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quarta-feira, 26 de junho de 2024

AMIGO CELESTE

 Por José Mendes Pereira

Foto do Relembrando Mossoró

Uma figura importante que foi em Mossoró, Francisco Celeste Guimarães. Um grande e respeitado sindicalista. Por alguns anos, foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Mossoró. Um homem que tinha consideração aos seus amigos. 

Por duas vezes, ele e eu, fomos ao sítio São francisco que pertence ao meu pai Pedro Nél Pereira, na intenção de rever seu velho amigo Nilton Mendes (meu irmão), que por alguns anos, haviam trabalhados juntos, na mesma empresa. 

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MAIS UM...

 Por Robério Santos 


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LIVRO

   


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:

franpelima@bol.com.br

Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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*CELEBRANDO A CULTURA VIVA DO SERTÃO*

 


Serra Talhada celebra o aniversário de nascimento de LAMPIÃO reunindo diversas linguagens artísticas.

*TRIBUTO A VIRGOLINO - A CELEBRAÇÃO DO CANGAÇO* 2024

PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

https://museudocangaco.com.br/2024/06/24/programacao-tributo-a-virgolino-2024/?fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTEAAR1OFN3FMP1vhhG4Sws2_phjJYAYo490dvgERsF47fmA5vVV2gMWzxW51zU_aem_Zj3QslzybBuAGCfNUGDFpQ

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O PRIMEIRO ASSALTO DE LAMPIÃO: O ASSALTO À BARONESA DE ÁGUA BRANCA EM 1922.

Água Branca é uma pequena localidade do Estado de Alagoas, situada perto do rio Moxotó. A principal moradora do município, no ano de 1922, era a Dona Joana Vieira Sandes de Siqueira Torres, a Baronesa de Água Branca. Virgulino Lampião há tempos vivia pedindo dinheiro à Baronesa, e esta de pronto respondia: "Tenho vinte contos, mas é para comprar de munição para o couro dele!".

Diante da negativa da Baronesa, Lampião planejou um assalto à cidade de Água Branca. Claro, ele esperou um ano depois da resposta da Baronesa, pois ela havia enchido as ruas de policiais, temendo alguma ação do cangaceiro. Desfeita a tensão, Virgulino enviou um espião à feira de Água Branca, a fim de verificar as forças policiais. Enquanto isso, Lampião esperava as notícias em Bom Conselho de Papacaça. Depois de ficar informado sobre a situação de Água Branca, Lampião rumou em direção ao município. Foram quatro noites de viagem, sendo que os dias serviam para o descanso de Lampião. Na tarde do dia 27 de junho de 1922, o cangaceiro tomou um sítio não muito longe de Água Branca e obrigou o dono a fazer compras na cidade.

Deu-lhe dinheiro e uma lista, que continha cigarros, fósforos, esteiras de pipiri, duas redes brancas e uma lata de tinta vermelha. Para ter certeza que o dono do sítio ficasse em silêncio, Lampião manteve a família dele como refém. Caso abrisse o bico, Lampião prometeu judiar e até mesmo matar todos os familiares.

Lampião dividiu seu bando estrategicamente. Quatro duplas se formaram para fazer o bloqueio das entradas da cidade e ali ficarem até o término do assalto. Os outros dez cangaceiros encheram as duas redes compradas no comércio com armas e munições.

A lata de tinta vermelha serviu para pintar as redes, dando assim a impressão de sangue de morto. Ao amanhecer do dia 28, os dez cangaceiros entraram em Água Branca, carregando as redes com os dois 'defuntos'. Estacionaram em frente ao quartel da cidade e avisaram ao soldado de vigia: "isto foi dois que nós achou morto e truxemo para fazer o corpo delito".

O vigia os convidou para entrar e esperar, enquanto ele iria acordar um outro soldado numa casa vizinha. Quando o vigia saiu atrás de ajuda, os cangaceiros trataram de pegar as armas escondidas dentro das redes e esperam a volta para dar o bote.

Quando os guardas voltaram, Lampião mostrou as armas e disse: "o defunto é esse, visse?". Lampião soltou vinte presos e no lugar deles prendeu todos os guardas. Obrigou ainda ao corneteiro dar toque de reunir. Ao todo, Lampião enjaulou mais de trinta soldados e roubou todas as armas e munições, que logo foram distribuídas entre os ex-prisioneiros.

Agora Lampião contava com trinta homens armados prontos para o assalto. Os cangaceiros tomaram as ruas e acordaram os moradores com tiros. As casas e as lojas dos mais ricos foram sendo saqueadas uma por uma. A Baronesa foi a que sofreu o maior prejuízo: trinta contos de réis em dinheiro, ouro, jóias, roupas e vinte e cinco cabras leiteiras. Após o saque, a Baronesa ainda seria humilhada a passear de braço dado com Lampião pelo meio das ruas da cidade. Água Branca foi a primeira vez em que os cangaceiros, vibrantes e entusiasmados pela vitória, cantaram o hino de guerra "Mulher Rendeira", um xaxado ritmado pela batida forte dos rifles batendo no chão: "Olê mulé rendeira/ olê mulé rendá/ tu me ensina a fazer renda/ que eu te ensino a namorar".

#Lampião #OCangaçonaLiteratura #Sergipe

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

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MARIA DOS ANJOS

 Por José Mendes Pereira

www.essaseoutras.xpg.com.br

Maria dos Anjos, uma mocinha com pouco mais de 16 anos. Moreno claro, de olhos negros, cabelos longos e pretos. Era uma verdadeira "Iracema". Ninguém resistia ao seu olhar atraente, já imaginava coisas... Além do mais, tinha umas lindas coxas. Coisa de menina bonita. Nem parecia ser filha de um homem feioso, magro, cabeça de coco, poucos dentes naturais, e alguns havia adquirido no protético prático do bairro.  Totalmente desajeitado, como era o seu pai, o Elesbão. 

https://br.pinterest.com/pin/388013324151918479/

Certo dia, chegou do Rio de Janeiro um militar, o João Prado, todo enfiado num uniforme do exército brasileiro. Era cearense da gema, mas desde menino que veio para Mossoró, em companhia dos pais. Aqui cresceu, e daqui foi servir o exército no Rio de Janeiro. Ao ver a linda mocinha, que não havia presenciado a rápida mudança em seu corpo, a desejou de corpo e alma.  

Os pais do João Prado eram  vizinhos dos pais da Maria dos Anjos,  mas as amizades entre eles eram restritas, apenas algumas vezes faziam reuniões nas calçadas.

Nesse dia, o João Prado chegou a prosear com dona Isabel, a mãe da Maria dos Anjos, sobre a  beleza da sua filha, chegando a  mandar-lhe um recado, que fosse se arrumando que iria levá-la para Copacabana.

https://www.omossoroense.com.br/alto-do-louvor-em-mossoro-para-uma-historiografia-da-zona-mossoroense/

Nos anos setenta, em Mossoró, existiam várias casas de prostituição no chamado "Alto do Louvor" como: Coimbra, Brasília, Pernambucana, Casablanca, Ideal, Las Vegas, Brahma, Arpege e Diacuí – todos nomes com  referências a lugares, filmes, bebidas, sinônimos, na época, de atualidade e sofisticação, e uma das boates  mais faladas em Mossoró, era Copacabana com o seu sofisticado aparato à clientela.

Alto do Louvor - https://www.omossoroense.com.br/alto-do-louvor-em-mossoro-para-uma-historiografia-da-zona-mossoroense/

Assim que dona Isabel chegou em casa, participou a Elesbão, a brincadeira que o João Prado dissera com sua filha, que fosse se arrumando, que iria levá-la para "Copacabana", e lá, ambos, iriam viver um belo romance. 

Elesbão ao ouvir a brincadeira do João Prado, contada pela sua esposa, a Isabel, não disse nada, ficou calado, apenas tentando engolir o ódio que atravessava em sua garganta, sobre o desrespeito do João Prado com a sua filha. Ficou a imaginar que aquele sujeito metido a galã, estava pensando que iria passar a perna sobre sua mocinha. Ele estava totalmente enganado. Sim Senhor! Aquela menina era criada com carinho, única e nada lhe faltava. Era pobre, mas filha de um senhor honrado e trabalhador.

http://www.diocesedemossoro.com/2013/06/paroquia-do-alto-da-conceicao-em-mossoro.html

Várias e várias  vezes saíra de casa ao clarear do dia para o seu sofrido emprego, lá na Avenida Alberto Maranhão, no Alto da Conceição, e se internar o dia inteiro na fábrica de óleo do Aderaldo, só para dar a sua filha o que ele não tivera quando em companhia do seu velho pai.

https://www.youtube.com/watch?v=b_4s8TbVS9o&ab_channel=Grjngo-FilmesdeFaroeste

Aquele sujeito só porque estava de uniforme do afamado exército brasileiro, agora se sentia como se fosse um galã de cinema, o Jiuliano Gemma, um dos melhores artistas de cinema em décadas passadas.

https://www.youtube.com/watch?v=XrmWLKmjZu4&ab_channel=Film%26Clips

Ou o velho Antonio Stefeni, com o seu maravilhoso filme "Um Homem Chamado Django", que fez bastante sucesso no passado do século XX, ou ainda um jovem querendo imitar o famoso Matt Damon, no seu romântico filme "Dio, Come Ti Amo". Mas ele  se enganara por completo. Sua amada filha tinha um pai para protegê-la.

https://www.youtube.com/watch?v=04LfNtVBbW0&ab_channel=Nativa

Ao anoitecer, Elesbão foi até à bodega do Valentim, também próxima ao Alto do Louvor; tomou umas quatro ou dez cachaças, não sei, e já meio tonto, foi em casa, pegou uma faca, mais uma ponta de mangueira grossa, enviou-as na cintura, e foi ao encontro do João Prado, que no momento, palestrava em uma das casas amigas.

Ao chegar, perguntou ao dono da casa, o Tiago das Oiticicas, como era chamado no bairro: 

- João Prado está aí, seu Tiago?

- Está - respondeu Tiago das Oiticicas.

- Chame ele por favor!

- João Prado, Elesbão quer falar com você! - Gritou seu Tiago lá pra dentro da casa.

E lá se veio inocentemente o João Prado.

- O que deseja, Seu Elesbão? 

- João Padro, eu vim aqui porque você mandou um recado pela Isabel, para minha filha Maria dos Anjos, que fosse se arrumando que iria levá-la para o Copacabana.  Como ela não pode vir, então eu vim para ir junto com você ao Copacabana.

https://autoajudaemfoco.com.br/namoro-e-casamento/correndo-atras

E sem mais pensar, tirou o pedaço de mangueira da cintura, mais a faca e enfiou-se atrás do João Prado, descendo a ladeira do Alto do Louvor. E tome mangueira, e tome peia, e tome peia. Na carreira, as passadas do João Prado atingiram dois metros de distância, igualando as do seu agressor. Mas à frente, depararam-se com um muro de dois metros. Mas o agredido não contou conversa, saltando-o de uma vez só.  Nem precisou colocar as mãos sobre ele para se apoiar e facilitar o impulso. Foi aí que Elesbão resolveu não arriscar pular o alto muro. 

Enquanto o Elesbão perseguia o João Prado, os amigos do Elesbão corriam atrás dele, para que não realizasse o assassinato. E gritavam assustadoramente:

- Não faça isso, Elesbão! Não faça isso..., pelo amor de Deus, homem de Deus!!!

Dias depois, o João Prado retornou às pressas para o Rio de Janeiro, e nunca mais botou os pés em Mossoró.

O Elesbão não sabia que o Copacabana que o João Prado se referia é uma praia no Rio de Janeiro. Ele pensava que o rapaz estava desconsiderando a sua filha, querendo levá-la para o meio da prostituição, no cassino de Mossoró, "Copacabana".  

Minhas simples histórias 

Se você não gostou da minha historinha, não diga a ninguém, deixa-me pegar mais outro. 

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