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terça-feira, 5 de julho de 2011

Zé de Julião: o cangaceiro e o homem

Rangel Alves da Costa


        
              Se é verdade que o homem nasceu não somente para passar pela história, mas sim para construí-la, a partir do significado de suas realizações, podemos conceber a vida desse sertanejo como personagem incomum, dentro de suas duas vidas nas brenhas áridas desse sertão de meu Deus: o cangaceiro e o homem. Eis Zé de Julião e todas as vidas de um sertanejo.


                Não é nenhum assombro tudo de grandioso que se queira falar dele, pois na história dos grandes e destemidos homens nordestinos, certamente uma de suas páginas épicas retratará com orgulho a vida e os feitos corajosos de José Francisco do Nascimento, o Zé de Julião para os seus conterrâneos, ou ainda Cajazeira, nome de batismo no bando de Lampião.
            Zé de Julião, nascido num Poço Redondo caracterizado pela pobreza e longas estiagens, teve melhor sorte que a grande maioria das crianças do lugar. Seus pais, Julião do Nascimento e Constância do Nascimento, eram fazendeiros, possuidores de muitas terras e rebanhos. Contudo, crescer em meio ao sertão rodeado de explorados e exploradores, soldados desumanos e jagunços atrevidos, certamente faria brotar no jovem um destino muito além do que ser simplesmente herdeiro das riquezas de seus pais.
             Naqueles idos de 1928, ter qualquer coisa que se afeiçoasse a riqueza era também ter a certeza de involuntariamente submeter-se à exploração da volante e dos bandos cangaceiros. Ora, era sempre mais confiável garantir a vida doando dinheiro ou outros bens. Contudo, foram as contínuas explorações que fizeram com que o pai de Zé de Julião se mudasse para outra localidade. Mesmo casado com a sua Enedina, o rapaz segue o pai.
             Entretanto, numa das vezes que jogava baralho com amigos é reconhecido por soldados da volante que, acostumados a tomar dinheiro fácil de seu pai, querem fazer o mesmo com ele. Isto o revolta profundamente; passou a ter profundo ódio por aquele tipo de gente. Porém, o fato mais marcante foi a decisão que tomou diante daquilo que tinha por absurdo: criou impulso e encorajamento para entrar no bando de Lampião, que vivia por aquelas redondezas.

Bando de Lampião
             
               Com a decisão tomada, sua esposa Enedina resolve acompanhá-lo na perigosa aventura.

Enedina


             Ao ser aceito como integrante do bando do mais famoso e destemido dos cangaceiros, Zé de Julião é prontamente apelidado de Cajazeira; sua esposa continua com o mesmo nome, Enedina. Assim, integrado ao bando, logo começou a demonstrar ser um dos mais valentes e corajosos. A cada empreitada sertaneja que tomava curso o seu prestígio ia crescendo em meio aos demais.
              Ao lado da esposa e fiel companheira na aridez das caatingas, fazia planos para conquistas maiores, vez que imbatíveis naquela guerra sertaneja. E talvez por isso  mesmo jamais lhe passou pela cabeça o que viria a acontecer naquela sonolenta e triste manhã de 28 de julho de 1938, na Gruta do Angico, às margens do Velho Chico.

Volante do Tenente João Bezerra

             Quando a volante comandada pelo Cabo João Bezerra atacou e matou Lampião e Maria Bonita e mais nove cangaceiros, sua querida Enedina prostrou-se como uma das vítimas. Desesperado, conseguiu romper o cerco e fugir.
             O que restou do bando de Lampião ficou totalmente esfacelado, com alguns cangaceiros se entregando à polícia e a maior parte passando a viver em contínua fuga, buscando se esconder daquela realidade. Não havia a menor possibilidade de reagrupamento. O seu líder estava morto; o cangaço de verdade havia morrido também. E nesse contexto de tristeza e luta com o outro lado da realidade, o que faz Zé de Julião/Cajazeira é fugir, passando a viver na duvidosa proteção de alguns conhecidos da região.
             Verdade é que vagueou por algum tempo pelo estado da Bahia até se abrandarem os ânimos das perseguições, retornando após para Poço Redondo. Era filho de lá, tinha família e amigos ali, assim não haveria destino melhor, pensou. Assim, tendo retornado ao seu berço sertanejo, casa-se com uma irmã de sua falecida esposa. Contudo, a paz tão ardorosamente esperada não chega, pois as perseguições policiais continuam. Como para cumprir seu destino de andante, abandonar o lugar seria a única solução para fugir das garras dos famigerados perseguidores.
             Seu destino, ao lado da esposa, agora é Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Por lá tinha também parentes e conhecidos, e por isso mesmo fixa residência sem maiores problemas. Porém, como sempre acontece com quem tem os pés enraizados na terra sertaneja, depois de alguns anos a saudade começou a rebentar-lhe o coração. Ficar seria por demais dolorido; retornar seria preciso. Ademais, tomou conhecimento que seu pai havia falecido, o que o deixa ainda mais transtornado e com pressa de voltar para casa. E foi isto que fez.
             Já nas terras sergipanas, passa a residir numa fazenda herdada do pai. A situação parece bem diferente, mais calma e tranquila, e assim vai tecendo sua vida de amizade com todo mundo. Por consequência, vê sua influência política crescer fortemente na região. Registre-se que nessa época Poço Redondo ainda não tinha sido elevado à categoria de município, continuando a ser distrito de Porto da Folha.
             Com o desmembramento de Poço Redondo em 1953 e as primeiras eleições municipais sendo marcadas para o dia 3 de outubro de 1954, o ex-cangaceiro lança-se como candidato a prefeito pelo PSD. Sua influência política havia crescido a tal ponto que ele mesmo imaginava que não haveria opositores. Se as forças políticas do novo município estavam unidas em torno de seu nome, logicamente que aquela eleição seria apenas um ato confirmatório.
            Contudo, como sempre ocorre em política, ledo engano. Eis que surge um político de Porto da Folha, Artur Moreira de Sá, como candidato pelo PR, apoiado por alguns setores da comunidade poço-redondense e outros políticos da esfera estadual. Havia ainda um candidato pela UDN, mas a disputa polarizou-se mesmo foi entre Zé de Julião e Artur Moreira de Sá.
             Chegado o dia da eleição, os dois candidatos dão como certa a vitória. Verdade é que o pleito mostrou a força paralela que os dois principais candidatos tinham, com uma disputa acirrada e sem se cogitar mais em apontar um favorito. E isso foi demonstrado quando as urnas foram abertas, pois o resultado final deu empate: 134 a 134. Todavia, sendo Artur Moreira de Sá mais velho do que Zé de Julião, o candidato pelo PR foi aclamado como vitorioso e nessa condição toma posse como primeiro prefeito de Poço Redondo.
              Para Zé de Julião, a derrota foi totalmente inesperada, principalmente diante do cenário que há alguns meses havia previsto. Derrotado pelo fator idade, porém contaminado ainda pela febre da política. Assim, ao invés de ficar no seu canto esperando sua vez, procurou entrar logo em campo como se a próxima campanha estivesse se avizinhando. Como fruto dessa insistência, seu nome ficou cada vez mais fortalecido e parecia imbatível no pleito vindouro.
             Tendo alcançado mais experiência, lançou-se novamente candidato a prefeito. Sabia que novos e desagradáveis fatos poderiam surgir a qualquer instante, como ocorreram na outra eleição, mas o que mais lhe preocupava era a possibilidade de que a eleição fosse fraudada para eleger, a qualquer custo, o candidato da UDN, Eliezer Santana. E não deu outra. Quem era seu eleitor assumido não poderia votar, pois não fizeram a entrega dos títulos, sob a alegação de que o alistamento tinha apresentado problemas; diversas outras dificuldades começaram a pontuar a situação. Até mesmo o judiciário buscava deliberadamente dificultar a vida do ex-cangaceiro. As manobras que foram sendo verificadas, todas elas eram no sentido de favorecer o candidato opositor. Tal situação indignou a maior parte da população e principalmente o candidato Zé de Julião. E foi nesse contexto que o tino cangaceiro tomou o lugar do político.
             O que fazer então, se as ações fraudulentas estavam escancaradas e nenhuma autoridade séria havia para dar um basta naquela vergonha toda? Não tinha jeito; como o palco estava montado era derrota certa. Atinou e atinou e decidiu que se os seus eleitores, na sua grande maioria, estavam impedidos de participar do pleito, os correligionários do outro candidato também seriam impedidos. Mas como fazer isto? Só mesmo invadindo as seções eleitorais e roubando as urnas, concluiu.
               Pensado, tramado e feito. No dia das elições, juntamente com alguns afamados vaqueiros do lugar, amigos de todas as horas, armados até os dentes, cavalgaram em tropel pelas seções eleitorais, roubando as urnas na sede do município e no povoado Bonsucesso. Aquilo não era mais obra de um candidato indignado, ferido na sua honra, mas sim do cangaceiro justiceiro Cajazeira.
             Tamanha ousadia soa como uma bomba no meio político e na justiça eleitoral sergipana. Que atrevimento desse cangaceiro! Agora como vítima, o candidato opositor, Eliezer de Santana, tinha tudo nas mãos para ser declarado eleito. E assim foi proclamado como o segundo prefeito eleito de Poço Redondo. Era a segunda derrota consecutiva de Zé de Julião, porém muito mais para as artimanhas políticas do que para as urnas.
              As ações perpetradas por Zé de Julião naquele dia de revolta sertaneja, lhe trouxeram duras consequências. Ora, se antes do acontecido as forças do Estado já depunham contra sua pessoa, principalmente pelo seu passado de cangaceiro, agora não teria saída. O cerco policial torna-se implacável. E assim foi preso e colocado em liberdade alguns meses depois. Mas sabia que, ao menos por algum tempo, não poderia continuar vivendo ali. Jogado pelas circunstâncias, é forçado a sair pelo mundo afora novamente, cumprindo mais uma vez sua sina de errante.
              Nova Iguaçu é novamente seu rumo. Ao menos seria, se ao chegar em Salvador não resolvesse retornar. Não se sabe, de modo conclusivo, quais as circunstâncias, as intenções ou os motivos desse retorno. Suposições são as mais variadas, e se confirmadas estas, os motivos não seriam outros senão a vingança. Tinha motivações de sobre para tal. Sabe-se apenas que essa foi sua última aventura, pois na manhã de 19 de fevereiro de 1961 foi encontrado morto, assassinado, nas terras do seu Poço Redondo. A tragédia da Gruta do Angico, para ele, havia sido apenas adiada.
            Quem sabia do seu retorno? Quem teria interesse na sua eliminação? Tudo pode ser entendido através da resposta a tais indagações. Quem sabe jamais disse a verdade; quem não tem certeza disse a verdade mas não foi acreditado. São as forças, as forças políticas, mas essa é uma outra e longa história, com muitas versões e contrastes, como é o próprio sertão.

SERRA VERDE - MISSA DE DOMINGO

Local: Serra Verde.

             Nada é mais como nos tempos áureos. O movimento cessou, o turbilhão movido a trabalho entrou em colapso, mas nossa alma se enche ainda de emoções e de alegria quando nos reunimos nessa terrinha abençoada. Parece até que conseguimos captar aqui e ali as palavras de Hubert e Janine Bloc Boris - nossos pais - fazendo delas um eco e com elas nos (re)vestindo de uma energia forte e transbordante. Tony Bloc falou uma coisa séria e que nos faz refletir: "Depois que esta nossa geração Bloc-Boris se for, a Serra Verde se perderá." Nossos descendentes não mais se ligam à terra, não têm amor àquilo ali. Então, vai ficar sem jeito. 
             E hoje a Serra Verde continua lá sofrendo o abandono e as ranhuras do tempo. Mas somos conscientes de que no momento em que pisamos lá, é lá que queremos estar para absorver a sinfonia serena do nosso passado e para entender as dificuldades que nos vêm com a chegada destes dias de hoje.
              A cada vez que atravessamos o portal da Fazenda, voltamos um pouco a ser crianças, e nos pomos a recordar os bons momentos que lá vivemos e a fazer da saudade apenas um alento.

              Domingo foi dia de missa. A capela da Serra Verde foi doada à diocese de Caririaçu há algum tempo para que fosse cuidada e não caísse no abandono total. Tony cobrou a atenção a esse acordo tácito: a celebração da missa. A capela idealizada por Hubert Bloc - inclusive as imagens desenhadas e projetadas por ele - foi devidamente cuidada e os maribondos que povoavam o seu interior foram enxotados devidamente..

             Para assistir à missa, vieram pessoas do Sítio Jardim (da família Botelho), de Caririaçu e da própria Serra Verde. Tony veio com Dominique de Sobral, Francois, Regina e eu (Claude Bloc) fomos de Crato.
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             Atenções à palavra de Cristo. Reflexão e paz de espírito.
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            Flagrante. Contrição. Sorriso contido..
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              Momento íntimo de encontro com Deus. Lembrança presente dos ausentes.
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             Unidos num só pensamento. Serra Verde acolhe a todos.
Extraído do "Blog Sanharol"


Apresentando-lhe a nossa Mossoró

Rua Felipe Camarão esquina c/Av. Rio Branco, Por antonia eulalia de sousa

Memorial - Lampião

Igreja Coração de Jesus por Walter Leite

Igreja Coração de Jesus

teatro Municipal Dix-Huit Rosado, Por antonia eulalia de sousa

Teatro Municipal

Palácio da Resistência

Palácio da Resistência

Av Alberto Maranhão

Avenida Alberto Maranhão. É do tamanho de Mossoró.
Esta Avenida é a maior de Mossoró, de Norte a Sul.

Praça Vigário Antonio Joaquim

Praça Vigário Antonio Joaquim. Aos fundos você ver a
Catedral de Santa Luzia. Muito visitada no mês de dezembro pelos religiosos de todo país.

Prç da Capela NS do Perpétuo Socorro

Praça da Capela de Nossa Senhor do Perpétuo Socorro.
Conhecida pela igreja da hora da graça nas terças-feira.

Ficheiro:Estátua-Dix-Sept-Rosado-Mossoró.jpg

Estátua do ex-governador do Rio Grande do Norte
Jerônimo Dix-Sept-Rosado Maia

             Este era irmão da família numerada, "Rosado, Maia e Escóssia".       
               Em Mossoró uma casa outra não, tem "Rosado", tem "Maia" e tem "Escóssia". Mas ao voltar pela mesma avenida, todas as casas tem: "Rosado", "Maia" e "Escócia".  E faz mais de quarenta anos que a família nunca mais perdeu uma eleição para prefeito. E geralmente quando  Mossoró  não  é administrada por Rosado de calça, é administrada por Rosado de saia.            
             Parabém à família numerada, pois é ela quem faz Mossoró ser conhecida nacionalmente.

Convite

Lançamento oficial "Lampião e o cangaço na Paraiba"

Evento será no auditório da fundação Casa de José Américo,
na Capital paraibana.

            Após pesquisar durante uma década, o coronel reformado da Polícia Militar João Bezerra da Nóbrega, em parceria com a Fundação Casa de José Américo, lançará o livro “Lampião e o cangaço na Paraíba”. O evento será nesta quinta-feira 7 de julho, às 18h30, no auditório da fundação. O livro será apresentado pelo historiador Humberto Fonseca de Lucena, vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano.
              O professor Josias Cavalcanti Penaforte, que assina as orelhas da obra, enfatiza que no texto o leitor é convidado a “viajar, numa máquina do tempo”, embalado pelos escritos e a memória do autor. Igualmente, o doutor em teologia e administrador de empresas, Ranieri Luz de Araújo, que assina a apresentação do livro, diz que o autor consegue fazer uma análise sociológica do cangaço e da polícia paraibana, enxergando no passado os dilemas, as agruras e os erros que são cometidos no presente de nossa história.

Bando de Lampião
          
           Acrescenta Ranieri que “é uma leitura cativante e qual galope célebre o leitor é levado a adentrar nas brumas de um passado não tão distante do sertão paraibano em busca dos cangaceiros e das volantes que vivenciaram sentimentos antagônicos que lutaram, sofreram, derramaram sangue em solo tabajara e vingança, honra, desonra, coragem, covardia, ódio, amor, crueldade, traição, deserção, religiosidade e muita ação foram compartilhados por homens que viveram em nossa tórrida paisagem nordestina”. Ranieri avaliando que o autor demonstra isenção, ao tratar de um ancestral seu, colocando-o em seu real lugar na história.
            Paraibano de Santa Luzia, o autor João Bezerra da Nóbrega distribui o resultado de suas pesquisas em 345 páginas, divididas em 46 capítulos. Bacharel em segurança pública pela Academia de Polícia Militar de Pernambuco, João Nóbrega formou-se ainda em Letras, pela Fundação Francisco Mascarenhas de Patos (PB). Pesquisador do cangaço, ele ressalta que trabalhou na corporação, no campo operacional, “em constante risco de vida, portanto, bom conhecedor de polícia, bandidos, jagunços, pistoleiros, traficantes...e cangaceiros”.


Redação com Secom-PB - Radar Sertanejo

Extraído do Blog: "Lampião Aceso"


VOCÊ QUER SABER SOBRE SEUS ANTEPASSADOS?


Ivanildo, Rostand, João Lima, ..., Kiko e Paulo Gastão
           
             Você gostaria de saber informações sobre seus antepassados? Sobre sua árvore genealógica, então deve entra no endereço:
 http://www.familysearch.org/eng/default.asp (inglês)
ou https://new.familysearch.org/pt/action/unsec/welcome (português) e iniciar uma busca.


             A “Family Search International” é considerada a maior organização que trabalha o tema da genealogia em todo o mundo.  Sua principal ferramenta consiste no site FamilySearch.org, que oferece acesso gratuito a imagens digitais de registros genealógicos em todo o mundo. É uma grande coleção de registros, recursos e serviços projetados para ajudar as pessoas a aprender mais sobre sua história familiar.
            A “Family Search” foi criada em 1894, em Salt Lake City, nos Estados Unidos, primeiramente como Genealogical Society of Utah (GSU), um dos segmentos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Igreja Mórmon), que até hoje administra esta organização em mais de 110 anos de trabalho em prol da genealogia em todo o Planeta.
             A “Family Search International” começou a utilizar a microfilmagem para seus registros genealógicos em 1938 e a imagem digital de registros em 1998. Estas imagens, que abrangem famílias de mais e100 países, estão armazenadas no Granite Mountain Records Vault. Este é um grande arquivo, escavado profundamente no subsolo, próximo ao Cnyon Little Cottonwood, próximo a Salt Lake City.
 
Granite Mountain Records Vault

            Nestas instalações, ideais para criar um ambiente controlado para o armazenamento de longo prazo e apto a resistir até mesmo a ataques atômicos. Lá estão mais de 2,4 milhões de rolos de microfilme, que equivalem a mais de 3 bilhões de páginas de registros familiares e todo ano mais 40.000 rolos de microfilme são incorporados ao acervo.
            Mas para que os Mórmons tem todo este trabalho, quando a maioria dos nomes  registrados, que estão guardados e disponibilizados no site da“Family Search International”, não são de membros de sua igreja?
Os membros de Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias acreditam que o rastreamento da linhagem de uma família é essencial, pois as famílias são destinadas a ser a força central de nossas vidas e que as relações familiares são destinadas a prosseguir para além desta vida. Isso independente de questões religiosas, politicas, de origem étnica, etc.
 
Os arquivos no subsolo

             Não se acanhe nobre leitor de tentar saber um pouco mais sobre suas raízes. O fato de viver na América do Sul, ser brasileiro e nordestino não é problema para utilizar esta maravilhosa ferramenta e conhecer mais sobre seus antepassados.

             
              Boa Sorte.

 

Todos os direitos reservados


É permitida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso,
desde que citada a fonte e o autor.


Extraído do blog "Tok de História" de propriedade
do autor deste artigo, Rostand Medeiros


Adesões para o evento "Cangaço e Negritude"

Oficiais militares apoiam livro do pesquisador Epitácio
 

          O Escritor e Capitão Médico Epitácio de Andrade Filho, em visita ao Centro Clínico da Polícia Militar em Natal, neste último dia 30 de junho, agradeceu ao Coronel Médico Silvério Monte, chefe do setor de atenção básica da Diretoria de Saúde, o apoio cultural recebido para a viabilização do livro “A Saga dos Limões – Negritude no Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante”, que será lançado em Currais Novos, no próximo dia 08 de julho, na Escola Estadual Cap. Mor Galvão, e em Patu, no próximo 10 de julho, no Campus Avançado João Ismar de Moura.

Epitácio Andrade e o cel. Silvério Monte 
         
            Médico Clínico e Intensivista, o Tenente Coronel Silvério Monte foi o coordenador da equipe de assistência médica prestada acerca de 900 cossacos que trabalharam na construção do Açude do Tourão, localizado na zona rural do município de Patu, sendo concluído no ano de 1983, na gestão do Prefeito Epitácio Andrade (in memorian), pai do pesquisador patuense. Silvério Monte participou, em 2003, da Mostra de Etnopsiquiatria “Seca e Saúde Mental”, realizada sob a coordenação do Psiquiatra Sanitarista Epitácio Filho, durante a Feira da Cultura de Patu, para referenciar os vinte anos da conclusão do “Tourão” e resgatar as estratégias de enfrentamento à seca de 1877, época do cangaço de Jesuíno Brilhante.

Inauguração do Açude do Tourão - 1983
         
          Durante a visita ao Centro Clínico, Epitácio Andrade teve oportunidade de reencontrar o Coronel Ângelo Mário de Azevedo Dantas, o maior pesquisador da História da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, que estava desenvolvendo investigações científicas e coleta de dados para um novo livro que está elaborando. Recentemente, o Coronel Ângelo Mário publicou “Cronologia da Polícia Militar do Rio Grande do Norte - 175 anos de história - de 1834 a 2009”, livro que retrata as efemérides da Polícia Militar Potiguar.

Medalha alusiva aos 80 anos do Início da Resistência
ao cangaço – 2007.  
            Parceiro cultural de Epitácio de Andrade Filho, com quem produziu o artigo informativo “O Fogo da Caiçara – Início da Resistência a Lampião no Rio Grande do Norte”, Ângelo Mário juntamente com Epitácio foram condecorados pela Prefeitura Municipal de Marcelino Vieira, em 10 de Junho de 2007, com a medalha comemorativa dos 80 anos do Fogo da Caiçara, episódio que marcou o início da resistência ao bando de Lampião nas terras potiguares.
Lampião
             Neste episódio foi registrada a morte do Soldado José Monteiro de Matos, símbolo da bravura da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, e do cangaceiro Azulão, pertencente a um subgrupo do bando de Lampião que estava sob o comando de Sabino Gomes.
Sabino Gomes
  
            Na ocasião da visita ao Centro Clínico da PM/RN, o Escritor Epitácio Andrade também agradeceu o apoio cultural do Major Francisco Avelino, Vice-presidente do Clube dos Oficiais da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, por ter colaborado decisivamente para a descoberta da Comunidade Pimenteiras, na Serra de Santana do Matos, no Sertão Central do Estado, principal lugar de memória contemporânea do grupo étnico representado pela Família Limão, que resistiu ao recrutamento forçado para a Guerra do Paraguai (1865-70), participou da Insurreição dos Quebra-quilos (1874-75) e enfrentou o cangaço de Jesuíno Brilhante (1871-79). 

Major Avelino, Coronel Ângelo Mário e Epitácio Andrade.
          
           Em acordo com os oficiais colaboradores d’A Saga dos Limões, o Capitão-Escritor Epitácio Andrade decidiu que o primeiro exemplar do seu primeiro livro será autografado para o Coronel Francisco Araújo, comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte.
Então é isso, tá chegando a hora, todos ao encontro
de Jesuino!

Cliquem para ler ou imprimir o folder com programação
 Frente
  verso

Fotos históricas de cangaceiros do bando de Lampião

Da esquerda para a direita:
Vila Nova, lá nos fundos, um cangaceiro desconhecido, Luiz Pedro, Amoroso, Lampião, Cacheado, Maria Bonita, Juriti, outro cangaceiro desconhecido e Quinta Feira. Foto do repórter Benjamim Abraão em 1936. Acervo Abafilm - Fortaleza-Ceará.

http://observatorio.virtual.74.zip.net/images/cangaceiros.jpg
Corisco e o cangaceiro Vinte e Cinco

            O cangaceiro Corisco foi assassinado em combate no dia 25 de maio de 1940, pelo tenente Zé Rufino. Mas o cangaceiro Vinte e Cinco, segundo o escritor João de Sousa Lima, ainda está vivo.

O cangaceiro Gato e Inacinha

          O cangaceiro Gato foi morto em combate no dia 28 de setembro de 1936. Inacinha faleceu vítima de câncer no ano de 1957.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBjSSwwAg2ZwJk6JtpPs7241VOmuiYPbbHMwJVqJHK0XhKMOdSrZ3ls5o0feitefypwGCSF1E1OWhgNm9G6lBbls7hxEMqQYEKcXU0PaRelU52jXm1vBcBvgN0K5DBEF3aQP60YWd4WPI/s400/azulao+oculos,+enedina,dada+e+sabonete.jpg
Enedina, Moreno, Dadá e Sabonete

           Enedina foi morta na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota de Angico, no Estado de Sergipe. Moreno faleceu no dia 06 de setembro de 2010. Dadá faleceu em fevereiro de 1994.

Lampião e seu irmão Antonio Ferreira

              No final do ano de 1926, ou início de 1927, na fazenda do coronel Ângelo da Gia, uns cangaceiros jogavam baralho quando  Luiz Pedro, sem intenções manobrou seu rifle, disparou e matou Antônio Ferreira, o irmão mais velho de Lampião. 
             Uns foram avisar a Lampião que se encontrava num local distante, enquanto outros colegas o aconselharam:
              - Luiz Pedro, corra que Lampião vai te matar.
             Consciente de que o tiro não fora intencional, Luiz Pedro decidiu, corajosamente enfrentar  Lampião.
             Quando Lampião chegou, ouviu aqueles que o aconselhavam que matasse Luiz Pedro. Mas outros o defendiam alegando que fora um acidente.
              O Capitão  voltando-se para Luiz Pedro disse-lhe:
              - Se ocê tivesse fugido eu ia lhe porcurá para matá-lo. Mais, cumo ocê ficou e eu já cunheço ocê de muito tempo, vou deixá ocê viver.  
              Agradecido pelo voto de confiança do líder, Luiz Pedro falou:
              - Seu Capitão, o senhor poupou minha vida. Eu juro acompanhá-lo até o fim. No dia em que o senhor morrer, eu morro também.
              E foi verdade. No dia em que Lampião morreu, Luiz Pedro viajou com ele.

Canário com três cangaceiros
CANGACEIRO BARREIRA
 http://www.lampiaothemovie.com/uploaded_images/main_images/archive_22.jpg
BANDO APÓS CAPTURA PELA VOLANTE
CABEÇA DE ZEPELIM  EM 1937
PORTUGUÊS, QUITÉRIA, VELOCIDADE,
PEDRA ROXA E BARRA DE AÇO
O cangaceiro Vila Nova após captura
Pancada após captura

Maria Bonita

           Foi a rainha do rei do cangaço, o Lampião. Durante oito anos o acompanhou pelas caatingas do nordeste brasileiro. Foi fiel a ele até o seu último dia de vida. Por mais que alguém queira levá-la a julgamentos, por desprespeito a Lampião, jamais isso foi confirmado pelos remanescentes do rei.



            O cangaceiro Balão afirmou a alguns repórteres que todos os asseclas a respeitavam muito.



           O cangaceiro Volta Seca deu seu testemunho, disse que o cangaceiro que por ventura tentasse  desrespeitar a rainha do cangaço, a Maria Bonita, já sabia qual seria o seu destino, pois Lampião não perdoava e o mataria sem prévio aviso.  



José Mendes Pereira

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Zé Rufino, hoje na Saraiva do Iguatemi

Tenente Zé Rufino

Logo mais às sete da noite temos um encontro marcado. 
Mais uma reunião do Cariri Cangaço - GECC em Fortaleza.

Nesta terça, teremos a presença de um dos personagens mais marcantes de todo o ciclo lampiônico: José Rufino; em Documentário e Debate.

Mediador:
Manoel Severo
Debatedores:
Aderbal Nogueira,
Ângelo Osmiro e
Alfredo Bonessi

Não Perca, você é nosso convidado


Zé Rufino e convidados na noite
Cariri Cangaço - GECC na Saraiva

Terça-feira, dia 05 de Julho de 2011, 19 horas
Livraria Saraiva - Shopping Iguatemi
Fortaleza Ceará

Fonte: "Cariri Cangaço"