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terça-feira, 30 de agosto de 2016

O PATRIARCA, DE VENÍCIO FEITOSA NEVES

    

Hoje para minha satisfação e a partir da gentileza dos amigos Venício Feitosa e professor Pereira, recebi "O Patriarca", a mais nova obra do pesquisador e escritor Venício Feitosa Neves; uma obra realmente de fôlego, resultando em 712 páginas de pura pesquisa e imensurável história, nos trazendo um estudo criterioso e precioso sobre Crispim Pereira de Araujo, e as família Feitosa dos Inhamuns e Pereiras do Pajeú; sem dúvidas imperdível!  
Manoel Severo 

"Esse estudo foi elaborado com muita dedicação, pesquisas e carinho, muitas vezes renunciei estar com minha família para torná-lo possível, escrever sobre clãs numerosos e importantes que exerceram seus domínios desde a colonização é algo que requer muito cuidado, sensatez e respeito" comenta o autor, Venício Feitosa Neves. "O Patriarca vai ser uma grande referência para os que estudam a genealogia e têm interesse pela história dos Pereiras do Pajeú, do cangaço e do Nordeste brasileiro. Venício Feitosa Neves é um exemplo de pesquisador dedicado e incansável. Aguardo ansioso "O Patriarca" para deleitar-me com a leitura. Um grande abraço e até Serra Talhada" afirma o pesquisador Helvécio Feitosa. Já professor Pereira, Conselheiro Cariri Cangaço e um dos maiores livreiros do País " a Genealogia é uma área de pesquisa bem complexa e as vezes seletiva, mas o primo Venício Feitosa Neves usou, com maestria, os recursos da História, Antropologia e sociologia para tornar o seu trabalho o mais abrangente possível, com conteúdos de Cangaço, Coronelismo e história local. Com essa técnica, a leitura ficou agradável e acessível. O conteúdo é excelente, o autor deve ter consultado aproximadamente 1000 fontes bibliográficas. Parabéns."

Lançamento Oficial:
Dias 03 e 04 de setembro de 2016, 
Em Serra Talhada, Pernambuco
Para adquirir a obra
Manter contato através do email:
franpelima@bol.com.br 

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1 ANO E 6 MESES DE LUTA SEM TRÉGUA, VISANDO PUBLICAR NOTAS PARA A HISTÓRIA DO NORDESTE EM FORMATO IMPRESSO

Por José Romero Araújo Cardoso

1 ano e 6 meses de luta sem trégua, visando publicar NOTAS PARA A HISTÓRIA DO NORDESTE em formato impresso. A primeira versão, organizada pela nobre e distinta Profa. Dra. Marinalva Freire da Silva, saiu em formato e-book, dificultando em muito a disseminação das informações sobre o Nordeste contidas no livro. 


Devido ao rigor da crise, ainda não consegui realizar a publicação impressa de NOTAS PARA A HISTÓRIA DO NORDESTE.


Prof. Ms. José Romero Araújo Cardoso

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SERTÃO, VELHO SERTÃO NORDESTINO - 28 DE AGOSTO DE 2016

Por Geraldo Maia do Nascimento
Poeta Antonio Francisco atrás, Geraldo Maia e Dr. Vingt-un Rosado à direita

Antes da chegada do colonizador as terras já eram ocupadas pelas tribos indígenas Janduís e Paiacus. Mas na passagem devastadora dos povoadores dos Sertões, os primitivos habitantes foram sendo escravizados, massacrados e expulsos de suas terras e nessas, os povoadores fincaram os mourões das porteiras dos currais de gado. Já não havia mais lugar para os nativos. Assim começou o desbravamento do Sertão potiguar. 


Sertão, velho Sertão nordestino. Sertão de lutas, de agruras, Sertão sofredor. Se o ano for de seca, a sede, a fome e a desgraça amedrontam o sertanejo; se for ano de chuva, a fartura, a beleza do campo e o cantar da passarada alegram aquele torrão. Terras que no dizer de Euclides da Cunha são “barbaramente estéreis, maravilhosamente exuberantes”.
               
O vocábulo sertão, nos primórdios do povoamento brasileiro, designava todas aquelas regiões ainda não povoadas ou ainda mal ocupadas do país. Como a natureza hostil do interior do Nordeste dificultou a fixação humana da região, gerando uma ocupação rarefeita de lento e penoso adensamento, moldando o isolamento das comunidades, foi consagrado o nome sertão para todo aquele imenso território coberto pelas caatingas.
               
Podemos dizer que foi o gado o desbravador do Sertão. Os imensos canaviais da costa das capitanias do Nordeste eram as bases de uma economia mercantilista que fez com que o litoral bastasse aos portugueses. Toda a terra fértil, próxima ao litoral, estava destinada, por determinação da Coroa, ao cultivo exclusivo da cana-de-açúcar. Não sobrava, dessa forma, espaço para o desenvolvimento de atividades acessórias como a pecuária, que fornecia carne e força motriz aos engenhos. Daí surgiu, no litoral, a necessidade de separação entre a monocultura da cana e a pecuária. Uma Carta-Régia de 1701 determinava que as dez primeiras léguas, a partir da batida do mar (aproximadamente 60 Km), eram destinadas à cana-de-açúcar. Para o gado, sobrava o Sertão. Foi no interior das capitanias, como a do Rio Grande do Norte, que o criatório mais se desenvolveu, mesmo com a resistência indígena contra os primeiros assentamentos de fazendas.
               
Oswaldo Lamartine dizia que “a semente do gado trazida do reino para cá foi inicialmente para suprir a necessidade de força do cangote do boi no giro tardo das almanjarras dos engenhos, ou no gemer lamuriento das cantadeiras dos carros de boi, carregando cana e lenha, de vez que os trapiches requeriam sessenta bois, dos quais moíam de doze em doze horas revezados. Depois, à medida que crescia a parição foi, então, havendo maior aproveitamento do leite, das carnes e dos couros”.
               
E foi assim que os caçadores se internaram no Sertão, rompendo pelos caminhos das águas, ou da areia, já que na estiagem os rios secavam. A marcha era lenta e penosa, castigada pelo sol abrasador, pela sede, rasgando as carnes nos espinhos da sarjadeira, da jurema, do sabiá, da macambira, da quixabeira, do juazeiro, do cardeiro ou do xique-xique, muitos perdendo a vida pelas flechas do caboclo brabo ou pela picada venenosa da jararaca ou cascavel.
               
Quando encontravam terras propícias, principalmente próximas a algum rio, eram fincados os currais. As cabanas eram construídas de madeira e palha, tendo o couro como elemento fundamental. Era a época do couro, como nos ensinou Capistrano de Abreu, pois as portas das cabanas eram de couro, o rude leito aplicado ao chão duro, e, mais tarde a cama, eram de couro, todas as cordas, a borracha para carregar água, o mocó ou alforje para levar a comida, como também a mala em que se guardavam as roupas, a mochila para milhar o cavalo, a peia para prendê-lo em viagem, as bainhas das facas, as bruacas, os surrões, a roupa de entrar no mato, os banguês para costumes ou para apurar sal.
               
Com a implantação dos currais, consolidavam-se os aglomerados. Como religiosos fervorosos que eram, logo construíam uma capela e ao seu redor surgiam as casas, sendo a do fazendeiro a mais vistosa. Nessa, instalavam-se e moravam alguns dependentes da família: os filhos, os parentes e os aderentes. O fazendeiro era uma espécie de figura de patriarca, senhor absoluto de sua vontade e, por isso, respeitado por todos, no meio daqueles sertões obscuros, por vezes violentos. Também eram padrinhos de toda meninada.
               
Desse modo, a fazenda era um centro de aglutinação de pessoas que se juntavam aos que viviam no mesmo regime de família, constituída de filhos e parentes, agregados, vaqueiros, homens de confiança para qualquer serviço. O apego ao clã constituía uma espécie de credo de união do grupo tão diverso. “Tocou em um, tocou em todos”, era essa a lei do Sertão.
               
No caso do Sertão potiguar, algumas fazendas transformaram-se em povoados, em vilas, e deram origem, dentre outras, às cidades de Açu, Apodi, Caicó, Portalegre, Pau dos Ferros, Currais Novos, Mossoró e Acari.
               
Mas os primitivos donos das terras não aceitaram facilmente a presença do colonizador. Estes agiam sempre com violência sobre a população indígena. Os índios não aceitavam entregar suas terras e também não aceitavam ser escravizados. Quando os portugueses não conseguiam aprisioná-los, matavam-nos. Revoltados, e já quase extintos, os índios da Capitania do Rio Grande do Norte uniram-se aos das Capitanias do Ceará, de Pernambuco e da Paraíba e decidiram atacar as fazendas e os povoados do interior, incendiando casas e plantações, matando o gado, os colonos e os vaqueiros. Essa revolta foi chamada de “Guerra dos Bárbaros” ou “Confederação dos Cariris”. Foram 13 anos de luta, estendendo-se de 1687 até 1700.
               
Com a apaziguamento do indígena, esse tornou-se o melhor auxiliar dos fazendeiros. No Sertão, predomina o mameluco ou caboclo, mestiço de branco e índio. É o nosso vaqueiro. Vaqueiro das caatingas áridas, das criações sem cercas, separadas por ribeiros.
               
No século XVIII, a economia baseava-se, essencialmente, em duas fontes: na agricultura e na indústria pastoril. Mas, havia sempre o fantasma da seca que tudo extinguia, obrigando os sertanejos a abandonarem os seus “torrões”. Essas secas, ao contrário do que se possa imaginar, “vêm de datas antiguíssimas na nossa cronologia histórica”. A primeira que se tem notícia data de 1600, em pleno século XVII. A seca atinge, e muito, a pecuária, desorganizando a criação de gado. No século XVII, foram registradas cerca de quatro secas (1600, 1614, 1691 e 1692) e, no período seguinte, o fenômeno repetiu-se em número bem maior, num total de vinte e uma (1710, 1711, 1723, 1724, 1726, 1727), dentre outras.
               
Diante da miséria, os sertanejos humildes valiam-se da sua fé e logo surgiam os beatos, apresentando-se enviados de Deus para redimir os pecados daquela gente sofrida. Prometiam, através da oração e do sacrifício, atingir a felicidade eterna. Alguns desses beatos conseguiam formar comunidades como foi o caso de Antônio Conselheiro que criou a comunidade de Canudos, no sertão da Bahia, e do beato José Lourenço que criou a comunidade do Caldeirão, no e cearense.
               
Em todos os casos, essas comunidades foram perseguidas e destruídas de maneira cruel pelos coronéis e pelos poderosos da região. O sertão do Rio Grande do Norte também abrigou a uma dessas comunidades, cujos habitantes eram conhecidos como os “Fanáticos da Serra de João do Vale”. Esse movimento teve início com o beato Joaquim Ramalho que, segundo Câmara Cascudo, era gordo, lento, apático, sujeito às cismas, meditações longas, o olhar parado, acompanhando um pensamento misterioso.
               
A tendência mística, afirma-se, com poucos anos, nas orações sem fim, nos passos ritmados, braços para o firmamento, rezando missas, impondo penitências. O beato Joaquim Ramalho cresceu e, adulto, casou-se, passando a morar na vila do Triunfo. Continuou, entretanto, com o mesmo comportamento estranho, rezando sempre.
               
No final de 1894, morreu o vigário de Triunfo, padre Manuel Bezerra Cavalcante, com oitenta anos, sendo chorado por toda a comunidade. No ano de 1898, Joaquim Ramalho teve um ataque, assim descrito por Câmara Cascudo: “bruscamente parou, nauseante, gorgolhando vômitos e caiu de bruços, pesadamente”. Durante a crise começou a cantar. Quando recobrou os sentidos, não se lembrava de nada. O fenômeno repetiu-se nas tardes seguintes. A notícia se espalhou rapidamente, crescendo o número de curiosos, todos querendo assistir a cena. Estava nascendo mais um líder místico no sertão nordestino.
              
Continua 
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É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fontes:
http://www.blogdogemaia.com

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CANÇÃO DE MÃO-DE-PILÃO

*Rangel Alves da Costa

No pilão antigo, ainda hoje fincado no quintal como relíquia imorredoura de gerações que se foram, toda a representação e memória de um tempo de lutas e sacrifícios, onde a sobrevivência tantas vezes dependia da batida da mão do pilão sobre a fundura na madeira.

Aquele talvez o último dos muitos pilões que sofreram nas entranhas a batida forte do roliço tronco de madeira de lei. Quando as mãos levantam a madeira e em seguida descem com força bruta, sem tempo para gemer, então se ouve um grito rouco, seco, saindo das entranhas do tronco. E gritos que se repetem compassadamente, segundo o tempo da batida, até a mão-de-pilão ser deitada após o trabalho feito.

O pilão, nos tempos idos, estava em tudo e por todo lugar. Não havia tribo sem pilão, não havia senzala sem pilão, não havia casa-grande sem pilão, não havia cortiço sem pilão, não havia quintal sem pilão. Para esmagar caroço de milho, tirar a casca do arroz, tornar em pó o grão do café, esfarelar a folha seca, para moer raízes e frutos. Mas ele sumiu.

O pilão sumiu, ou quase sumiu. E só não sumiu de vez por que os mais antigos possuem verdadeiro amor familiar àquele tronco agora adormecido num canto do quintal. Quando abrem as portas dos fundos e caminham pelos arredores, basta avistar o velho pilão e logo começam a recordar o passado e a canção da mão-de-pilão. Canção esta jamais escrita, jamais cantada com voz melodiosa, apenas ouvida e guardada na memória pelo som da mão descendo sobre o pilão.


“Tum-tum-tum. Levanta do chão a mão do pilão, limpa as pontas da mão do pilão. Coloca o grão dentro do pilão. A mão levanta a mão do pilão. Tum-tum-tum. Dentro da fundura a maior aflição, com o grão gemendo sob a mão-de-pilão...”.

As velhas mãos, já tão cansadas de tempo e idade, não têm mais forças sequer para levantar a mão do pilão. Mas noutros idos, ao amanhecer e entardecer sempre ecoava a canção do pilão. Precisava transformar o milho em xerém, bater o café em caroço, tirar a casca do arroz de várzea. Ou assim se fazia ou pouco se tinha como alimento do dia a dia, para o homem e para o bicho.

“Tum-tum-tum. Bate que bate o pilão na boca da noite, e bate mais forte senão logo chega o açoite. Negra mão na mão-de-pilão, pilão escravo de toda aflição. Tum-tum-tum. Bate que bate o pilão sem mostrar o cansaço, pois o algoz se aproxima tendo a mão o ferro e o laço...”.

A tecnologia do pilão é das mais antigas existentes. A necessidade fez com que o homem primitivo buscasse meios para esfarelar, triturar ou amassar, aquilo que encontrava como grão, raiz ou folha. Como perdia muito ao simplesmente bater sobre o grão numa pedra, então achou por bem abrir uma fundura num tronco, de modo que ao bater e triturar nada se perdesse. Depois separava com peneira o farelo ou o pó e o problema estava resolvido.

“Tum-tum-tum. Enquanto sobre e desce a mão-de-pilão, da voz se ouve uma canção. Mas é canto triste e de lamentação, falando de saudade e de solidão, mareando os olhos e o coração. Tum-tum-tum, assim bate o pilão, assim também a vida em recordação...”.

Não há melhor café que aquele nascido com o grão batido em pilão. Quando o pó desce pela peneira sobre o pano limpo e depois é levado para a chaleira já com água fervente, em cima de fogão de lenha, então logo tem início uma verdadeira magia. Tudo se perfuma, tudo se encanta, pois não há nada mais aromatizado e saboroso que o café de pilão borbulhando seu negrume precioso.

“Tum-tum-tum. A memória ainda guarda a batida do pilão, a nostalgia ainda relembra a mão sobre a mão do pilão, num misto de sofrimento e emoção. Tum-tum-tum, pois assim batia o pilão. E de saudade somente bate o coração...”.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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“CORISCO NÃO SE ENTREGA PORQUE A MULHER (DADA) NÃO DEIXA"

Material do acervo do pesquisador do cangaço Geraldo Júnior
Ver o nome que está na foto não bate com o da reportagem que é Antônio Porfírio dos Santos

“Corisco não se entrega porque a mulher (Dada) não deixa. Corisco estava disposto a se entregar. Mandara mesmo um emissário fazer a proposta às forças volantes. No dia combinado para a rendição não apareceu. 


Veio em seu lugar outro cangaceiro (Velocidade II) carregado de armas e que confirmou o precário estado de saúde de Corisco. (Jornal A NOITE – Rio de Janeiro/RJ)

Na fotografia acima (a primeira, está o cangaceiro Velocidade II (Antônio Porfírio dos Santos).

Fonte: Jornal A NOITE (Rio de Janeiro/RJ)
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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MOSSORÓ ONTEM… E HOJE, COMO ESTÁ MOSSORÓ?

Por Ludimilla Oliveira

O vetor de crescimento em Mossoró, teve sua rota baseada na distribuição comercial de suas atividades. Na verdade, os canais de escoamento comercial fizeram que Mossoró, não tivesse uma única direção para o crescimento, mas que se ampliou a partir das novas demandas e incrementos de uma população bastante diversificada em função das atividades desenvolvidas e da produção existente.

No início da década de 1970, com a nova divisão territorial brasileira, os principais produtos da agroindústria de Mossoró – as fibras de algodão arbóreo, a cera de carnaúba, o óleo de algodão e óleo de oiticica – sofrem a concorrência da cultura do algodão herbáceo, das fibras sintéticas, e de outras oleaginosas (como a soja), fabricados nas regiões Sudeste e Sul. Em crise e sem mercado consumidor para seus produtos, é decretada a falência do parque agroindustrial de Mossoró que, junto ao processo de mecanização das salinas, completado com a inauguração do Porto Ilha em Areia Branca em 1973, desencadeia o processo de desemprego em massa da força de trabalho rural, urbana e salineira da região de Mossoró.

Assim, na primeira metade da década de 1970, a difícil situação gerada pelo desemprego em massa e pela incapacidade dos capitais locais para absorver essa mão-de-obra, incide sobre a sua frágil estrutura urbana de Mossoró. A cidade torna-se uma área de tensões sociais e começa o processo de “inchamento” do seu espaço, com a formação de favelas pelo exército de desempregados oriundos das agroindústrias e das salinas, como também pela população rural que migrou assolada pelas secas. Foi nesse contexto que as autoridades governamentais acionaram políticas públicas visando controlar os conflitos.

É nesse contexto que a cidade elabora seu primeiro Plano Diretor, através da Lei 01, de 09 de junho de 1975, numa tentativa de zonear o uso do uso e ordenar a ocupação para o crescimento da cidade considerando o afluxo de novos contingentes populacionais, o desenvolvimento do sistema de transportes, e a demarcação econômica da região. No zoneamento, foram definidos as zonas e usos predominantes para residências, comércios, indústrias e serviços.

Então, a partir da primeira metade da década de 1980, a escala da cidade de Mossoró reproduz a segregação social e espacial decorrente da nova estrutura econômica. As profundas transformações advindas de sua reestruturação produtiva durante a década de 1970, quando a cidade deixa de ser um centro repassador de matérias-primas para ser um centro prestador de serviços, provocaram uma verdadeira reestruturação espacial em seu solo urbano. Neste contexto, a questão do espaço urbano torna-se polêmica e contraditória, pelo fato de atingir as diversas classes sociais de diferentes maneiras.

Vários agentes do espaço são atuantes: suas atividades podem ser vistas com a produção do cenário dinâmico que existe em Mossoró. Contudo, o principal celeiro de oportunidades é advindo da iniciativa privada. A área de serviços, possui um cunho representativo nesse aparato, com parcela significativa de oportunidades. Nesse sentido, os agentes da iniciativa privada representam para a cidade uma projeção positiva para uma cidade média consolidada no futuro. Pois, a quantidade de empregos gerados proporciona, estabilidade a economia, promovendo uma rotatividade e geração de novos empregos a partir da criação contínua de novos empreendimentos, sendo responsável nesse processo, por uma quantidade importante de valores tanto nas vendas como nas compras em diversas áreas do comércio.

No campo comercial, a cidade possui também um destaque: apesar de estar numa posição geográfica equidistante de duas capitais, a mesma atua como polo regional comercial em diversos setores. Todavia, a construção de um referencial indenitário em Mossoró centra-se no conjunto de suas atividades econômicas, permitindo nesse caso a seguinte interpretação: Mossoró não tem patrimônio cultural, mas se identifica com os vultos de seus acontecimentos históricos, com suas atividades econômicas que lhe apresenta como uma cidade que valoriza suas raízes e a vocação natural para ser um polo importante no semiárido. Com isso, é possível entender que a identidade de Mossoró está mesmo aliada às suas atividades econômicas e sociais existentes, partindo do princípio da coexistência das mesmas.

Por sua vez, os agentes da esfera pública também possuem seu espaço. Ligada às negociações para a instalação de grupos de investidores em Mossoró. Nessa perspectiva, o apoio ocorre pelo incentivo fiscal gerado em função da importância econômica de algumas empresas para Mossoró e região. Com isso, a cidade é permeada por um conjunto de iniciativas e fomentos pelos produtores do espaço.

 A tônica para a melhoria deste cenário está centrada numa gestão urbana dirigida para a produção de uma economia urbana em oposição à resolução dos mais diferentes problemas sociais e pontuais, daí a importância da gestão participativa, integradora e planejada.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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“OS VIZINHOS NÃO DEIXAVAM SEUS FILHOS BRINCAREM COM NOSSAS CRIANÇAS”.

Por Geraldo Júnior

Trecho de um depoimento de Sila (Ilda Ribeiro de Sousa) antiga integrante do bando de Lampião e companheira do Cangaceiro Zé Sereno (José Ribeiro Filho) para a Revista JÁ do Jornal Diário Popular (São Paulo/SP) de 10 de agosto de 1997.

A matéria original é complementada por texto do Professor/Historiador Moacir Assunção.

Posteriormente publicarei o restante da reportagem.
Continuem acompanhando.

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo O Cangaço)


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NAS TRILHAS DO CANGAÇO; UMA VISITA A LUÍZA CARMINA E AS BALAS DO GILO

Por João de Sousa Lima 

Louro Teles, João de Sousa Lima, Dona Luíza, Giovane Gomes de Sá e 
Marcos de Carmelita

Nos preparando para a Missa de 90 anos da chacina do Gilo, eu Marcos de Carmelita, Louro Teles, Nilton Negrito e Giovane Gomes de Sá fomos fazer uma visita a Dona Luzia Carmina da Silva, filha do velho Garapu, uma das vítimas do cangaço.

Dona Luzia com seus 95 anos é lúcida e conta detalhes do combate onde morreram alguns cangaceiros e seu pai. A cruz onde estão enterrados os cangaceiros, entre ele o Sabiá, fica próximo à sua casa. 


Ela nos serviu um cafezinho e uma gelada água, sempre sorridente e contando detalhes do que viu quando criança.


Depois nos dirigimos a fazenda da família Gilo e antes da Missa de 90 anos fomos nos escombros da casa e vasculhamos suas terras e pedras procurando as balas do grande massacre. Encontramos algumas, porém o que de mais importante nesse dia foi conhecer essa remanescente que teve sua vida ligada ao cangaço.

João de Sousa Lima, Pesquisador e Escritor
Conselheiro Cariri Cangaço
Fonte:http://joaodesousalima.blogspot.com.br/2016/08/nas-trilhas-do-cangaco-uma-visita-luzia.html

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2016/08/nas-trilhas-do-cangaco-uma-visita-luiza.html

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ASCRIM/PRESIDENCIA – OFÍCIO Nº 251/2016 – “I FORUM PERMANENTE HISTORIOGRAFIA ORIGEM E CONTINUIDADE DO POVOAMENTO DE MOSSORÓ-I FOPHPM”.


MOSSORÓ(RN), 29.08.2016

PREZADOS PRESIDENTES DE ACADEMIAS,

PREZADOS DIRIGENTES DE ENTIDADES CULTURAIS,

PREZADOS ASSOCIADOS DA ASCRIM,

PREZADOS POTENCIAIS CANDIDATOS A ASSOCIADO DA ASCRIM

ACUSAMOS, AGRADECEMOS E REGISTRAMOS A DIVULGAÇÃO SOBRE O I FOPHPM, PROMOVIDA PELA RESPEITOSA DEBATEDORA E INTEGRANTE DA COMISSÃO DO FOPHPM, DRA. LUDIMILLA CARVALHO SERAFIM DE OLIVEIRA, QUE RETRANSMITIMOS(ABAIXO), POR SE TRATAR DE ASSUNTO CORRELATO EM PERFEITA SINTONIA COM OS PROPÓSITOS DO FORUM QUE ACONTECERÁ NO DIA 1
º DE SETEMBRO DE 2016.

ACRESCENTAMOS QUE, AOS PARTICIPANTES, SERÁ FORNECIDO CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO NO I FORUM PERMANENTE HISTORIOGRAFIA ORIGEM E CONTINUIDADE DO POVOAMENTO DE MOSSORÓ-I FOPHPM.

Saudações Ascrimianas,

FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO – PRESIDENTE DA ASCRIM –
MILTON MARQUES MEDEIROS – VICE-PRESIDENTE DA ASCRIM 
WILSON BEZERRA DE MOURA – COORDENADOR DA COFOPHPM -

ANEXO: FÔLDER DO I FOPHPM

De: Ludimilla Oliveira <ludimillaoliveira@globo.com>
Enviado: segunda-feira, 29 de agosto de 2016 17:46
Para: ASSOCIAÇÃO DOS ESCRITORES MOSSOROENSES ASCRIM
Assunto: Fwd: MATÉRIA SOBRE O FÓRUM

Professora da Ufersa participa Fórum sobre Historiografia de Mossoró
Evento 29 de agosto de 2016. Visualizações: 293. Última modificação: 29/08/2016 15:31:32

Ludimilla Oliveira, professora da Ufersa/Arquivo
Assecom Ufersa


A professora Ludimilla de Oliveira, do Departamento de Agrotecnologia e Ciências Sociais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, participa da Comissão do I Fórum Permanente da Historiografia da Origem de Mossoró – FOPHPM, que acontece no próximo dia 01 de setembro, em Mossoró. O Fórum tem como tema “Marco histórico do início do povoamento de Mossoró”.

A professora Ludimilla Oliveira é uma das debatedoras do subtema Visão Geográfica de Henry Koster sobre Mossoró em 1810, juntamente com os professores Benedito Vasconcelos Mendes e Ricardo Lopes. O subtema será explanado pelo professor José Romero Araújo Cardoso. “Aproveitamos para convidar a comunidade acadêmica a participar dessa iniciativa da Associação dos Escritores com um debate importante que resgata um pouco da história de nossa cidade”, afirmou Ludimilla Oliveira. Ainda segundo a professora será um momento proveitoso para se entender a Mossoró de hoje e, principalmente, a Mossoró do futuro.

A iniciativa é da Associação dos Escritores Mossoroense – ASCRM, através do projeto “Quintanas Literárias”, com o objetivo proporcionar o debate dos subtemas: “Marco Zero da origem de Mossoró (visão histórica)” e “Visão Geográfica de Henry Koster sobre Mossoró em 1810”.  Cada subtema partirá da contribuição dos expositores, para provocativamente, os debatedores dialogarem com a mesa e a plateia sobre as questões que darão sustentação às teses apreendidas e construídas durante as exposições.

O evento ocorrerá no auditório da biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte, localizada na Praça da Redenção Jornalista D. Jorge Freire – Centro, no horário das 7h30 às 12h, da próxima quinta-feira, 01. O Fórum que é aberto a toda população tem a coordenação do professor Wilson Bezerra de Moura.
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Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira
Ver CV- LATTES http://lattes.cnpq.br/2217661943948945
" O Senhor é o meu pastor e nada me faltará". (Salmo, 23)
Nossa página na internet. 

-------- Mensagem original --------
Assunto:
MATÉRIA SOBRE O FÓRUM
Data:
29/08/2016 17:23
De:
Ludimilla Oliveira <ludimillaoliveira@globo.com>
Para:
ASSOCIAÇÃO DOS ESCRITORES MOSSOROENSES ASCRIM <asescritm@hotmail.com>

Boa tarde!

Encaminho para conhecimento.

Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira
Ver CV- LATTES http://lattes.cnpq.br/2217661943948945
" O Senhor é o meu pastor e nada me faltará". (Salmo, 23)
Nossa página na internet. http://professoraludimilla.wix.com/ludimillaoliveira#

I FORUM PERMANENTE DA HISTORIOGRAFIA DA ORIGEM E CONTINUIDADE DO POVOAMENTO DE MOSSORÓ-FOPHPM
“MARCO HISTÓRICO DO INÍCIO DO POVOAMENTO DE MOSSORÓ”.

COMISSÃO

Wilson Bezerra de Moura (Coordenador)
Benedito Vasconcelos Mendes
Elder Heronildes da Silva
Francisco José da Silva Neto
Geraldo Maia do Nascimento
José Romero Araújo Cardoso
Ludimilla Carvalho S. de Oliveira
Milton Marques Medeiros
Ricardo Lopes
Taniamá Vieira da Silva Barreto



APOIO CULTURAL
ACJUS, ACOM, AFLAM, ALAM, AMLA AMLER, AMOL, CASA DO CANTADOR, COMFOLC, FVR, ICOP, MUSEU DO SERTÃO, POEMA, SBEC, FVR.
APOIO INSTITUCIONAL
PMM, TCM, UERN, CEAPE
TRÊS CORAÇÕES/SANTA CLARA
OAB, CDL, ACIM, UFERSA,
C. VEREADORES MOSSORÓ,
12º BPM


“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”. (Fernando Pessoa)
ASSOCIAÇÃO DOS ESCRITORES MOSSOROENSES - ASCRIM

“PROJETO QUINTANAS LITERÁRIAS DA ASCRIM”



I FORUM PERMANENTE HISTORIOGRAFIA DA ORIGEM E CONTINUIDADE DO POVOAMENTO DE MOSSORÓ-FOPHPM

TEMA: “MARCO HISTÓRICO DO INÍCIO DO POVOAMENTO DE MOSSORÓ”.


DATA: 01.09.2016
HORÁRIO: 07:30h às 12:00h
LOCAL: AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL NEY PONTES DUARTE
Endereço: Pça. Da Redenção Jornalista D. Jorge Freire – Centro – Mossoró/RN

APRESENTANDO
O Projeto “Quintanas Literárias da ASCRIM” integra o “CALENDÁRIO LITERÁRIO TRADICIONAL DA ASCRIM”, dele tendo se originado o “Forum Permanente Historiografia da Origem e Continuidade do Povoamento de Mossoró (FOPHPM)”, em reunião do dia 14 de julho de 2016, na Biblioteca Pública Municipal de Mossoró.
O FOPHPM está sob a coordenação do Prof Wilson Bezerra de Moura e tem como primeira atividade socializada ao público externo, afeto às perguntas que dêem respostas ao significado historiográfico da origem e desenvolvimento dos povos de Mossoró, o Evento sobre ““MARCO HISTÓRICO DO INÍCIO DO POVOAMENTO DE MOSSORÓ” que acontecerá no dia 01 de setembro, no auditório da Faculdade de Enfermagem.
Cada subtema partirá da contribuição dos expositores, para provocativamente, os debatedores dialogarem com a mesa e a plateia sobre as questões que darão sustentação às teses apreendidas e construídas durante as exposições.
Estamos no aguardo da sua participação.

                 A Coordenação
PROGRAMAÇÃO
01 / 09 / 2016
07:00h – Credenciamento dos Participantes
07:30h – Instalação do Evento.
- Presidente da ASCRIM
- Coordenador do FOPHPM

08:00h – Fórum Temático Integrado: ““MARCO HISTÓRICO DO INÍCIO DO POVOAMENTO DE MOSSORÓ”.
SUBTEMAS

I –MARCO ZERO DA ORIGEM DE MOSSORÓ). (visão histórica)
Expositor: Geraldo Maia do Nascimento
Debatedores: Elder Heronildes da Silva, Francisco José da Silva Neto, Milton Marques Medeiros,

II - VISÃO GEOGRÁFICA DE HENRY KOSTER SOBRE MOSSORÓ EM 1810
Expositor: José Romero Araújo Cardoso
Debatedores: Benedito Vasconcelos Mendes, Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira. Ricardo Lopes.


“A maior sabedoria que existe é a de conhecer-se -(Galileu Galilei)  
DIRETORIA EXECUTIVA DA ASCRIM
Gestão 2014 / 2016
-Presidente: FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO.
-Vice-Presidente: MILTON MARQUES MEDEIROS.
-1º Secretário: ANTONIO CLAUDER ALVES ARCANJO.
-Diretor de Comunicação e Relações Diplomáticas: ELDER HERONILDES DA SILVA.
-Diretor de Acervos: ANTONIO FRANCISCO TEIXEIRA DE MELO
-Diretora de Assuntos Artísticos: MARIA GORETTI ALVES DE ARAÚJO
-Diretora de Cerimonial e de Eventos: TANIAMÁ VIEIRA DA SILVA BARRETO



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com