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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

O Vingativo Lampião

  Por: José Mendes Pereira

Em 1927, Lampião resolveu invadir Alagoas, alegando que era protestando contra Zé Lucena, por ter assassinado o seu pai, e Zé Saturnino, que segundo ele, era o causador das declinações da família Ferreira, privando o direito deles serem felizes onde moravam, obrigando-os a fugirem de Pernambuco, e os empurrando para as terras alagoanas.

Em Pernambuco, ele e os seus familiares deixaram para trás tudo que haviam adquirido com muito esforço: propriedade, agricultura, criações e principalmente sonhos e muitos sonhos que pretendiam realizar. 

Já residindo em Alagoas, passaram por dois grandes desgostos: O primeiro foi quando viram a mãe cair em depressão. Ela se sentindo desgostosa com o desrespeito do Zé Saturnino, por ter afetado o caráter de José Ferreira da Silva, seu coração não aguentando as maldades, faleceu em 1920. 

 Zé Saturnino, o primeiro inimigo de Lampião

O segundo e mais doloroso, foi quando viram o pai envolvido em um horroroso lençol de sangue, todo crivado de balas pelas armas do tenente Zé Lucena.

Os desrespeitos que surgiram contra a sua família, deixaram ele e seus irmãos sem rumo, e sem decisões para enfrentarem as maldades dos perseguidores. 

Dizia o rei que o principal culpado das suas desventuras era o Zé Saturnino, por não ter assumido a sua desonestidade, quando o assecla viu peles dos seus animais, na casa de um dos moradores da Fazenda Pedreiras. Se o fazendeiro tivesse assumido o feito, não teria sido necessário ele e seus irmãos viverem embrenhados às matas, escondendo-se dos policiais.    

O rei ainda se lastimava que todos os seus antes amigos, viviam passeando pelas redondezas do lugar,  livres de perseguições, e diariamente, aconchegados às mocinhas do povoado, frequentando festas e bailes. E enquanto os outros gozavam da liberdade, eles eram privados de participarem dos divertimentos que o povoado oferecia. Infelizmente teriam que passar a vida inteira se amparando às árvores, castigados pelas chuvas, sol, poeiras, dormindo no chão, misturados com caranguejas, lacraias, cobras e no meio de combates, tentando se livrarem dos estilhaços de balas. E na maioria das vezes, fome, fome e muita fome, vivendo um horroroso sofrimento.                                                 

Lampião assumia o seu feito, dizendo que antes da morte do seu pai, já havia praticado crimes. E em um desses, findou a vida de um sujeito que lhe roubara uma das suas cabras. Mas que todos que o julgavam como um bandido cruel, entendessem o porquê da sua prática criminosa. Fizera para defender o que lhe pertencia, e em prol de sua própria honra. Se ele não defendesse o que era seu, com o passar dos tempos, todos iriam querer pisá-lo, como se ele nada valesse na vida.

Tenente Zé Lucena

Lampião alegava ainda que, se o Zé Saturnino não tivesse manipulado o tenente Zé Lucena para assassinar o seu pai, quem sabe, talvez ele não tivesse se tornado um bandoleiro, e sim, um fazendeiro, um engenheiro, um rábula qualquer, ou outra coisa parecida. Ou ainda teria se casado e construído uma linda e maravilhosa família.    

E agora, depois das grandes decepções que passaram, principalmente a morte do pai, como os irmãos Ferreira se vingariam das maldades que fizeram contra eles?                         
 
Lampião e seus manos, decepcionados, fizeram um juramento: o seu luto, até a morte, iria ser o rifle, a cartucheira e os tiroteios. E a partir dali, decidiram que a solução seria magoar todo povo que morava em Alagoas, vingando-se a seu modo. Já que tinham perdido o respeito, uma desordem a mais não influenciava nada.

E a partir de 11 de janeiro de 1927, partiram para bagunçarem o Estado de Alagoas, onde destruíam tudo que viam pela frente. E geralmente, rios de sangue ficavam escorrendo por onde os vingadores passavam. 
         
Fonte de pesquisas:
"Lampião Além da Versão – Mentiras e Mistérios de Angicos"
Alcindo Alves da Costa.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

"Viva Zé Valdi": show, doações, agradecimentos e prestação de contas.


Com esta prestação de contas, estamos agradecendo a todo(a)s amigo(a)s do Zé Valdi, em nome dos organizadores e de sua Família pelo apoio e solidariedade que se fizeram presentes neste momento.

Também ao Grupo VINA, ao Radiola Clube e aos demais artistas que deram um belíssimo show de alegria e profissionalismo.

Que DEUS proteja e abençoe a todo(a)s.
SHOW “VIVA ZÉ VALDI”
Teatro Dix-Huit Rosado, Mossoró, RN, em 07.02.2014

NOTA DE AGRADECIMENTO E PRESTAÇÃO DE CONTAS

Nós que, na condição de amigos de José Valdi, conclamamos a sociedade mossoroense para, solidariamente, participar dessa campanha beneficente, cujo objetivo primordial foi o de arrecadar recursos para fazer face ao dispendioso tratamento de um câncer que afeta o engenheiro agrônomo, poeta, músico, compositor e instrumentista José Valdi, já em andamento na cidade do Natal, RN, não poderíamos deixar de externar o nosso mais sincero sentimento de gratidão a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para o sucesso de público e crítica do “Show Viva Zé Valdi”, bem como pelos valores depositados sob a forma de contribuição. Por tais motivos, é que vimos prestar contas dos valores arrecadados, conforme detalhado abaixo:

RENDIMENTOS DA CAMPANHA BENEFICENTE

1.      DETALHAMENTO DAS VENDAS DE SENHAS

ORIGEM
    VALOR
    Bilheteria do Teatro
2.715,00
    Café Bagdá
750,00
    MPB Pastelaria
1.305,00
    Amigos de Assú
2.940,00
    Amigos de Natal
 4.650,00  
    Amigos de Mossoró                        
  5.200,00
    TOTAL
17.560,00
 
2.      QUADRO GERAL 
                       
    ENTRADA
    VALOR
    Venda de Senhas
17.560,00
    Doações *                
7.836,10
       SUBTOTAL
25.396,10
    SAÍDA
 
    Serviço de Som
-600,00
    Borderau **
-500,00
TOTAL GERAL DA CAMPANHA
24.296,10
 
* Em Espécie (R$ 1.100,00); em depósito bancário (R$ 6.736,10)
** Valor do ISS. 
 
NOVA CONTA PARA DOAÇOES:

Conta Corrente de MAIRA LEILIANE O. ALMEIDA (esposa de José Valdi)

Banco do Brasil AG 0214-3 ;  C/ Poupança 51;  Nº 5820-3
Mossoró, RN, 12 de Fevereiro de 2014

COMISSÃO ORGANIZADORA

(Aécio Cândido,  Anadja Braz,  Carlos Lima,  Elza Brito,  Emanuel Braz, 

Fátima Araújo, Herbert Mota, João Liberalino, Otília Neta, Rogério Dias)

APOIOS IMPRESCINDÍVEIS: TCM, TV Mossoró, Gazeta do Oeste, Jornal de Fato, O Mossoroense, FM 105, Gráfica Riograndense; MPB Pastelaria, Café Bagdá e Teatro Dix-Huit Rosado; Grupo Vina, Banda Radiola Clube, Mazinho Viana, Tony Silva, Iremar Leite, Mariano, Antonio Francisco, Nildo da Pedra Branca, Genildo Costa, Josivan Dantas, Zé Carlos e Herbert Mota; Aécio Cândido, Rogério Dias, Gustavo Luz, Afrânio Medeiros de Melo, Junior Felix, Damásio, Ivaniel Lima, e Wilson Moreno e os amigos mobilizadores das vendas das senhas em Mossoró, Assú e Natal.

Obrigado,

Herbert Oliveira Mota

Enviado pelo poeta, escritor e pesquisador do cangaço Kydelmir Dantas
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CANGACEIRO ESPERANÇA : SUA PRISÃO E SUA HERANÇA

Publicado em 22/02/2013 por Rostand Medeiros

O AMIGO E PESQUISADOR JOÃO DE SOUZA LIMA, GRANDE FIGURA DA CIDADE BAIANA DE PAULO AFONSO, APRESENTA A HISTÓRIA DE UMA DAS MUITAS FIGURAS DO“ESTRANHO MUNDO DOS CANGACEIROS”


 Desenho de Ronald Guimarães – http://www.ronald.com.br 

A fazenda Quirino, no povoado São Francisco, Macururé, Bahia, era um  dos coitos do bando de Lampião e principalmente reduto dos cangaceiros nascidos entre Macururé, Brejo do Burgo, Santo Antonio da Glória  e Chorrochó. Entre eles Gavião, Azulão, Esperança, Cocada, Zé Sereno, Zé Baiano e Gato.  No povoado São Francisco a mãe de Esperança, dona Andressa, tinha terras por lá, porém ela residia na Várzea da Ema. O comandante de volante que destacava na Várzea da Ema era Antonio Justiniano e dois dos soldados que ele comandava eram irmãos de Esperança: Vicente, apelidado de Medalha e Ananias.

Izidoro, João Lima e José Pororô. Sobrinhos de Esperança abraçando o escritor João de Sousa Lima.

A fazenda Quirino pertencia a Ludugero, tio do cangaceiro Esperança.

Esperança, Cocada, Pancada e Gavião, encontravam-se acoitados próximo ao sítio Quirino. Dentro de um cercado os cangaceiros catavam imbu quando chegou o dono do terreno e Cocada o prendeu e depois o soltou. O sertanejo correu e foi avisar policia do encontro que teve com os cangaceiros.

Punhal e colher de prata do cangaceiro Esperança

Dona Andressa sempre que precisava ir ver suas criações no São Francisco tinha que pedir autorização ao comandante do destacamento e foi em uma dessas viagens que ela travou diálogo com o contratado Reginaldo que lhe sugeriu pedir para que Esperança se entregasse que nada lhe aconteceria, de preferência que ele trouxesse a cabeça de um companheiro que sua vida tava garantida. Andressa levou o recado ao filho que mesmo relutante acabou cedendo aos apelos da querida mãe. Reginaldo mandou roupas novas de mescla azul para Esperança. O cangaceiro ainda relutante disse a mãe que não tinha coragem de se entregar e a mãe saiu triste.

João e Jovelina Barbosa, irmã do cangaceiro Azulão, povoado São Francisco

Era março de 1933, no coito encontrava-se Esperança, Cocada, Gavião e Pancada.  Esperança chamou Cocada para irem pegar água em um caldeirão ali próximo. Os dois seguiram na direção do caldeirão. Diante quando chegaram ao caldeirão sentaram-se e ficaram conversando. Cocada limpou sua arma e depois pediu a arma do amigo para ele limpar e Cocada entregou seu mosquetão. Esperança limpou, colocou uma bala na agulha e detonou. O cangaceiro com o impacto do tiro caiu uns dois metros de distância e sem saber de onde tinha partido o disparo pediu socorro:

- Me acode Esperança, não deixe os “MACACOS” me matar!

Esperança pegou o facão da marca jacaré, partiu na direção do moribundo e o degolou ainda com vida. Pegou os bornais, armas, a cabeça do cangaceiro e foi se entregar a policia. Na Várzea da Ema ele se entregou  as autoridades, contou detalhes da morte que fez, denunciou os coitos dos cangaceiros na região.


Cabeça do Cangaceiro Cocada,morto por Esperança

Com dez dias  depois  foi encaminhado para a cidade de Uauá, onde o capitão Manoel Campos de Menezes que o livrou da prisão e o incorporou na volante policial do tenente Santinho como contratado . Ficou sendo o corneteiro do grupo. Trabalhou em Jeremoabo e faleceu tempos depois na cidade de Juazeiro, Bahia.

AINDA NA PRISÃO EM VÁRZEA DA EMA.

O cangaceiro Esperança quando preso, já atendendo agora por Mamede, seu nome real, encontrou o com o jovem sobrinho José  Gonçalves Varjão, apelidado de Pororô e lhe confidenciou que na frondosa árvore lateral a casa de sua família, enterrado próximo ao seu tronco, tinha um material guardado e que ele tirasse e entregasse a seu pai. Pororô procurou ao redor da árvore mais diante da pouca idade não encontrou forças para continuar a empreitada de escavação no duro chão de cascalhos. O tempo passou, Pororô cresceu e retornando certo dia de uma caçada, quando se aproximava de sua velha residência, viu quando seu cachorro passou acuando um preá, o cachorro parou próximo a antiga e frondosa árvore, Pororô se aproximou e viu o cão rosnando e olhando para um pé de macambira, Pororô tirou a cactácea e avistou uma lajota cobrindo um buraco, tirou a pedra, o preá correu com o cachorro latindo atrás, Pororô puxou um tecido em farrapos que cobriam algumas peças, entre elas: Uma colher de prata, 160 cartuchos de fuzil, um punhal, uma espora e algumas moedas. Era esse o tesouro de Esperança que ele havia pedido para o sobrinho guardar. Pororô vendeu os cartuchos a um dos prefeitos de Macururé. A colher de prata, algumas moedas, o punhal e uma das esporas ele me presenteou. Na colher encontramos as letras: MA. Talvez o cangaceiro tenha tentado escrever seu verdadeiro nome: MAMEDE. No punhal tem um “NA” ou “NH”.

 
Iniciais MA escrito no cabo da colher de prata. A prata foi muito usada pelos cangaceiros para testarem bebidas e comidas se estavam envenenados

Pororô ainda reside e seu irmão Izidoro ainda residem no São Francisco e os Quirino é herança que ficou com a família. Aquele longínquo pedaço de chão ainda guarda as histórias do cangaço vivido em suas terras, memórias ainda latentes de um tempo que teima em não ser esquecido e nem deve…

SEGUE EM ANEXO A ESSE TEXTO UMA DAS CARTAS DE INTERROGATÓRIOS REALIZADOS PELA POLÍCIA E QUE MOSTRA A IMPORTÂNCIA DESSES LUGARES CITADOS COM A HISTÓRIA DO CANGAÇO E A REFERÊNCIA COM PESSOAS DA LOCALIDADE. A CARTA VAI TRANSCRITA NA INTEGRA COM OS ERROS E INCORREÇÕES:

“Aos três do mês de maio de 1932, no arraial de Várzea da Ema em casa de residência do segundo tenente Antonio Justiniano de Souza, sub delegado de policia, foi interrogado o bandido acima referido que disse:

Sargento Otávio Farias- rádio telegrafista, serviu na Várzea da Ema- tran smitia as batalhas entre cangaceiros e policia.

“Em 1929, estando ele bandido, em seu rancho no lugar denominado São Francisco, foi surpreendido pelo grupo de Lampião que ali chegava a mando do Cel. Petronílio de Alcântara Reis, para que fosse as imediações do Icó e ali receber dinheiro enviado para Lampião, cuja importância era 20:000$000, mas só foram entregues 18:000$000 e que dois restantes Lampião disse que dava por recebido, quando lhe mandasse um cunheito de munição; o que não sabe-se se isso efetuou-se,  mais depois ouviu do bandido ferrugem a declaração de que teve referido Cel. Petronilio havia comprado munição. E que devido a esse encontrão foi ele depoente obrigado a refugiar-se nas Caatingas, pois as forças andavam a sua procura tendo por isso de quando em vez constantes encontros com os cangaceiros, merecendo do mesmo consideração a ponto de lhe ser entregue por “Lampião” um rifle com cem cartuchos, os quais conservou até a data de sua prisão, não tendo, porém feito uso da dita arma para a prática de crime.

Que sempre foi seduzido por “Lampião”  para fazer parte do seu grupo, mas nunca aceitou, apesar de ter parente no grupo, como sejam: Azulão, Carrasco e Moita Brava. Que esses encontros se efetuavam no lugar denominado Quirino para Lagoa Grande, sendo os sinais convencionados para os referidos encontros, três  pancadas em um pau seco, ou então berrando como boi; que nunca recebeu dinheiro de “Lampião” a não ser algumas roupas dadas pelos cãibras.

Que nos últimos encontros que “Lampião” teve com as tropas. Ele respondendo notou que alguns companheiros estavam desgostosos por verem os sacrifícios da causa, que nessa data viajaram nos “cascalhos” das aroeiras com direção a Várzea pernoitando a três quilômetros de distância.

Que nessa mesma noite desligou-se do bando a meia noite com Manoel Sinhô de Aquileu, sem que fossem pressentidos pelos outros e vieram pairar nas “Canouas” onde foram informados por Pedro de Aquileu que havia garantia para todos aqueles que tinham ligações com cangaceiros, uma vez que procurassem as autoridades para se entregarem.

E baseado nisso em companhia de Pedro veio à procura do Tenente Justiniano em Várzea de Ema onde se acha. Disse mais que “Lampião” depois do combate do touro com o Tenente Arsênio cuja força foi imboscada e morreu quase toda, escapando o referido oficial, pois é um herói que infrentou o grupo que era numeroso, com um fuzil metralhadora dando somente três rajadas conseguiu matar o irmão de Lampião, Ponto Fino e sendo forçado a abandonar a arma deixando-a inutilizada pelos bandidos.

Que nessa ocasião encontrou Lampião cartas ao Cel. Petronilio acusando Lampião, por isso Lampião resouveu queimar algumas fazendas referido Cel. Petronilio.


Ludugero Varjão- tio de esperança- dono da fazenda Quirino, povoado São francisco

Disse mais que ouviu de Lampião dizer que tinha mil tiros de fuzil enterrados em um ponto lá para baixo, não declarado ao certo o lugar e que ia também a Curaçá a procura de outros mil tiros que tinha para lá.

Fonte: Livro Lampião e as cabeças cortadas,  pág 92 - Antonio Amaury e Luiz Ruben.

Quanto ao armazenamento sabe que Lampião tem alguns  rifles ensebados em ocos de pau (ensebados, para não darem o bicho próprio de madeira).

Perguntado quais são as pessoas que fornecem armas a Lampião respondeu que não conhece mais sabe que nas fazendas Juá, Várzea, e São José há “coitos” onde lhes prestam bastante serviços em abastecimentos.

E por nada mais dizer nem lhe ser perguntado deus-se por findo estas declarações ao presente auto que vae por todos assignados pelo tenente e testemunhas.

Várzea da Ema, 7 de maio de 1932”

Paulo Afonso, Bahia, 16 de fevereiro de 2013

João de Sousa Lima, Historiador e escritor, Membro da ALPA- Academia de Letras de Paulo Afonso. Membro do IGH- Instituto Geográfico e Histórico de Paulo Afonso Membro do Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará- Fortaleza- CE. 

Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros 

http://tokdehistoria.wordpress.com/2013/02/22/cangaceiro-esperanca-sua-prisao-e-sua-heranca/

 http://blogdomendesemendes.blogspot.com