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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Passeio em Paulo Afonso com caravana de Maria Bonita

Blog: "Conversas do Sertão"


Ângelo Osmiro e Bosco André


 Grupo de pesquisadores e estudantes, participantes do Centenário de Maria Bonita


Alunos do IF-Sertão, de Petrolina-PE


Wilson Seraine, de Teresina-PI e o escritor Rubinho Lima


 Dr. Leo Cardoso, Souza Neto, Wilson Seraine e Rubinho Lima


 Wilson Seraine, Rubinho Lima e Tomaz Cisne


Rubinho Lima, Dr. Leo, Ângelo Osmiro e a Juliana Ischiara,
no complexo das usinas da CHESF

 

Extraído do blog: "Conversas do Sertão", publicado no dia
26 de março de 2011.

"SACRIFÍCIO DE JESUS NA CRUZ: UMA PROVA DE AMOR RADICAL !!!"

Por: Kátia Regina Corrêa Santos
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“SACRIFÍCIO DE JESUS NA CRUZ: UMA PROVA DE AMOR RADICAL !!!”

O sacrifício de Jesus na cruz, não somente curou, libertou e salvou a humanidade... o sacrifício de Jesus na cruz é a maior prova de amor que alguém poderia ter feito: “DOAR SUA PRÓPRIA VIDA EM RESGATE DE NOSSAS VIDAS !!!”

A atitude de amor de Jesus por nós demonstra o quanto nós somos importantes para Ele, e o quanto Ele nos ama... Jesus com seu sacrifício veio preencher o vazio deixado pela falta de amor em nossos “corações carentes”... afinal somos obras da “TRINDADE SANTA”, Pai Filho e Espírito Santo (Gênesis 1,26)... e fomos feitos por amor, para sermos amados e para amar !!!

O sacrifício de Jesus na cruz é uma declaração de amor profunda, que cada ser humano precisa compreender, para poder viver plenamente livre e realizado... porque na nossa essência o que nos realiza é somente o amor verdadeiro de Jesus !!!

Em comunhão com meus irmãos em cristo, ouço histórias de vidas, experiências de sofrimento, de rejeição, de traição, de decepção, de procura de um amor verdadeiro, de busca de ser correspondido no amor, de ser valorizado por aqueles que amam...nestes relatos, eu consigo sentir nestas almas uma enorme carência de amor... uma carência que leva a infelicidade, a tristeza, a angústia, a depressão, a crise existencial !!!

Uma carência que provoca um vazio na alma e leva muitos a procurar preencher com outras coisas (drogas, sexo, escravidão dos vícios, etc)...uma carência que acredito eu, só pode ser suprida e preenchida com um amor curador, libertador e salvador que somente se encontra no: “SACRIFÍCIO DE JESUS NA CRUZ: UMA PROVA DE AMOR RADICAL !!!”

 Escrito em: 06.07.2011

E a Globo rendeu-se à blogosfera

Do Blog Notícias de Pentecoste
Quem diria... a vênus platinada acusou o golpe, teve de render-se aos ventos dos novos tempos e apressou-se em dar resposta a um texto que nasceu, cresceu, multiplicou-se e ganhou corpo e repercussão... na blogosfera! Claro, sem ufanismos, alcances e audiências continuam a ser gritantemente distintos, sem termos de comparação, com vantagem ainda enorme para a TV Globo. Mas foi-se o tempo do monopólio da verdade - e a gigante ardilosa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro já não pode mais simplesmente ignorar o que se passa no andar de baixo, nesse mundinho virtual.

Para resgatar a linha do tempo: na sexta-feira, 05 de agosto, no blog "O Escrevinhador", o jornalista Rodrigo Vianna, que conhece as entranhas do dito jornalismo global, publicou um texto que citava uma fonte anônima da Globo que dizia ser cada vez mais insuportável trabalhar na emissora, por conta dos desmandos e das pressões, e revelava ainda que a ordem era bater firme no novo ministro da Defesa, Celso Amorim, que a vênus não suporta, para criar clima de instabilidade nas esferas militares.
Alertava Vianna: "O jornalista, com quem conversei há pouco por telefone, estava indignado: 'é cada vez mais desanimador fazer jornalismo aqui'. Disse-me que a orientação é muito clara: os pauteiros devem buscar entrevistados – para o JN, Jornal da Globo e Bom dia Brasil – que comprovem a tese de que a escolha de Celso Amorim vai gerar 'turbulência' no meio militar. Os repórteres já recebem a pauta assim, direcionada: o texto final das reportagens deve seguir essa linha. Não há escolha. Trata-se do velho jornalismo praticado na gestão de Ali Kamel: as 'reportagens' devem comprovar as teses que partem da direção".
Pois eis que, coincidência, 24 horas depois da circulação do texto (que se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais), a Globo veio a público, na edição do Jornal Nacional deste sábado, 06 de agosto, para cantar em verso e prosa um documento que estabelece "os princípios editoriais que norteiam o trabalho das redações das Organizações Globo". A tal carta de intenções fala em "independência, isenção, correção, lealdade com a notícia e não sensacionalismo, garantia de contraponto" e reafirma que "para a Globo, não há assunto tabu"; faz questão também de reforçar o "espírito pluralista e apartidário".
Logo na Introdução do documento, texto assinado pela santíssima trindade Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho diz que "com a consolidação da Era Digital, em que o indivíduo isolado tem facilmente acesso a uma audiência potencialmente ampla para divulgar o que quer que seja, nota-se certa confusão entre o que é ou não jornalismo, quem é ou não jornalista, como se deve ou não proceder quando se tem em mente produzir informação de qualidade". O apelo parece claro, não? Só faltou dar nome aos bois e implorar "por favor, não acreditem no que andam por aí escrevendo o senhor Rodrigo Vianna e seus asseclas". Como escreveu o cineasta, jornalista e blogueiro Mauricio Caleiro no twitter, "declaração de princípios da Globo é vitória incontestável da blogosfera. Está na cara que é reação ao post do Rodrigo Vianna".
Aliás, agora que a Globo resolveu mesmo fazer jornalismo, poderia estabelecer um mea culpa público a respeito do apoio irrestrito dado à ditadura militar e repudiar as versões históricas levianas que ajudou a construir e consolidar, usando seus pressupostos críticos e cidadãos para destacar a importância da Comissão da Verdade, certo? E, já que não existem mais assuntos tabus, poderia veicular algumas reportagens a respeito das negociações que resultaram nas assinaturas de contratos com os clubes brasileiros para garantir transmissões do Campeonato Brasileiro, não é mesmo? E que tal produzir uma série especial dedicada exclusivamente a debater as falcatruas na CBF e na FIFA? Ajudaria a começar essa "nova era".
Tudo discurso vazio, jogo de cena. Sim, porque a mesma edição do JN silenciou sobre pesquisa feita pelo Instituto Datafolha e divulgada neste sábado que mostra que a aprovação do governo da presidenta Dilma Rousseff continua elevadíssima (48% de ótimo e bom, 39% de regular e apenas 11% de ruim ou péssimo), mesmo depois das turbulências e recentes denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes. É, talvez tenha sido apenas um lapso... a Globo faz jornalismo "apartidário"...
Para além dos desvios jornalísticos globais, a mensagem que o episódio deixa é que a Globo não nada mais de braçada, não fala mais sozinha, não tem mais o poder que ousou acumular em décadas passadas. Entre 2000 e 2010, a audiência média do Jornal Nacional caiu mais de dez pontos percentuais (de 39,2% para 28,9%). Penso que um momento marcante recente e emblemático desse processo de decadência foi o episódio do "atentado com bolinha de papel" cometido contra José Serra na campanha presidencial do ano passado. A farsa tucana já tinha sido desmontada e desmentida na blogosfera. Mas, para tentar mantê-la, o Jornal Nacional usou cerca de nove minutos de uma de suas edições, recorrendo a depoimentos de "legistas especialistas".
Ora, se a web fosse mesmo tão irrelevante, pouco importante, sem capacidade de irradiação e repercussão, sem impacto e condições de dialogar com a opinião pública de forma ampla, por que raios o telejornal de maior audiência da principal emissora do país precisaria ter usado quase dez minutos para contestar o que nas esferas virtuais se dizia? Por que gastar um tempo tão precioso e prestar atenção ao que inofensivos tuiteiros e blogueiros escreviam? Sinal evidente, me parece, de que havia algo de podre no reino do (superado) monopólio da verdade.
Para Antonio Lassance, cientista político e pesquisador do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a "velha mídia está derretendo". Exagero? Talvez. É certamente um processo complexo, longo, marcado por conflitos, idas e vindas, avanços e recuos. A Globo continua a ser extremamente poderosa, uma gigante da comunicação. Não vai deixar de sê-lo da noite para o dia, num passe de mágica. Por outro lado, parece evidente que já não é mais proprietária do samba de uma nota só. Há fraturas, diálogos e dissonâncias, contestações, resistências, outras versões - que em boa medida encontram-se na web (embora não residam apenas nela).
Sim, a blogosfera conversa o tempo inteiro com os descaminhos vividos pelo ser humano, de forma mais geral, e com os desvios de rota do jornalismo, mais especificamente. Não é o paraíso dos puros - nem o inferno dos demônios. Não estará equivocado assim quem disser que a internet abriga aventureiros, oportunistas, pilantras, gente que faz pseudo-jornalismo, e até mesmo criminosos. Mas acertará na mosca quem bancar que é possível encontrar na web matérias sérias e responsáveis, textos jornalísticos que levam à reflexão e que cumprem o papel de estabelecer contraponto e de prestar serviço público.
Na miscelânea chamada blogosfera, espaço democrático de contradições, há afinal bom exercício de jornalismo analítico sendo feito - que em alguns momentos, cada vez mais frequentes, consegue inclusive inverter a mão de direção. E pautar a agenda da velha mídia. Consegue incomodar a vênus platinada. Nessas horas, que falta faz o engenheiro Leonel Brizola...

Por Francisco Bicudo


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Extraído do blog do José Cícero, Secretário de Cultura da cidade de Aurora, no Estado do Ceará



Por: Maria Amélia e Mariano
Comendador Mariano e Dra. Maria Amélia, em visita ao Horto do Padre Cícero, momento Cariri Cangaço

Grande Amigo Severo, você e Dra. Danielle,
 
 
 
são a expressão do Amor, da Alegria, do Conhecimento, do Resgate da nossa Cultura e MEMÓRIA NORDESTINA. Perfeita a organização do Cariri Cangaço; saudades das visitas, das recepções, palestras, quanta inteligência! Momentos felizes e divertidos no nosso Cariri Cangaço.

Parabéns pelos relevantes trabalhos que enriquecem quem participa, revivem lembranças e traz o conhecimento da história nordestina para os mais jovens.

VOCÊ é o ser iluminado, com uma magnifica Missão de Transformação e Elevação da Sociedade. Muito obrigado por tudo; pela consideração, dedicação de sua equipe e amizade.

ABRAÇÃO
 
Dra. Maria Amélia e Comendador Mariano
 
 

No meio deles, sou apenas um aprendiz

Por: Cicinato Neto
Cicinato Neto e Manoel Severo em noite de Cariri Cangaço 2011

Infelizmente não pude participar de toda a programação do III Cariri Cangaço, mas fiquei muito satisfeito em assistir às conferências de Aurora
e Barbalha. Como ocorreu nos dois anos anteriores, o evento foi marcante. Boa organização, oportunidade de encontrar os pesquisadores do cangaço, clima de harmonia e de festa, dinamismo, tudo contribuiu para consolidar o Cariri Cangaço como um evento indispensável para todos nós.


Novamente Severo e Danielle estão de parabéns. Aos amigos pesquisadores o meu reconhecimento. Eventos que podem contar com a presença de


Antonio Amaury,


Juliana Ischiara,


Aderbal Nogueira,


Ângelo Osmiro,


João de Souza Lima,


Professor Pereira,


Ivanildo Silveira,


Antônio Vilela (entre muitos outros) só podem ter muito sucesso. Gostaria de dar um abraço fraternal em todos os que fazem essa grande comunidade a qual, ano a ano, enriquece o nosso Cariri cearense. No meio deles, sou apenas um aprendiz.

Cicinato Ferreira Neto
Sócio do GECC
Pesquisador e Escritor


O PAPA DESCANSA EM PAZ

Por: José Mendes Pereira

No dia 3 de abril de 2005, o jornal "Tribuna do Norte" no caderno especial, publicou o seguinte:

A morte foi anunciada às 16h37 (hora de Brasília, após uma agonia pública que começou na quinta-feira e atraiu milhares de fiéis à praça de São Pedro).

Sofrimento chega ao fim durante à noite


O sofrimento do Papa chegou ao fim neste sábado. Era noite em Roma quando o comunicado oficial foi divulgado pelo Vaticano. Em seus últimos minutos de vida, João Paulo II demonstrou um carinho especial pelos jovens.

Qual é o menor país do mundo?

É o Vaticano, sede da Igreja Católica e residência oficial do papa. Com apenas 0,44 quilômetros quadrado em Roma, na Itália, e tem a menor nação do mundo. Independente desde  1929.

... é uma grande basílica na Cidade do Vaticano , em Roma ...
vamosparaitalia.com.br

O  Vaticano não é considerado um país autônomo pela Organização das Nações Unidas, a ONU. É  governado por Deus e representado pelo papa. A ONU não aceita a teocracia como regime", diz o escritor Luiz Gintner, estudioso de países com menos de mil quilômetros quadrados.

Guias Turisticos de Roma e Vaticanoguideroma.com

Além do Vaticano, existem outras nações nanicas que conseguiram se livrar de seus países de origem, como as Ilhas Marshall, que se tornaram independentes dos Estados Unidos em 1986, e São Cristóvão e Névis, que se desligaram de Portugal em 1975.

Vaticano ...flickr.com

"Na teoria, qualquer um pode tomar posse de um pedaço de terra que não pertence a ninguém e proclamá-lo um país", afirma Luiz. Na prática, porém, a coisa não é tão fácil assim. Primeiro, é preciso que o tal território esteja em águas internacionais, onde ninguém governe.

Hotel 100 Metri Dal Vaticano em Roma desde R$148 - Rumbo rumbo.com.br

Depois, um lugar que deseje se tornar uma nação precisa ter uma série de características para merecer a independência: povo, território, bandeira, selo, hino, leis, sistema de defesa e, em alguns casos, idioma e moeda próprios. Se tudo isso for cumprido, a idéia maluca pode até fazer algum sentido. Pelo menos foi assim que pensou o major aposentado Roy Bates.

vatican28: Santa Sede - Vaticano - Roma - Vatican museum: double spiral ... travel-images.com

Ao lado da mulher e dos filhos, o inglês tomou posse de uma base marítima abandonada no Mar do Norte, perto da Grã-Bretanha, criou uma constituição, compôs um hino e declarou a independência do lugar em 1967, batizando-o de Principado de Sealand. Apesar da insistência do folclórico major, nenhum país do mundo reconhece a soberania de sua plataforma metálica.

Mergulhe nessa
Na livraria:
Em Busca de Liliput, Luiz Gintner, Litteris, 1997


NOTÍCIAS DO MUNICÍPIO DE CRUZ-CE

Por: Dr. Lima

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Cruz. Nesta época do ano com muito calor, pasto seco e ventos fortes o clima torna-se favorável aos focos de incêndio na zona rural. Foi o que aconteceu nesta segunda-feira, 17, por volta do médio dia, quando um foco de incêndio surgiu nas margens da estrada CE – 85, entre Cruz e Jijoca de Jericoacoara, na localidade de Lagoa Velha, quando um fogo destruiu vários hectares de cajueiros e queimou cerca. Não se sabe a origem do fogo, mas acredita-se que tenha se originado de alguma ponta de cigarro ou fagulhas emitidas por veículo que passou pelo local. Difícil de controlar, pois além da rapidez com que o fogo se alastrou, a fumaça e o calor impediam a ação dos trabalhadores para que o incêndio fosse debelado.

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Mercadorias nas calçadas. Outra sena inusitada é a presença de mercadorias que os comerciantes colocam nas calçadas do Centro Comercial de Cruz. Mesmo com a reclamação constante por parte da população, não há providência para coibir este abuso por parte das autoridades competentes. Os pedestres são obrigados a trafegarem pelas ruas disputando espaço com os veículos.

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O Mercado do Produtor Bernardino José do Nascimento, construído há vários anos, com o objetivo de oferecer condições para que os produtores rurais comercializassem suas mercadorias diretamente com o consumidor, medida que visava combater o atravessar continua abandonado servindo de estacionamento para veículos. Está sendo usado uma vez por ano quando o Sindicato Rural promove a Feira da Agricultura Familiar.

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O Terminal Rodoviário Raimundo Pinto da Silveira, construído com ampla área de estacionamento, que deveria destinar-se ao embarque e desembarque de passageiros vindos da zona rural e servir de estacionamento de veículos, apenas é utilizado pelos ônibus intermunicipais. Enquanto isto acontece, o centro fica engarrafado, conforme já mostrado em reportagem anterior. Não é fácil encontrar um local para estacionamento.

Dr. Lima

Enviado pelo Dr. Lima da cidade de Cruz, no Estado do Ceará, para este blog.

Quem Foi Delmiro Augusto da Cruz Gouveia

Por: David Bandeira


Filho de um caso extraconjugal; Delmiro Augusto da Cruz Gouveia nasceu em Ipu, Ceará, em 5 de junho de 1863; transferiu-se, em 1868, junto com a mãe e a irmã Maria Augusta, para o Estado de Pernambuco. O pai, Delmiro Porfírio de Farias, faleceu em combate na Guerra do Paraguai, em 1867; a mãe, Leonila Flora da Cruz Gouveia, morreu em 1878.

Delmiro Gouveia, o coronel dos coronéis

Já no Recife, analfabeto e sem dinheiro, foi atrás dos primeiros trocados em modestos empregos: aprendiz de tipógrafo, bilheteiro, despachante, mascate e, finalmente, comerciante. Empregou-se em firmas do comércio de “courinhos” (pele de bode e cabra), no qual enriqueceria, mas em nenhuma delas conseguiu os objetivos que pretendia; por não se abater com fracassos, identificando oportunidades de negócio e procurando experiências similares, estava sempre disposto a assumir compromissos. Logo, cuidou de realizar vários empreendimentos de vulto, por exemplo, o contrato firmado com o Prefeito de Recife, Coelho Cintra, para a construção de um mercado – algo sem similares até então – no bairro do Derby. Arrematou a maior refinaria da América do Sul, a Usina Beltrão, para refino e embalagem de açúcar, mas, não levando muito a sério o negócio, fechou-lhe as portas pouco tempo depois.
Combate a oligarquia rosista em Pernambuco, logo sofrendo perseguições políticas que lhe prejudicaram os negócios. Impulsivo e temperamental, acometiam-no acessos de ira que faziam dele um homem temido, tendo colecionado, inclusive, agressões contra o vice-presidente da República (Rosa e Silva), ex-sócios, além do rapto da filha do Governador de Pernambuco Sigismundo Gonçalves. Assim, tornando sua permanência no Recife insustentável.

Delmiro e Eulália, filha do Governador Sigismundo Gonçalves

Visando se restabelecer financeiramente, Delmiro sai de Recife rumo a Alagoas, no final de 1902, onde, em companhia dos sócios, oficializa a firma Iona & Cia., antes denominada Iona & Krause, procurando reorganizar em Maceió, meses depois, o comércio de peles. Instalou-se no vilarejo chamado Pedra, pertencente à Matinha de Água Branca. Para tanto, valeu-se da boa acolhida de grandes chefes políticos locais: o Governador Euclides Malta e o coronel Ulisses Luna. Aos poucos, renovava a fortuna.
Tinha mesmo o dom de atrair várias senhoritas, possuiu várias namoradas, inclusive uma linda italiana. Rico, famoso, era natural que assim acontecesse. Todavia, teve seus 3 filhos com a moça que raptara, a bela Carmela Eulina do Amaral Gusmão que o abandonou junto aos filhos tempos depois.Talvez desentendimentos políticos, elevação de alíquotas e carência de uma fiscalização mais rígida levaram-no a solicitar aos empregados de sua firma de “courinhos” que averiguassem a possibilidade de trazer algumas peles, para seu curtume, sem que tivesse de pagar tributos na fronteira dos Estados de Pernambuco e Alagoas. Logo, foi acusado de contrabando pelos idos de 1909/10. No sertão alagoano, construiu a primeira hidrelétrica do Nordeste, chamada Angiquinho; uma das primeiras fábricas de linhas do Brasil, a Fábrica da Pedra, cujos trabalhadores possuíam atendimento médico, moravam na Vila Operária e despendiam serviço com carga horária de 8h diárias, com descanso semanal. Todavia, a condução dos negócios a mão-de-ferro e a disciplina na fábrica considerada rígida foram al guns dos seus registros no mundo das organizações empresariais.
A uma vida como a sua não podia faltar mistério. Justo no momento em que Delmiro mais crescia nos negócios, para suprir a falta de investimentos na região sertaneja, foi assassinado em seu chalé, na Vila da Pedra, na noite de 10 de outubro de 1917, aos 54 anos de idade, em condições misteriosas, atingido por uma bala no coração. A sua morte, envolta em mistério, assegurou-lhe um lugar no hall dos industriais visionários.
  
David Bandeira


NOTA CARIRI CANGAÇO: O professor David Bandeira é Administrador e autor do livro “Ousadia no Nordeste: a saga empreendedora de Delmiro Gouveia”; é um dos conferencistas do Cariri Cangaço 2010; ao lado da professor Eloisa Farias, desenvolverão o tema: Delmiro o coronel dos coronéis.

Extraído do Cariri Cangaço

Delmiro Gouveia e o sonho de industrializar o semiárido

Por: José Romero Araújo Cardoso

Nascido no dia cinco de junho de 1863, na fazenda Boa Vista, município de Ipu (CE), filho natural do cearense Delmiro Porfírio de Farias e da pernambucana Leonila Flora da Cruz Gouveia, Delmiro Gouveia Farias da Cruz tem lugar destacado na história do empreendedorismo brasileiro devido luta incansável em prol do desenvolvimento regional, tendo buscado de todas as formas possíveis e imagináveis dotar o nordeste de dinâmico setor produtivo através do qual houvesse ênfase às transformações necessárias ao implemento da melhoria da qualidade de vida da população, bem como à dinâmica referente ao desempenho da economia estrangulada por práticas anacrônicas e obsoletas.


Homem de modos austeros intercalava de forma singular passado e presente, modernidade e tradição, sendo responsável por extraordinária experiência de industrialização em pleno semi-árido alagoano, dominado na época por beatos e cangaceiros, quando dos marcantes anos da turbulenta década de dez do século XX.
Era conhecido como o "rei das peles", pois fixado no ramo de couros, fundou em 1896 a Casa Delmiro Gouveia & Cia., realizando importantes transações econômico-financeiras com a poderosa casa novaioriquina J. H. Rossbach & Brothers, de cuja utilidade em sua vida empresarial foi imprescindível e incalculável. Nesta época, passou a alijar os concorrentes do mercado, absorvendo os melhores empregados especializados, a exemplo de Lionelo Iona, John Krause, Guido Ferrari e Luís Bahia.
Perseguido tenazmente por poderosos inimigos em Pernambuco, os quais não viam com bons olhos a concretização de suas idéias populares, a exemplo da efetivação de empreendimento mercantil na capital pernambucana, o qual oferecia bens e serviços a preços baixos ao povo, sendo, portanto, alvo de incêndio criminoso, Delmiro Gouveia refugiou-se, no ano de 1903, na remota Vila da Pedra (Hoje cidade de Delmiro Gouveia/AL), no sertão das Alagoas, a qual contava, quando de sua chegada, com apenas seis casa, localizada a 250 km de Maceió. Separado de sua primeira esposa, de nome Anunciada Cândida de Melo Falcão, havia raptado jovem que atendia pelo nome de


Carmela Eulina, filha natural de Sigismundo Gonçalves, governador pernambucano. 

No ano de 1909, Delmiro Gouveia iniciou estudos para a utilização econômica da cachoeira de Paulo Afonso, no rio São Francisco, sendo que em vinte e seis de janeiro de 1913 captou energia hidroelétrica na queda do Angiquinho. Começava a se concretizar as condições necessárias para efetivar o pragmatismo do seu grande sonho.

No ano seguinte, aproveitando-se do abalo provocado pela primeira guerra mundial, quando os alemães, logo no início, prostraram o império inglês, com a genialidade de sua terrível máquina mortífera, Delmiro Gouveia inaugurou fábrica de linhas em pleno semi-árido nordestino, inovando em razão da forma como implementava relações sociais de produção, conquistas sociais e de mercado, bem como ênfase à preservação ambiental.

O empreendimento industrial capitaneado por Delmiro Gouveia tinha a marca nacional Estrela, conseguindo, graças ao alijamento da concorrência inglesa, devido ao conflito mundial, adentrar mercados sul-americanos, como os da Argentina, do Peru e do Equador, com a marca Barrilejo.

A abertura de estradas também se constituiu em preocupação para o louvado cearense, notável empreendedor que ousou industrializar o mais pobre espaço geográfico brasileiro. Delmiro Gouveia foi responsável pela ênfase á abertura de cerca de 520 km de estradas, introduzindo ainda o automóvel no sertão.

 

No dia 10 de outubro de 1917, o industrial era assassinado em seu bangalô na Vila da Pedra. Tiros assassinos disparados na calada da noite buscavam desmantelar a mais excepcional experiência de industrialização que o semi-árido protagonizou.

Símbolo de uma época, Delmiro Gouveia traduziu a luta desesperada de um povo em busca de melhores dias, tendo acreditado e concretizado a possibilidade de transformar arcaicas estruturas que ainda perduram fazendo com que a região nordeste do Brasil se singularizasse pela inserção plena em estratos que atestam as desigualdades que se recrudescem acintosamente enquanto marca cruel dos contrastes de nossa diferenciada espacialização.

(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo (UFPB). Professor-adjunto do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Campus Central, Mossoró/RN. Especialista em Geografia e Gestão Territorial (UFPB) e em Organização de Arquivos (III CEOARQ /UFPB). Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UERN).

Extraído do blog do escritor João de Sousa lima.
http://www.joaodesousalima.com/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com