880, filho de Mariano de Souza Falcão e Deolinda Zeferina de Carvalho Falcão. Foi advogado e jornalista. Como intelectual publicou: Auras Parahybanas, Praias, Náufragos, Visões de Outrora, Rosa de Alençon e Soluços de Realejo. Faleceu em João Pessoa/PB, no dia 09 de abril de 1942. Lá se foram os 136 anos do nascimento do maior lucenense de todos os tempos e que nasceu santaritense. E até porque, por analogia, ao instituto da união estável, objeto deste artigo, invocamos a trova nº 779 do poeta de Lucena quando afirma: “Teu olhar ao dar comigo; tem o fulgor que consola, da alegria de um mendigo; quando recebe uma esmola!”, apesar do mesmo não ter conhecido em vida o referido instituto jurídico.
             
Mas, o assunto é união estável, pois, a partir de agora no Brasil, quem vive em união estável entre homem e mulher, homem com homem, mulher com mulher, nada disso importa, no que se refere ao patrimônio construído, pois, o STJ – Superior Tribunal de Justiça decidiu que a partilha do patrimônio do casal que vive em estado de união estável não é mais automática, pois, quem comprou e registrou o bem é o seu legitimo dono e isso não se transfere por morte para o outro companheiro e ou companheira pelo fato de viverem em união estável. Quem comprar e botar o nome na escritura é o dono e o outro tem que provar entre vivos e ou pós-morte de que contribuiu com dinheiro e ou esforço pessoal para a aquisição do referido bem. Tal prova tem que ser judicial, perante o juízo de direito da localidade onde existe o bem. Quem construir um bem e registrar no seu nome é o dono, nada importa que terceiros tenham contribuído para isso na hora da divisão e ou partilha, a parte interessada terá que provar isso em juízo. Assim sendo, o STJ-Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do “Processo: AgRg no AREsp 675912 SC 2015/0058672-2
Relator(a): Ministro MOURA RIBEIRO
Julgamento: 02/06/2015
Órgão Julgador: T3 - TERCEIRA TURMA
Publicação: DJe 11/06/2015
Ementa

CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA. BENS ADQUIRIDOS NA CONSTÂNCIA DA CONVIVÊNCIA. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DO ESFORÇO COMUM. PRECEDENTE. ALTERAR A CONCLUSÃO DA INSTÂNCIA ORDINÁRIA DE QUE NÃO HOUVE A DEMOSTRAÇÃO DO ESFORÇO COMUM NA AQUISIÇÃO DO PATRIMÔNIO. REEXAME DE PROVAS. NECESSIDADE. INCIDE A SÚMULA Nº 7 DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

1. A Terceira Turma do STJ, por ocasião do julgamento do Recurso Especial nº 1.403.419/MG, julgado aos 11/11/014, da relatoria do Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, firmou o entendimento de que a Súmula nº 377 do STF, isoladamente, não confere ao companheiro o direito de meação aos frutos produzidos durante o período de união estável independentemente da demonstração do esforço comum.

2. Alterar a conclusão do Tribunal a quo de que não houve a comprovação do esforço comum na aquisição ou manutenção do patrimônio do ex-companheiro falecido demanda o reexame do conjunto fático-probatório do autos, o que não é possível de ser feito em recurso especial, a teor da Súmula nº 7 do STJ.

3. Agravo regimental não provido”

Deu um tiro de misericórdia na mamata até então existente, onde uma parte entrava só de fachada na união estável, isto é, alguém se juntava com um velho e ou uma velha, pensando só no dinheiro e nos bens materiais dele, na hora do vamos ver ninguém queria nem se quer dormir e ou ter relações sexuais entre si. Era algo de fachada, companhia de viagem, bem semelhante com a lindeza exterior dos túmulos dos cemitérios que não se abrem os seus interiores para a visitação pública. Então a decisão do STJ é sábia, pois, acabou com o arrumadinho mencionado, nada de divisão patrimonial na hora da  dissolução da união estável definitiva por morte e ou entre vivos. E até porque os optantes pela chamada união estável, além de ter que provar que contribuiu para comprar do referido bem, para puder requerer sua parte judicialmente falando, porque não existe mais lugar para a transmissão automática do bem no todo ou em parte para quem não registrou em cartório com o seu nome. Antes quem vivia em união estável tinha mais direito patrimonial do que quem vivia legalmente casado na forma da lei, pois, quem era casado através do pacto pré-nupcial, registrado em cartório na forma da lei, informava de que o patrimônio até então existente lhe pertencia e somente o patrimônio que viesse a existir a partir da data do casamento passaria a pertencer a ambos os dois, em caso de separação, divórcio e ou morte, fato esse que não aconteceria de maneira alguma com casal da união estável, advindo assim, a figura do espertalhão, do gosto e ou da gostosa, do rufião, isso em ambos os sexos, assim como tem homens vivos demais, tem mulheres também, pois, o instituto não jurídico de morar junto com outro e ou outra, servia apenas para tirar vantagens e ou proveitos próprios na hora e ou no momento da separação de fato e ou de direito entre ambos, algo que nem é paixão e muito menos amor, pois, se trata de estelionato moral puro e simples, onde uma parte procura dar o golpe no outro, por pura vivacidade.


Enviado pelo poeta e escritor Francisco de Paula Melo Aguiar

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LAMPIÃO: AS LENDAS E OS VERSOS

Por Raul Meneleu Mascarenhas

Depois de morto, Lampião foi decantado em versos e prosas e foram inventadas estórias sobrenaturais misturando-o com demônios, bodes e fogo do inferno. Era um prato cheio para os versejadores nas feiras do nordeste. 
  


A veia sobrenatural escorria célere das gargantas dos cantadores e emboladores. Lampião tinha o corpo fechado e era cheio de maldade e ódio. Por está perto de águas, seu corpo abriu para as balas dos “macacos”.

Lampião chegou ao inferno e destruiu um exército de negros, segundo José Pacheco, que em seu cordel “A Chegada de Lampião ao Inferno” que nos diz:


Morreram cem negros velhos,
Que não trabalhavam mais,
Um cão chamado Traz-Cá,
Vira-Volta e Capataz,
Tromba-suja e Bigodeira,
Um cão chamado Goteira,
Cunhado de Satanás.

O Cordelista Guaipuan Vieira, também nos fala da tentativa de Lampião entrar no céu:


Foi numa Semana Santa 
Tava o céu em oração 
São Pedro estava na porta 
Refazendo anotação 
Daqueles santos faltosos 
Quando chegou Lampião.


Mas Rodolfo Coelho Cavalcante diz que Lampião tentou ir para o céu   mas ganhou o purgatório e está lá até hoje para ser julgado.

Sobre sua maldade e valentia, muitas lendas correram de boca em boca nas esquinas das feiras e nas bodegas nordestinas. Pereira Sobrinho descreve o cangaceiro com toques de misticismo: 

Tinha todas as qualidades,
Que pode ter um vivente,
Era enfermeiro e Parteiro,
Falso, covarde e valente,
Fraco Igualmente ao sendeiro,
Astuto como serpente,
Matava por brincadeira!
Com pura perversidade,
Dava comida aos famintos,
Com amor e caridade,
Foi sanfoneiro e poeta,
De primeira qualidade.


Também sua maldade era lenda, contada por muitos poetas. Cordelistas e cantadores chegaram a contar que um dia o cangaceiro tentou matar seu filho por a criança chorar. Sabemos que Lampião não teve filhos, apenas uma filha que mora em Aracaju.

Além dos cantadores nas feiras das cidadezinhas do sertão nordestino, tinha o bando de Lampião alguns “cabras” versejadores, cantores e músicos.  No livro “Lampião: o homem que amava as mulheres: o imaginário do cangaço” de Daniel Soares Lins, nos conta que: 


“Às vezes, Lampião pedia a um companheiro para ler em voz alta os jornais ou os folhetos de cordel. O cangaceiro Gitirana, além de saber ler, era poeta e compositor, cantor — barítono — e dançarino renomado do bando. No sertão, nas noites de lua cheia, o céu eclode numa festa de estrelas. Excitados, os cangaceiros festejavam, através do canto e da poesia, o acordar dos sentidos energizado pela força da caatinga. Quando no silêncio da noite uma nostalgia de eternidade e uma vontade de amar atravessavam os corpos meio adormecidos dos cangaceiros, o Capitão, emocionado, ordenava ao poeta Gitirana que declamasse e cantasse, enchendo de uma alegria infantil o coração rude de homens e mulheres habituados a conviver com a morte que rondava apressada os recônditos da caatinga: 

Amor remexe com a gente
Chegando de supetão
Pior do que dor de dente
É sentir palpitação
Cabrocha pra ser bonita
Bonita como o amor
Basta um vestido de chita
E na cabeça uma flor!"

Tinha outro cangaceiro versejador, Labareda e também um tocador de gaita, Jandaia. Fora os sanfoneiros, inclusive Lampião, que também compôs seus versos. Dizem que em uma de suas fugas, deixou cair seu caderninho, encontrado pelos seus perseguidores.


As estórias são muitas, e muitas delas verdadeiras, mas a maioria delas são inventivas, criadas por mentes brilhantes em seus versos repentistas e cordelistas.

http://meneleu.blogspot.com.br/2016/02/lampiao-as-lendas-e-os-versos.html

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MOSSORÓ DE TODOS OS TEMPOS COM JOÃO DE DEUS - PARTE 1


Publicado em 25 de agosto de 2014
Mossoró de Todos os Tempos dia 21/08/2014
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Publicado em 4 de setembro de 2014
Mossoró de Todos os Tempos dia 28/08/2014
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PELA CRIAÇÃO DO MUSEU DO CANGAÇO

Geraldo Antônio de Souza Júnior 

Há anos venho acompanhando através de matérias de jornais e televisão a incansável luta de Vera Ferreira, neta de Lampião e Maria Bonita, em busca da criação de um Museu que abrigue a história e os objetos que pertenceram a seus avós e aos demais personagens envolvidos na história do cangaço.

Porém essa luta pelo que tenho observado não tem dado o resultado esperado, pois ela é barrada pela falta de patrocínio e pela burocracia e má vontade por parte das autoridades competentes, principalmente das Secretarias de Cultura da região Nordeste, que nada tem feito durante todo esse tempo em prol da criação desse espaço, que teria a única finalidade de preservar os objetos e a memória de todos aqueles que foram protagonistas durante o período de existência do fenômeno Cangaço (Volantes, Cangaceiros, Vitimas, etc...).

Infelizmente caros amigos (as) aqui em nosso país a história e a Cultura sempre foram varridas para debaixo do tapete do esquecimento e com a história do cangaço, não está sendo diferente.

Eu particularmente sou a favor da criação de um único Museu que sirva para abrigar todo esse material histórico em um só lugar, e principalmente, para dar a oportunidade para esta e para as gerações vindouras de conhecerem um pouco sobre a verdadeira história do Nordeste, onde o Cangaço é parte central dela.

Um “MUSEU DO CANGAÇO” surgiria como um cartão postal para qualquer uma das capitais dos estados nordestinos que tiveram a presença e a atuação do fenômeno.

Espero um dia ainda poder ver esse projeto ser realizado, mas enquanto isso não ocorre, seguirei apoiando essa luta e divulgando essa fantástica história, através da única arma que possuo, ou seja, as redes sociais.

“O CANGAÇO” e acredito eu, que a grande maioria dos membros e simpatizantes/participantes do nosso Grupo e Comunidade, apoia a criação de um único MUSEU DO CANGAÇO.

Na fotografia abaixo vemos Vera Ferreira Ferreira durante visita ao Museu Geológico da Bahia em Salvador/BA, onde na ocasião presenteou o anfitrião Rubens Antonio Antônio (Geólogo/Historiador) com um exemplar do livro “BONITA MARIA DO CAPITÃO” de sua autoria e de Germana Gonçalves de Araújo.

Fonte: facebook

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AINDA SOBRE A VELHICE

Por Rangel Alves da Costa*

Não faz muito tempo que neste mesmo espaço escrevi um texto intitulado “Queiramos a velhice”. Abordei acerca da velhice enquanto processo normal na vida humana e de sua compreensão como um tempo aonde os horizontes da existência vão sendo cada vez mais ampliados, e assim pela idade como acúmulo de experiências e sabedoria. Pretendo agora mostrar esse período da existência na perspectiva daquele que ainda não alcançou tal estágio de vida.

Inicio, então, afirmando que a vida nunca se mostra tão pesarosa e difícil que as pessoas não desejem ardentemente chegar à velhice. Nega a si mesmo quem afirmar o contrário. É propósito de cada um caminhar em cima de pedras, enfrentar as tocaias e trincheiras, pular as barreiras e vencer labirintos, mesmo suportar os terríveis desertos do ser humano, somente para chegar mais adiante e viver esse percurso final da existência.

Aquele que ainda lá não chegou muito diverge na sua concepção de velhice. Para muitos, apenas passagem para uma nova infância. Para outros, o temor pelas adversidades que surgem. A infância olha para a velhice e pergunta se vale a pena um dia ter tão majestosamente vivido, entre doces e brincadeiras, para mais tarde ter que se contentar com a fragilidade e a incerteza e, muitas vezes, com a solidão, o abandono e a tristeza.

A juventude olha para a velhice e pergunta se as lições juntadas naqueles anos todos e tantos ensinamentos aprendidos não servem para aumentar a certeza de que pouco valeu a pena ter lutado tanto, suado tanto, se desgastado tanto, para guardar como relíquia de toda a existência somente um documente dizendo que é maior de 65 anos e que, por isso mesmo, tem alguns direitos e prerrogativas.

O adulto olha para a velhice num misto de espanto e vontade de alcançar aquele mesmo percurso. E, sem saída diante daquele espelho enevoado e envelhecido que já parece ter a sua feição, é forçado a se perguntar se será possível chegar aquele estágio de vida com a mesma força e vigor que tanto festeja no corpo, sem ter que se submeter aos problemas que o ser vai tendo de suportar quanto maior for a caminhada.


Aquele que vive na trajetória final da maturidade e sem querer sua mão se estende para abrir a porta da velhice, não resta outra coisa a dizer senão pedir para entrar. O rosto e o corpo já com as marcas do tempo, os olhos sem o brilho de anos passados, os sonhos esquecidos porque não alcançados e desesperança brotando como tudo o que resta, certamente buscará amparo naquela porta. E com sorte ouvirá uma voz chamando a entrar. Fortuna dos que chegam diante dela, dos que nela podem entrar.

Não são poucos os que avistam a velhice como uma casa velha, desmoronando, caindo aos pedaços. E sequer passam perto temendo serem atingidos pelas velharias. Caminhando vão sem perceber que noutra casa não será sua moradia acaso o tempo permita. Seguindo vão sem que seus olhos tenham percebido algo muito estranho de existir numa casa tão velha: um belo jardim florido, um sorriso festivo debruçado á janela, um canto de pássaro cheio de alegria e contentamento.

Como visto, além do muro ou da porta da velhice, onde primeiro se enxerga o desgastado, há uma estação que nunca definha por desejo próprio. A velhice, pois, é estação da vida onde tudo que brota é de plenitude. Maior conhecer a vida, maior sede de vivê-la e maior ânsia de fazer aquilo que o passado não deixou e que agora a experiência e a sabedoria permitem. É o conhecimento que tem como discípulo o próprio tempo.

Ainda que chegue a saudade, que a alegria não seja infinita, que o dia amanheça e a noite venha, e em tudo o tempo e o tempo, ainda assim a velhice que está por trás daquela fachada é mais feliz do que qualquer outra coisa que os mais jovens possam imaginar. Isto porque, ao invés de envelhecer, a velhice decidiu que viver é muito melhor. E por isso que vive mais no tempo que lhe resta viver.

De repente, passando no lugar nas andanças para caçar passarinho, o menino se vê diante da casa da velhice e se assusta, e logo quer correr para longe dali. Afinal, quem é que não tem medo da velhice, pensa ele. Mas para e fica diante da casa imaginando e nem sabe o que está acontecendo lá dentro. Ai se soubesse!...

Que venham sonata e valsa que ela quer dançar. Nem venha a tristeza que ela não está. Dança ao som do vento e estonteia o tempo que foge espantado. Solta a voz em duas notas e chama os passarinhos para a orquestra que não quer parar. E uma brisa perfumada avança, uma antiga canção ecoa maravilhosa, as flores do jardim invadem e toda a natureza quer chegar mais perto para brindar aquele momento. O menino não vê, mas assim acontece lá dentro.

O menino continua temendo aproximação. Mas haverá um dia que tanto desejará abrir aquela porta e entrar. Lá dentro, na casa da velhice, perceberá que não há somente uma cadeira rente à janela e uma porção de remédios, mas um viver encantado. E tão encantado que se avista a felicidade onde se imagina apenas o sofrimento.

Poeta e cronista
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