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quinta-feira, 5 de abril de 2018

NOVO LIVRO NA PRAÇA "O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 
Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: franpelima@bol.com.br 
fplima1956@gmail.com

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2016/08/novo-livro-na-praca_31.html

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GERALDO BERNARDINO

Por Zé Ronaldo

Cala-se a sanfona 
Triângulo já se aquietou 
Chora triste a zabumba 
De luto a música ficou 
Uma solidão profunda 
Nosso Geraldo deixou.

O Geraldo Bernadino 
Que animou o nosso sertão 
Fez dançar até menino 
Com arrasta pé no salão 
Cumpriu hoje o seu destino 
Foi se encontrar com São João.

O São João que ele animava 
Com tamanha maestria 
Quando a sanfona puxava 
Eram acordes de alegria 
E ao longe se escutava 
O ressoar da melodia.

Gravou com Os Morenos do Forró 
Um CD de pé de serra 
Nego Novo era o cantor 
Conhecido em nossa terra 
Deste disco participou 
Com José que outra fera.

Gravou uma composição 
Que é da minha autoria 
" COMO DÓI MEU CORAÇÃO "
Uma belíssima melodia 
Teve por mim gratidão 
E uma amizade sadia.

Descanse em paz sanfoneiro 
Que a nossa Pombal lembrará
Nas fogueiras dos terreiros 
Teu toque sempre irá ecoar 
Nosso bairro dos pereiros 
Agora de luto está.



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ZÉ SERENO - DEPOIMENTOS E RELATOS DE UM EX CANGACEIRO DO BANDO DE LAMPIÃO (PARTE I)

https://www.youtube.com/watch?v=9wvD-nmvqGM

Publicado em 19 de jul de 2015

Um fantástico e surpreendente depoimento, onde Zé Sereno, um ex cangaceiro do bando de Lampião, fala sobre sua vida durante o período em que integrou as hostes cangaceiras e como ele e sua companheira Sila, escaparam da morte naquela manhã de 28 de Julho de 1938 em Angico, quando a Força Volante Alagoana deu cabo de Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros. Detalhes impressionantes que farão vocês repensarem sobre os momentos finais da vida do Rei do Cangaço. 
ASSISTAM...
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FEIRA DO PEIXE VIVO E DO VIVO LADRÃO DE PEIXE

Clerisvaldo B. Chagas, 5 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.873

     Muito boa à ideia de vender peixe vivo. O consumidor tem a plena garantia de que o peixe é sadio e abatido na hora. É escolher o que lhe achar conveniente, mandar abater, preparar, pagar e bater em retirada satisfeito da vida. O inconveniente de preparar o produto em casa desaparece e o prazer de saborear um produto fresco aumenta. Essa prática de vender peixe vivo sempre acontece em época de Semana Santa, em Maceió, mas deveria se estender por todos os lugares. E se a prática é boa para o consumidor, deve ser melhor ainda para o comerciante, geralmente, proprietário da própria piscicultura. É que assim ele divulga o seu criatório e não irão faltar compradores no dia a dia.
Feira do peixe vivo. (Agência Alagoas).
No Sertão o negócio é diferente. Para se criar o peixe, o uso pode ser no açude da fazenda ou em lugar adequado para a piscicultura. Quando no açude, a técnica exigida é desprezada. Cria-se o peixe sem nenhum compromisso. Muitas vezes eles estão esqueléticos, somente com o couro por cima da carcaça por falta de alimento. Quando criado dentro da técnica, o peixe se desenvolve como em qualquer outro lugar do Brasil. Mas o grande inimigo de um modo ou de outro é o ladrão de peixe que não tem hora do dia ou da noite para espreitar e meter a mão no alheio. Pelo dia, o morador da fazenda não pode sair de casa, pois o ladrão já sabe seu dia de ir à feira. Pela noite, somente se livra dos bandidos se dormir na tocaia.
Geralmente os ladrões são tarrafeiros profissionais em busca do produto. São muito bem informados e sabe exatamente as fazendas e sítios onde encontrar o que procuram. Até mesmo o tipo de peixe do criatório de Fulano e Beltrano. Muitas vezes o próprio morador da propriedade escancara às porteiras na base da propina. Sendo assim, fica difícil criar peixe nas fazendas do Sertão. Dizia um amigo: “Ninguém vai matar um peste por causa de um peixe”.
Outra coisa interessante é que quase sempre se sabe quem são os viciados, mas não é fácil pegá-los com a boca na botija.
Fazer o quê?

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LINGUAGEM E ESCRITA, OU ENGULA OU VOMITE A HIPOCRISIA

*Rangel Alves da Costa

Quando João Guimarães Rosa transformou sua literatura na fala do povo comum, expondo a inteireza do falar regional do povo e, consequentemente, afastando de sua escrita todo o conservadorismo mofento e enfadonho da língua, os acadêmicos e os críticos tiveram que engolir a seco as proezas do grande mestre mineiro, autor, dentre outros, de Grande Sertão: Veredas, Corpo de Baile e Sagarana.
Quando Jorge Amado descreveu em suas obras os submundos e os cheiros putrefatos dos cabarés, dando nome aos “xibius” e às “bucetas”, ninguém teve coragem de dizer que o grande escritor baiano estava produzindo uma literatura pecaminosa ou depravada. Nas páginas de Gabriela, Terras do Sem Fim, São Jorge dos Ilhéus e Tocaia Grande, por exemplo, dá pra se sentir o cheiro encardido das putas amadianas. Todo mundo teve que aceitar caladinho.
Quando João Ubaldo Ribeiro coloca mil palavrões na boca do indignado e até insano Sargento Getúlio, num linguajar tão realista que ecoa como gritos de ódio, ninguém teve coragem de dizer que o escritor havia extrapolado na voz de seu principal personagem. “Poder um caralho, vá tomar no cu o sistema e seus poderes...”.
Quando Nélson Rodrigues detalha em pormenores as traições e as hipocrisias humanas, relatando a vida como ela é, sem floreios nem meias-palavras, ainda assim nenhum sabichão se levantou contra as propensões libertinas humanas. Sabia que era tudo verdade.
Quando Júlio Ribeiro publicou A Carne quase o mundo desaba. Mas não desabou não e hoje sua obra se constitui numa marco da literatura nacional. Quando um grande escritor dá nome aos bois, diz tudo sem rodeios e até exagera no palavreado, certamente provoca um desacerto mental e moral nos sabichões, acadêmicos e supostos donos da língua.


Ah, talvez os puritanos nunca tivessem lido autores franceses que tiram a roupa dos personagens e os fazem gemer e gozar. Talvez os exacerbados conservadores nunca tivessem lido o realismo dos esgotos, das favelas, dos lixões. Talvez o poema O Bicho, de Manoel Bandeira, fosse acintoso demais.
Querem criticar e têm que calar, querem falar mal e têm que colocar o rabinho entre as pernas. Ora, acredito piamente que se alguém aqui escrever uma frase aos moldes de João Guimarães Rosa, logo irão dizer que é analfabeto, que não sabe nada de português, que nunca passou na porta de uma escola.
Criticam a pessoa comum, jogam pedras na pessoa comum, zombam de sua pouca escrita, mas calam perante “os nomes”. Quanta besteira, meu Deus. Já disse Celso Pedro Luft que língua é liberdade. E tal liberdade implica em comunicar-se sem amarras nem grilhões.
Isso mesmo, a liberdade da língua e da comunicação implica em dizer como sabe e como pode dizer, sem passar pelo crivo da dita “inteligência”. Todo mundo, pois, deve ter a liberdade de escrever como quiser e como souber. O resto é querer ser metido a besta, apenas isso.

Escritor
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EPISÓDIOS DA VIDA DE LAMPIÃO - PARTE 1 - CONTINUAÇÃO/FINAL



A Estação Ferroviária de Rio Branco, com o nome de “Barão de Rio Branco”, dada pela Great Western of Brazil Railway, empresa inglesa que administrava as vias férreas de Pernambuco, era a última da rede ligando Recife ao Sertão. Posteriormente, prolongou-se até Salgueiro/PE (512 km do Recife). Naquela época, Rio Branco era distrito de Pesqueira (40 Km de Rio Branco), agreste pernambucano.

Como almocreves, Virgulino, seu pai e seus dois irmãos, seguiam também para Pesqueira, para levar para o sertão: da estação ferroviária daquela cidade, mercadorias despachadas pela central do Recife; de uma mercearia da cidade, aguardente (cachaça) e, de uma mercearia, sacas de massa do reino (trigo) e as bolachas “Sertanejas”, muita apreciadas pela pelas pessoas do Interior.

Uma informação aos nãos nordestinos. Alguns estudiosos consideram “bolacha” e “biscoito” como sendo a mesma coisa. No entanto, no Nordeste chamamos de “bolacha” o produto, seja ele doce ou salgado, fabricado, quase artesanalmente, pelas padarias. O termo “biscoito” chega a ser uma convenção da indústria brasileira, talvez por ser mais antigo do que “bolacha” na nossa língua, segundo os etimologistas.

Em 1913, um dos maiores homens de negócios da região, originário da então vila de Poção, município de Pesqueira (Hoje uma pequena cidade, cujo principal atrativo é a produção da peças, como colchas, almofadas, etc. de renda conhecida por Ranascença, de origem europeia), e também um grande caçador de onças (existiam naquela época) passou para o seu genro duas peles de onça pintada, que matara na serra do Acaí, em Poção, para serem entregues a um amigo residente em Rio Branco. A entrega foi feita pelos almocreves Ferreira.

A almocrevia foi uma das grandes atividades que facilitou a vida de cangaço de Virgulino. Ele percorreu diversas regiões, parte do agreste ao sertão pernambucano e o sertão alagoano, muitas das vezes a pé. Conheceu muita gente, dos mais simples agricultores e comerciantes a grandes e médios proprietários de terras, os poderosos fazendeiros e coronéis, muitos dos quais tornaram-se seus “coiteiros”.

Quando tinha cinco anos de idade, Virgulino foi levado por sua avó, Dona Jacosa, para morar na sua casa, distante apenas cinquenta metros da casa paterna. O menino admirava a agilidade da sua avó nos trabalhos de tecer rendas. Talvez tenha sido esses momentos que lhe inspiraram as primeiras estrofes de “Mulher Rendeira”.

Quando menino, Virgulino gostava de brincar de guerras com os companheiros, usando batoques e talos de bananeira. Eles se dividiam em grupos adversos a que dava o nome de Pereiras e Carvalhos (famílias altamente rivais da região) ou de Antônio Silvino e volante da polícia.

Muitos anos mais tarde, o velho Terto, seu parente, de Inajá, participante desses divertimentos, dizia: “Virgulino nasceu para Comandar. Nas brincadeiras de menino, apesar de ser ele o mais pequeno, era ele o que tinha iniciativa. Se tivesse no Exército, botava Caxias para trás!” (Lampião Seu Tempo e Seu Reinado – Frederico Bezerra Maciel)

Não existiam escolas públicas naquelas terras desamparadas. Havia, sim, os mestre-escola que ensinavam, mediante contrato e hospedagem, durante períodos normalmente de três a quatro meses, nas fazendas. Lampião aprender a ler e escrever com algumas limitações, com o um desses professores. Os irmãos Antônio e Livino não tiveram oportunidade de frequentar regularmente a escola, devido os seus trabalhos no campo, por serem mais velhos do que Virgulino.


Virgulino costumava ler a História de Carlos Magno e os Doze Pares de França e a História de Napoleão Bonaparte em edições simples, talvez até em cordéis, como aqueles onde os poetas populares exaltavam os heróis da terra, como os vaqueiros, os cangaceiros, cabras valentes que lutavam até com o cão (demônio) Ele comprava os folhetos de cordel para ler, decorar e cantar no pinicado da viola ou na sanfona de oito baixos, da qual já tirava acordes, desde os nove anos de idade.

Não fosse o destino cruel de Virgulino e dos dois irmãos, teriam eles constituído lar onde viveriam felizes pelo resto da vida.

Livino namorou uma jovem de cor branca filha de um fazendeiro. Antônio namorou sua prima legítima Licor.

Virgulino apaixonou-se pela primeira vez por uma linda jovem chamada Santina. Teve também uma paixão oculta pela sua prima Gertrudes, irmã de Licor, porém jamais se manifestou em virtude das perturbações surgidas contra a sua família, provocadas pelo seu vizinho Zé Saturnino, que terminaram por leva-lo e aos irmãos ao cangaço.

Aos catorze anos de idade, Virgulino foi conduzido à “zona” (cabaré, zona de meretrício) por dois amigos, adolescentes como ele e já iniciados, Abel de tal e José Pereira da Cunha, o qual seria mais tarde o cangaceiro Ventania.

Próxima Postagem: Parte 2 – O Começo de Tudo
Ruy Lima 02/04/2018

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LIVROS EM PREÇOS DO TAMANHO DO SEU BOLSO







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C O N V O C A Ç Ã O - ASSEMBLEIA 09 DE ABRIL DE 2018




ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
C O N V O C A Ç Ã O

A Diretoria da Associação dos Docentes da UERN – ADUERN/Seção Sindical do ANDES/SN, no uso de suas atribuições legais e regimentais, CONVOCA todos os professores da UERN para participarem da Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará na Área de Lazer Prof. FRANCISCO MORAIS FILHO, no dia 09 de abril de 2018, segunda-feira, em primeira convocação, com 20% do número de sindicalizados, às 08:30min; em segunda convocação com 10% do número de sindicalizados, às 08:45min; ou, em terceira e última convocação, com qualquer quórum, às9:h, oportunidade em que serão apreciados os seguintes pontos de pauta

1.  INFORMES;
2.  PLANO DE SAÚDE;
3.  ESCOLHA DA COMISSÃO ELEITORAL LOCAL DO ANDES/SN – BIÊNIO 2018-2020.

Mossoró (RN), 05 de abril de 2018
         
Profª. Rivânia Lúcia Moura de Assis
Presidenta


Jornalista

Cláudio Palheta Jr.


Telefones Pessoais :

(84) 96147935

(84) 88703982 (preferencial) 

Telefones da ADUERN: 

(84) 33122324
(84) 988703983

ADUERN
Av. Prof. Antonio Campos, 06 - Costa e Silva
Fone: (84) 3312 2324 / Fax: (84) 3312 2324
Cep: 59.625-620
Mossoró / RN
Seção Sindical do Andes-SN
Presidenta da ADUERN

Rivânia Moura

 Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LIVRO MOSTRA ATUAÇÃO DE CANGACEIROS NO AGRESTE



Lampião e outros cangaceiros conhecidos de sua época, assim como militares que lutaram contra os fora da lei sertanejos, marcaram presença também em diversos municípios do Agreste Meridional, a exemplo de Garanhuns, Águas Belas, São Bento do Una,  Angelim, Capoeiras,  Caetés, Paranatama e Canhotinho.

Vários fatos que ocorreram nesses municípios, envolvendo personagens famosos da história nordestina, vão ser contados em livro pelo escritor e pesquisador Junior Almeida, que deve lançar sua obra, toda ela baseada em depoimentos, documentos e extensa bibliografia, ainda neste ano de 2018.

“Lampião, o Cangaço e Outros Fatos do Agreste de Pernambuco” traz por exemplo detalhes da vida do PM José Caetano, que lutou contra Lampião e seu bando e quando passou para a reserva veio morar em Angelim, onde viveu seus últimos dias de vida e está sepultado.

Uma das narrativas mais interessantes do livro de Júnior Almeida se refere ao ataque frustrado de Virgulino Ferreira a Paranatama, que na época se chamava Serrinha. O perigoso bandido teve de fugir às pressas com seu bando, porque sua mulher, Maria Bonita, levou um tiro na bunda e precisou ser socorrida para não acontecer o pior.

Júnior estreou em livro com “A Volta do Rei do Cangaço”, em que faz ficção com a vida de Lampião, que não teria morrido na Grota de Angicos, em 1938, e sobreviveu até pouco tempo atrás,  por conta de uma espécie de maldição.

Agora é história mesmo, é a realidade, com muitas revelações inéditas que vão interessar tanto aos estudiosos do cangaço quanto ao leitor comum, principalmente moradores da região, muitos deles sem informação de como o bando de Virgulino e outros atuaram de alguma maneira em Garanhuns ou cidades vizinhas.

*Foto: Lampião e Maria Bonita, arquivo do jornal O Globo.

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O MERCADO PÚBLICO DE MOSSORÓ

Por Geraldo Maia do Nascimento

A primeira notícia que temos de Mercado Público Municipal em Mossoró data de 23 de agosto de 1875, quando a Câmara Municipal de Mossoró autorizou, através da Lei nº 739 da mesma data, \"a construção de uma casa destinada ao mercado da cidade a ser feita mediante contrato com quem melhor vantagem oferecesse\". Em 12 de julho de 1877, portanto dois anos após a autorização, os construtores Antônio Secundes Filgueira e José Alexandre Freire de Carvalho, fazem entrega da Casa do Mercado que iria substituir a palhoça que fazia vezes de tal onde, sem as mínimas condições de higiene, eram expostas carnes e outros gêneros. Esse primitivo mercado foi construído no mesmo local onde ainda hoje se encontra o Mercado Municipal de Mossoró, no centro da Cidade. Esse prédio funcionou com a arquitetura primitiva até 1908, quando passou por uma substancial reforma. Em 1947, na administração do Prof. Gerson Dumaresq, passou por uma nova reforma da sua estrutura, tendo inclusive sua área de cobertura ampliada.                

O Mercado Público Municipal tinha, no início do século, um papel muito importante na vida de uma cidade. Era no Mercado que se encontravam os comerciantes que abasteciam as cidades dos mais diversos produtos que iam desde os cereais, carnes e frutas, até roupas, produtos de couro, cerâmicas (utilitárias e decorativas) e uma infinidade de doces, bolos e refrescos. Não faltavam também as bancas de pinga.                

Mas a cidade crescia e já se fazia necessário a construção de um outro mercado. Em 30 de setembro de 1951 foi inaugurado um novo prédio para um segundo Mercado Público Municipal. O novo Mercado foi construído no bairro do Alto da Conceição e na sua inauguração estiveram presentes, dentre outras autoridades, o Governado do Estado do Rio Grande do Norte Sílvio Pedroza, o Prefeito de Mossoró Francisco Mota e o Bispo Diocesano. O discurso da inauguração foi proferido pelo Dr. Hélio Santiago, então secretário do governo do município.                

A importância do Mercado Público atualmente foi renegada a um plano inferior, frente ao surgimento dos super mercados. Mas os velhos mercados de Mossoró continuam existindo, tanto o do centro como o do Alto da Conceição, para atender aos saudosos que não se adaptaram ao novo estilo de vida.                

Não vai longe o tempo que os farristas, trabalhadores da noite ou madrugadores confesso se dirigiam ao Mercado para a primeira refeição ainda de madrugada, que invariavelmente era cuscuz com ovos ou leite, acompanhado de canecas de café preto e forte.   

http://www.blogdogemaia.com/detalhes.php?not=57

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