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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Padre Cícero Romão Batista

Imagem de Cícero Romão Batista

O ponto máximo da visita de Lampião a Juazeiro, em 1926, foi sua audiência com Padre Cícero. Ele e seu bando tinha ido a essa cidade devido à associação do padre com os Batalhões Patrióticos. Padre Cícero, na época com 82 anos, não gostou do encargo de recebê-los. Deve ter previsto o ridículo e a crítica de que seria alvo mais tarde.

A essa época negou responsabilidade pela vinda do cangaceiro. Declarou que, como chefe político da cidade, tinha o "dever moral" de expulsar o cangaceiro. Mas sabe-se que avisou à polícia de Juazeiro para não fazer nada contra o bando. E que achara melhor "aproveitar a oportunidade para dar alguns conselhos a Lampião, procurando desviá-lo do mau caminho e apontando-lhe o caminho da salvação". 


“Foi através de Padre Cícero que Lampião, em nome do Governo da República dos Estados Unidos do Brasil foi nomeado capitão dos Batalhões Patrióticos”.

O que significava uma espécie de "passaporte" que dava ao capitão Virgulino e seus homens permissão para viajar livremente por todo o Nordeste, em companhia dos Batalhões Patrióticos, em perseguição aos revoltosos da Coluna Prestes.

Antônio Teodoro dos Santos, um cantador do nordeste, fez os seguintes versos:

"Vou descrever a metade
Desse bando contratado
Moita Braba, Cobra Verde,
Corisco, Pilão, Deitado,
Pinto Cego, Vela Branca
Serra d' Umar e Veado
Braiúna, Pedro Quitero,
Tiririca, Zé Melão,
Zé Baiano, Cearense,
Gato, Jurema, Azulão,
Teteo, Medalha, Nanico,
Mão Foveira, Mergulhão
Maneco, Zé da Lagoa,
Cravo Rosco, Patari,
Balego, Peba Cracima,
Asa Branca, Juruti,
Malagueta, Barra Nova
Besta Fera e Sucuri
Irmãos: Antônio e Livino
Jararaca, Gameleiro
Trovão, Antônio Chuelé,
Fumaça, Zé Marinheiro,
Feitiço, Caixa de Fósforos,
Bonde Velho e Pitombeiro"

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