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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O cangaceiro Quina Quina -

Por: Rafael Sancho Carvalho da Silva
Foto: Cangaceiro Quina-Quina. 
Jonas Celestino dos Santos - o cangaceiro Quina Quina - Foto facebook - pág. da cangaceira Neli

A partir de algumas pesquisas podemos notar como o cangaço e a perseguição aos cangaceiros alterava a vida de muitos sertanejos. No auto de perguntas feito ao cangaceiro Jonas Celestino dos Santos, conhecido como Quina-Quina, este declarou que antes de entrar no bando de Balão (subgrupo de Lampião) sofria perseguições tanto das volantes das forças legais como dos cabras de Lampião e a solução encontrada foi se juntar aos bandidos em 1936.

Após o massacre em Angico, Quina-Quina se entregou em Jeremoabo (no interior da Bahia). Neste contexto percebemos o sofrimento de muitos indivíduos que tiveram suas vidas marcadas na guerra que envolvia cangaceiros e os policiais das volantes do sertão.

Parte de: O fim do rei do cangaço

Rafael Sancho Carvalho da Silva é professor de História da FTC EAD e Pós-Graduando Lato Sensu em História Social e Econômica do Brasil pela Faculdade São Bento – BA 


http://atarde.uol.com.br/noticias/923079

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Bando de Lampião em fuga

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Bando de cangaceiros liderados por Lampião (o quinto da direita para esquerda, sentado) em foto tirada em Limoeiro do Norte com o casal de reféns de Mossoró

Yolanda Castro, geógrafa de Limoeiro, fala com entusiasmo sobre a passagem de Virgulino. Angirlene Lima, do curso de História da Fafidam, faz monografia sobre Lampião e seu bando

A história do cangaço é revivida hoje, em Limoeiro do Norte, após 80 anos da passagem do bando pelo município.

 Limoeiro do Norte. Poucos acontecimentos de apenas algumas horas perpetuam na história do Ceará, como a passagem de Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”, por Limoeiro do Norte, há exatamente 80 anos. O cabra foi posto para correr de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde até hoje festejam a resistência ao cangaceiro. Depois de receber a “chuva de balas” dos potiguares, aceitou os cumprimentos “tensos” dos limoeirenses, no dia 15 de junho de 1927. O rebuliço foi consolado pela “visita em paz” do rei do cangaço nas terras de seu Padim Ciço. Nunca mais Limoeiro foi o mesmo.

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“Prefeito de Limoeiro, Urgente. Lampião acaba atacar Mossoró. Depois forte resistência conseguimos rechaçá-los, ficando um morto outro prisioneiro. Saudação. Rodolfo Fernandes, Prefeito Municipal”. O recado do prefeito de Mossoró chegou em telegrama às mãos de Custódio Saraiva, Juiz de Paz em Limoeiro e responsável por defender o município, dada à ausência do prefeito. Naquela hora seu Custódio almoçava, não comeu mais. Telegrafou para a Secretaria de Polícia, em Fortaleza, que devolveu a batata quente para que “agisse como pudesse”. A cidade foi evacuada imediatamente.

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Angirlene Lima, do curso de História da Fafidam, faz monografia sobre Lampião e seu bando - MELQUÍADES JÚNIOR

Como era de seu feitio, Lampião entrou no Ceará guiando os fios do telégrafo. O “cabra” cavalgou com seus quarenta e tantos homens (o número é incerto) pela Estrada da Solidão, na Chapada do Apodi. Anísio Batista, morador da Lagoa do Rocha, teria sido o primeiro a ver Lampião e, inclusive, anunciado sua chegada. “Então disse Lampião/ vá até Limoeiro/ pergunte às autoridades/ se recebe um forasteiro/ desprovido de maldades/ como um nobre cavalheiro”, poetizou Irajá Pinheiro, memorialista local e também membro da Academia Limoeirense de Letras, sobre o encontro inusitado. 

Lampião fugiu de Mossoró carregando dois reféns: Dona Maria José do Catolé do Rocha e o Coronel Gurgel, sogro do gerente do Banco do Brasil potiguar. O cangaceiro queria, telegrafando de Limoeiro, cobrar de Mossoró 80 contos de réis como pagamento do resgate dos reféns. “Passei o telegrama para Mossoró, em caráter de urgência, e dentro de poucas horas obtive a resposta: ‘prefeito de Limoeiro, urgente. Seguiu portador, montado a cavalo, conduzindo numerário resgate prisioneiros’”. A informação é do próprio Custódio Saraiva, juiz de Paz, em entrevista ao boletim “Campus”, da Universidade Estadual de Londrina, em 1979, 52 anos depois da visita “ilustre”. 

O bando de cangaceiros famintos foi “presenteado” com jantar no Hotel Lucas, no Largo da Igreja Matriz. A Prefeitura mandou matar um boi e sinhá Arcanja, escrava de Custódio, ficou de servir a tropa. Lampião, que não era besta nem nada, mandou gente da cidade provar da comida, pois poderia estar envenenada. Até pensaram em colocar algum negócio no “vinho”, mas desistiram, que bandido é cabra esperto. Lampião, então, admirador que era de Napoleão Bonaparte, era “gato escaldado”.
Lenços vermelhos
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Dizendo estar em paz, já que em terra de Padre Cícero mal algum ele faria, Lampião passeou pela pequena cidade, e, na bodega de Getúlio Chaves, até comprou lenços vermelhos – à época adornavam a indumentária cangaceira. O bandido também levou uma ruma de perfume. 

Quinta-Feira – tinha esse nome por fazer parte da tradição casamenteira e os matrimônios aconteciam nesse dia especial da semana. 

Conta dona Lirete Saraiva, filha viva de seu Custódio, que seu pai “foi um homem forte, de encarar Lampião sem arma nem nada, defendendo a cidade”. De outro modo, o jornal “O Ceará”, de Fortaleza, reclamava “humilhação” porque passou Limoeiro por não enfrentar Lampião, enquanto Mossoró havia botado o homem pra correr sob balas. 

Soar das cornetas 

Lampião era destemido e temido, mas o certo é que estava cercado pelos cearenses. Do telefone do Telegrafo, do qual se “apossou” para mandar seus avisos, ouviu o soar da corneta em Russas. Era a Polícia que já estava pronta para ir para Limoeiro. Não podendo mais esperar a chegada dos 80 contos de réis de resgate dos reféns, os cangaceiros fugiram pela banda dos Morros, onde havia umas pedras identificadas como “Gruta de Lampião”. 

No município de Palhano, abandonaram os dois reféns, quando do embate contra os volantes da Paraíba e Rio Grande do Norte. Em seguida, Lampião deixava a região jaguaribana rumo ao Cariri de seu Padim Ciço, dado como o “salvador” do povo de Limoeiro. 

Mais informações:

Exibição de filmes sobre o cangaço
Debate com Irajá Pinheiro e Cícero Reis, NIT, em Limoeiro
(88) 3423.6900 
MELQUIADES JÚNIOR
Colaborador  
HISTÓRIA DO CANGAÇO

Pesquisadores locais “garimpam” memória 

Limoeiro do Norte. Herói ou Bandido? Se Lampião por si só já era um caso de se estudar, a fuga de Mossoró e a passagem por Limoeiro são fatos marcantes para os dois lados da Chapada do Apodi, que divide Ceará e Rio Grande do Norte. Embora nos registros mais oficiais a passagem do cangaceiro por Limoeiro não tenha constado em mais de uma página, historiadores locais garimpam nos arquivos da memória e das estantes empoeiradas para conhecer as três horas mais longas da história limoeirense – o bando chegou às 15h, saindo por volta de 18h. Curiosa com o fato e o mito, jovem historiadora resgata material histórico sobre o “Rei do Cangaço”. 

O historiador Nunes Malveira lançou, em 2002, “Lampião em Limoeiro do Norte”. E também duas pérolas históricas saem do baú e chegam à reportagem do Diário do Nordeste: trata-se de duas entrevistas de Custódio Saraiva, então Juiz de Paz à época da visita de Lampião, publicadas em 1977, 50 anos feitos da visita do “cabra da peste”. O músico Eugênio Leandro e o escritor Jorge Alan conversaram com Custódio e publicaram relato no primeiro número da revista “Kuandu”, produzida pelo Colégio Diocesano Padre Anchieta. 

Monografia na Fafidam 

Ainda nos dias de hoje, o assunto desperta a curiosidade das novas gerações. A estudante do curso de História da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (Fafidam), Angirlene Lima, pesquisa nos arquivos pelo Vale do Jaguaribe e até Mossoró sobre os dias de rebuliço da passagem de Lampião na fronteira dos dois Estados. “Não tinha idéia do que seria minha monografia de graduação, fiquei sabendo por minha mãe que Lampião tinha passado por Limoeiro. Hoje me apaixonei por essa pesquisa”, conta Angirlene. 

“Lampião era uma verdadeira figura. A estratégia dele era o não-combate. Conseguia vencer no medo”, explica a historiadora. Pela contemporaneidade de sua pesquisa, tem a vantagem de pegar todo o material já publicado sobre o bandido (ou herói, tudo depende do ponto de vista) e confrontar as diferentes versões. 

“Existem algumas informações que foram repassadas pela memória local e pouco discutidas, apenas aceitas. Diz-se que, quando chegou a Limoeiro, Lampião jogou moedas para as crianças no patamar da igreja. Também teria doado uma boa quantia para a reforma da Igreja Matriz. Mas se ele recebeu somente dois contos de réis do município, seria estranho ter gastado mais do que o que arrecadou”, questiona. 

Angirlene conta que a cidade de Mossoró ficou armada por mais duas semanas após a resistência ao bando de Lampião, isso porque havia comentários de que ele poderia voltar. As tropas oficiais tinham comportamento de superioridade semelhante aos cangaceiros, até maltratando a população por onde passava. “As pessoas acabavam pensando que ainda era gente do bando de Lampião, daí ficavam com muito medo”. 

Algumas das melhores fotos que se tem do bando de Lampião foi tirada em Limoeiro, na frente de uma farmácia, de frente para a igreja. Conforme o professor Irajá Pinheiro, quem fotografou foi um homem chamado Francisco Ribeiro. “Ele bateu a foto e pegou a bicicleta para revelar em Mossoró”. Nessa cidade potiguar, cada um da foto foi reconhecido pelo cangaceiro Jararaca, aprisionado pelos mossoroenses durante a batalha em Mossoró. Até os reféns do bando estão no registro fotográfico. 

Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”, teria sido morto em 1938 (há quem fale em 1939), 11 anos após sua passagem por Limoeiro. Em Anjicos, o cangaceiro foi pego de surpresa e decapitado, juntamente com o seu bando. O bandido ou herói virou, reconhecidamente, mito. “Costumo dizer que Lampião foi um homem que tomou a decisão de ser cangaceiro e arcou com todas as conseqüências até o fim sem meias palavras, sem meios gestos”, define Angirlene Lima. 

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=442723 

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Genoma Apaixonante

Por: Maria Thereza Camargo
 
Maria Thereza Camargo e Lily Conceição no Cariri Cangaço 2013

Querido amigo Severo, lamentei não vê-lo no no final do último dia do memorável evento que você heroicamente organizou.Que fôlego, o seu, meu amigo! Sem dúvida, foi um ato heroico conseguir organizar um evento do porte, que foi o Cariri Cangaço 2013.

Não falei mais com você depois de minha palestra e, nem sei, se saiu a contento.  Fiz questão de iniciar minha fala  com alguns detalhes sobre minhas relações com o nordeste e, sobretudo, com as maiores cabeças da inteligência brasileira com as quais mantive relações de trabalho.  Não só eu como tantos outros deste sul maravilha que mantinham e continuam mantendo ´profícuo intercâmbio de saberes com grandes homens e mulheres  de nosso nordeste..

Lamentei, também, Paulo Gastão não estar presente durante minha exposição, embora já conhecesse o texto, pois enviei-lhe uns dias antes. Senti-me lisonjeada com os elogios do prof. Lamartine Lima sobre minha apresentação, pedindo-me, inclusive, o texto na íntegra que levara comigo.  Certamente, tive o prazer de lhe entregar, prometendo que trocaríamos e-mails.


Maria Thereza e Mario Arruda na Fazenda Piçarra

Seu Cariri Cangaço foi exemplar.   Com ele tive a oportunidade de ver e ouvir coisas novas para o enriquecimento de meus conhecimentos sobre o dia dia daqueles homens do sertão  e, sobretudo da caatinga, esse genoma apaixonante. Seu Cariri Cangaço aproximou-me de grandes figuras, o que seria impossível sem sua participação. Ficando por aqui, nesta "pauliceia desvairada", coloco-me à sua inteira disposição sempre.Parabéns, Severo, você venceu e ganhou mais uma fã. Grande abraço desta paulista amiga,

Maria Thereza Camargo
São Paulo 

NOTA CARIRI CANGAÇO: A presença da querida Maria Thereza Camargo em nosso Cariri Cangaço foi algo sem adjetivos, não falo apenas do conjunto de predicados acadêmicos e de conhecimento das coisas da caatinga; sua Conferencia intitulada "A ETNOFARMACOBOTANICA A PARTIR DA VISÃO PANORÂMICA DE UMA TURISTA APRENDIZ, PELOS CAMINHOS QUE CRUZAM O GEOPARK ARARIPE" foi simplesmente brilhante, impecável, mostrando o calibre dessa grande pesquisadora e espetacular intelectual; mas o que mais me marcou foi sua garra: Do alto de seus 85 anos se entregou por completo ao Cariri Cangaço, participou de todas as atividades, andou por todas as trilhas, de sol a sol... Sensacional, a você Maria Thereza o meu beijo da mais profunda gratidão!

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2013/11/genoma-apaixonante-pormaria-thereza.html

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Vídeo do Cariri Cangaço 2013 de Aurora Editado em Brasília

Prefeito Adailton Macedo e Secretário José Cícero, junto com Manoel Severo e Ângelo Osmiro, na noite do Cariri Cangaço 2013 em Aurora

Vídeo-documento sobre o Seminário Cariri Cangaço 2013 de Aurora  é produzido em Brasília pelos familiares do Dr. Vicente Landim de Macedo, palestrante da memorável  noite do dia 20 de setembro de 2013 em que se homenageou  sua vó, a lendária Marica Macedo do Tipi. 

Além do vídeo(DVD) também foi produzido um livro-caderno intitulado "O Cariri Cangaço em Aurora", contendo com  exclusividade a íntegra da palestra do Dr. Vicente Landim, assim como   vários releases e reportagens jornalísticas publicadas sobre o Cariri Cangaço, em especial a sessão de Aurora que foram veiculadas na imprensa regional, com destaque para a mídia eletrônica(sites e blogs). 

Presentes de Vicente Landim de Macedo

Tanto o livro, quanto o vídeo em questão, contêm através de uma série de imagens, especialmente selecionadas, bem como diversas fotografias e gravações dos melhores momentos do evento. Tais como: pronunciamentos das autoridades, a palestra e as apresentações culturais, com destaques para a jovem dupla de repentistas da terra, os irmãos Alex e Edivânio Luna, assim como a interessante participação em suas  litanias do grupo de penitentes da Ordem Santa Cruz de Aurora. Dentre outras imagens. Vale a pena assistir.

Escritor Vicente Landim recebe caravana Cariri Cangaço no Tipi, em Aurora

Sob o tema - 'Marica Macedo do Tipi: sertaneja d'Aurora, matriarca do Cariri' o seminário CC de Aurora foi sem dúvida, um dos mais marcantes e prestigiados da região. Em parte, pela participação população, a dedicação conferida pela gestão municipal, assim como pela altíssima  qualidade de todos os que acorreram à Aurora para conferir de perto tal  acontecimento.

Em Tempo:

Um exemplar de ambos os documentos, ou seja, caderno e dvd foi recebido via Correios esta semana pelo secretário de cultura e turismo do município, professor José Cícero.Uma cortesia do dr. Vicente Landim de Macedo.

Da redação do Blog de Aurora e da Secult.

FONTE: http://blogdaaurorajc.blogspot.com.br

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2013/11/video-do-cariri-cangaco-2013-de-aurora.html 

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