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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Enquanto não vem cangaço - As serras do Rio Grande do Norte

Serra do Lima - Patu - Rio Grande do Norte

Serra Caiada - Rio Grande do Norte

Serrra barriguda - situa-se no município de Alexandria - Rio Grande do Norte

 
Serra de Patu (RN/Brasil). by Estella Dantas
panoramio.com

Serra do Lima no Município de Patu, no Estado do
Rio Grande do Norte.

Hoje na História - 23 de Novembro de 2011

Por: Geraldo Maia do Nascimento
Em 23 de novembro de 1935 dava-se o levante comunista em Natal por parte de soldados do 29º Batalhão do Exército, com ataque ao Quartel da Polícia Militar do Estado, resultando a morte do soldado Luiz Gonzaga, da Força Política do R. G. Norte.
Geraldo Maia do Nascimento
 
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A ÚLTIMA GUERRA QUE O BRASIL PARTICIPOU FOI A MAIS DE 70 ANOS. MAS OS BRASILEIROS TEMEM A AGRESSÃO DE UMA POTÊNCIA ESTRANGEIRA


A primeira edição sobre Defesa Nacional do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) foi divulgada nesta quinta-feira, 15, durante coletiva pública na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília. O SIPS ouviu 3.796 pessoas, em 212 municípios brasileiros, sobre quatro temas: percepção de ameaças; percepção sobre a Defesa Nacional e as Forças Armadas; poder militar do Brasil e inserção internacional; e Forças Armadas e Sociedade.
O mais importante caça da Força Aérea Brasileira (FAB) é o Mirage 2000. Mas já se encontra obsoleto, é de 2ª mão, são poucas aeronaves na FAB e a sua hora de voo é bastante elevada em termos de valores. Foto - Rostand  Medeiros
A margem de erro é de 5%, informou o Ipea, instituto vinculado à Presidência da República.
Os dados compilados nesta primeira parte da pesquisa são relativos à percepção sobre ameaças e revelam, entre outros pontos, quais são as principais ameaças identificadas pela população brasileira (crime organizado, guerra, terrorismo, etc.) e a opinião da sociedade sobre a possibilidade de agressão militar estrangeira por interesses na Amazônia e no Pré-Sal.
Outro importante caça da FAB é o F-5, fabricado nos Estados Unidos. Apesar deste tipo de aeronave ter sido modernizado, apesar da FAB possuir uma certa quantitade, o seu projeto é da década de 1960 e os primeiros que chegaram ao Brasil foi em 1973. Em outras forças aéreas ele é utilizado na segunda linha de combate - Foto - Rostand Medeiros
Guerra e crime organizado
De acordo com o estudo, a maior ameaça percebida pelos entrevistados é o crime organizado, apontado por 54,2%. Chama a atenção, no entanto, o número de brasileiros que avaliam como possível uma guerra com potência estrangeira ou país vizinho, com percentuais de 34,7% e 33%, respectivamente. Desastres ambientais e climáticos foram indicados por 38,6%, enquanto terrorismo e epidemias são temidos por cerca de 30% da amostra.
“A natureza das ameaças elencadas na pesquisa são distintas, mas a ideia era colocar o maior número possível entre aquelas que pudessem atentar contra a integridade das pessoas”, afirmou Edison Benedito da Silva, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea.
“Achamos que o número de apontamentos sobre conflitos com outros países seria menor. Foi surpreendente essa percepção da população, pois o último conflito em que o Brasil se envolveu foi a Segunda Guerra Mundial e a última guerra com ampla mobilização de recursos foi contra o Paraguai, há mais de 140 anos”, analisou Rodrigo Fracalossi de Moraes, também técnico do Instituto.
O último conflito na qual o Brasil esteve envolvido foi na Segunda Guerra Mundial. Na foto a atriz Carmem Miranda incentiva a defesa nacional.
Para a chefe da assessoria técnica da presidência do Ipea, Luciana Acioly, as pessoas tem percebido a maior importância do Brasil no cenário internacional.
“Esse protagonismo brasileiro, essa importância que o Brasil está ganhando no mundo leva a população a perceber quais as encruzilhadas em que nos encontramos”, afirmou.
A pesquisa mostrou também que 34% dos entrevistados temem que o Brasil entre em guerra com outro país. Quando indagado sobre os países que representam ameaça, a maioria (37%) citou os Estados Unidos. O país, porém, foi também o mais citado (32%) como possível aliado.
Hidroavião de patrulha modelo Martin PBM-3 Mariner, da Marinha dos Estados Unidos, protegendo o litoral carioca durante a Segunda Guerra Mundial . Afinal os americanos são nossos aliados ou cobiçam o que temos?
“As pessoas ainda se veem ameaçadas com pais que tem capacidade militar sem paralelo. Ao mesmo tempo, as empresas americanas exportam, investem e a possibilidade de parceria é muito elevada. Essa ambiguidade decorre da variedade e da versatilidade do poder dos EUA”, disse o técnico de pesquisa e planejamento, Rodrigo Fracalossi.
Além do temor de guerra, os entrevistados responderam que têm medo do crime organizado (54%), como tráfico de drogas e armas, de desastres ambientais ou climáticos (38%), de epidemias (30%) e terrorismo (29%).
Amazônia e Pré-Sal
De acordo com Fracalossi, outra revelação importante do SIPS é a noção disseminada entre os entrevistados de que é real o risco de alguma agressão estrangeira nas próximas duas décadas, provocada por interesses em áreas estratégicas como a Amazônia e o Pré-Sal. 50,2% acreditam muito ou totalmente em uma ameaça estrangeira à Amazônia. Em relação ao Pré-Sal, 45,5% acreditam muito ou totalmente e 17,6% razoavelmente.
Fragata da classe Niterói da Marinha do Brasil. Apesar de modernizadas, estas naves não seriam páreo em um conflito contra uma força naval de uma grande potência. Além do mais a frota de guerra brasileira se concentra basicamente no Rio de Janeiro e bastaria uma boa esquadrilha de bombardeiros para deixar nossas águas territoriais desprotegidas.
“Estas duas regiões são apontadas como estratégicas em todos os documentos de defesa brasileiros e essa percepção está presente entre a população brasileira, mesmo que não seja algo do seu cotidiano”, afirmou Edison Benedito.
Outros pontos analisados pela pesquisa foram a avaliação da população brasileira sobre a atuação de ONGs estrangeiras na Amazônia e a análise do impacto, para o Brasil, de conflitos no entorno sul-americano. A grande maioria (61,1%) vê positivamente o trabalho das ONGs. Em relação aos conflitos na América do Sul (confrontos com guerrilhas na Colômbia, Paraguai e Peru; tensões sociais na Bolívia; entre outros), 63,3% entendem que eles impactam o Brasil.
Os pesquisadores destacaram também o fato de que na região Norte o percentual dos que temem “muito” os conflitos na Amazônia é de 66%.
Apesar da disciplina e capacidade de luta do militar brasileiro no cenário amazônico, a verdade é que quem quiser vai entrar nesta vastidão verde, pois nossas fronteiras não são totalmente protegidas devido ao sucateamento das nossas forças armadas.
“O percentual dos que estão na Amazônia, na região Norte, é muito alto. Ainda que isso [conflitos militares] não esteja no cotidiano, há uma mensagem clara de que essa preocupação já existe e fica maior ainda para o futuro”, disse o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Edison Benedito.
Para a chefe da assessoria técnica da presidência do Ipea, Luciana Acioly, os números mostram que a população está mais atenta a temas ligados ás riquezas do país, especialmente por causa da discussão sobre a divisão das receitas do petróleos, os royalties, que acontece no Congresso.
Junto aos jornalistas durante os exercícios militares da CRUZEX - Foto - Leonardo Dantas
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Extraído do blog: "Tok de História" do historiógrafo Rostand Medeiros

AOS VERDADEIROS VAQUEIROS DA HISTÓRIA

Luis Pedro em Debate no Cariri Cangaço

Por: Alcino Alves Costa
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O cangaceiro Luís Pedro era pernambucano do Triunfo, precisamente do lugar denominado Retiro.  

Nenem, seu companheiro Luis Pedro e Maria Bonita

Este cangaceiro, ao lado de Ezequiel (Ponto Fino); Virgínio (Moderno); Mariano e Mergulhão estavam com o grande chefe Lampião no instante da célebre travessia pelas águas do Velho Chico, naquele dia 21 de agosto de 1928.  Oportunidade em que deixando a sua terra natal se destinava as brenhas do vasto Raso da Catarina, na aridez das terras baianas. 
A historiografia do cangaço jamais colocou Luís Pedro no lugar de destaque que ele fez por merecer durante toda a sua trajetória no cangaço. 
Homem leal e grato a Lampião o acompanhou até os instantes finais da Grota de Angico. A sua gratidão deveu-se, segundo registros amplamente divulgados em vários livros dos mais diferentes e acreditados autores, ao perdão que recebeu de Lampião por ocasião de um trágico acidente. Aquele em que a sua arma disparou e atingiu gravemente o coração de Antônio Ferreira, um dos manos de Lampião que teve morte instantânea. Funesto acontecimento que se deu nas terras da fazenda Poço do Ferro, do coronel Ângelo da Jia.
Eis que, após tantos anos de sua morte na Grota de Angico, o nome Luís Pedro alcança uma incomum notoriedade em todo Brasil. Tudo por causa do juiz aposentado, Pedro Moraes. Este antigo magistrado, em um instante de pura infelicidade, se decidiu por atacar Lampião e Maria Bonita. Em suas descabidas afirmações disse ser o rei dos cangaceiros homossexual e sua Santinha adúltera, conforme entrevista ao jornal CINFORM de Aracaju, colocando o cangaceiro do Retiro como o principal parceiro, o parceiro ativo daquele triângulo amoroso.
 Aderbal Nogueira, Leandro Fernandes, Antônio Amaury, Paulo Britto e Alcino Costa em noite de Cariri Cangaç
E assim, Luís Pedro foi atacado em sua honra masculina. Acusado injustamente de ser também homossexual, uma vez que no dicionário está explícito “Homossexual – diz-se do indivíduo que pratica o ato sexual com pessoa do mesmo sexo”. Mesmo formando o triângulo amoroso com Lampião e Maria Bonita e sendo o ativo Luís Pedro, segundo a afirmativa horrorosa e sem nenhum sentido do juiz de Sergipe, era também homossexual. Mas, meus queridos vaqueiros da história, além da distorção que estão fazendo com Lampião, nós que vivemos a rastejar a história cangaceira;
nós, os que lutamos para pelos menos nos aproximar da verdade da história, temos que tentar extinguir de nosso meio e da própria história essas verdadeiras anomalias. 
Não é só e apenas do cangaço e de Lampião, mas de nosso sertão, de nosso povo. Portanto, não podemos aceitar as loucuras que estão sendo colocadas em livros, mentiras que se tornam verdades, e o que é lamentável, muitos acreditam.
Mesmo sendo um cangaceiro, Luís Pedro era um homem de bem. Carregava em seu sentimento caboclo a chama da honestidade, da lealdade e da gratidão. Talvez os que querem desmoralizar a sua conduta e o seu proceder não saibam que  ele tinha uma companheira; cabocla sertaneja, apelidada carinhosamente de Neném, a Neném de Luís Pedro, nascida no Raso da Catarina, no mesmo lugar de nascimento de Lídia de Zé Baiano e Naninha de Gavião, o Salgadinho, portanto na mesma região de Maria Bonita. Eu fico a me perguntar? 
Como seria possível, naqueles tempos de tantos tabus, um homem viver afundado em um triângulo amoroso, e sua esposa, ou se quiserem companheira, não perceber nada, e ainda todos os cangaceiros e cangaceiras que sobreviveram a Angico, jamais em tempo algum,
comentaram esse fato?
Acho até que poderíamos discutir as muitas versões duvidosas que cercam o cangaço, como por exemplo, o chamamento de Maria Bonita no instante do tiroteio. Existe a versão que ela gritou para Luís Pedro voltar e cumprir a palavra empenhada a Lampião que no local onde ele morresse o mesmo também morreria. É evidente que isto não aconteceu. Mas pode ser discutido. A outra versão dando conta que Luís Pedro estava retornando para se apossar do dinheiro e bens que estavam com Lampião, não passa de um delírio de alguns historiadores. Não aconteceu nada disso. Não aconteceu porque é inteiramente impossível Maria ser baleada com dois tiros e ainda “se lembrar” e ter tempo de gritar por Luís Pedro para ele vir morrer junto com Lampião.  
Alcino Alves Costa e caravana Cariri Cangaço-GECC em visita a Casa de Maria Bonita 
A segunda versão também é fantasiosa porque jamais Luís Pedro, ou cangaceiro algum, debaixo de uma chuva de balas, com o seu  notável chefe já morto, “se lembrar” de retornar para aquele inferno atrás de dinheiro ou qualquer outra coisa. A verdade, pura e cristalina, é que Luís Pedro foi um cangaceiro notável. Um dos maiores da história do cangaço. Além disso, um homem íntegro que teve a infelicidade de pertencer a uma época que o fenômeno cangaço dominava o nordeste e em especial os sertões de Pernambuco. 
O que os estudiosos deviam fazer era pesquisar com cuidado e perseverança o viver desse cangaceiro. Valente sertanejo que mesmo após tantos anos de sua morte a sua conduta é aviltada por uma versão desastrada que está maculando o seu nome. Espalhar pelo Brasil a fora ser ele um homossexual ativo, sendo aquele que satisfazia os desejos sexuais de Lampião e Maria Bonita, formando um triângulo amoroso que enfeitava as caatingas sertanejas, é aberração monstruosa. Injusta afirmativa que, não tenho dúvidas, deixa os verdadeiros vaqueiros da história tristes e desiludidos. Vamos lutar com todas as nossas forças contra tantas medonhas atitudes daqueles que não carregam em seus sentimentos o mais simples amor e consideração pela nossa história; a história de nosso povo.
Meus companheiros e confrades! Vamos aprofundarmos ainda mais sobre a história desse grande cangaceiro. Saudações cangaceiras.

Alcino Alves Costa
O Decano, Caipira de Poço Redondo



Extraído do blog: Cariri Cangaço

MENSAGEM AOS AMIGOS DE VERDADE:

Minha foto


Mensagem do nosso amigo
Antonio dos Santos de Oliveira Lima,
Dr. Lima, da cidade de Cruz, no
Estado do Ceará.
Assunto:
Renovação de contrato - 2011/2012
Junto, envio a renovação do nosso contrato. Se estiver de acordo, assine e devolva a cópia.
Contrato de 2012 
Depois de uma séria e cautelosa consideração, quero notificar-te que o nosso
"Contrato de amizade"
foi renovado para 2012.
Nunca desvalorize ninguém; guarde cada pessoa perto do seu coração porque um dia você pode acordar e perceber que perdeu um diamante enquanto estava muito ocupado colecionando pedras. 
Recados para orkut de Abraçando
Clique na imagem

Mande este abraço para todos os que não quer perder em 2012.
(incluindo a mim se achar bem).
Tente conseguir 12. Não é fácil.

A REVOLTA DOS ALFAIATES E OS LIVROS DE CIPRIANO BARATA

Não sei hoje, mas na escola me ensinaram que o nosso país sempre foi considerado  uma nação de “paz”, um país “tranquilo”, onde nunca ocorreu uma “grande e sangrenta revolução” e que aqui somos rotulados como um povo “pacífico”.
Pura balela!
Neste nosso vasto país continental, ao longo de sua jovem história, o que não faltaram foram revoltas, insurreições, revoluções, guerras e toda sorte de confusão.
Destas muitas revoltas ocorridas em nossa existência, um dos fatos menos lembrados é a chamada Revolta dos Alfaiates, ou dos Búzios, ou ainda Inconfidência Baiana.
Este movimento estourou no dia 12 de agosto de 1798, na Bahia e apesar do nome como ficou conhecido, entre seus membros havia sapateiros, alfaiates, bordadores, escravos, além de advogados, médicos e padres.
Esta ação recebeu forte influência de outros movimentos como a Revolução Francesa e a luta pela independência dos Estados Unidos, cujos ideais eram propagados principalmente pelos membros das Lojas Maçônicas da Bahia. Igualmente fatores econômicos, o aumento de impostos e a carestia também ajudaram a propagar esta revolta.
Não se pode esquecer que em 1763 houve a mudança da capital do país do para o Rio de Janeiro, que até então era Salvador que detinha esta privilegiada condição.
A capital baiana sofreu com a perda de recursos e de importância política e as condições de vida da população local vieram a piorar sensivelmente.
Em 12 de agosto de 1798, panfletos feitos por Luis Gonzaga das Virgens, um soldado do 1º Regimento de Granadeiros, chamados pelas autoridades de “Boletins Sediciosos”, propagavam pelas ruas da capital baiana ideias como a independência da Província da Bahia de Portugal, a criação de um governo republicano, comércio com nações estrangeiras através da abertura dos portos, aumento de salários dos militares de baixa patente, libertação dos escravos e outras ideias. Os panfletos convocando a população a se posicionar contra o domínio de Portugal foram fixados nas paredes e distribuídos pelas ruas da cidade.
Tal como na Inconfidência Mineira, em 1789, os membros mais intelectualizados e abastados eram entusiasmados nos discursos das reuniões as portas fechadas. Mas segundo alguns autores, estes foram incapazes de organizar o movimento de forma objetiva, ficando em intermináveis planejamentos e análises.
Para estes estudiosos, os negros foram os mais ativos e acabaram tomando a coordenação da Revolta. A possibilidade de abolição da escravidão trouxe muitos cativos a lutar pela sua liberdade.
Os panfletos de Luiz Gonzaga chegaram até o então governador da Bahia, que ordenou ao comandante do corpo policial que prendesse os envolvidos. Como é totalmente normal no Brasil, os membros mais populares do movimento foram presos, sofreram terríveis torturas e quatro deles, o soldado Jose das Virgens entre eles, acabaram mortos em praça pública e esquartejados.
Para marcar na mente dos baianos a repressão ao movimento, os portugueses deixaram expostos os pedaços dos revoltosos em vários logradouros de Salvador.
Já sobre os envolvidos o movimento que eram mais abonados, bem, estes foram condenados a penas mais leves ou tiveram suas acusações retiradas.
Cipriano Barata
Um dos envolvidos no movimento que possuía uma formação superior foi o baiano Cipriano José Barata de Almeida. Este já foi apresentado no nosso “Tok de História”, em no nosso primeiro artigo (http://tokdehistoria.wordpress.com/2010/12/28/a-vida-do-doutor-barata-em-natal/).
Cipriano Barata era uma figura verdadeiramente exótica e de um nativismo exaltado. Nasceu no seio de uma família abastada e formou-se em medicina na Universidade de Coimbra, sendo conhecido na Bahia como “médico dos pobres”. Pela ação prestativa de Cipriano de atender as doenças da população mais necessitada de Salvador e não cobrar nada por este serviço, lhe é creditado a grande adesão de negros a este movimento revolucionário.
Homem de ideias liberais e republicanas, influenciado pela Revolução Francesa, irrequieto e combativo, coube a ele no movimento baiano a divulgação entre os mais pobres das ideias de libertação dos opressores portugueses, com a intenção de se criar uma república sem discriminação racial e sem escravidão.
Mas com a descoberta da Revolta dos Alfaiates, Cipriano Barata foi um dos presos.
Devassa na casa de Cipriano Barata - Fonte - Biblioteca Nacional - RJ
No processo existente na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro, sabemos que em 22 de setembro de 1798, quase dois meses após a deflagração do movimento, Cipriano se encontrava detido na cadeia da Relação. Uma velha prisão no centro de Salvador, fundada em 1660 e que funcionava no subsolo da Câmara Municipal.
Neste mesmo dia 22 de setembro, por ordem do Desembargador Francisco Sabino da Costa Pinto, foi realizado um “Auto de Sequestro” de 74 livros encontrados na casa de Cipriano pelo capitão Joaquim José de Sousa Portugal.
Livo de La Faye
Foram encontramos livros técnicos, como “Princípios da cirurgia”, do francês Jorge de La Faye, que foi publicado em língua portuguesa em 1787. Uma outra obra era, “A arte de se tratar a si mesmo nas enfermidades venéreas, e de se curar de seus diferentes sintomas”, do médico francês Edme-Claude Bourru (1741-1823), doutor regente da Faculdade de Medicina da Universidade de Paris e que foi publicado em Portugal no ano de 1777.
Encabeçando a lista estava “História das revoluções da República Romana”, em dois volumes e escrito pelo historiador e abade francês René-Aubert Vertot (1655-1735). O autor desta obra escreveu também “História da conspiração em Portugal” e “História das revoluções na Suécia”, o que certamente deve ter deixado o Desembargador Francisco Sabino de orelha em pé. Os autos apontam que este livro poderia ter até sido um dos últimos a terem sido encontrados na casa de Cipriano, mas pelo sugestivo título mereceu estar no topo da lista e assim ser útil para incriminar ainda mais Barata na revolta.
Entretanto este é o único livro apresentado no documento que poderia ser enquadrado diretamente, sob uma determinada ótica, como “subversivo”.
Além do livro de Vertot, o que a devassa nos livros do revolucionário Cipriano Barata mostra que ele tinha um gosto bem eclético em relação à leitura.
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Extraído do blog "Tok de História"
do historiógrafo Rostand Medeiros

MANOEL BENÍCIO - Um destemido volante da Paraíba

Por: Narciso Dias*

Manoel Benício da Silva, nascido em 17 de novembro de 1884 na cidade de Santa Luzia do Sabugi na Paraíba, Tenente-Coronel da reserva (falecido). Ingressou na Polícia Militar da Paraíba, logo como Aspensada em 1908 (antigo posto entre o soldado e o Cabo), o presidente do estado era o Dr. João Machado. Foi Delegado em quase todas as cidades do interior do Estado e desde o posto de Sargento comandou o banditismo no sertão do Estado. Sempre falou com euforia de suas constantes lutas contra os cangaceiros, que infestavam a Paraíba e o Nordeste na época de sua mocidade, e cada episódio é um motivo de glória pela sua tenacidade e coragem; porém não se sentiu realizado, apenas por não ter completado o rosário de 100 orelhas de bandoleiros.
Com Lampião teve dezoito combates e em um deles chegou a brigar duas vezes no mesmo dia, foi na cidade de Princesa Isabel-PB, onde o Rei do cangaço perdeu dois de seus cabras: Jararaca e Coruja, sendo que esse Jararaca foi o primeiro integrante do bando e não o José Leite de Santana que morreu em Mossoró-RN.
O Tenente-Coronel Manoel Benício alcançou quase todos os degraus hierárquicos da Polícia Militar sem possuir nenhum curso de especialização exigido para o oficialato de hoje; subia de posto pela sua inédita coragem pessoal. Em 1912 o então Sargento Benício à frente de 22 comandados encontrou um grupo de cangaceiros do Dr. Augusto Santa Cruz no município de São João do Cariri-PB, tal fato se deu por ele ter perdido a trilha no meio do mato. Usando de sua astúcia ao encontrar os cangaceiros foi logo dizendo: “Somos seus companheiros é que perdemos a trilha!”
Enquanto isso o Cabo Damião avançava com onze homens fingindo ser do mesmo bando, em meio a conversa apareceu um negro forte que desconfiou da atitude do Sargento, gritou: - São “macacos” e não amigos, ameaçando-o com um fuzil, então fez com que Benício tomasse uma atitude decisiva quando falou com serenidade, porém pronto para tudo: - Sou o Sargento Benício, da força do tenente Raimundo Rangel. E juntando a ação à palavra fulminou com um tiro o atrevido cangaceiro dando início a um intenso tiroteio, conseguindo sair ileso devido à debandada dos cangaceiros.

Manoel Benício quando já estava com idade avançada e sofrendo a sexta intervenção cirúrgica mantendo o bom humor disse ao médico que o assistia: “Pode cortar doutor, pois todo tipo de operação eu já fiz sem nunca ter sido médico”.  
Fonte: “CANGACEIRISMO DO NORDESTE” de Antonio Barroso Pontes
*Sargento da Polícia Militar da Paraíba e Conselheiro do Cariri Cangaço.

Extraído do blog: "Lampião Aceso"

Roubo de santa e sumiço do cajado de Padre Cícero deixam fieis indignados no interior de AL

Por: Alfredo Bonessi

Sumiço do cajado de Padre Cícero causou indignação em União dos Palmares

A população de União dos Palmares está indignada com os recentes ataques feitos a imagens sacras da cidade. Há cerca de um mês, a 
imagem da Virgem dos Pobres que ficava no lado externo da capela de Nossa Senhora de Fátima foi roubada. No último sábado (10), o alvo foi a imagem de Padre Cícero, que fica na praça central do município e que leva o nome do religioso nordestino. Levaram o cajado do santo.
A praça foi inaugurada em outubro, mas não há policiamento no loca segundo os moradores. “A praça ficou bonita depois da reforma, mas ainda continua sem segurança. Aqui nem tem vigilante, o povo faz o que quer”, disse uma moradora, que não quis se identificar.
Em União dos Palmares, o ataque a imagens sacras vem se tornado rotina nos últimos tempos. Os casos mais emblemáticos, além dos dois recentes, segundo relatos dos moradores, foi o roubo da imagem de
São Sebastião do altar da igreja que tem o nome do santo e a invasão e a destruição da estátua de
Frei Damião, outro mito do Nordeste, por um homem embriagado, que invadiu a praça e quebrou a imagem a pontapés e pedradas.

Enviado pelo Capitão Alfredo Bonessi

Relíquia do cangaço, óculos de Lampião são furtados de museu no sertão de Pernambuco

Carlos Madeiro
Do UOL Notícias, em Maceió


Óculos de Lampião eram em ouro 16 quilates e tinham selo de autenticidade
Uma das maiores relíquias da história do cangaço foi roubada do museu da Casa de Cultura de Serra Talhada, cidade no sertão de Pernambuco localizada a 414 km do Recife. Os óculos usados por Virgulino Ferreira da Silva, o "Lampião", foram levados no último domingo (11), durante horário de visitação do museu na cidade-natal do cangaceiro.
Segundo a direção da Fundação Casa da Cultura, os óculos foram levados no horário entre 18h e 22h, quando o museu estava aberto ao público. Os óculos do maior cangaceiro da história --e que viveu no início do século passado aterrorizando as cidades do Nordeste-- eram em ouro 16 quilates e tinham selo de autenticidade.
"Essa peça tem uma importância histórica inestimável. Esses óculos estavam em nosso poder havia 15 anos e foi doado por um filho de um coiteiro [pessoa que acobertava e dava abrigo] de Lampião. Essa é a única peça comprovadamente autêntica que tínhamos, que passou por uma análise e ficou provado ser realmente de Lampião. Foi uma grande perda, mas que ainda esperamos reencontrar", afirmou o presidente da Fundação Casa da Cultura de Serra Talhada, Tarcisio Rodrigues.
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Para se ter ideia do valor histórico, Rodrigues conta que os óculos foram tema de um documentário do canal de televisão "History Channel", quando foi comprovada a origem do acervo. "E a pessoa que roubou sabia do que se tratava, já que dois óculos estavam no local, e ele retirou apenas o comprovadamente autêntico. Nós temos outro que relatam ser de Lampião, mas que não temos comprovação. Desconfiamos que essa pessoa ou era colecionador ou iria vender a um colecionador, pois não há muito valor comercial nos óculos", disse.
Para tentar resgatar os óculos, a Casa de Cultura emitiu comunicado para instituições museológicas e meios de comunicação. Em nota pública, a fundação de Serra Talhada diz que "lamenta profundamente tal perda, e se desculpa perante toda sociedade por não ter conseguido guardar devidamente este patrimônio público, prometendo que providências serão tomadas e que todos os cuidados serão redobrados."
Segundo Rodrigues, o museu não possui câmeras de segurança, o que deve dificultar a identificação do ladrão. "Nós temos um orçamento apertado. Já tínhamos um projeto pronto para instalação dessas câmeras. Agora esse sistema de segurança tem que sair de todo jeito, não dá mais para esperar", informou.
O caso foi registrado na delegacia de Serra Talhada,  que abriu inquérito para investigar o roubo. Policiais já realizaram a perícia técnica no local, e o delegado está ouvindo funcionários da Fundação em busca de pistas do autor do furto. O livro de visitações também já está com os investigadores. Por enquanto, a delegacia ainda não tem suspeitos do crime.

Enviado pelo Capitão Alfredo Bonessi

Feliz Natal - Feliz 2012

Mensagem do Capitão Alfredo Bonessi
O Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará lhe deseja um
Feliz Natal e um Feliz Ano  Novo extensivo aos digníssimos Familiares. 
Cordialmente
Alfredo Bonessi e demais membros

Enviado pelo Capitão Alfredo Bonessi


http://blogdomendesemendes.blogspot.com/

FELIZ_NATAL

Mensagem do Capitão Alfredo Bonessi


FELIZ NATAL - Feliz Ano Novo
-retornaremos em 20 de janeiro de 2012, se Deus quiser.
Saúde e Tudo de bom
abraço
Bonessi
Enviado pelo Capitão Alfredo Bonessi