Seguidores

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

93 ANOS DEPOIS, CARTA QUE REPRESENTA RESISTÊNCIA DE MOSSORÓ AO BANDO DO CANGACEIRO LAMPIÃO É ENCONTRADA

Por Igor Jácome, G1 RN

Carta original do prefeito de Mossoró para o cangaceiro Lampião, junto com recorte de jorna da época que fala sobre ela. — Foto: Robério Santos/Cedida

Todos os anos, Mossoró, no Oeste potiguar, se enche de festa no mês de junho. Além de comemorar o período de São João, a cidade relembra através do espetáculo "Chuva de Bala", a resistência do seu povo a Virgulino Ferreira da Silva, o temido Lampião - ato que marcou, para alguns historiadores, o início do declínio daquele que ficou conhecido como rei do cangaço. A batalha aconteceu em 1927 e o bando de cangaceiros saiu fugido da região.

Em 2020, a festa não vai ser realizada por causa da pandemia do novo coronavírus. Mas os pesquisadores do tema estão muito mais entusiasmados pelo encontro de uma carta que foi escrita pelo prefeito coronel Rodolpho Fernandes em resposta ao bando de Lampião. Ela estava endereçada ao coronel Antonio Gurgel, que no momento das negociações, era refém do bando e foi escrita, provavelmente, no próprio dia 13 de junho de 1927, data em o ataque ocorreu.

O documento foi encontrado pelo professor, jornalista e escritor sergipano Robério Santos, que é um entusiasta do assunto e tem seis livros publicados sobre o cangaço. O documento chegou a ele em maio, durante sua pesquisa para a publicação da primeira de uma série de cinco obras que pretende escrever também sobre o tema. A carta será entregue por ele à prefeitura, oficialmente, no próximo dia 13.

Carta escrita a mão pelo prefeito de Mossoró e enviada a refém de Lampião — Foto: Cedida

Não é possível satisfazer-lhe a remessa dos 400000 (quatro centos contos) que pede, pois não tenho e mesmo no commercio é impossivel de arranjar tal quantia. Ignora-se onde está refugiado o gerente do Banco, Snr. Jayme Guedes, Estamos dispostos a recebe-los na altura em que elles desejarem. Nossa situação oferecce absoluta confiança e inteira segurança.

— Rodolpho Fernandes, prefeito de Mossoró em 1927

Ao G1, o pesquisador afirmou que adquiriu alguns recortes de jornais e outros materiais de uma idosa que mora no Rio de Janeiro e que prefere manter sua identidade em sigilo, mas que é ligada à história do cangaço.

"Ela tinha essa carta há muito tempo, mas não conhecia a importância dela, até porque não estava endereçada diretamente a Lampião. Ela tem muito material. Era uma resposta do prefeito a ele, porque o coronel Gurgel era refém e escreveu a outra carta, pedindo o dinheiro, com uma mensagem ditada pelo Lampião", explicou o pesquisador.

Na mensagem, o prefeito recusa o pedido por 400 contos de réis, feitos por Lampião e diz que a cidade está preparada para responder "à altura" ao ataque dos cangaceiros.

Robério Santos exibe carta que representa resistência de Mossoró ao bando do cangaceiro Lampião — Foto: Cedida

Segundo os pesquisadores o gerente do Banco do Brasil, Jayme Guedes, era genro do coronel Gurgel e havia saído da cidade. Apesar de morar em Natal, o comerciante teria sido feito refém durante uma viagem que fez à região justamente para buscar sua esposa e filhos, ao saber do iminente ataque do grupo. Ao errar o caminho, o carro os levou de encontro ao acampamento dos cangaceiros. O motorista do comerciante teria servido de emissário entre as partes.

Assim como a carta enviada pelo coronel Gurgel ao prefeito, e outra escrita a próprio punho pelo Lampião, a carta encontrada já havia sido citada por jornais da época e em livros importantes sobre o assunto, mas o paradeiro dela era desconhecido, até porque o documento ficou com o próprio bando e não com o município.

"Eu fiquei assustado quando comecei a ler, me levantei imediatamente. Retirei do plástico para fazer uma análise, se era impressão ou se era escrito, e a assinatura. Realmente é uma carta escrita a punho, e na comparação com a assinatura e a escrita do prefeito, são iguais", considerou o pesquisador. "Acho que um documento desse não deve estar em posse de um particular, por isso busquei entrar em contato para devolver a carta a Mossoró", conta.

Jornal da época publicou conteúdo de cartas trocadas entre prefeito de Mossoró e Lampião — Foto: Cedida

Conforme Asclépius Saraiva Cordeiro, diretor do Museu Lauro da Escóssia - nome do jornalista que presenciou e noticiou o ataque do bando de cangaceiros a Mossoró - ao tomar conhecimento da carta por meio de pesquisadores do tema que tiveram contato com Robério, a prefeitura resolveu pagar uma passagem para a ida do pesquisador ao município, quando será realizada a entrega da carta.

"A carta deverá ficar exposta no salão dos grandes atos, no Palácio da Resistência, que era a casa do prefeito e hoje é a sede da prefeitura municipal. Infelizmente não teremos o espetáculo Chuva de Bala neste ano, mas temos um motivo de soltar fogos", considerou.

De acordo com o pesquisador e escritor Geraldo Maia, que é sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) e da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço - SBEC, a carta encontrada seria uma das quatro trocadas entre o grupo que estava com Lampião e o prefeito, ditada pelo cangaceiro e escrita pelo refém coronel Gurgel. Outra missiva foi escrita e assinada pelo próprio Lampião, também respondida pelo prefeito. Ninguém sabe o paradeiro da carta original de Lampião - apesar de haver cópias da original - nem o paradeiro da última resposta. 

Lampião (terceiro da esq. para a dir.) e seu grupo de cangaceiros — Foto: Divulgação/GESP/BBC

Invasão e resistência

Mossoró era uma cidade com pouco mais de 20 mil pessoas - uma cidade grande para a época, que tinha até uma agência do Banco do Brasil - a número 036. De acordo com os pesquisadores, bandos de cangaceiros geralmente não invadiam cidades deste porte. "Era uma coisa inimaginável", afirma Geraldo.

De acordo com os pesquisadores, um fazendeiro que acoitava cangaceiros em suas terras no Ceará, próximo à divisa com Mossoró, ordenou um ataque de Massilon, um cangaceiro que tinha um grupo pequeno, contra inimigos em Apodi, no interior do Rio Grande do Norte. O sucesso no saque à cidade teria despertado a cobiça por Mossoró. Dessa forma, os cangaceiros partiram para convencer Lampião, que não conhecia muito as terras do Rio Grande do Norte, a fazer um ataque conjunto também com o bando de Jararaca.

Ao todo, o grupo de cangaceiros tinha cerca de 80 pessoas. Ao saber das notícias que corriam pelo sertão, o prefeito começou a se preparar para defender o município. "A cidade tinha pouco policiamento, cerca de 10 soldados, então o prefeito se juntou aos comerciantes para fazer uma cota e mandar comprar armas e munições em Fortaleza. Elas ficaram armazenadas na prefeitura para o possível ataque", conta Geraldo.

Uma semana antes do ataque, o grupo com dezenas de cangaceiros entrou no Rio Grande do Norte pela região de Luis Gomes, no Alto Oeste, e arrasou oito municípios por onde passou, até chegar, no dia 12 de junho, a São Sebastião, onde hoje é a cidade de Governador Dix-Sept Rosado. Ainda de acordo com os historiadores, o telégrafo ainda conseguiu enviar uma mensagem a Mossoró, avisando do ataque.

Ao longo do dia, a cidade foi sendo esvaziada, com famílias pegando trem para deixar Mossoró e um grupo de resistência com mais de uma centena de homens começou a se preparar para o ataque. Segundo os estudiosos, era final da tarde do dia 13 quando o bando começou a percorrer as ruas vazias e começou uma trocou tiros durante cerca de duas horas com os moradores resistentes.

O bando acabou fugindo, deixando para trás homens feridos, como o cangaceiro Jararaca, que foi preso, morreu e foi sepultado em Mossoró. O prefeito, que tinha a saúde fragilizada, morreu meses após o ataque.

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2020/06/02/93-anos-depois-carta-que-representa-resistencia-de-mossoro-ao-bando-do-cangaceiro-lampiao-e-encontrada.ghtml

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A MORTE DE MANÉ MORENO, ÁREA E CRAVO ROXO NO COMBATE DO POÇO DA VOLTA

 Por José Mendes Pereira

Áurea, Cravo Roxo e Mané Moreno. - Quem legendou a foto equivocou-se. Gorgulho escapou desde combate.

O primeiro livro que li sobre cangaço foi "Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico", do famoso Alcino Alves Costa, e este, me foi indicado e emprestado pelo bancário e pesquisador do cangaço Chagas Nascimento, natural de Porto do Mangue, no Rio Grande do Norte, mas radicado por muitos anos em Mossoró. 
E o primeiro blog sobre este tema foi o Cariri Cangaço, do pesquisador Manoel Severo, e logo o Lampião Aceso do Kiko Monteiro, ambos indicados pelo Chagas Nascimento. Mas depois vieram outros, como o Tok de História do historiógrafo Rostand Medeiros, seguido do blog do escritor João de Sousa Lima, e o aparecimento do pesquisador Kydelmir Dantas e outros, e assim, tomei gosto ao tema, não tendo muito domínio, mas já tenho boas informações sobre ele registradas nas minhas páginas sociais e gravadas na minha mente.
O escritor Alcino Alves Costa diz no seu famoso livro que após ter assassinado o vaqueiro Antonio Canela nos Camarões, o cangaceiro Mané Moreno com o seu poderoso bando de marginais, tomam rumo a Porto da folha. Com o grupo está um jovem chamado Chiquinho de Aninha, sendo que este serviu para trazer os animais volta que os cangaceiros levaram consigo.
O bando faz parada em Jaramataia para descansar, e naquela localidade, trabalha um senhor conhecido por Pedro Miguel, sendo este pai do futuro cangaceiro Elétrico. A presença do grupo de cangaceiros ali, deixa Pedro Miguel chateado, e resolve procurar o proprietário da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica Cia", o afamado e perverso capitão Lampião, e faz sua queixa contra aqueles malfeitores, e dele, recebe apoio, prometendo-lhe que os cangaceiros não iriam mais atanazá-lo.
Mas mesmo assim, o cangaceiro aparece com os seus comandados, talvez ainda não havia sido encontrado pelo capitão para proibir a sua visita naquela região. E lá, permaneceu com os seus homens por alguns dias, e depois foram para Porto da Volta, na intenção de passarem o São João por lá.
O comandante de volante policial Odilon Flor está na região à procura de cangaceiros, e conversa com Pedro Miguel sobre paradeiros de malfeitores, e ele informa que os cangaceiros estão no Poço da Volta.
Leitor, vamos até o local do baile, mas ficaremos assistindo de longe.
Nessa região, um riacho passa entre Poço da Volta e Palestina. É na fazenda Palestina que está havendo um baile, e lá, os bandidos estão na maior farra, bebendo e dançando. Mané Moreno rodopia no salão com a sua amada Áurea; os outros aconchegam às mulheres, que não faltam no momento. A bebida é franca.
Na calada da noite e escura, Odilon Flor vem chegando ao forró. De longe, ele ouve os gritos dos festeiros, o fole ronca e demais instrumentos fazem a algazarra, divertindo os dançarinos, festa na base do candeeiro, que a luz avermelhada, faz com que a volante descubra o local do forró. A noite está mais para volante do que para cangaceiro. Os malfeitores brincam despreocupados, e a morte está por ali, só observa e imagina qual será a melhor maneira de ataque.
E sem muita dificuldade, a volante se aproxima, e de imediatamente coloca-se em posição de extermínio ao grupo. Escolhido o primeiro alvo, o casal de cangaceiros Mané Moreno e sua querida caem já sem vida. Os festeiros gritam em pânico e correm sem direção. Todos que querem sair o mais rápido possível daquele inferno.
O cangaceiro Gorgulho mesmo com a perna quebrada, consegue furar o cerco dos policiais, e se salva, e aos poucos, se arrastando, desaparece na escuridão da noite, sem nenhuma perseguição policial contra a ele.
Segundo o escritor Alcino Alves Costa os escritos afirmam que Gorgulho foi morto neste combate, mas na verdade, quem foi assassinado foi o cangaceiro Cravo Roxo. Gorgulho foi se tratar nos altos do Cajueiro, onde recebe a ajuda de Lisboa, um dos irmãos Félix. Quando se recuperou, deixou o cangaço e foi embora para a sua terra Salgado do Melão
Segundo a fonte "Lampião Além da Versão..." a cabeça do meio não é a de Gorgulho. É a de Cravo Roxo. Foto extraída do livro "Lampião entre a Espada e a Lei" Autor Sérgio Augusto de Souza Dantas
A vitória do policial Odilon Flor e seus comandados foi muito valiosa, agora era só tomar para si os pertences dos cangaceiros Mané Moreno, Cravo Roxo e Áurea.
O facínora Mané Moreno era primo legítimo dos cangaceiros Zé Baiano e Zé Sereno. Zé Sereno era primo carnal de Zé Baiano.
Fonte de pesquisa: Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico".

A MORTE DOS CANGACEIROS CATINGUEIRA E RICARDO PONTARIA

 Por Cangaço Eterno

https://www.youtube.com/watch?v=R_wuqQ1vwnQ

Conheça um pouco mais sobre a morte dos cangaceiros Catingueira e Ricardo Pontaria, que faziam parte do sub grupo de Moreno. Além da triste sina da cangaceira Aristéia.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

VOCÊ, O OVO E A GALINHA

 Clerisvaldo B. Chagas, 16 de fevereiro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.657

Se o cronista descreve o cotidiano, vamos falar do ovo de cada dia. Não está com tanto tempo, comprávamos ovos na feira, nas bodegas. Era o chamado ovo de galinha de capoeira, daquela galinha criada solta ciscando nos terreiros de sítios e fazendas. O preço era baseado na unidade de medida: dúzia ou meia dúzia. Como tempo e moda mudam rapidamente, agora compramos ovo em supermercados e nos vendedores ambulantes, chamados “carro do ovo”, cuja medida evoluiu para 30 ovos embalados em bandejas de papelão. São ovos brancos de galinha de granja e ovo rosinha de galinha caipira. Dificilmente encontramos o ovo de capoeira. Os médicos recomendam mais o ovo de capoeira e da galinha vermelha, criada pastando, comendo milho e semiconfinada. Ovo sem aditivos químicos é mais sadio.

BANDEJÃO DE OVOS CAIPIRA (IMAGEM/PROPAGANDA)

O ovo caipira tem a casca dura, é rosa por fora e tem a gema amarela, bem escura e bonita. Acontece que esse tipo de ovo recomendado, está vindo agora sem nenhuma diferença externamente, por dentro, a gema está com a mesma cor do ovo branco de granja: bem clarinho, além do seu sabor original ter sido trocado por um gosto de comida velha. O que está havendo? Em nossa opinião é a vez do “gato por lebre”. Não estamos afirmando, apenas sugerindo que o produtor estar usando a ração da chamada galinha branca de granja para alimentar também a galinha vermelha caipira. Pode não ser, mas tudo indica. Nesse caso é melhor comprar o ovo de granja branco que pelo menos tem sabor. Não aceitamos gato por lebre. Vamos voltar ao tempo do ovo da galinha de capoeira?

Os pardais estão a chilrear às 4.10 da madrugada, a barra do dia sai às 5hs da manhã, os pessoa das caminhadas passam com o arrebol e o carro do ovo levanta o trabalhador às 6.30 com a mesma cantilena de sempre, rua acima, rua abaixo. Prepare entre 13 ou 14 reais para uma bandeja do produto. A concorrência anda de moto, a “a moto do ovo”, mas os preços quase sempre são coincidentes. Prefere ovo de capoeira, caipira ou de granja?

São Bento do Una (PE) vai matando a fome do povo com suas granjas possantes.

Mas em que fica a questão do ovo da galinha vermelha? Você sabe?


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O CANTO DO ACAUÃ DE MARIA DE LOURDES FERRAZ

  Um livro escrito com muito amor!


Se você quiser adquiri-lo dê um pulinho até Cajazeiras no Estado da Paraíba através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br. 

Se ele não tem mais em sua livraria  indicará quem ainda o tem para pedidos.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O CORONEL ISAÍAS ARRUDA

 Por José Cícero da Silva

Em julho de 1928 o cel. Isaías Arruda recebeu em seu palacete a equipe do jornal Gazeta do Cariry para uma histórica entrevista*

Em meados de julho de 1928 menos de um mês antes do seu terrível assassinato ocorrido na estação do trem de Aurora; o famoso Cel. Isaías Arruda de Figueiredo, então prefeito de Missão Velha recebia em seu belo casarão, dois jornalistas do antigo jornal A Gazeta do Cariry para uma palpitante entrevista.

Conhecido a priori por ter destituído do poder local pelas forças das balas, o intendente cel. Sr. Dantas; Arruda vinha sendo acusado igualmente pela imprensa por uma série de outras estripulias, dentre as quais por ser tido como protetor de jagunços e cangaceiros, por ser implacável com seus inimigos e seu suposto envolvimento com Virgulino Lampião. Inclusive ter financiado a invasão malograda de Mossoró no ano anterior. Como ainda, está sendo acusado de ter ordenado seu bando sob o comando do capataz e vaqueiro a incendiar a ponte do trem da RVC; situada no Olho d'água entre a vila de Ingazeiras e Missão Velha. Pesava também sobre ele, a acusação de participação financeira no saque de alguns povoados na PB e da cidade de Apodi no RN sob o comando do cangaceiro Massilon Leite, antes do ataque à Mossoró. Algo que ele negava veementemente. Contudo, muitos dos cangaceiros presos e que tomaram parte da empreitada o acusavam em depoimento como financiador de tais eventos. Diziam ainda, está o mesmo envolvido em outros acontecimentos criminosos registrados não apenas no Cariri. Quanto a isso foram pródigas as prisões de bandoleiros como Baliza, Lua Branca, Mormaço, João vinte e dois, Asa Branca, Balão, Salgueiro entre outros.

Nos dias que antecederam esta entrevista o coronel mandara recado desaforado ao seu desafeto o tenente José Bezerra, chefe do destacamento de polícia de Juazeiro. Por aquele ter enviado dias antes à MV no meio da noite dez soldados sob o comando do tenente Antonio Leite, a fim de prender um dos seus protegidos, de nome João Serra que também ajudava na estação ferroviária. E que não o encontrando em casa terminaram espancando violentamente um outro também empregado de Isaías; apelidado de Zé Pequeno, por sinal cunhado do procurado. Vale ressaltar que os serviços de ajudante geral de João Serra na estação do trem eram fundamentais, algo estratégico já que tudo que ali ele via e ouvia de notícias logo repassava para o coronel. De modo que quase nada acontecia pela redondeza que ele não fosse do conhecimento de Isaías.

Na referida entrevista Arruda se ressente também da prisão de dois amigos seus: Manoel Salgueiro e Pedro de Rita que ao chegarem à Juazeiro de Troller pela linha foram presos e espancados, sem motivo dentro da prisão . Segundo ele, por ordem ilegal do delegado José Bezerra querendo afrontá-lo através dos seus amigos e serviçais.

Dissera ele: - Diga ao tenente José Bezerra que eu não sou Chico Chicote não. Eu não temo nem o diabo. E concluiu: - Por que não veio ele mesmo aqui pra tentar buscar e prender João Serra e Antonio Pneu?

O coronel em defesa de alguns dos seus cabras presos afirmava que os mesmos eram inocentes e que só pegaram em armas quando integraram o "Batalhão patriótico" para combater a coluna Prestes ou Lampião durante o cerco da fazenda Ipueiras de Aurora. Alguns outros por ocasiao da tomada do poder em MV. no ano de 1925.. Também elogiou o capitão Dourado, na época delegado de polícia local dizendo ser um homem de energia e retidão.

Ao ouvirem as batidas do sino da primeira estação que era mais distante dando conta da proximidade do trem os jornalistas enceraram a entrevista. Solícito e afável o coronel os acompanhou até a calçada do casarão.

Júnior Arruda, Ringo, Antonio, Macedônia e Jusefina eram os irmãos do coronel. Como dona Estelita sua esposa e Orlandina sua filha.

JC.

Com informes:

Gazeta do Cariry.

Leituras diversas e da internet.

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/?multi_permalinks=2139922026171902&notif_id=1644944915280865&notif_t=feedback_reaction_generic&ref=notif

http://blogdomendesemendes..blogspot.com

SINHÔ PEREIRA: O CANGAÇO E O CICLO DE VINGANÇAS FAMILIARES

Por EBC na Rede
https://www.youtube.com/watch?v=9YYk6buniKU

O pesquisador Rostand Medeiros conta quem foi Sinhô Pereira, um dos pioneiros do Cangaço. Ele deixou o movimento em 1922 quando conseguiu vingar a morte de seu pai. Outros chefes de bando, como Lampião, também entraram para o Cangaço pelo mesmo motivo.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

 

A REPERCUSSÃO DOS ATAQUES DO CANGACEIRO SINHÔ PEREIRA À PARAÍBA E A INFORMAÇÃO SE LAMPIÃO ESTEVE EM TERRAS POTIGUARES EM 1922


Jornal carioca A Noite, pág. 4, de 6 de março de 1922 | Fatos de história, História do brasil, Fatos e fotos

“NOTÍCIA RUIM CHEGA LIGEIRO!” No dia 25 de dezembro de 1921, na pequena vila de Luís Gomes, o cabo Francisco Rodrigues Martins e o soldado Luis Antonio de Oliveira, foram assassinados

https://br.pinterest.com/pin/583919907908870851/ 

tokdehistoria.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com