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terça-feira, 10 de julho de 2018

RABO-DE-ONÇA

Clerisvaldo B. Chagas, 10 de julho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.938

         O rabo abana, Zé, mas atrapalha. E as diversas fontes procuradas não colocam hífen no rabo da onça. Para que rabo de onça quer hífen, “primo véi?”. Taí, então, rabo sem os pestes dos traços. Vamos mergulhando no Sertão de Conselheiro, padre Cícero, Gonzaga, Jesus e nosso. É muito espinho para um lugar só: Mandacaru, facheiro, xique-xique, alastrado, coroa-de-frade, favela, rasga-beiço, unha-de-gato, rabo-de-raposa e o rabo-de-onça. Mas o rabo-de-onça que falamos é um pequeno cacto ornamental. E assim, vamos à nova regra ortográfica: “O acordo regularizou o uso do hífen na grafia de todas as palavras que indicam espécies de plantas ou animais”. Acabemos a dúvida e coloquemos os benditos hífens.

RABO-DE-ONÇA. (FOTO: CLERISVALDO B. CHAGAS).
O rabo-de-raposa, adulto, não serve para jardim pequeno; cresce muito e se esgalha demais. Já o rabo-de-onça, serve muito bem para ornamentar jardins caseiros e lugares de entrada da casa. É pequeno, roliço e farto de espinhos. O seu charme são os diversos tipos de florzinhas roxas que fazem o contraste com o seu verde bastante escuro. Cabe em qualquer lugar. Pessoas usam o rabo apenas como enfeite, mas outras ainda aproveitam para se defender de possíveis demandas, assim como usam a coroa-de-frade. Alegam que o mal chegado não penetra na casa porque se engancha nos seus espinhos. É preciso, porém, cuidado em dobro se a casa tiver criança pequena. Mas que a planta é linda, não há dúvidas.
Assim é o nosso Sertão repleto de riquezas e pouco valorizado pelas autoridades. Imenso laboratório a céu aberto que não despertou ainda o olhar distante da grande maioria de escolas. E se no Nordeste nascesse mais cem Luís Gonzaga, ainda não cantariam nem um quarto dos nossos magníficos sertões. É andando pelas trilhas, em tempo de inverno, que a caatinga desabrocha em toda plenitude. E o bom observador vai passando os olhos nos lombos e na periferia dos lajeiros onde estão os pequenos cactos que embelezam a mata. Nocivo, porém, o ato desembestado de extrair para venda e ajudar assim a extinção das espécies.


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AS FOLHAS SECAS DA SOLIDÃO

*Rangel Alves da Costa

Casa abandonada ou desde muito tempo sem qualquer morador. Portas e janelas fechadas que se abriram pelas mãos dos dias e do vento. Uma visão de solidão e entristecimento.
A ventania invadindo e na casa fazendo moradia. Tufos de folhas secas, poeira e pó, restos levados nos açoites de cada dia. Sem qualquer móvel deixado, por todo lugar apenas o que a ventania desejava levar e acumular pelos cantos.
Na parte detrás, apenas um quintal esturricado e sem um varal sequer como recordação. Na parte da frente, adiante da janela e da porta, um triste e abandonado jardim, um mundo solitário e angustiante entre canteiros ressequidos.
As horas passam como se não existisse manhã, entardecer ou anoitecer. Tudo sempre no mesmo desalento e na mesma solidão. Todas as vozes silenciadas, todos os murmúrios calados, todos os sons simplesmente desparecidos.
Mas nem tudo. De repente os sopros velozes, vorazes, assustadores, dos açoites chegados com a ventania. Em instantes assim, como se tudo fosse arrastado pelos ares, as folhas secas se tronam em turbilhão e vão adormecer pelas salas e quartos da casa abandonada.
Nem sempre assim acontece. Dias e mais dias, meses e meses, na mansidão absoluta, na calmaria mais preguiçosa. O vento apenas soprando, as folhas apenas voejando, as árvores farfalhando seus segredos e mistérios.
Qualquer olhar que se lance a esta paisagem logo entristecerá. Não haverá motivo algum para ser diferente. Um jardim de plantas mortas, um canteiro relegado ao esquecimento, velhas amendoeiras que despejam suas folhas em profusão.


No canto do jardim um velho e retorcido banco. Acima da madeira apenas folhas e mais folhas secas. Abaixo e ao redor do banco apenas folhas e mais folhas secas. Não há mais nenhuma mão que ali chegue para afastar os outonos e sentar para apreciar a paisagem ocre.
Onde estão os pássaros, as borboletas, as abelhas, os cantos e os madrigais? Onde estão as folhas viçosas, as flores belas, os colibris? Onde estão a porta e a janela que se abriam e os passos que lentamente seguiam ao seu redor?
Tudo de um dia, no passado. E tudo parecido tão dolorosamente distante. Não se sabe bem os motivos, mas a verdade é que um dia a porta não foi mais fechada, a janela não foi fechada, e tudo ficou na feição melancólica e angustiante do abandono.
Depois da porta o silêncio e as folhas entulhadas. Depois da porta, para o lado de fora, apenas a desolação. A dança das folhas secas, o bailado das folhas mortas, a canção do vento zunindo um mistério agonizante.
Acaso olhos tivessem avistado, a última presença humana ali existente havia fechado a porta e a janela e saído. Não se sabe se pegou estrada, se ficou pelos arredores, se sentou no banco, se voltou pela porta do fundo. Ninguém sabe mais de nada depois disso.
Um dia, talvez sentindo estranheza naquela porta e janela sempre fechadas, a ventania cuidou de se certificar se ainda havia gente lá dentro. No primeiro dia, soprou forte e forçou as trancas. No segundo dia, soprou ainda mais forte e sentiu que não havia mais nenhum empecilhou.
No terceiro dia não precisou sequer açoitar. Apenas empurrou e tudo se abriu. Daí em diante somente suas folhas secas foram sendo acumuladas pelas dependências nuas. Tantas eram as folhas secas que de vez em quando o próprio vento soprava de dentro pra fora para limpar.
E assim os dias foram passando. Até que a casa, já em escombros, caísse por cima das folhas secas e tudo se transformasse como num campo devastado de guerra. Ou apenas um cemitério e um epitáfio: Aqui a vida, um dia!

Escritor
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CABEÇAS CORTADAS.

Uma fotografia macabra...

... mas que faz parte da iconografia do cangaço e mostra a realidade dos sertões do Nordeste em uma época em que o cangaceirismo/banditismo imperava.

A fotografia apresenta as cabeças decepadas dos cangaceiros Serra Branca (Esquerda), sua companheira Eleonora (Centro) e do cangaceiro Ameaça (o), mortos no dia 20 de fevereiro de 1938, nas proximidades de Inhapi em Alagoas, por membros da Força Policial Volante comandada pelo Tenente João Bezerra, na ocasião comandados pelo Cabo Juvêncio.

Serra Branca, Eleonora e Ameaça (o). 

Uma fotografia que nos remete a um período de mortes e violências em que a população rural sertaneja nordestina permanecia entregue a própria sorte e ao bel prazer de coronéis inescrupulosos, cangaceiros e da policia que agia em alguns casos de forma semelhante ou pior que os bandoleiros.

Nas quebradas do Sertão.

Geraldo Antônio De Souza Júnior

MUSEU DO CANGAÇO DE SERRA TALHADA EM PERNAMBUCO.

Algumas "chapas" em alta qualidade que foram registradas recentemente no interior do Museu do Cangaço de Serra Talhada em Pernambuco. Terra do Rei do Cangaço.

Fotos: Cassiano José









Em breve publicaremos outras imagens do Museu do Cangaço de Serra Talhada/PE.

Aguardem. 

Geraldo Antônio de Souza Júnior

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XIII JORNADA CULTURAL DO MUSEU DO SERTÃO

Por Benedito Vasconcelos Mendes
  
DATA: 01 de setembro de 2018 ( sábado ).               
Local: Museu do Sertão ( Estrada da Alagoinha- Mossoró-RN ).

PROGRAMAÇÃO

8:00 horas- Apresentação e execução do Hino do Museu do Sertão pelo Grupo Musical Incanto.          8:30 horas- Palestra sobre a importância do acervo do Museu do Sertão.                                                                                          
PALESTRANTE: Benedito Vasconcelos Mendes                                                                                    9:00 horas- Palestra sobre a Livraria de Autores Cearenses. 
                                               
PALESTRANTE: Escritor e Ex-Governador Gonzaga Mota                                                                    9:30 horas- Abertura da I Feira de Livros de Escritores Mossoroenses, organizada pela AMARP/ Museu do Sertão.                                                                              
10:00 horas-Entrega de Diplomas e Comendas.                                                           
10:30 horas- Lançamento do livro “Lembranças Campestres”, de autoria do Prof. Benedito Mendes.    11:00 horas- Visita ao Museu do Sertão,  coordenada pela Pedagoga Susana Goretti Lima Leite.          12:30 horas- Encerramento.

MUSEU DO SERTÃO REALIZA PRIMEIRA FEIRA DE LIVROS DE AUTORES MOSSOROENSES

Por ocasião da XIII Jornada Cultural do Museu do Sertão, que ocorrerá no dia primeiro de setembro de 2018(sábado), vai ser realizada a Primeira Feira de Livros de Autores Mossoroenses. Esta feira está sendo organizada pela AMARP-Academia Mossoroense de Artes Plásticas,  em parceria com o Museu do Sertão. Os autores interessados em expor e vender seus livros na referida feira deverão procurar a Presidente da AMARP, escritora Franci Francisca Dantas (WhatsApp (84) 98702-6123).

C O M U N I C A D O

Comunicamos aos professores e estudantes dos colégios e universidades e ao público em geral, que a próxima visita ao Museu do Sertão será no dia primeiro de setembro (sábado), das 7:30 às 12 horas. Lembramos que o ingresso é um quilo de alimento não perecível, que deverá ser entregue diretamente, no Lar da Criança Pobre de Mossoró ( Irmã Ellen ). Na oportunidade haverá uma palestra proferida pelo Prof. Benedito Vasconcelos Mendes, sobre a importância do acervo do Museu do Sertão, para o entendimento da cultura regional.

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UMA TRAGÉDIA EVITADA PELA SOLIDARIEADE.


 Por Antonio José de Oliveira
Pesquisador Antonio José de Serrinha-BA, escritor Dr. Archimedes Marques de Aracaju-SE e o historiador Guilherme Machado de Serrinha-BA.

Graças a Deus e ao senso solidário de centenas de pessoas, os doze adolescentes tailandeses e seu treinador, foram salvos depois de dezessete dias de muita ansiedade de toda a população do Planeta Terra. 

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2018-07-02/caverna-tailandia-resgate-adolescentes.html

Valorosos profissionais tailandeses e de outras nações merecem as nossas felicitações pelo extraordinário esforço desempenhado para salvar os meninos e seu líder de uma situação tão apavorante. 

https://veja.abril.com.br/mundo/por-que-e-tao-dificil-resgatar-os-jovens-presos-na-caverna-da-tailandia/

Permanecer dezessete dias dentro de uma caverna rodeado de águas por todos os lados e de forma crescente, não deve ser boa experiência. 

https://veja.abril.com.br/mundo/por-que-e-tao-dificil-resgatar-os-jovens-presos-na-caverna-da-tailandia/

Os homens que cuidaram dessa tragédia inesperada - mas que graças a Deus teve um final feliz - , podem ser tratados como verdadeiros heróis, assim como o jovem sargento que perdeu a vida na tentativa de proporcionar vida aos demais. 

https://istoe.com.br/tailandia-salva-mais-4-jovens-da-caverna-de-tham-luang/

Aqueles profissionais buscaram força em meio a fraqueza, naqueles mergulhos perigosos dentro da escuridão da caverna. REPETINDO: 

https://veja.abril.com.br/mundo/por-que-e-tao-dificil-resgatar-os-jovens-presos-na-caverna-da-tailandia/

OS NOSSOS PARABÉNS A ESSA SOLIDÁRIA GENTE CORAJOSA E DE AMOR AO PRÓXIMO.

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GRANDES HOMENS DE NAZARÉ DO PICO


1 - Manoel Flor, 
2 - Pedro Lira, 
3 - David Jurubeba, 
4 - Quinca Pedro, 
5 - João Gomes Lira, 
6 - João Gomes Jurubeba, 
7 - Quinca Chico, 
8 - Henrique, 
9 - Cícero Leite, 
10 - Zé Guedes, 
11 - ???

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=279916875907934&set=a.110943652805258.1073741827.100016688714795&type=3&theater

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PAULO AFONSO CANGAÇO

Por Sálvio Siqueira

Você que estuda, curte, pesquisa ou, simplesmente tem curiosidades sobre o tema do fenômeno social cangaço não pode perde esse evento.



https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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VÍDEO...CARIRI GANGAÇO / POÇO REDONDO 2018...MANOEL SEVERO BARBOSA

https://www.youtube.com/watch?v=jotLW-fZt60&feature=youtu.be
Publicado em 9 de jul de 2018

A noite do último dia 14 de junho, quinta-feira, testemunhou a abertura da 21ª edição do Cariri Cangaço. Desta vez o município de Poço Redondo no sertão de Sergipe reuniu em sua Praça de Eventos; no centro da cidade; o maior público já visto em todas as realizações do Cariri Cangaço. Mais de mil pessoas participaram da grande abertura do evento que homenageou o Patrono do Cariri Cangaço, escritor Alcino Alves Costa, numa festa realmente contagiante onde mais uma vez a integração da nação nordestina foi a tônica principal. Tendo como principal anfitrião o prefeito municipal Júnior Chagas, o município de Poço Redondo reuniu em seu principal espaço de eventos, as principais instituições culturais, estudantis e principalmente as famílias do lugar, realizando uma noite de abertura nunca antes vista para receber pesquisadores e historiadores de todo o Brasil que reverenciavam a capital do cangaço.

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VIGÉSIMO SEXTO VÍDEO CANGAÇO - LUIZ RUFINO FILHO DE ZÉ RUFINO

Por Aderbal Nogueira

Esse vídeo não é meu, não sei quem são seus autores. Não posto vídeos que não são de minha autoria, mas esse é muito importante para quem pesquisa a história do Cangaço. Agradeço a seus autores por terem feito esse registro tão importante.

https://www.youtube.com/watch?v=3-mPGcR-XRU&feature=share

Publicado em 28 de mar de 2018

Depoimento de Luiz Rufino. Esse vídeo não é de minha autoria, tenho ele a mais de 10 anos e infelizmente não sei quem são os autores. Como é importante estou postando. Parabéns a quem o produziu. OBS; a parte referente a Angico não postei, melhor assim.

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