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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Joãozinho de Donana

Por: Reinaldo Passos

Dando prosseguimento a série de homenagens aos cidadãos pinhãoenses, chegou a vez de João Batista da Costa, mais conhecido em Pinhão como Joãozinho de Donana. 

Joãozinho de Donana nasceu no povoado Lagoas em Pinhão no dia 04 de Julho de 1914. Ele foi vereador em Itabaiana por dois mandatos. Foi exator nas cidades de Pinhão e Itabaiana, foi delegado de polícia em Itabaiana e também caminhoneiro. 

Em Pinhão, o povo o conhecia como Joãozinho de Donana ou Joãozinho Veneno. Já em Itabaiana era mais conhecido como Joaozinho da Padaria.
Ele era irmão do primeiro prefeito de Pinhão, o senhor José Emigdio da Costa Filho, mais conhecido como Costinha.
 

Com o falecimento do irmão Costinha em 1969, Joãozinho de Donana, pediu transferência da exatoria de Itabaiana para a exatoria de Pinhão, afim de ficar mais próximo dos familiares. 

Joãozinho faleceu em 05 de janeiro de 2007 deixando o meu pai Manoel de Benício, seus amigos e familiares muito entristecidos com sua partida. Manoel de Benício era muito amigo dele e os dois passavam horas e horas proseando. 

Quem teve o prazer de ter um "dedim" de prosa com ele, não deixou de ouvir relatos das passagens de Lampião e seu bando pelas terras pinhãoenses. 

Joãozinho foi matéria do CINFORM no dia 06 de maio de 2001 na edição 942. Confira alguns trechos:



Segundo ele, o bando de Virgulino Ferreira, o Lampião, esteve duas vezes em Pinhão. A primeira, na manhã de 22 de abril de 1929. A segunda em 1938.

Em 1929, dez cangaceiros invadiram a cidade. Além de Lampião, estavam presentes Corisco, Virginio (cunhado de Lampião), Arvoredo, Zé Fortaleza, Volta Seca, Ângelo Roque, Ezequiel Ferreira (irmão de Lampião) Luiz Pedro e Luiz Mariano.

"Nunca vou esquecer aquele dia", rememora o aposentado Joãozinho Batista da Costa. Segundo ele, Lampião estava em Pinhão para conseguir munição e dinheiro.

"Ele não ameaçava, nem, bolia com ninguém. As únicas coisas que fez foi andar pelas bodegas, procurar munição na cidade e nos mandar pegar alguns cavalos. Depois pediu que algumas pessoas fizesse uma cota entre os moradores para ajudá-lo"

"O bando de Lampião e a volante comandada pelo Tenente Menezes trocaram tiros e por sorte ninguém de Pinhão morreu"

"Na passagem do bando de Lampião em 14 de outubro de 1938, o cangaceiro Zé Sereno matou o soldado José Paes da Costa".

O cangaceiro Zé Sereno


Joãozinho conta que: "Quando chegou a volante, que veio brigar aqui à noite, o Zé Sereno pediu ao soldado José Paes, que era amigo deles, para tirá-los da cidade, porque eles não conheciam muito bem a região. Zé Paes saiu com os cangaceiros e, mais adiante, depois de tê-lo guiado, sem mais nem menos Zé Sereno atirou nele, pelas costas, na traição. Não tinha motivo, foi só maldade." 

Adendo Lampião Aceso - Kiko Monteiro

Lembrando que o Sr. Joãozinho além de compadre foi responsável pela criação de uma filha de Dadá e Corisco a Sra. Maria do Carmo que hoje reside em Salvador-BA. Eu estive presente ao reencontro dos dois em julho de 2007 no povoado Alagadiço município de Frei Paulo - SE

http://cangacoarte.blogspot.com.br/2011/02/corisco-braco-direito-de-lampiao.html

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LANÇAMENTO DOS LIVROS DOS ESCRITORES ANTONIO GALDINO E JOÃO DE SOUSA LIMA É NOTÍCIA NO JORNAL FOLHA SERTANEJA

Por: João de Sousa Lima



O Jornal Folha Sertaneja número 116, ano X, de 01 de novembro de 2013 trouxe-me anexo um caderno especial com uma reportagem sobre o grande sucesso dos lançamentos dos livros ANGIQUINHO, 100 ANOS DE HISTÓRIA E LAMPIÃO EM PAULO AFONSO, dos escritores Antonio Galdino e João de Sousa Lima. 

O caderno especial se torna  mais uma fonte de informação que deve constar como acervo histórico da cidade, tanto por sua qualidade, quanto por seu acervo fotográfico que destacou dezenas de amigos, artistas, políticos, escritores e professores.




 Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima

http://www.joaodesousalima.com/
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"O CÊNICO DO CARDUME PESQUEIRO É MAIS NOBRE, DO QUE O SILÊNCIO DA NATUREZA DESTRUÍDA.



Por: Jair Eloi de Souza 
Jair Eloi de Souza

Era manhã de terça-feira, 05 de novembro/último. De repente a interlocução de um visitante, que nada mais era do que JOÃO DE DOMICINA, em missão de convite para que fôssemos participar de uma pescaria. Já atochado numa beca do ofício advocatício, ponderei que naquela manhã não poderia atender seu pedido. Missão em Caicó, discussão de resíduos sólidos, saneamento básico, ministrada pela FUNASA. Mas, o interlocutor, fez uma alerta: O PEIXE DO RIO ESTÁ MORRENDO TODO. O Senhor deveria ir até a ponte. Aí fiquei sem gravata, gibão de causídico, vesti a indumentária de tenista caboclo. E fui acudir a ninhada de filhotes da natureza, que estavam sendo trucidados. Uns clamando por oxigênio já marimbondos, vivendo seus últimos estertores, outros jaziam na areia seca tendo como companhia formigas sanguinárias. A água dantes cristalina, era uma substância gelatinosa incandescente e prateada. Um cenário à aparência das tendas de Vulcano, no antigo Egito, temperando o ferro para aplicar na pirâmide de Keops, e 2.500 depois, serem resgatadas sem indício de oxidação.

A mortalidade em princípio ficaria nos limites do cardume pesqueiro e da flora arbustiva e gramíneas, mas, já quarta-feira à tarde, se via pequenos animais e batráquios como sapo, jia, caçotes, cachorro de areia, rãs, estateladas em estado de putrefação. Com um agravante, o odor, a caatinga exalando das moitas e ilhotas, era insuportável. Nos próximos dias, não é impossível, vamos ter guaxinim e raposas percorrendo o martírio do envenenamento até a morte. 

Ad argumentando, o Município de Jardim de Piranhas, tem dois avizinhados na Paraíba, de superlativos galopes de poluição química: São Bento e Paulista. O primeiro com as unidades fabris de transformação do fio e tinturaria. O segundo mesmo em plena estreiteza dessa seca, tem muito cultivo de leguminosas e verduras, com a adoção da prática de utilização de agrotóxicos. Uma torrente de poluição não menos contaminante ou menos nociva como o cenário anterior. Nessas circunstâncias, urge a consolidação da malha de lagoa para decantação dos resíduos líquidos em Jardim e todas as outras cidades, para que não continuemos com a incidência da alta taxa de ocorrências de cânceres em todas as faixas etárias, mas com maior aprofundamento naqueles que morrem na idade meã ou na ante sala da velhice. 

Façamos um armistício em favor de salvar o Piranhas, todos nós, começamos nossas vidas, tomando banho nas suas águas cristalinas.

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Francisco Borges de Araújo

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SAUDAÇÃO À AURORA NO SEU 130º ANIVERSÁRIO*




Por: José Cícero

Aurora!

Qual dos teus filhos se arriscaria dá-se a difícil tarefa de encontrar a tua mais exata e adequada definição? Sim. Porque Aurora, enquanto sentimento afetivo não se define simplesmente com palavras.


Porquanto se encontrar muito além de qualquer tradução etimológica
por meio da qual  as palavras adquirem sua mais alta significação.
 
Diríamos no entanto que Aurora, em última instância, é pura emoção... De modo que a sua melhor definição reside na forma como  sentimos o mundo como um tesouro poético incomensurável  escondido no fundo do peito.

Aurora é esse orgulho saudável e provinciano com o qual contrapomos aqui e alhures todas as angústias impostas pela saudade e pela solidão  dos que estão distantes.

Um elevado estado de autoafirmação que experimentado onde quer que estejamos.

 

Aurora é esse ímpeto de coragem a nos impelir sempre para frente. Como se o futuro fosse a intercessão de todos os nossos caminhos possíveis. Isso porque em Aurora tudo o mais é atemporal.

A mais autêntica conotação de um passado inesquecível e glorioso, em cujas raízes nos mantemos presos para sempre, como uma árvore centenária fincada ao chão.

Aurora é, como diria Espinoza:  a mais verdadeira perspectiva da eternidade postas indefinidamente em nossas mãos. Sereia sertaneja a nos envolver completamente com o seu encanto e o seu feitiço de mulher amada. Razão de estarmos todos condenados a amá-la pela vida a fora, para o todo o sempre.Quem sabe, como uma criação shekesperiana, 

Aurora é a vitalidade de uma juventude indomável a fustigar todo o nosso sangue como se fosse o índio Cariri a se preparar para a guerra. 

Tal e qual a força descomunal do rio Salgado  na sua busca infinita de se encontrar com o mar; 

Rio selvagem que segue oprimindo sem nenhuma trégua todas as ribanceiras do seu caminho.

Aurora é a história viva de um povo forte e destemido que aprendeu superar-se a si mesmo, tanto  na desventura, quanto e na adversidade para jamais se deixar ser escravo de ninguém.
 
Aurora é o gracioso sorriso de um futuro alvissareiro, como crianças de braços abertos ansiando abraçar  todos aqueles que lhe adoram e amam de verdade. A hospitalidade, a bravura e a solidariedade do homem sertanejo  encarnada no bondoso ofício e na presteza de sempre ser útil. 

Aurora é também mulher, por isso a beleza, a delicadeza, a inteligência e a sedução com que se impõe diante da contemporaneidade de tudo o mais que lhe cerca e lhe adorna fazendo-a muito mais bonita, bondosa e cativante.

Aurora é a mais pura expressão jubilosa do mais absoluto contentamento juvenil e centenário.  Além da sensação glamorosa de harmonia e paz entre  os seus filhos e entusiastas do cosmopolitismo mundano.

É esta saudade ressabiada e distante, gritando forte dentro da gente que nunca se cala nem se acalenta. Literalmente a emoldurar todo o nosso ser, tão somente por não nos permitir conhecer tempo ou distância que nos faça sofrer.

Aurora é esse sentir indescritível de grandeza cívica e interior com que sempre encaramos genuflexos , a figura altiva do Sr. Menino Deus.

É ainda, por assim dizer, a certeza infinita de que todos os caminhos inapelavelmente nos levarão a ela. A esperança em pessoa, a nos emprestar sempre que necessitamos, a utopia e o sonho de viver feliz. 

É o sonho possível de felicidade como salvaguarda para a nossa luta infinda e  cotidiana.

Por fim, Aurora é um estado de espírito... 
Sem ela o mundo não teria o menor sentido.
Ser aurorense, portanto, não tem preço.
Tudo o mais em Aurora fala por si mesmo.
Todo o resto é pura saudade ou solidão.
...........................

Por José Cícero
Secretário de Cultura
Aurora - CE.

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Enviado pelo Secretário de Aurora José Cícero

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