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terça-feira, 27 de maio de 2014

FOTO DO PRIMEIRO BANDO DE LAMPIÃO, EM 1922...


IDENTIFICAÇÃO: grande pesquisador HILÁRIO LUCETTI

Francisco Pereira Lima - professor Pereira disse:


"- Quando falamos do historiador e escritor Hilário Lucetti, sempre vem a memória do seu livro em co-autoria com Margébio de Lucena, "Lampião e Estado Maior do Cangaço". Um excelente livro, que está esgotado e necessitando uma 3ª Edição, para o bem da história do Cangaço. Sempre recebo solicitação dessa obra e não tenho como atender".



"- Primeiro à direita é Livino Ferreira. Aliás, as duas únicas fotos do cangaceiro Livino que tenho conhecimento, foram tiradas neste dia. Fazenda Pedra município de Triunfo. Provavelmente Outubro de 1922. O segundo da esquerda para direita é o cangaceiro Criança (João Dedé) irmão de Baliza (José Dedé) É isso mesmo,Sousa Neto".

Paulo Guerra disse:


"- Não entendi o primeiro a direita sentado ou em pé?"



"- Livino estaria atrás de Cajueiro e Criança atrás de Antônio Rosa Jorge Remígio?"  Realmente eles usam o rifle 44. E a maioria parece ser o tipo "cruzeta" (e não o "papo amarelo"). Era o preferido pelos cangaceiros. Os fuzis vieram apenas em 1926 quando receberam na visita ao Juazeiro-CE".

Sousa Neto disse:


“-  Isso mesmo amigo Jorge Remígio. O segundo na fila do meio, atrás de Antônio Rosa ou Toinho do Gelo como também era chamado. Tinha feições de Criança, daí o apelido”.

Fonte: https://www.facebook.com
Página: Voltaseca Volta

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Colorizando para melhor apreender.


A colorização de imagens adentra os espaços de estudo como recurso.
Dá-se o realce como aplicado reforçando a sensação de "eco temporal", facilitando, com a introdução de uma concepção de resgate visual, a percepção do fato em sua dimensão precisa.


Cabeças dos cangaceiro na antiga escada da Prefeitura de Piranhas, Alagoas:


Corisco e Dadá, em foto de Benjamin Abrahão Boto:


Tenente Geminiano José dos Santos, da Força Pública do Estado da Bahia. Morto em combate, em 1930:


Moradora de Canindé do São Francisco, em Sergipe, ferrada pelo cangaceiro José Baiano:

Rubens Antonio é Mestre em Geologia, cursou Geologia, Artes Plásticas e História, entende como um Historiador Natural, com aspectos também de Filósofo Natural. Ministrou aulas na Universidade Estadual da Bahia - UNEB de: - Antropologia - Epistemologia - Metodologia do Trabalho Científico - Ensino de História - Elementos de Geologia - Paleontologia - Sedimentologia - História da Ciência . Também é pesquisador do cangaço.

Email: historiageologica@gmail.com

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1938. Uma entrega de cangaceiros

Por Rubens Antonio

Após o massacre de Angicos, muitos cangaceiros entregaram-se.

O contexto das entregas teve início com o aparecimento espontâneo de cangaceiros, que se apresentaram, em 12 de outubro de 1938, quando de uma pregação dos freis capuchinhos Francisco e Agostinho de Loro Piceno, em terras de Jeremoabo. Este, dirigindo-se aos mesmos, convidou-os à entrega, oferecendo-se como intermediário.

Havendo sucesso neste evento, aproximou-se de outra missão de capuchinhos, conseguindo intermediação para a entrega, um outro grupo de  seis cangaceiros chefiados por Zé Sereno. Isto se deu por volta de 20 de outubro de 1938.

Entre 27 e 31 de outubro, houve negociação com um terceiro grupo. Porém, antes que ele se entregasse, um coiteiro afirmou aos cangaceiros que tudo não passava de uma armadilha. Este outro grupo, então, evadiu-se.

Consciente das propostas deste blog, uma primeira imagem foi cedida pelo pesquisador do Cangaço e estudioso Orlins Santana de Oliveira, também reconhecido como "o mais dedicado pesquisador do Brasil em naufrágios na costa baiana". Batida em Jeremoabo, a imagem se apresentava, neste primeiro esforço, sofrida pelo tempo, sendo uma das cópias originais, cuja posse pertence, conforme Orlins, ao acervo da Família Ferreira.

Orlins Santana de Oliveira

Repassando a mensagem do prezado Orlins para os estudiosos do Cangaço:

"A unica foto que se tem conhecimento tirada com a policia, cangaceiros e a igreja católica. Hoje ela pertence ao acervo da Familia Ferreira-Expedita, Vera e outros. Cedida por Orlins Santana de Oliveira, seu criado.

Não é cópia, é uma foto original da época. tamanho 6x9. Zé Sereno, citado como chefe e marcado pelos padres com uma cruz, na foto. Citações no verso. 
Um abraço a todos."

No fundo da foto aparece uma inscrição evocando as personagens nela presentes:



Transcrição:

"frei Agostinho e frei francisco
Mons, José Magalhães
Capitão Anibal e Alipio Fernandes da Silva : O bando
de Lampião que se entregou
em Geremoabo (1938:
O homem é o
Balão e Zé Sereno, chefote do bando"
.
Fonte da imagem de Orlins Santana de Oliveira:
http://www.nectonsub.com.br/wordpress/page/70
.
Na busca da ampliação da identificação das personagens desta imagem, buscou-se apoio junto aos religiosos.
Os frades que aparecem na imagem são da Ordine dei Cappuccini, ou seja, capuchinhos. A ordem chegou à Bahia em 27 de abril de 1892, estabelecendo o que mais tarde seria reconhecido com "Provincia di Nostra Signora della Pietà di Bahia e Sergipe”.
O site oficial da Ordem divulgou a foto legendada:



Aparecendo em:
http://www.missionicappuccini.it/Documenti_Storia_Brasile.aspx

Os dois capuchinhos que aparecem sentados são precisamente os freis Francisco, cujo nome completo era Francesco Urbania, e Agostinho, de nome completo Agostino da Loro Piceno. Estes aparecem nesta outra fotografia contemporânea aos eventos, de propriedade do Centro de Memória dos Capuchinhos, em Salvador:


Na foto das entregas, ocupando a posição central, de pé, está também um padre. É o Monsenhor José Magalhães e Souza, que esteve à frente da Paróquia de Jeremoabo, na igreja matriz São João Batista, de 1928 a 1959.

Fonte: "História da Diocese de Paulo Afonso", do Monsenhor Francisco José de Oliveira, inhttp://portaljv.com.br/eventos.htm.

Uma das sugestões de identificação, incluindo o cangaceiros, salvo melhor juízo, é:

De pé, da esquerda para a direita:

Marinheiro, Laranjeiras, Desconhecido talvez Beija-Flor, padre José Magalhães e Souza, Novo Tempo, Ponto Fino, Quina-Quina, Azulão e Balão.

Sentados, da esquerda para a direita:

Cuidado, Jurity, Candieiro, frade capuchinho Agostinho, capitão Annibal Ferreira - comandante do Destacamento do Nordeste da Bahia, tenente Alípio Fernandes da Silva, frade capuchinho Francisco, Zé Sereno e Creança.
.
De modo a permitir melhor abordagem da imagem, possibilitando seu melhor estudo, Centro de Memória dos Capuchinos, através do Frei Ulisses Bandeira, franqueou acesso ao original efetivo, a primeira imagem revelada, desta fotografia. Ela é aqui oferecida aos estudiosos em melhor resolução, de maneira a ajudar no afirmar ou contestar a identificação dos cangaceiros:


http://cangaconabahia.blogspot.com.br/2014/05/1938-uma-entrega-de-cangaceiros.html

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João de Sousa Lima e Jovelina Barbosa, irmãa do cangaceiro Azulão.


Jornalista e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima, da cidade de  Paulo Afonso, no Estado da Bahia, tendo ao seu lado, Jovelina Barbosa, irmã do cangaceiro Azulão.

Fonte: https://www.facebook.com/didasantosantana?fref=ts

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Isaías Vieira ou o cangaceiro Zabelê


Fotografia tirada no dia 29 de Dezembro de 1929, do cangaceiro Zabelê quando foi preso.

Beto Maia disse: 

"- Zabelê, ou Isaías Vieira, um homem totalmente apavorado. É um exemplo dos cangaceiros que, depois da luta, ficaram por aqui mesmo, no Nordeste. Há muitos em todo o sertão de Alagoas ao Ceará, todos escondidos sob nomes falsos. E eles sabem que não temem fantasmas. A vingança, no sertão, é elaborada com paciência chinesa. É possível, perfeitamente possível que, a qualquer momento, amanhã talvez, um outro velho entrevado descarregue seu revólver sobre o velho Zabelê. Afinal,  Zabelê nem sabe quantos matou em um ano de cangaço. Era coiteiro de Lampião desde 1923, na região do Pajeú, até que o coito se tornou evidente demais, e perigoso". 

Adendo:


- Vale lembrar ao leitor que este cangaceiro com o apelido "Zabelê" é o Isaías Vieira, e não é o Zabelê tio do escritor e pesquisador do cangaço Alcino Alves Costa. 
O Zabelê que era tio de Alcino Alves Costa desapareceu e nunca mais a família teve noticias dele.

Fonte: https://www.facebook.com/groups/179428208932798/?fref=ts
Página: Beto Maia

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A Chacina da Família Salinas e a Caravana Cariri Cangaço

Por Manoel Severo
Caravana Cariri Cangaço na fazenda Almesca da família Salinas

Manoel Francisco de Brito era o nome do sertanejo conhecido por Manoel Salinas; trabalhador da roça, pai de grande prole de 10 filhos. Manoel Salinas viria a ser uma das vítimas de mais uma selvagem chacina perpetrada por Lampião. Existem duas versões sobre a origem da vingança do rei do cangaço contra a família de Salinas.

Uma delas dá conta que Salinas chegou a exercer o cargo de inspetor de quarteirão e que havia açoitado até a morte um parente do cangaceiro Labareda e logo depois teria se mudado com toda família para Jeremoabo, mais precisamente para a fazenda Almesca, cerca de 18 Km da cidade. Labareda junto ao chefe maior do cangaço teria se deslocado até a referida fazenda em busca de vingança, tendo provocado a morte de Salinas e mais seis pessoas.

Zé Perninha, vaqueiro atual da fazenda Almesca
Antônio Gama e a Chacina dos Salinas

A outra versão, que inclusive consta no livro Lampião em Sergipe, do Mestre Alcino Alves Costa, conta que Salinas havia recebido um bilhete de Virgulino pedindo dinheiro, de imediato partiu para Jeremoabo em busca de auxílio da força volante. Lampião descobriu a artimanha do sertanejo e armou o bote fatal que iria levar a morte sete pessoas ligadas a família Salinas. Considerando uma ou outra versão, o fato é que durante a seca de 1932 Manoel Salinas acertou uma farinhada em sua fazenda Almesca juntamente com filhos e amigos, no dia acertado quando estavam todos na labuta são cercados pelo bando de Lampião.

O suplício teria sido penoso e o flagelo a que foi submetido o pai de família foi doloroso. Três de seus filhos foram mortos, juntamente com mais três amigos que estavam na farinhada, e Salinas depois de torturado foi levado até a fazenda Bandeira onde foi morto e teve seu coração retirado do peito e colocado ao lado do corpo mutilado, como "exemplo" para os traidores...

Juliana Ischiara com o que restou da fazenda Almesca


Pela primeira vez pisávamos aquele chão marcado com sangue de sertanejos inocentes...


A beleza do lugar contrasta com a selvageria da chacina, no lugar da antiga casa da fazenda e da casa de farinha, apenas escombros, as roças de mandioca se transformaram em pasto para o gado e as poucas pessoas antigas do lugar ainda lembram daquela que foi um das mais famosas chacinas em terras baianas.

Manoel Severo

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2012/02/chacina-da-familia-salinas-e-caravana.html

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O Primeiro Angico a gente nunca esquece

Por Manoel Severo
Gabriel Barbosa

Vez por outra abrimos o baú da memória e do coração e nos deparamos com momentos inesquecíveis. Um desses me trazer dois personagens extremamente especiais com profundas ligações comigo; um por laços de sangue e outro por laços de coração: Gabriel Henrique Barbosa, meu filho mais velho e Alcino Alves Costa o inesquecível Caipira de Poço Redondo... Mas vamos aos fatos, abrindo o baú do Cariri Cangaço.

Era janeiro de 2010 e mais uma vez nos aventurávamos por terras do baixo São Francisco, nem sei bem o número de incursões até os recantos de Piranhas, Poço Redondo, Canindé do São Francisco, enfim. Naquela oportunidade faziam parte da Caravana Cariri Cangaço, além de muitos outros ilustres companheiros os dois em questão: Gabriel e Alcino. Mas antes de prosseguir vou recorrer ao relato de Gabriel Barbosa sobre aquele dia...

"A magia que envolve Angico é algo sobrenatural"

"Tive a incumbência de relatar minhas impressões e sentimentos ao pisar pela primeira vez em Angico. Em outras oportunidades em que minha família fez a mesma viagem eu não estava junto e para mim era imperioso, desta vez acompanhá-los por essa viagem de "férias e de trabalho". O mais legal foi que tudo isso aconteceu após o primeiro Cariri Cangaço que foi em setembro do ano passado (2009). Desde pequeno que me acostumei com o interesse de meu pai pelo tema. Os livros e matérias de todas as naturezas se espalhavam pelos quatro cantos da casa, daí, eu já me sentia inteiramente familiarizado com cangaceiros, volantes, combates, enfim. Veio o primeiro Cariri Cangaço e eu com Sawanna recebemos a missão de fazer o Cerimonial. Que desafio! Não só o cerimonial em si, mas está ali, diante dos tantos que eu me acostumei a ver apenas nas capas dos livros.

Sawanna e Gabriel Barbosa, Mestres de Cerimonia do primeiro Cariri Cangaço

As palestras se sucediam, as conversas durante o dia, as visitas, e cada vez mais me surpreendia com tamanha energia e o gigantesco acervo em torno do assunto. A cada momento me deliciava ao ouvir essa ou aquela história, que inclusive já tinha ouvido uma vez ou outra meu pai comentar. Segredo:Quando viajamos ele nos obriga a ouvir histórias do cangaço, sempre leva de dois a tres livros e um é sorteado para ler; nessa viagem estávamos com "Entre a Espada e a Lei", "Lampião Além da Versão" e "Cariri-Cangaço,Coiteiros e Adjacências", nem que não queira, agente aprende!!! rsrsrs.

Voltando a Angico; no penúltimo dia do Cariri Cangaço 2009, tivemos em Juazeiro a palestra sobre Angico, com o Dr. Amaury, Dr. Leandro e ainda com o Aderbal, Paulo Gastão, Alcino e Paulo Britto. E aquela noite em especial me trouxe muita curiosidade a cerca de Angico e agora estou aqui a escrever minhas impressões sobre o lugar.

 Gabriel Barbosa e Aderbal Nogueira, abaixo ao lado de Ivanildo Silveira


Simplesmente fantástico. A magia que envolve Angico é algo sobrenatural, não sei se por ter tanta história ligada ao lugar; na verdade me pareceu um  leito seco de rio, talvez igual a outros muitos do sertão; mas ali estava as cruzes que marcaram a morte de Lampião, foi ali que ele deu o último suspiro, ali conversou ou planejou alguma coisa pela última vez, isso tudo me deixou pasmo, e eu estava ali; no lugar do qual me acostumei a ouvir tanta história. Obrigado ao Jairo e ao Alcino pela aula, com certeza tenho que voltar outras vezes." Confessa Gabriel Barbosa.

Em tempo; pedi para Gabriel escrever essa nota pequena sobre o que achou da Trilha de Angico e ele acabou me apresentando esse artigo que com o tempo ganhou para mim um forte significado, pois naquele dia veio a acontecer algo que nos marcaria por muito tempo e que hoje estou tendo a permissão de revelar.

Naquele final de manha de janeiro de 2010, eram por volta das 13 horas e conversávamos como em muitas outras oportunidades, eu, Alcino, Jairo e Gabriel, sobre os famosos "Mistérios" do Angico, quando de repente o velho Caipira parou, fixou o olhar em um ponto ermo e "caiu", literalmente caiu, imediatamente Gabriel avançou sobre seu corpo e evitou que o Decano querido chegasse ao solo. Uma queda de pressão, um mal passageiro, o que houve ? De sorte, logo depois Alcino foi recobrando os sentidos e passo a passo se recuperou do passamento. O retorno ao restaurante Angico, a 800 metros da grota, foi penoso e cheio de cuidados, enfim chegamos todos bem, apenas com a preocupação com a saúde do estimado amigo... Mas antes de continuar vamos recorrer ao Caipira que nos enviou um pequeno artigo sobre aquele dia:

Alcino Alves Costa em janeiro de 2010 no Angico

"Minha gente querida, Severo e Gabriel. Deus escreve certo por linhas tortas. É um velho ditado. O que me aconteceu naquele dia em Angico foi um sinal superior para ainda mais ficarmos unidos e gratos. A atuação de Gabriel em relação ao cuidado com a minha pessoa não foi comum para os dias atuais, desse mundo sem amor. Fiquei com a impressão de que ele estava seguindo os ditames e a vontade dos bons espíritos que acompanham-no dia e noite.

O meu espírito se alegra e fica feliz quando está perto dos espíritos de vocês e isto me traz uma grande felicidade. Não tenho dúvidas, o Cariri Cangaço fará mais um retumbante sucesso. Seus espíritos são  os responsáveis por este grande êxito que vocês irão alcançar e são merecedores. Use essa força espiritual que você carrega e faças com que as diferenças tolas entre muitos de nossos amigos possam acabar, e eles voltem a ser os irmãos que eram antigamente. Tenho lido o que você tem escrito sobre coisas de minha vida. Muito obrigado, obrigado mesmo! Abraços e beijos em todos vocês." Alcino, Caipira de Poço Redondo.

  Alcino, Severo, Jairo Luiz e Gabriel Barbosa em Angico



Daquele dia em diante, sempre que nos encontrávamos e ou conversávamos Alcino sempre me perguntava: "Cadê Gabriel ? Como vai Gabriel ?" percebemos juntos que aquele dia havia tornado sólida e descortinada uma forte ligação entre nossas famílias e nossas existências. Gabriel que esteve com Alcino tão poucas vezes acabou entrando em seu coração para sempre e vice- versa. 

Depois de muito tempo, já próximo de sua ultima partida para as caatingas do eterno, Alcino me procurou e falou : "Severo, lembra daquele dia no Angico, de meu passamento, de Gabriel ? Você conseguiu ver o que vi ? " Confesso que uma tremenda vibração tomou conta de meu corpo, nunca havíamos falado sobre isso e de repente Alcino me trazia um fenômeno que pensei ninguém ter percebido na ocasião e logo antes do acontecido na Grota. Vi e ali havia tido a confirmação também de Alcino, que não estávamos sós naquela manha. Por entre os arbustos do final de janeiro algo mais nos observava...

Dias que ficarão maracados para sempre...

Manoel Severo
Curador do Cariri Cangaço

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Félix da Mata


Era pardo, alto, desdentado, apresentando ter trinta e cinco anos de idade no ano de 1925. Residente na localidade Mata Redonda, situada no município de Triunfo, Estado de Pernambuco. 

Fez parte do grupo que  assaltou em 1927. Assaltou com seu grupo a cidade de Triunfo e tornou-se famoso.

Esteve ligado aos acontecimentos dos Sítios Alagoa do Serrote e Caboré, ambos no município de Princesa, Estado da Paraíba. O cangaço não se resume à figura de Lampião.

ADENDO: - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Em 13 de Junho de 1927 Lampião e seu bando tentaram saquear a cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, mas não conseguiram levar nada. O que aconteceu foi que Lampião saiu no prejuízo, deixando para trás 2 dos seus comandados. O cangaceiro Colchete ficou morto no meio da Rua, no centro da cidade, e o cangaceiro Jararaca ficou baleado, sendo capturado no dia seguinte e dias depois foi assassinado pelos policiais.

Foto do túmulo do cangaceiro Jararaca em Mossoró. Observe que por traz tem um túmulo. É o túmulo do cangaceiro "Asa Branca"

Mossoró enterrou 3 cangaceiros, sendo eles: Colchete que até hoje ninguém sabe o local da sua sepultura. O cangaceiro Jararaca e Antonio Luiz Tavares, o cangaceiro "Asa Branca". Este era paraibano. Mas este faleceu naturalmente, já acima dos 80 anos, na década de 80.

Fonte: Facebook
Página: Beto Maia.

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Lampião e suas feras humanas.

Por José Mendes Pereira
Virgolino Ferreira da Silva - o Lampião, ao seu lado o irmão Antonio Ferreira da Silva. Atrás está o outro irmão Levino Ferreira da Silva, e Antonio Rosa..

Grande pesquisador Antonio José de Oliveira:

Mais um facínora que eu ainda não conhecia em fotos. Eu até imaginava que não existiam fotografias do irmão de Lampião, o cangaceiro Livino Ferreira da Silva.

O pesquisador Robério Santos disse:  "- Provavelmente o primeiro registro de Lampião no Cangaço, em 1920, ainda sob o comando de Sinhô Pereira. Da esquerda para a direita, Lampião, Seu irmão Livino, o Vassoura; Antônio Rosa, o Toinho do Gelo; e o também irmão Antônio Ferreira, o Esperança. 

Sebastião Pereira da Silva, o cangaceiro Sinhô Pereira

Alguns meses depois, Sinhô Pereira desertaria do cangaço e deixaria seu bando sob o comando do Jovem Virgulino. (Iconografia do Cangaço, Ricardo Albuquerque)".

Fonte: facebook
Página: Sergio Roberto.

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