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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

AS CORES NA RAMPA E NA BASE DE PARNAMIRIM DURANTE A II GUERRA

Autor: Rostand Medeiros

A grande maioria dos potiguares e os entusiastas da história da aviação no Brasil sabem perfeitamente o significado de Rampa e da Base de Parnamirim.

Grupo de militares americanos bebendo no Grande Hotel, defronte a igreja de Bom Jesus, no bairro da Ribeira, em Natal. - Fonte - Coleção do autor

A Rampa foi uma base de hidroaviões localizada no estuário do Rio Potengi, em Natal. Construída antes da Segunda Guerra Mundial foi utilizada durante este conflito principalmente como uma unidade de apoio a hidroaviões da Marinha dos Estados Unidos (U.S. Navy).

Área onde se localizava a antiga base de hidroaviões conhecida como Rampa, no Rio Potengi. É possível ver um hidroavião PBY Catalina pousado e amarrado - Fonte - Coleção do autor.

Já a Base de Parnamirim, ou Parnamirim Field, assim como a Rampa, foi primeiramente um empreendimento civil, na forma de um campo de pouso desenvolvido por franceses na década de 1920, que foi crescendo conforme a importância estratégica de Natal crescia para a aviação civil a nível mundial.
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial o antigo campo foi ocupado por forças militares dos Estados Unidos, que ali desenvolveram uma das maiores bases aéreas de apoio ao esforço de guerra aliado em todo o conflito. Lá existiam unidades tanto da U.S. Navy, como da USAAF – United States Army Air Force, a força aérea do exército dos Estados Unidos.

Visita a Natal do então presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt - Fonte - Coleção do autor.

Para o povo da terra estes dois locais são simplesmente a “Rampa” e a “Base” e a história destes locais está intrinsicamente ligada ao desenvolvimento de Natal.
Bom, quem está acostumado a ler sobre a história destes locais em inúmeros livros, trabalhos acadêmicos e outros tipos de publicações, está basicamente acostumado a ver a sua iconografia histórica através de fotos em preto e branco.

Tripulantes de um avião da marinha americana,utilizado na caça e destruição de submarinos inimigos. Tinham como base Parnamirim Field - Fonte - Coleção do autor.

Isso não significa que no período da Segunda Guerra não foram realizadas fotos coloridas destas unidades militares, de Natal, ou de outros pontos do Brasil. Ou estas fotografias foram feitas em pequenas quantidades, ou não aparecem muito para o público.
Recentemente obtive aceso as fotografias da Library of Congress (Livraria do Congresso dos Estados Unidos) e descobri uma interessante coleção com mais de 1.600 imagens coloridas, em um período que compreende as décadas de 1930 e 1940, com muito material sobre a Segunda Guerra Mundial.
Ao observar as belas fotos, algumas com extrema nitidez, comecei a imaginar como nossos antepassados (no meu caso os meus avós maternos) viram ao vivo e a cores a movimentação militar aérea dos americanos em Natal e região. Daí eu me questionei quais daquelas fotos estaria mais próximo do que os natalenses da época tiveram oportunidade de ver?
Comecei então a classificar as imagens e trouxe para vocês um pouco do que seriam estes visuais.
Junto às fotos coloridas originais da época da Segunda Guerra Mundial, trago algumas fotografias atuais de aviões históricos que foram preservados, onde muitos dos exemplares apresentados estiveram na nossa região naquele período.


Vamos começar com fotos que mostram atividades similares as que ocorriam na base de hidroaviões da Rampa, no Rio Potengi.
A foto acima mostra o característico formato do hidroavião, ou “Aerobote”, PBY Catalina. Utilizado em missões de busca e destruição de submarinos, resgate de náufragos, esta aeronave se tornou um ícone da aviação mundial e foi utilizado pela FAB – Força Aérea Brasileira. Os primeiros Catalinas que chegaram a Natal pertenciam a esquadrilha VP-52 e amerrissaram no Rio Potengi poucos dias após ao ataque japonês a base aeronaval americana de Pearl Habor, em dezembro de 1941.


Aqui vemos uma rampa que servia, tal como a existente em Natal, para baixar e recolher hidroaviões da U.S. Navy da água. Na foto é possível ver detalhes da operação.


Detalhes da estrutura da fuselagem, da asa e dos motores do Catalina, em uma operação de abastecimento.


Forma de abastecimento do grande PBY Catalina.


Um provável teste de motores em um Catalina. Fico imaginando o nível de ruído dentro da cabina de pilotagem.


Linhas clássicas de um Catalina preservado na atualidade.


Agora vemos fotos coloridas que bem poderiam ser da base de Parnamirim, a “Parnamirim Field” dos americanos.
Aqui temos exemplares do quadrimotor Consolidated C-87 Liberator Express, uma versão de transporte do conhecido bombardeiro pesado B-24.


Tripulantes de aeronaves, membros da USAAF, recebendo instruções com seus tradicionais uniformes.


Fotografia atual de um caça monomotor P-40, com marcações da China Nacionalista. Construído em várias versões, foi igualmente utilizado pela FAB.


Um bimotor Douglas A-20C Havoc, em 1942. Este era um avião de ataque e bombardeiro médio que também veio a ser utilizado pela nossa FAB.


Um sargento da USAAF posando diante de um motor radial. Nas unidades militares aéreas dos Estados Unidos em natal, a questão da manutenção das aeronaves era um dos pontos fundamentais das atividades dos militares ali baseados. principalmente na questão da travessia do Atlântico Sul.


Era normal e aceito pelos comandos militares, que as tripulações pintassem o nariz dos aviões com imagens características, únicas e extremamente interessantes, que ficaram conhecidas como “Nose Art”. Era também aceito que estes aviões fossem batizados com nomes escolhidos pelos tripulantes. Para muitos membros da aviação americana dava azar não batizar o avião.


Este avião de caça, o North American Aviation P-51 Mustang. Eu acho que este tipo de aeronave não esteve em Natal, mas decidi colocar a foto  pois ela é muito interessante.


Esta aparente confusão de aeronaves na porta de um hangar nos Estados Unidos, bem que poderia ser uma cena vista em “Paranamirim Field”, pois o tráfego aéreo era intenso.


Um caça bimotor Lockheed P-38 Lightning sobrevivente, clicado em um show aéreo nos Estados Unidos. Existem indicações que este tipo de aeronave esteve em Natal. Se for correto, a sua travessia em direção a África só poderia ser feita com uma escala na ilha de Ascensão. Esta é uma pequena porção de terra vulcânica no meio do Oceano Atlântico, pertencente ao britânicos, que também foi utilizada como ponto de apoio de aeronaves que seguiam de Natal em direção a África.


Outro avião que frequentou nosso espaço aéreo, considerado um clássico e que também fez parte do inventário da FAB; o North American B-25 Mitchell.


Este é outro clássico – o Douglas C-47 Dakota. Foi o verdadeiro “burro de carga” do transporte aliado durante a Segunda Guerra Mundial e fez parte da nossa FAB ao longo de décadas. Este é um C-47 conservado até os dias atuais.


Caças P-51 Mustang, dos primeiros modelos, provavelmente destinado aos ingleses.


Este é o conhecido caça monoplano Republic P-47 Thunderbolt, em um recente show aéreo. Construído aos milhares, não tinha a mesma beleza esguia do P-51, mas era um verdadeiro tanque de guerra no ar. A nossa FAB utilizou este tipo de aeronave nos céus da Itália. Inclusive vale ressaltar que o Brasil, foi até hoje o único país Latino-Americano a enviar tropas e aviões de combate para efetivamente participar de um conflito em solo europeu.


Manutenção em um B-25.


Torre de metralhadoras dianteira de um B-24 conservado nos Estados Unidos.


Instrução a um grupo de pilotos do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, os conhecidos “Marines”, que lá possuem sua própria frota de aviões de combate. Natal não possuiu um grupo de aviação destes militares, mas havia uma unidade para proteção das áreas da U.S. Navy. Em Recife também havia um grupo destes militares.


Manutenção em motores.


B-25.


Embarcando para o voo.


Um bombardeiro pesado Consolidated B-24 Liberator. O projeto era simples no conceito, mas foi avançado para seu tempo. Muitos passaram por Natal em direção a África, mas igualmente muitos deles atravessaram o Atlântico saindo de Fortaleza.


Natal não teve muitos “Marines” e nem sequer planadores. Mas para cá vieram muitos jipes. Infelizmente o que transportou o presidente F. D. Roosevelt, durante a sua famosa visita a nossa cidade em 1943, se perdeu e já deve ter virado sucata.


Um belo B-25 muito bem conservado.


Um tripulante da USAAF e seus tradicionais óculos “ray-ban”.


Vários B-25 saindo da linha de montagem.


Um C-87 visto de frente.


Outro peso pesado da USAAF, o clássico bombardeiro quadrimotor B-17, ou Boeing B-17 Flying Fortress, mais conhecido aqui como “Fortaleza Voadora”, avião que a FAB chegou a possuir algumas unidades baseadas em Recife. Um destes se espatifou estrondosamente em Cajupiranga, Parnamirim, no primeiro semestre de 1942.


Manutenção em um A-20.


Caminhões militares americanos. Muitos destes circularam em nossa cidade.


O inconfundível B-17.


Manutenção de um C-87.

Quero deixar bem claro que nenhuma destas fotos possui ligação com a ação dos americanos em Natal durante a Segunda Guerra Mundial. Mas é quase certo que foi desta forma que milhares de pessoas desta terra viram esta época tão intensa e diferente.


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Extraído do blog: 
Tok de História do historiógrafo Rostand Medeiros

Nossa Reunião

Por: Aderbal Nogueira

Amigo Mendes:


Foi uma satisfação conhecê-lo. Vi que o amigo também é um grande conhecedor da História. Foi muito gratificante a nossa estadia aonde nós podemos    conversar e trocar boas ideias com você,


Paulo,


Lemuel e também


Kidelmir.

Fica aqui um abraço e espero que nos encontremos outras vezes. 
Seque fotos do encontro em Mossoró e também com o bando de Natal. Valeu!

Aderbal Nogueira

O Auto da Liberdade - Parte I - 13 de Setembro de 2010

Por: Geraldo Maia do Nascimento
Geraldo maia e Dr. Vingt-un

A partir desta semana vamos começar a tratar alguns episódios históricos de Mossoró que estão inseridos no espetáculo teatral “Alto da Liberdade”, que anualmente é encenado em praça pública para lembrar as novas gerações os feitos heróicos dos nossos antepassados.
               
São quatro momentos da nossa história: a Libertação dos Escravos de Mossoró, ocorrida em 30 de setembro de1883, que é o carro-chefe do espetáculo. A Revolta das Mulheres, episódio ocorrido em 30 de agosto de 1875, onde cerca de trezentas mulheres foram às ruas para protestar contra a obrigatoriedade do alistamento militar, rasgando os editais de convocação e enfrentando a polícia, tendo como armas apenas panelas e outros apetrechos domésticos. Outro episódio que também faz parte do espetáculo é a defesa de Mossoró contra o bando de cangaceiros chefiados por Virgulino Ferreira da Silva, o temível Lampião, em 13 de junho de 1927 e finalmente a primeira concessão de voto a uma mulher, que foi concedida a professora Celina Guimarães Viana, em 25 novembro de 1927.
               
A cada semana trataremos de um desses movimentos, começando pela libertação dos escravos e seguindo, em ordem cronológica, até o advento da primeira concessão de voto feminino da América Latina.
               
Mossoró foi a primeira cidade do Rio Grande do Norte a fazer campanhas sistemáticas para libertação dos seus escravos. Não foi uma luta de poucos; foi uma luta que envolveu, de uma maneira ou de outra, toda a cidade. E por ter sido uma luta coletiva, pacífica e pioneira no Estado, é comemorada ainda hoje como sendo a maior festa cívica local.
               
Mossoró, particularmente, nunca foi uma cidade escravocrata. Possuía apenas 153 escravos em 1862, para uma população livre de 2.493 indivíduos. Estatisticamente o percentual era insignificante. A cidade não tinha engenhos; cuidava do gado e para isso não precisava de muitos braços. A idéia de libertação foi trazida do Ceará, através da Loja Maçônica “24 de junho”, e conquistou a opinião pública. E como isso aconteceu?
               
Em 6 de janeiro de 1883 foi criada \"A Sociedade Libertadora Mossoroense\", uma entidade cujo objetivo era tornar viável a libertação de todos os escravos da cidade de maneira pacífica e ordeira. A Sociedade Libertadora tinha um Código, com um único artigo e sem parágrafos, onde estava determinado que \"todos os meios são lícitos a fim de que Mossoró liberte os seus escravos\".
               
Nessa época, Mossoró contava apenas com 86 escravos. A 10 de junho eram alforriados 40 desses escravos. A idéia empolgava a toda população, de modo que nenhum fez questão alguma de liberar seus escravos, independente de indenização.
               
O dia 30 de setembro de 1883 foi a data designada para a liberação total dos escravos; e o objetivo foi alcançado.
               
No dia 30 de setembro de 1883, a cidade amanheceu com as ruas todas engalanadas de folhas de carnaubeiras e bandeiras de papel coloridas. A alegria contagiava todos os lares. Ao meio-dia, a Sociedade Libertadora Mossoroense se reunia no 1º andar do prédio da Cadeia Pública, onde funcionava a Câmara Municipal. O Presidente da Sociedade Joaquim Bezerra da Costa Mendes, abre a solene e memorável sessão, lendo em seguida, diversas cartas de alforria dos últimos escravos de Mossoró, e depois de emocionado discurso declara \"livre o município de Mossoró da mancha negra da escravidão\".
               
Depois da sessão, a festa tomou as ruas da cidade. O Dr. Almino Afonso pronunciou inúmeros discursos, empolgando os auditórios que o aplaudiam delirantemente. E foi também o Dr. Almino Afonso que criou o \"Clube dos Spartacos\" composto, na sua maioria, por ex-escravos, tendo sido eleito presidente o liberto Rafael Mossoroense da Glória. A função desse clube era dar abrigo e amparo aos ex-escravos, que aqui chegavam por mar ou por terra. Era a tropa de choque dos abolicionistas. Como território livre, Mossoró passou a ser procurada por todos os escravos que conseguiam fugir. Sabiam que aqui chegando, encontravam abrigo. O Clube dos Spartacus sempre conseguia evitar que os escravos voltassem com os donos. Tudo isso aconteceu cinco anos antes que a Princesa Isabel assinasse à famosa \"Lei Áurea\", que acabava com a escravidão em todo território nacional.
               
O dia 30 de setembro passou a ser a grande data cívica da cidade. A Lei nº 30, de 13 de setembro de 1913, declara feriado o dia 30 de setembro que até os dias atuais é comemorado com muito entusiasmo pela cidade de Mossoró.

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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fonte:
http://www.blogdogemaia.com

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Padre Cícero Romão Batista

Imagem de Cícero Romão Batista

O ponto máximo da visita de Lampião a Juazeiro, em 1926, foi sua audiência com Padre Cícero. Ele e seu bando tinha ido a essa cidade devido à associação do padre com os Batalhões Patrióticos. Padre Cícero, na época com 82 anos, não gostou do encargo de recebê-los. Deve ter previsto o ridículo e a crítica de que seria alvo mais tarde.

A essa época negou responsabilidade pela vinda do cangaceiro. Declarou que, como chefe político da cidade, tinha o "dever moral" de expulsar o cangaceiro. Mas sabe-se que avisou à polícia de Juazeiro para não fazer nada contra o bando. E que achara melhor "aproveitar a oportunidade para dar alguns conselhos a Lampião, procurando desviá-lo do mau caminho e apontando-lhe o caminho da salvação". 


“Foi através de Padre Cícero que Lampião, em nome do Governo da República dos Estados Unidos do Brasil foi nomeado capitão dos Batalhões Patrióticos”.

O que significava uma espécie de "passaporte" que dava ao capitão Virgulino e seus homens permissão para viajar livremente por todo o Nordeste, em companhia dos Batalhões Patrióticos, em perseguição aos revoltosos da Coluna Prestes.

Antônio Teodoro dos Santos, um cantador do nordeste, fez os seguintes versos:

"Vou descrever a metade
Desse bando contratado
Moita Braba, Cobra Verde,
Corisco, Pilão, Deitado,
Pinto Cego, Vela Branca
Serra d' Umar e Veado
Braiúna, Pedro Quitero,
Tiririca, Zé Melão,
Zé Baiano, Cearense,
Gato, Jurema, Azulão,
Teteo, Medalha, Nanico,
Mão Foveira, Mergulhão
Maneco, Zé da Lagoa,
Cravo Rosco, Patari,
Balego, Peba Cracima,
Asa Branca, Juruti,
Malagueta, Barra Nova
Besta Fera e Sucuri
Irmãos: Antônio e Livino
Jararaca, Gameleiro
Trovão, Antônio Chuelé,
Fumaça, Zé Marinheiro,
Feitiço, Caixa de Fósforos,
Bonde Velho e Pitombeiro"

Fonte:

ENTRADA DE LAMPIÃO NO CANGAÇO



Um episódio de roubo de cabras levou Virgulino à prisão, de onde seus irmãos o libertaram pela força de suas armas. Na ocasião, assassinaram o filho do delegado de polícia que havia prendido Virgulino. Aí começava a briga das duas famílias, antes muito amigas - a dos Ferreira, da qual pertencia Virgulino e a de José Saturnino, da qual fazia parte o delegado que mandara prendê-lo. 

Procuradas por uma volante, chefiada pelo cabo Lucena; Virgulino e seus irmãos refugiaram-se em Alagoas. O velho Ferreira, não podendo também viver perto de seu inimigo, foi viver com o resto da família em Matinha da Água Branca. Lá morreu a mãe de Virgulino.

 

A família mudou-se então para Pariconhas e lá numa emboscada feita pelo sargento José Lucena, o Sr. Ferreira foi assassinado. 

Virgulino e seus irmãos, quando avistaram seu pai morto, queimaram a roupa preta que usavam por causa da morte da mãe e juraram que, daquele dia em diante, o luto seria a cartucheira, o rifle e tiroteios, até a morte. E que se pudessem tocariam fogo em Alagoas.


Fonte: