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terça-feira, 18 de outubro de 2016

CONVITE!


GPEC ESTARÁ PRESENTE, PRESTIGIANDO OS TRABALHOS DO AMIGO ESCRITOR / PESQUISADOR GERALDO MAIA.

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ASSEMBLEIA/ATO NATAL DIA 21/10/16


Informamos que, conforme decisão da categoria, os docentes da UERN vão paralisar as atividades no dia 21/10/16 e se integrar à Assembleia Unificada dos Servidores Estaduais. A atividade ocorrerá na Praça Cívica, em Natal a partir das 9h.

Os interessados em participar da Assembléia Geral devem realizar contato, até a manhã da quinta-feira (20), com a secretaria da ADUERN  através do email aduern@gmail.com  ou do telefone 3312-2324. Será disponibilizado transporte e e alimentação para todas as pessoas que queiram participar da atividade.

O transporte para Natal sairá da ADUERN impreterivelmente às 5h. A partir das 4h30 será oferecido um café da manhã para os professores e professoras que forem participar da atividade. O ônibus não realizará parada na estrada para alimentação, portanto é fundamental chegar cedo à ADUERN.

Jornalista
Cláudio Palheta Jr. 
Telefones Pessoais :
(84) 88703982 (preferencial) 
Telefones da ADUERN: 
ADUERN
Av. Prof. Antonio Campos, 06 - Costa e Silva
Fone: (84) 3312 2324 / Fax: (84) 3312 2324
E-mail: aduern@uol.com.br / aduern@gmail.com
Site: http://www.aduern.org.br
Cep: 59.625-620
Mossoró / RN
Seção Sindical do Andes-SN
Presidente da ADUERN
Lemuel Rodrigues

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gozaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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A SUPER-LUA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 18 de outubro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.581 


Esse negócio de super- lua é balela, isso não existe. O satélite da terra continua do mesmo tamanho com seus vários movimentos cujos destaques são três: translação, rotação e revolução. O movimento de translação é o que ela faz em torno do Sol, acompanhando a terra. O movimento de rotação é o que ela faz em torno do seu próprio eixo. O movimento de revolução é o que a Lua faz ao redor da Terra.


A Lua gira numa órbita elíptica que às vezes se afasta da Terra, outras vezes se aproxima. Quando se afasta da Terra ao máximo, diz-se que ela está no apogeu. Quando se aproxima do ponto mais próximo do nosso Planeta fala-se que ela está no perigeu.

As águas oceânicas são atraídas pelos movimentos do Sol e da Lua. Duas vezes ao dia as águas sobem, duas vezes descem, caracterizando a preamar (nível mais alto) e o mais baixo nível,maré baixa.

Fala-se em marés de Sizígia e de quadratura. A cada mês ocorrem duas marés de Sizígia e duas de quadratura. As primeiras coincidem com a Lua cheia e nova. As segundas com a Lua em quarto crescente e quarto minguante.

Nas marés de Sizígia o Sol e a Lua atuam na mesma linha agitando mais as águas.

Quando se fala em super-lua (com hífen, gente!), é apenas um modo de dizer que a Lua está no perigeu, isto é, mais perto de nós. Aí se diz o que se quer dizer, não é verdade, comadre? Super-Lua, luazona, Lua arretada, Lua belíssima, Lua para namorados e assim em diante.

A Lua influencia na pesca, segundo os pescadores do mar. Outros afirmam que atua na cabeça dos doidos. De qualquer maneira é bom está alerta, pois o povo do Sertão costuma dizer que todo mundo é bom, mas a Lua falta uma banda!


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LEMBRANÇAS DE MARTE

*Rangel Alves da Costa

Três anos por lá, convivendo com o planeta vermelho, mas eis que de repente fui devolvido a terra. E acordei numa praia distante de meu ponto de partida: o alto da mais alta montanha.

De marte sinto saudades. De marte eu trouxe boas recordações. Porém muito mais na memória que no meu diário. Aliás, o diário foi a única coisa que me acompanhou quando de lá me despedi.

Parecendo o Pequeno Príncipe de Exupéry, logicamente por conter muitos desenhos ao lado dos escritos e descrições, o meu Diário de Marte é hoje relíquia que dorme comigo debaixo do travesseiro.

Abro o meu diário assim: “Aqui o Diário de Marte. Nele o testemunho de tudo o que vivi e presenciei desde a minha chegada, numa data qualquer de 1963, pois o meu relógio já não guarda mais nenhuma lembrança da terra. Daqui em diante o meu viver noutro mundo...”.

Recordo muito bem que nem esperei a nave partir em retorno para reconhecer ali como o meu futuro lar. Mas antes de qualquer caminhada escolhi a fenda entre duas rochas e ali instalei minha moradia. Uma lona à frente e uma rede de dormir estendida no interior.

Já pronto para caminhar por aquele chão ora íngreme e pedregoso ora de areia desértica, logo avistei um monte bem alto ao longe. Estava descrito no meu mapa de viagem: o Monte Olimpo. Não a morada dos deuses gregos, mas talvez a moradia de outros deuses extraterrestres.

Deuses e seres extraterrestres, desconhecidos e tão instigantes, e, acaso realmente existentes, eu precisaria conhecê-los. Não temia reações adversas nem tornar-me prisioneiro marciano, pois também projetadas tais possíveis situações. Mas tudo faria para mostrar que o da terra nada mais era que um amigo intergaláctico.

Contudo, deixei para desvendar os mistérios do monte depois, pois precisava conhecer mais pelos arredores. E não demorou muito encontrei um verdadeiro abismo à minha frente. E se eu desse mais uns dois passos adiante poderia ter caído no Valles Marineris. E seria o meu fim.


Apesar do clima desértico, do calor e da aridez, era primavera em marte. Encontrei um jardim marciano e achei a coisa mais estranha: flores e espinhos de pedras ou outro objeto endurecido da cor de ferrugem. Quando levei a mão para colher uma flor, eis que ela se dissolveu completamente, fazendo escorrer uma água perfumada sobre os meus dedos.

Então havia encontrado a solução para matar a sede. Durante todo o tempo que passei ali foi água de flor que sempre bebi. O problema era quando a primavera acabava e as flores desapareciam. Mas quando a sede se tornou insuportável, logo busquei uma solução.

A noite em marte era gélida de fazer tremer o corpo inteiro. Mas eu caminhava em meio ao intenso frio para colocar vasos de pedras embaixo dos picos montanhosos. Como o gelo se formava a noite inteira, ao surgir a claridade aquecida tudo começava a respingar. E caía dentro de meus vasos de pedras. Então eu bebia aquela água com gosto de tangerina.

Aliás, tudo tinha gosto e cheiro de tangerina. O vento soprava cheirando a tangerina, a água tinha gosto de tangerina, até mesmo as formações rochosas tinham aparências de imensas tangerinas. Quando anoitecia, eu olhava para o alto e avistava, em pontos diferentes, duas tangerinas brilhando. Eram as duas luas de marte.

Mas outro e inesperado problema começou a me acontecer. Depois que a noite caía, a solidão aumentava e eu me sentia cada vez mais apaixonado, verdadeiramente atormentado, e assim por um fato também estranhíssimo acontecido por lá, e envolvendo a lua. A lua não, as luas tangerinas de marte. Cada uma mais bonita, poética e apaixonante que a outra.

Era uma paixão diferente, um amor diferente, pois por alguém que certamente estava próxima. Mas como eu me apaixonar por uma marciana se eu nem sabia que ali existia alguma nem como seria sua feição?

Mas a paixão aumentou de tal modo que eu não mais suportei. Tomei a direção de uma das luas e segui adiante, atrás do motivo daquela paixão. Completamente atordoado, eis que cheguei ao Monte Olimpo. E ao olhar para o alto, avistei uma placa com os seguintes dizeres: Impossível amar em Marte.

Tomado de repentina loucura por aquela impossibilidade, corri para me jogar do Valles Marineris e sucumbir de vez embaixo do precipício. Faltando apenas um passo para o adeus final, uma mão segurou-me por trás. E uma voz me disse: Sou eu, sua marciana. É impossível amar em marte, mas não na terra. Então retorne que eu o encontrarei.

E depois disso apaguei de vez. Despertei numa beira de praia, já de retorno. Desde então fico olhando da janela para ver se avisto as duas luas. E também esperando o meu amor chegar, assim tão bela e tão doce, cheirando a tangerina.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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EM SÃO PAULO, PARTICIPANDO DE DEBATE SOBRE O SERTÃO E O CANGAÇO NA MOSTRA A BELA CRUEZA DO CANGAÇO

Por Rostand Medeiros

Nesta última segunda-feira (17/10/2016) aconteceu às 20h, na Casa-Laboratório, localizada na alameda Gabriel Monteiro da Silva, 224, bairro dos Jardins, em São Paulo um positive encontro entre os artistas plásticos Sergio Azol, Aecio Sarti e o escritor e historiador potiguar Rostand Medeiros, responsável pela edição do blog Tok de história.

Ali discutimos sobre sertanismo, estética do Cangaço e processo criativo. O bate-papo contou com a mediação de Yael Steiner e Daniel Sarti.

Casa Laboratório, nos Jardins, em São Paulo, onde ocorreu o encontro e a exposição A Bela Crueza do Cangaço.

O encontro foi extremamente evocativo ao sertão nordestino, em um espaço onde atualmente ocorre a mostra A Bela Crueza do Cangaço, de Sérgio Azol.

Sérgio Azol

Dois artistas unidos pelo Sertão. Sergio Azol traz a História e a estética do Cangaço. Aecio Sarti extrai sua matéria-prima – as lonas de caminhão que protegem, pela estrada seca, os vasos de barro produzidos por uma pequena comunidade de Malhada Seca, Bahia, que serão utilizados por outras comunidades que necessitam de água. “As lonas de caminhão viram arte com a minha intervenção.

Aécio Sarti

Os potes de barro já nascem arte”, afirma Sarti, que usa a lona como plataforma para sua pintura, em Céu de Querubins, dirigido por Daniel Sarti e ganhador do prêmio de Melhor Documentário em Curta-Metragem no festival de Santa Mônica, Califórnia, Estados Unidos. Esteve presente ao evento o diretor Gustavo Massola, realizador deste documentário.

Rostand Medeiros

A conversa foi bastante produtiva e aberta, com os artistas plásticos mostrando os seus respectivos processos criativos. Foi também bastante comentado as respectivas viagens para ajudar a fomentar estes processos criativos, permeado por muitas histórias relativas ao sertão e ao Cangaço.


Procurei apresentar os aspectos dos caminhos que percorri junto com Sérgio Azol em maio e junho de 2016, onde lhe apresenta uma parte da história do cangaceiro Lampião e evoquei o que o sertão nordestino pode produzir de interessante para várias formas de artes.

Rostand Medeiros, Sérgio Azol, Daniel Sarti, Yael Steiner, Aécio Sarti, Gustavo Massola e Carol Emereciano.

Sobretudo este foi um momento de congregação de pessoas de vários pontos do país, que trabalham com cultura e valorizam aquilo que se encontra de belo e interessante no sertão nordestino.


As fotos aqui publicadas foram realizadas pela fotógrafa Denise Andrade, do jorna O Estado de São Paulo.

Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

https://tokdehistoria.com.br/2016/10/18/em-sao-paulo-participando-de-debate-sobre-o-sertao-e-o-cangaco-na-mostra-a-bela-crueza-do-cangaco/

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NOVOS LIVROS


Adquira logo o seu, amigo! 
Cuidado com os colecionadores! 
Eles compram em montes, e você poderá ficar sem o seu ou sem os seus livros. 

Entre em contato com Francisco Pereira Lima  o professor Pereira, lá da cidade de Cajazeiras, no Estado da Paraíba. pois se ele não tiver algum em sua livraria, com certeza indicará com quem você irá conseguir os seus.

E-mail: franpelima@bol.com.br

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GERSON PIONÓRIO: UM POLICIAL MILITAR DE 100 ANOS!

Por Polícia Militar da Bahia
https://www.youtube.com/watch?v=t5_jaRMmtwk

O OUTRO LADO DA MOEDA - 100 ANOS DO POLICIAL GÉRSON PIONÓRIO Caçador de cangaceiros..!

Conheça a história de um dos mais antigos policiais militares da Bahia: o cabo Gerson Pionório, história vida do esforço da PMBA para combater as ações criminosas do cangaço.

Publicado em 17 de outubro de 2016

Conheça a história de um dos mais antigos policiais militares da Bahia: o cabo Gerson Pionório, história vida do esforço da PMBA para combater as ações criminosas do cangaço.

Em 1929 o bando de Lampião esteve no município de Queimadas, saqueando a cidade que contava com 8 policiais militares em sua guarnição. Este documentário conta o desfecho sangrento dessa investida criminosa do cangaceiro.

PRODUÇÃO:
Cap PM Bandarra
Cap PM Danillo Ferreira
St PM Luciano Macêdo
ROTEIRO
Cap PM Raimundo Marins
Cap PM Danillo Ferreira
PESQUISA
Cap PM Raimundo Marins
DIREÇÃO E EDIÇÃO
Cap PM Danillo Ferreira
IMAGENS
ST PM Luciano Macêdo
SD PM Orlando Junior
ASSISTENTES
SD PM Orlando Junior
SD PM Igor Freitas
REALIZAÇÃO
Polícia Militar da Bahia
Departamento de Comunicação Social

Categoria
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OS DESPREZÍVEIS DO CANGAÇO

Por Junior Almeida

Existe na vasta literatura cangaceira centenas de narrativas de passagens sangrentas em solo nordestino. Algumas mortes aconteceram com certo heroísmo, outras por encomenda, algumas por azar e muitas por inveja, cruzetas, ou mesmo por puro e simples fuxico, o mal que assolou o Sertão naqueles tempos, como disse tão bem o mestre Alcino Alves Costa. De certo é que em nossa terra jorrou o sangue de muitos inocentes.

Muitos homens caíram em desgraça, entrando para o cangaço ou para as volantes, por falta de perspectivas de vida, ou faziam isso ou morriam. Já outros tantos, participavam da luta indiretamente e lucravam muito com as desgraças alheias. Lampião, como ele mesmo disse em Juazeiro do Padre Cícero em 1926, era um pé de dinheiro. Era bom negociar com o rei de todos os cangaceiros. Ele comprava em quantidade e pagava muito bem o que comprava. Muito enriqueceram às suas custas.

Se um coiteiro ganhasse a confiança do “Rei Vesgo”, estava feito na vida. Além de faturar alto com isso, financeiramente falando, tinha a vantagem de ninguém se atrever mexer com ele, e não era difícil, por exemplo, que comprasse uma propriedade por muito menos do que ela valia, só por ser amigo de Lampião. Quem danado queria se indispor com Virgulino ou um protegido seu?

O cangaceiro mor era leal a quem o servia com a mesma lealdade, e de sua maneira, tratava bem seus colaboradores. Esses por sua vez, não tinham qualquer tipo de escrúpulos para que tão vantajosa relação fosse mantida. Valia tudo. Foram dezenas, centenas de servos de Lampião durante o seu reinado e para esses, o que valia era o dinheiro e outras vantagens que Virgulino podia lhes proporcionar, não importando laços de amizade ou sangue, se muitas pessoas ficariam na orfandade por conta de seus atos ou mesmo que sofrimentos sem fim seriam vitimados vários desditos, por conta de determinada atitude covarde e muitas vezes mentirosa do coiteiro caluniador ou do simples adulador de bandidos.

Quem mais sofria era quem não tinha um lado na peleja, o roceiro simples, o cidadão de bem. Envolvido com as partes, ninguém era santo, isso é certo. Foram muitos cangaceiros e volantes sanguinários. Pessoas que nem sei se pode-se chamar de gente, pois eram feras humanas, carniceiros da pior qualidade. Gato, Moreno, Zé Baiano, Corisco ou o próprio Lampião, dentre outros, estão nessa lista, pois foram tudo de ruim já descrito pela história, mas algumas pessoas daquela época foram até piores mesmo sem estarem presentes no campo de luta, pois com seus atos foram responsáveis por grandes atrocidades.

Os casos são muitos, os personagens mais ainda, mas particularmente destaco três que são símbolos do que pior pode existir no ser humano e do que existiu na triste história do cangaço. São NA MINHA OPINIÃO seres desprezíveis do cangaço.

Foto de Joca Bernardo do Blog do Mendes e Mendes

Joca Bernardo, essa ignóbil criatura é foi uma dessas pessoas que infelizmente a história tem que registrar. Invejoso, cruzeteiro, mentiroso e extremamente covarde. Por conta de sua aversão aos cangaceiros, por ser corneado por um, o cabra Jacaré, do bando de Corisco, Joca decidiu procurar o sargento Aniceto, e delatou quem sabia onde Lampião com seu bando estavam acoitados. Por conta do seu fuxico morreram doze em Angicos, e para piorar, esse cabra ainda mentiu para Corisco, para que esse cometesse mais uma barbaridade, matando mais seis pessoas da Família Ventura. Ou seja: Joca Bernardo foi o responsável direto por 18 mortes, sendo seis inocentes, que nada deviam a cangaceiros ou volantes. Dizem que em Piranhas morreu no desprezo, que quando passava na rua, as pessoas davam-lhe as costas.

Horácio Grande, ou Horácio Novaes foi outro bandido de atitudes bem reprováveis. Ladrão, covarde e mentiroso, esse ser que não se sabe se tinha alguma virtude, além de ter roubado a tropa de burros da honrada família Gilo, se sentiu ofendido em ser pego com a boca na botija e ser desmoralizado por ser ladrão. Quis se vingar dos Gilos, numa total inversão de papéis, como se a honrada família fosse a errada da história. Na primeira investida se deu mal, pois perdeu um companheiro de empreitada, o cabra Brasa Viva, e ainda levou um tiro no saco, que quase lhe capa. Não desistindo de seu intento, Horácio Grande se aliou a Lampião e o envenenou contra a família do Sítio Tapera em Floresta. O cangaceiro tão esperto caiu nas mentiras do sicário florestano, e em agosto de 1926 com cerca de cem homens cometeu uma das maiores atrocidades que se tem conhecimento em sua vasta história de crimes. Por conta da sórdida atitude de Horácio Grande morreram treze pessoas da família e mais um soldado que veio em socorro dos desafortunados Gilos.

Outro personagem de triste memória também tem seu nome ligado à hecatombe da Tapera em Floresta. Antônio Muniz de Farias, oficial da polícia pernambucana, que teoricamente deveria dar segurança aos cidadãos de Floresta e região, foi também responsável pela morte da Família Gilo e um dos seus comandados, mesmo sem ter apertado o gatilho. O capitão Muniz Farias tinha dado a sua garantia aos Gilos que se Lampião fosse atacar a Tapera, ele mesmo iria com seu efetivo do quartel em Floresta, para acudi-los. Balela. Em cerca de dez horas de tiroteio o covarde oficial não só deixou de cumprir com a palavra empenhada, como proibiu seus comandados de agirem. Só o destemido Manoel Neto, num ato de insubordinação foi em auxílio do Gilos, perdendo com isso um soldado. Conta-se em Floresta, que o portador do pedido de socorro no quartel argumentava com água nos olhos que o oficial tinha dado a sua palavra, por tanto deveria Muniz, como homem que acreditavam que fosse, deveria cumprir.

Antônio Muniz Farias com esse ato de extrema covardia apagou da sua história qualquer ato de bravura que tenha feito e manchou de forma vergonhosa o nome da corporação. Sicários da pior espécie existiram muitos, mas um covarde como esse, que se escondia atrás da farda e foi responsável pela perda de 14 vidas, é um dos piores.

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LAMPIÃO COM 15 CABRAS, ESTEVE NO POVOADO DE ICOZEIRA, MUNICÍPIO DE ABARÉ-BA.


No dia 03 de agosto de 1929, Lampião com 15 cabras, esteve no povoado de Icozeira, município de Abaré-BA. Era dia de feira, por volta das 10 horas da manhã. Lampião de imediato prendeu o velho José Pacheco de Menezes, conhecido por Zezé Pacheco da Icozeira, tio do tenente Manoel Campos de Menezes, grande perseguidor de Lampião.

A melhor casa do povoado era a de Zezé Pacheco, uma grande casa com alpendre, Lampião mandou amarrá-lo em uma cadeira no meio da rua, no sol quente. E sentou-se no alpendre da casa, e começou a escrever bilhetes pedindo dinheiro aos moradores das redondezas. E o velho lá no sol, esperando ser executado.

Seu sobrinho era chefe de uma das volantes mais ativas daquela região. As entradas e saídas da rua, estavam tomadas de cangaceiros. Zezé Pacheco era padrinho de Antônio de Engracia, que ficou de fora em uma bodega, bebendo cachaça com o chapéu cobrindo a testa, para não ser reconhecido, e preferiu não se meter. Mais logo chegou um rapaz chamado Galdino e disse implorando:

" -Antônio, não deixe o capitão matar o velho Zezé, ele num é seu padim, socorra ele pelo amor de Deus...!".

Antônio que era amigo de Galdino, sem responder, saiu da bodega e foi falar com Lampião. Houve uma breve discussão. Lampião aborrecido, deixou o alpendre e foi até o velho e disse:



" - Seu Zezé, eu num mato um homem duas vezes, vosmicê no meu pensamento, já tava morto! Vou lhe sortá, mais quero que vosmicê leve um recado ao sem-vergonho do seu sobrinho, primeiramente, o senhor diga aquele sem-vergonho do tenente que ele deixe de andar pelas caatingas roubando e ofendendo as casas das famílias se passando por cangaceiro e botando a culpa em nós. Diga a ele que Lampião o que faz, assume, num fica botando o nome dos outros não! E outra coisa, eu ouvi dizer que ele tem uma irmã muito bonita chamada Olga, pois diga a ele que qualquer hora eu vou lá em Chorrochó buscar ela para passar 15 dias comigo, pra ela parir um homem, já que na família Menezes, até hoje, num nasceu nenhum!

Zezé ficou agradecido a Antônio de Engracia por ter pedido por sua vida.

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RELAÇÃO DE LIVROS À VENDA (PROFESSOR PEREIRA - CAJAZEIRAS/PB).


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CONVITE!

Por Benedito Vasconcelos Mendes

 Amanhã, desejo abraçar familiares e amigos no Náutico Atlético Cearense, por ocasião do lançamento do meu livro " História da Minha Vida Profissional ".

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LAMPIÃO - UM GÊNIO DA ESTRATÉGIA MILITAR

Por José João Souza

Lampião é considerado um dos maiores estrategista militar de nossa história, era um gênio intuitivo, segundo especialistas. Um dos grandes estudiosos do tema cangaço, o historiador Frederico Pernambucano de Melo afirma que Lampião foi um homem à frente do seu tempo. 

Frederico Pernambucano de Melo

"Em outro período histórico ele teria sido um grande guerreiro, dado a sua destreza no manuseio das armas e sua coragem sem par frente aos mais terríveis obstáculos. Sem contar que, em seu tempo, no comando de grupos e subgrupos, comandou verdadeiras feras humanas, homens rebeldes e destemidos que diante do chefe pareciam simples cordeiros", afirma.

Lampião parecia mesmo invencível. Os mais valentes e conceituados oficiais reconheciam sua força, tanto que poucos conseguiram se aproximar do Capitão Virgulino, só vencendo-o através da traição, praticada por um antigo coiteiro do bando, chamado Pedro de Cândida que, perseguido pela polícia, torturado, humilhado, resolveu levar a tropa à Grota do Angico, onde os cangaceiros se escondiam.

Pedro de Cândido - Orkut

"Não fosse a traição, afirma Frederico, seria quase impossível derrotá-lo." O historiador diz que as principais estratégias usadas por Lampião baseavam-se em dois aspectos fundamentais: 
a manutenção do seu grupo em perfeita harmonia e o emprego da informação, da contra-informação, dos boatos, da disseminação de notícias e do uso do terror. "Ele era espirituoso com os seus companheiros e cruel com os inimigos. Sabia impor suas decisões e atemorizar até os homens de sua convivência. Por isso não media esforços para usar da violência em último grau, quando se fazia necessário."

Do Blog: A Nova Democracia

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LAMPIÃO E O IRMÃO CAÇULA EZEQUIEL FERREIRA DA SILVA


Virgolino Ferreira da Silva o Lampião e fiel guarda costas, seu irmão caçula Ezequiel Ferreira da Silva. Nunca foi comprovado a participação ativa de Ezequiel Ferreira da Silva em tiroteios ou que havia matado alguém. 

A função do irmão caçula do rei Lampião era vigiar o chefe irmão. Todo lugar que Lampião estava (fazenda, sítios, coitos nas caatingas, ou na maioria das vezes cochilando), lá estava seu irmão Ezequiel ao lado atento a qualquer coisa contra o irmão chefe Lampião. Um vigia de grande valor que era o Ezequiel.

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A POLÍCIA CASTIGOU A FAMÍLIA DE DADÁ EM BUSCA DE CORISCO

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Publicado em 2 de setembro de 2013

Em busca do cangaceiro Corisco, a polícia castiga o irmão de Dadá, que tinha sido levada pelo bando. Quem conta essa cruel história é Dona Joana, irmã de Dadá.

Categoria
Licença

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NÔMADES POR IMPOSIÇÃO DA ORDEM


Nômades por imposição da ordem, eles levavam seus pertences presos às roupas e adereços... Causava inveja e admiração pela fulgurante presença frente ao sol nordestino... 


As moças tinham medo, mais ao mesmo tempo, eram atraídas pela aquele mundo de aventuras e riquezas... Os homens tinham medo, mas, também cobiçavam a fortuna, a liberdade e as conquistas ou submissão a força das mulheres... 

Nenê do Ouro e seu companheiro Luiz Pedro

Muitos, tidos como pessoas honestas e respeitosas esperavam apenas uma desculpa para entrarem no cangaço ou na volante e usufruírem das mesmas maldades e riquezas. Excessos... Umburana de Cheiro

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FELEMON ESTEVÃO DE SOUSA, MEU BISAVÔ MATERNO DE ORIGEM NEGRA

Por José Romero de Araújo Cardoso

FELEMON ESTEVÃO DE SOUSA, MEU BISAVÔ MATERNO DE ORIGEM NEGRA

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O CASO DE JUAZEIRO DO PADRE CÍCERO

Material do acervo do pesquisador Antonio Corrêa Sobrinho
Imagem ilustrativa do jornal O GLOBO - 05/11/1934 - Missa de sétimo de padre Cícero

É PRECISO QUE O GOVERNO NÃO COMETA OS MESMOS ERROS QUE PROVOCARAM A LUTA VERGONHOSA DE CANUDOS

A multidão nordestina é confusa. Um rebanho andrajoso, burburinhante, dotado de incrível resistência e de bravura selvagem. Mas debaixo da aparência humilde, guarda ímpetos tigrinos. Quando a cachaça, nas feiras e nas diversões do verde, enche os cérebros e desata as línguas é que a gente vê de quanta agressividade são feitos aqueles homens mansos que se ajoelham para tomar a benção aos pais, e tratam todo o mundo por vossa senhoria...

Os fazendeiros, donos das terras, ensinaram-lhes a obediência.

Eles sofrem as fomes trágicas da seca.

Eles sofrem as sedes longas.

Massa para que suportem tudo isto resignadamente é necessário que vejam diante de si um chefe, que os contenha pela catequese, pelo embuste ou pelo respeito.

Senão rebelam-se. E fracionam-se em guerrilhas, cada qual obedecendo à vontade e ao prestígio de um pequeno caudilho. E lançam-se no saque de propriedades isoladas, nas tocaias contra a polícia, na execução sumaríssima dos que os espionam ou denunciam.

O cangaço é isto, uma força primitiva, e inútil, de protesto.
__
As populações não sabem, mas sentem que é assim.

E é por esta razão que o cangaceiro, enquanto não resvala para a crueldade, para o homicídio, por prazer, a que a própria condição de vida o leva, encontra sempre uma acolhida amistosa nos ranchos pobres.

O nome de Jesuíno Brilhante ainda hoje é um ídolo. E por todos os terreiros, nas noites calmas de palestra, as crianças continuam ouvindo a história daquele dia em que ele desempenado e audacioso aprisionou um comboio de víveres que o Governo mandava para os flagelados do Ceará e presidiu a distribuição – para que o povo não fosse roubado pelos agentes oficiais.

Ora, o caso de Juazeiro é muito mais grave. Ali, sobre os fatores sociais e econômicos que levam o sertanejo à luta, atuam os fatores de uma psicose religiosa alimentada e volvida de mil maneiras, durante desenvolvida de mil maneiras, durante dezenas de anos.

Os fanáticos do padre Cícero adoram já um boi – porque era do padre Cícero, e fizera milagres!

Nas mais longínquas paragens do Nordeste há famílias inteiras submetidas ao fascínio da Meca cearense. 

E o nome do taumaturgo era invocado, mesmo em vida, em substituição ao nome de Deus!

Quando as várzeas estafavam sob o sol, e o gado, titubeante, fantasmal, fossava em vão a lama das aguadas e exauridas, por todas as ribeiras desfilavam procissões pedindo a chuva salvadora. Mas pedindo ao padrinho:

“Cícero Romão Batista,
Mandai chuva por favor:
Pela História Consagrada,
Pelo sangue do Senhor!”

O Governo talvez não tenha conhecimento destas coisas...

Mas é preciso ter, e não se entregar a imprudências, porque basta que um dos discípulos do padre Cícero, um beato ou um penitente, encabece a inquietação coletiva, para que se opere na cidade dos romeiros uma reedição de Canudos – mais ampla, mais sangrenta, mais vergonhosa aos nossos olhos de civilizados...

Não é com a polícia que se resolverão os incidentes em Juazeiro. As tropas armadas, tiroteando os caboclos, irão agravar imensamente a situação: criarão no Nordeste um estado de guerra santa.

E o país perderá milhares de vidas e gastará milhares de contos.

E não vencerá, como não venceu na cidade-mundo de Antônio Conselheiro.

Fonte: Jornal O GLOBO - 05/11/1934
Imagem ilustrativa do jornal -
Missa de sétimo de padre Cícero

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