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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

A HISTÓRIA E LAMPIÃO

 Por Antônio Corrêa Sobrinho.

A meu ver, presta desserviço, um desfavor à história, como ciência responsável por retratar o passado, pela interpretação e tradução, quem assenta Virgulino Ferreira da Silva, o célebre cangaceiro Lampião, nos extremos da genialidade do bem ou na genialidade do mal.

Não vejo como dizer fazer história quem não contextualiza, nem busca este personagem no banditismo do qual fez parte integrante como grande protagonista, cangaço, de causas e fatores múltiplos, econômicos, políticos, geográficos, sociais, em grande prejuízo às populações sertanejas, alimentado por violências de toda espécie, física, moral, emocional, psicológica; violência esta que, até hoje, marca, como lastimável traço cultural, a sociedade brasileira, manifesta em todas as épocas e lugares, hoje visualizada à farta por conta da internet, que nos exibe a cada instante vídeos mostrando gente se matando, sendo roubada, em vias de fato, sem falar da incontrolável violência no trânsito e a doméstica. Tudo isso somado às vistas grossas do Estado Brasileiro ao seu "interland" sertanejo, não tendo a Guerra de Canudos, décadas antes, infelizmente, com todo o sangue derramado e as milhares de vidas ceifadas, sido suficiente para, permitam-me aqui dizer, o Brasil do litoral avistar e reconhecer a grande nação, o Sertão Nordestino, e nele, desde então, atuar efetivamente com o objetivo de levar o bem-estar à sua gente carente. O Estado assim não procedeu, manteve-se como sempre o fizera desde os anos iniciais da colonização, ausente no seu interior, ali apenas formalmente presente, trasvestido nas vestes impróprias e parciais dos senhores da terra, mandatários locais.

Não fez nem fará história, reafirmo, quem sobre Lampião não utilizou nem utilizará métodos científicos, principalmente o dedutivo, este o caminho que leva aos pontos de melhor observação, de visibilidade das causas, dos fatos, das circunstâncias, das consequências; no caso aqui especificado, a estrada que leva ao mundo dos cangaceiros e, consequentemente, ao seu chefe Virgulino Lampião.

Centenas de pesquisadores, e não pesquisadores, enveredaram em busca de Lampião durante todos esses anos, mas, além de terem andado distante da metodologia científica, foram traídos pela ausência de imparcialidade no trato da questão, o que terminaram por comprometer seus trabalhos, ante a verdadeira história.

Entretanto, os modos ficcionais que costumeiramente são utilizados para dizerem de Lampião valem, porém, para a literatura, para o teatro, a televisão, o cinema etc.

O casal Lampião e Maria Bonita, mulheres no cangaço, Lampião imbatível, anos de correrias, tiroteios com as volantes, conluios de Lampião com poderosos - tudo isso inspirou e ainda inspira nossos versejadores e romancistas gastam horas criando e recriando o cangaço, onde Lampião nunca falou tanto. Prato cheio para as letras e para as artes, Lampião. Coisa que a verdadeira a história não conseguiu. Os jornalistas, por sua vez, deitaram e rolaram com este personagem; vendia-se menos jornais quando Lampião se ausentava, suas manchetes faziam sucesso. Foi o jornal que formatou a história que conhecemos de Lampião e do cangaço. Que foi se completando, a posteriori.

Eu compreendo bem tudo isso, e sei que assim seria, porque a história não é suficiente para dizer tudo sobre os que transcendem a própria história. Satisfaz a fome que temos de avaliar tudo, sinteticamente, simbolicamente, por mais que nos coloquemos diante do extraordinário, do inexplicável, do mistério, justamente do que está cheio o cangaço. Caso em que utilizamos a heurística, o processo cognitivo que nos permite obter explicação que nos atenda, a resposta que precisamos.

Meu objetivo com estas ligeiras e macarrônicas notas, é somente, se possível, alumiar o caminho de quem, nestes dias de fartas informações a respeito do cangaço principalmente o lampiônico, busca alcançar o quanto mais ângulos de observação melhor, do Lampião real, verdadeiro, acrescendo a recomendação: antes de se debruçar a fundo nalgum estudo sobre Lampião, verifique se o autor trata a questão de forma isenta, com imparcialidade, sem paixões, sectarismos, ideologias. A menos que você queira ler um livro tendencioso, afaste-se deste trabalho, porque, quem só tem olhos para uma vertente, termina indo pros lados, e o extremo, ao invés do meio, nem é o lugar mais próximo da verdade, portanto não deve o historiador residir.

Tem um escritor que diz que escrever é tirar palavras. De modo que você, leitor, pode fazer isso por mim.

Aracaju, 15.11.2023

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UM ANTIGO CRUZEIRO...

Por Geraldo Antônio De Souza Júnior.

UM ANTIGO CRUZEIRO, QUE AINDA HOJE RESISTE AO TEMPO, QUE FICA LOCALIZADO NA CIDADE PARAIBANA DE MANAÍRA, ONDE SUPOSTAMENTE LAMPIÃO TERIA ESTADO PARA PAGAR UMA PROMESSA FEITA POR ELE ALGUM TEMPO ANTES POR CONTA DE UM GRAVE FERIMENTO SOFRIDO.



Recuperado da lesão, o chefe-mor do cangaço, que nessa época (Década de 1920) dava seus primeiros passos como chefe de bando cangaceiro, teria vindo ao local para cumprir o prometido. E o resto da história vocês já sabem.

Fica o registro!

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SERTÃO BRABO

  Clerisvaldo B. Chagas, 15 de novembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.997

Ê meus amigos e amigas, a temperatura é aquela de primavera, onde, aqui no Sertão passa muito dos 32 graus, pelo dia e, em altas horas da noite pode chegar aos 21 graus centígrados. Isso está acontecendo com frequência, em Santana do Ipanema. Este é o fenômeno geograficamente conhecido como “amplitude térmica”. Uma diferença absurda de temperatura entre o dia e a noite. Isso faz com que até as pedras grandes sejam quebradas através de rachaduras, podendo cada parcela dessas rachaduras produzirem mais parcelas menores até às formações dos chamados pedregulhos. Geralmente apreciamos apenas as rachaduras primeiras dessas pedras, as quais tornam-se refúgios ou moradias de cobras, lagartixas, calangos e formigas. Em várias dessas rachaduras de pedras mais próximas do solo, algumas espécies vegetais costumam germinar como o angico e a craibeira.

No momento atual, como é de praxe, venta muito e já se tornou conhecido como novembro, o mês dos ventos. O céu muito azul às vezes sem uma única nuvem, outras vezes, parcialmente nublado. O Sol, ora queimando muito, ora mais ameno, mas as noites, principalmente na zona rural, registra queda na temperatura e faz realmente frio. Tem que se agasalhar. O Sertão inteiro acumulou muita água nos barreiros, nos açudes... Mas a vegetação neste quase meado de novembro, já se apresenta crestada pela estiagem. Os montes que circundam Santana do Ipanema, mostram bem como se encontra também a zona rural.

Estamos sempre sujeitos aos caprichos do tempo, mas nós, pessoas do campo e pessoas da cidade, aguardamos as conhecidas trovoadas cuja esperanças iniciam com o mês de novembro e que pode passar em branco até o mês de fevereiro. Uma trovoada pode se formar do nada e chegar de repente em qualquer um dos meses do período citado. As trovoadas, são chuvas rápidas, abundantes, cheia de raios e trovões, que enchem todos os reservatórios de água do sertanejo. É um elo entre a estiagem e o futuro inverno. É este o quadro atual do Sertão, descrito para aqueles que deixaram a terrinha e querem notícias do torrão abençoado.

Ô Sertão brabo!

Ô Sertão heroico!

CÉU DE SANTANA DO IPANEMA DE 14 DE OUTUBRO (FOTO B. CHAGAS).



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O REI DA TESOURA JUCA

 Clerisvaldo B. Chagas, 16 de novembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.996

Fase de sequência de bons acontecimentos. Recebo mensagem que o nosso amigo santanense, conhecido como Zezinho do Juca, vai ser o próximo Venerável da sua “Loja Maçônica Segredo 33”, em Maceió, e quer a nossa presença na posse. Mas a mensagem do núcleo é que após tantos e tantos anos, a letra que fiz em homenagem ao seu pai, Juca Alfaiate, foi musicada. É a segunda melodia, aperfeiçoada colocada na letra estilo seresta, até porque o querido alfaiate era seresteiro. Hoje o velho amigo já está em outra dimensão, mas temos certeza de que irá gostar da música lá do espaço, em sua homenagem. A melodia, desta feita, foi colocada por um músico estrangeiro que mora em Maceió e com muita facilidade. Já ouvi e gostei, mas...

Estamos aguardando o Zezinho ainda este mês para gravarmos a canção com artista da terra e visitarmos as rádios da cidade divulgando o trabalho. E por falar nisso, a alguns anos atrás, fiz 20 letras de forró, pois estava muito inspirado, mas como não entendo música, saí batendo de porta em porta de cantores da terra e nada. A falta de competência de quem se achava compositor de forró era visível. E de outros gêneros eram os mesmos freios: desculpas esfarrapadas e coisas que nem posso contar. Indicaram-me um sanfoneiro e cantor famoso em Maceió, zona Mata e Agreste. De posse do seu endereço fui bater à sua porta. O cidadão me atendeu muito desconfiado, pois morava num bairro até bom, mas ninguém podia abrir as portas nem andar só e a pé nas ruas.

Identifiquei-me, dei a referência, disse a finalidade da visita e passei-lhe os meus trabalhos. O homem estava nervoso, portas da frente no cadeado e internas fechadas. Levava a dedução que ou estava com um amor clandestino ou com alguém do mundo das drogas. Olhou rapidamente as letras e cobrou na época 4.000 reais para musicá-las. E se ele estava assustado, quem ficou assustado fui eu. Juntei a papelada, agradeci e disse que iria pensar. Zarpei dali com alguém que foi de carro me apanhar. Se o miserável era famoso, propusesse pelo menos uma parceria para ele próprio apresentar músicas inéditas no mercado, mas, o olho era maior do que o corpo. Desisti completamente de procurar gente mais fraca do que eu.

Ainda hoje guardo as vinte letras de forró, não sei para quê.

Mas estão repousando.

O REI DA TESOURA, JUCA ALFAIATE (TÍTULO DA MÚSICA) DANÇANDO COM A ESPOSA MARIZE (FOTO: ARQUIVO DE FAMÍLIA)


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DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA AMPLIOU RISCO DE CALOR NO BRASIL, DIZ CHEFE DA ONU…

 Por Jamil Chade

Desmatamento na Amazônia brasileira cai 22% em um anoImagem: Reprodução

O desmatamento na Amazônia tem um impacto direto na seca e no calor que a região enfrenta. O alerta é de Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, uma agência da ONU.

"Está bastante claro que desmatamento na Amazônia gerou a uma seca na região e, claro, com seca, há maior risco de maiores temperaturas", disse Taalas, em entrevista ao UOL nesta quarta-feira.

Ele apresentou hoje seu informe anual sobre as emissões de gases de efeito estufa, indicando um novo recorde de concentração. Os dados servem como um alerta para os governos que, no final do mês, se reúnem para a COP28, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.

Taalas explicou que a "evaporação que ocorre normalmente numa floresta tropical" ameniza essas temperaturas.

Questionado se esse desmatamento e a seca poderiam afetar as temperaturas no Brasil, ele foi taxativo: "Claro".

"Temos exemplos da historia. A região da costa do mar Mediterrâneo era florestado. Veja a bandeira do Líbano que tem até uma árvore. Hoje, é a região que mais sofre uma elevação de temperaturas, depois do Ártico. Se ela tivesse uma floresta, isso poderia reduzir impacto", disse.

De acordo com o governo brasileiro, a taxa de desmatamento na Amazônia caiu em 22% em um ano. Mas, para Taalas, o impacto do que foi registrado nos anos de Jair Bolsonaro pode levar anos para ser recuperado.

Na avaliação da entidade, a situação da Amazônia preocupa, principalmente diante dos primeiros sinais de que a região esteja deixando de ser um local de captação de gases para ser um emissor. "É um ponto de inflexão que estamos preocupados", disse.

Antes da conversa com o UOL, a agência disse numa coletiva de imprensa na ONU que o desmatamento na América Latina já é a "fonte dominante" de emissões. "A região viveu aumento de emissões por conta do desmatamento", disse.

Segundo ele, o impacto tem sido visto nas temperaturas e no clima da própria região.

"O sistema climático pode estar próximo dos chamados "pontos de inflexão", em que um determinado nível de mudança leva a uma cascata de mudanças acelerada e potencialmente irreversível", disse o informe. "Os exemplos incluem a possível extinção rápida da floresta amazônica", destacou a agência, ao lado de casos como a desaceleração da circulação oceânica do norte ou a desestabilização de grandes camadas de gelo.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2023/11/15/desmatamento-da-amazonia-ampliou-risco-de-calor-no-brasil-diz-chefe-da-onu.htm?utm_campaign=jamil-chade&utm_content=veja-texto-completo&utm_medium=email&utm_source=notificacao-coluna

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CONSIDERADO O REI CONSIDERADO O REI DOS OCEANOS, O ALBATROZ

Por Izabel Binhares Lopes

É uma das maiores aves voadoras, pesando até 11 kg e envergadura de 3 metros. É capaz de viajar mais de 16 mil km numa única viagem e de dar uma volta ao redor da Terra em 46 dias! O segredo para tal proeza está no padrão de voo que lhes permite aproveitar a energia do vento, deslizando acima da superfície do mar. Ou seja, os albatrozes planam no ar sem bater as asas.

Referência:

https://journals.biologists.com/.../Experimental...

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