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sexta-feira, 31 de julho de 2015

FAMÍLIA PEREIRA DANTAS DE NAZAREZINHO/PB

Por José Romero de Araújo Cardoso

1. Abdon Pereira Dantas


2. Francisco Pereira Dantas (Chico Pereira)


3. "Coronel" João Pereira


4, Dona Maria Egilda


5. Aproniano Pereira Dantas


6. Casarão da Fazenda Jacu em Nazarezinho/PB


7. Abdias Pereira Dantas


8 - Jardelina Nóbrega esposa de Chico Pereira


Jardelina - Esta foto pertence ao acervo de José Tavares de Araújo Neto‎‎

Nautília irmã de Jardelina

Fotografias gentilmente cedidas pelo Sr. Dagmar Pereira Nóbrega *Frei Albano, filho do cangaceiro Chico Pereira e de Dona Jardelina Pereira Nóbrega).

Todas as fotografias constam no livro "Nas Veredas da Terra do Sol", primeiro trabalho literário publicado por José Romero de Araújo Cardoso.

"Informações cedidas ao blog http://blogdomendesemendes.blogspot.com. Nautília à esquerda é irmã de Jardelina Pereira Nóbrega ex-esposa do cangaceiro Chico Pereira. Nautília faleceu recentemente. Informações e foto cedidas ao administrador deste blog José Mendes Pereira por Maria Das Graças Nóbrega, em sua página no facebook".

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VIRGULINO FERREIRA DA SILVA O LAMPIÃO, GAROTO PROPAGANDA

Por José Mendes Pereira
Num tenha medo não homi de Deus, eu tô só anuciano o qui iscrevero sobre mim e mina famía!

Querer dizer as coisas contra as outras pessoas é muito fácil, mas passar pelo o que eu passei e passou a minha família mundialmente conhecida por Ferreira, você não desejaria nunca para você, e nem tão pouco para os seus familiares.


 Os pais de Lampião José Ferreira e Maria Sulena da Purificação

Acusam meus irmãos e eu de termos causados as mortes da minha mãe e do meu pai (o que não é verdade), que foram frutos das nossas bagunças, das nossas vinganças, dos nossos ódios, e com isso, minha mãe vendo que nós estávamos sendo rejeitados, até por pessoas que antes faziam parte das nossas amizades, não aguentando, enfartou, e findou falecendo, e posteriormente o meu pai, sem ter nada a ver com os nossos problemas, foi covardemente assassinado pelo perverso volante Benedito Caiçara, comandado pelo meu rival coronel Zé Lucena.

Volante Benedito Caiçara - Acervo http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br

Mas qualquer um que nos julga como os causadores das mortes dos nossos pais, é porque não conhece nada sobre a nossa história. Para você entender bem direitinho amigo leitor, não deixe de ler tudo o que escreveram sobre os Ferreiras, inclusive, sobre as nossas vidas antes de sermos bandoleiros.

Eu istô apenas apresentano o meu punhá. Num tenha medo não, homi de Deus!

Noventa e cinco por cento (95%) de livros publicados sobre a história dos meus antepassados, da minha história, da história dos meus pais, dos meus irmãos, da minha rainha Maria Bonita, a história dos meus perseguidores, do cangaço de modo geral, é real, escritas por pessoas que foram lá por onde eu passei, e foram informadas o que eu fiz, o que não fiz, o que deixei de fazer de bom e de ruim, e de que eu fui acusado como o mandante ou o feitor disso ou daquilo.

Esta foi a mué da mina vida durante o meu tempo de bandulero

Para você encontrar livros sobre minha história verdadeira, entre em contato com o professor Pereira, lá de Cajazeiras, no Estado da Paraíba, através deste e-mail abaixo, 

franpelima@bol.com.br

pois se ele não tiver tudo sobre minha família e sobre a minha pessoa, ou sobre o cangaço, ele saberá lhe indicar quem tem estes livros, para que você não converse coisas sem fundamentos sobre minha passagem aqui na terra, já que tem até gente dizendo que eu fui gay e minha rainha Maria Bonita, corneava-me com o meu compadre Luiz Pedro. Menos verdade de quem diz. Melhor procurar saber o que as suas mulheres estão fazendo agora mesmo!

Neném do Ouro, Luiz Pedro e Maria Bonita

Convido-lhe para conhecer a minha história toda, e você irá ver que eu não fui tão ruim quanto dizem por aí. Não todas, mas uma boa parte das autoridades fazia o mal com as pessoas e jogava para cima de mim.

E si Maria vê eu bebeno uma ceivejina...!

Lógico que eu não fui Santo, mas satanás por completo eu não fui, apenas errei como todo o ser humano um dia erra na vida. E qual é o ser humano que ainda não errou? Para cima de mim, malandro! 

Eu apenas fiz uma brincadeirinha, mostrando aos governos que eles não são o que pensam que são. Hoje é que existem muitos Lampiões por aí, matando e roubando e ninguém faz nada em favor da população. Tem até político marginal, ladrão, safado, que rouba a União e ainda diz que não roubou...!

Ninguém sabe mais da minha vida do que eu. O melhor garoto propaganda do cangaço é o Virgulino Ferreira da Silva, "EU", o Lampião!

Nota: Esta postagem não tem nenhum valor literário para a literatura lampiônica. 

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ENCONTRO DE PESQUISADORES DO CANGAÇO EM PIRANHAS, ALAGOAS – SEMANA CARIRI CANGAÇO 2015

Autor – Rostand Medeiros
Piranhas, Alagoas – Semana Cariri Cangaço 2015

Até recentemente talvez muitos não imaginassem que um tema como o fenômeno de banditismo do Cangaço, sempre tão controverso, tão espinhoso, que produz tantas discussões apaixonadas, que mexe com tantas emoções (muitas delas terrivelmente dolorosas), conseguisse reunir pessoas em um evento onde ocorressem interessantes debates e instrutivas visitas aos locais onde aconteceram os fatos.

Mas este evento existe, já acontece há seis anos e é um grande sucesso. Estou comentando sobre o Cariri Cangaço, que recentemente encerrou mais uma edição em Piranhas, Alagoas. E eu estive lá!

Noite de Abertura do Cariri Cangaço Piranhas 2015. Aqui apoiando a homenagem criada pelo amigo Ivanildo Silveira (vestido a caráter) na entrega de Placas de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados a cultura nordestina a várias personalidades do universo da pesquisa e estudo do cangaço. Receberam a honraria: Manoel Severo (na foto, de paletó), curador do Cariri Cangaço; os pesquisadores; de Barro (CE), Sousa Neto; de Paulo Afonso (BA), Luiz Ruben; de Cajazeiras (PB), Professor Francisco Pereira e de Nazaré do Pico (PE), Netinho Flor.

O Cariri Cangaço teve sua primeira edição realizada em 2009, no Ceará, sendo uma ação do Instituto Cariri do Brasil. A frente desta luta pela nossa história está Manoel Severo, que com sua força, energia e seus sonhos, consegue com sucesso realizar este evento em várias cidades nordestinas.

Mesmo sendo o Cangaço um fenômeno que existiu exclusivamente no Nordeste do país, durante os dias 25 e 28 de julho eu tive a grata oportunidade de me reunir com pessoas vindas de 16 estados do Brasil. Eram pesquisadores, escritores, professores, estudantes universitários, artistas, documentaristas, cineastas e curiosos.

Junto com os amigos Ivanildo Silveira (RN) e Kiko Monteiro (SE)

Durante os quatro dias do evento aconteceram palestras com os temas “Piranhas e suas histórias”, “Um Estudo Multidisciplinar sobre o Cangaceirismo”, “Uma Viagem Fotográfica pelo Cangaço”, “A Vingança de Corisco no Palco dos Inocentes”, “Arqueologia do Cangaço”, entre outros.

A maioria das palestras ocorreu em Piranhas, principalmente no moderno Centro Cultural Miguel Arcanjo. No local também ocorreram apresentações do Grupo Musical Armorial e do Teatro do Cordel da Rabeca, este último com o espetáculo “O Amor de Filipe e Maria e a Peleja de Zerramo e Lampião”.

Com Sousa Neto (CE) e Kiko Monteiro (SE)

Em relação à bela cidade alagoana de Piranhas, conhecida como “Lapinha do Sertão”, é indiscutível que ela recebeu a todos de braços abertos e com extrema atenção. Uma parte da organização esteve sob a competente batuta do empresário Celso Rodrigues e de Patrícia Brasil, sua distinta esposa e secretária de cultura e turismo do município de Piranhas. Além deles inúmeras pessoas da região trabalharam arduamente para que os debates e as apresentações sobre a história dos cangaceiros e de suas vítimas fossem democratizados de maneira ímpar.

Com o Dr. Lamartine (BA) e sua esposa

Já sobre as visitas é inegável que todas foram extremamente interessantes. Mas, pessoalmente, adorei a visita realizada no local do Combate de Maranduba. E a razão foi está ao lado do Dr. Lamartine de Andrade Lima.

Aí vou ter que fazer uma paradinha para comentar que este tranquilo alagoano de nascimento, que mora em Salvador a muitos anos, possui entre seus títulos e realizações o fato de ser um orgulhoso Oficial Superior Médico da Marinha do Brasil, ter realizado o Curso Superior da Escola de Guerra Naval, ser detentor da Medalha do Mérito Almirante Tamandaré, da Medalha Militar de Prata, da Medalha de Ouro do Memorial da Medicina Brasileira, ser Professor Honorário da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, Professor-Assistente de Medicina Legal da Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública, Assistente Voluntário de Medicina Legal da Universidade Federal da Bahia, Perito Médico-Legal do Instituto “Nina Rodrigues”, além de ser um dos mais respeitados estudiosos do cangaço no Brasil. Ligado intelectualmente ao mestre Estácio Luiz Valente de Lima – criador do Museu do Cangaço e cientista que escreveu o “Mundo estranho dos Cangaceiros” – livro clássico sobre o tema, o Dr. Lamartine também realizou criteriosos estudos sobre o assunto, baseados em persistente pesquisa e na convivência que teve com inúmeros cangaceiros, presos em Salvador, e acompanhados pelo Dr. Estácio.

Dr. Lamartine reconhecendo as velhas munições

Apesar de todo o seu vasto currículo e de toda sua sabedoria, pessoalmente a mais importante situação que percebo no contato com o Dr. Lamartine é a sua extrema simplicidade e sua inegável vontade de dividir o conhecimento.

Após a realização da visita ao local onde existe uma cruz que marca o ponto principal do Combate de Maranduba, eu e o amigo Kiko Monteiro seguimos para a Capela de Santa Luzia, padroeira da comunidade, com a intenção de esperar o amigo Ivanildo Silveira e seguirmos viagem. Mas ali encontramos o Dr. Lamartine em animada palestra com dois agricultores da região. Debatiam sobre um local denominado “Fogo dos Homens”, onde presumivelmente ocorreu um desdobramento do Combate de Maranduba.


O tempo estava chuvoso, do jeito que os agricultores nordestinos gostam, mas isso não impediu que o Dr. Lamartine convidasse os agricultores, o amigo Kiko e eu, para visitarmos o dito local que ficava a cerca de dois quilômetros de distância. Seguimos no seu carro e logo desabou o maior toró, mas mesmo assim o Mestre nem se importou. Esperamos um tempo a chuva aplacar, enquanto o Dr. Lamartine dava uma verdadeira aula sobre os caminhos naturais das chuvas no sertão, analisando empiricamente a direção das gotas, a velocidade do vento e outras condicionantes.  


Pouco tempo depois a chuva diminuiu e podemos chegar ao local do “Fogo dos Homens”. E aí eu tive a grata oportunidade de ter uma aula com alguém que sabe ensinar e sabe o que está falando!

O Dr. Lamartine seguiu pelo campo protegido por uma sombrinha e escutava com paciência e interesse os relatos dos agricultores. Eles informaram que ao longo dos anos, quando aravam a terra neste local, sempre encontravam cápsulas deflagradas. Ele questionou os locais onde mais eles encontravam estes restos de munições de fuzis, os pontos onde existiram árvores mais antigas e resistentes que serviram para a defesa dos cangaceiros, ou policiais. Seguia visitando os marcos indicados por aqueles homens simples, sempre ouvindo mais que perguntando.

Junto ao Mestre Lamartine e seus informantes. Uma grande aula!

Ao final, na parte mais elevada do local, a partir das informações recebidas daqueles simples nordestinos, o Dr. Lamartine fez uma memorização muito acurada do que foi publicado sobre o Combate de Maranduba, realizou sucinta análise do uso militar do terreno em que nós encontrávamos, dos pontos existentes para uma defesa satisfatória, dos possíveis pontos de disparos, dos locais favoráveis a emboscadas, rotas de fuga e etc.

Em mais de uma hora naquele local eu tive uma intensa e profunda aula sobre táticas de combate e a arte da guerra como jamais tive em toda minha vida.

Aprendendo mais com dois Mestres – Antônio Amaury Corrêa de Araújo (de SP, sentado á minha direita) e o Dr. Lamartine (a minha esquerda)

Como diz meu amigo Sousa Neto, “Uma coisa é ler sobre um combate, a outra é está no local onde tudo ocorreu e assim conseguir um melhor entendimento dos fatos”. E eu complemento – E muito melhor é está em um local desses ao lado de um Mestre como o Dr. Lamartine de Andrade Lima.


Voltando a Semana Cariri Cangaço 2015. Este evento também contou com a participação do estado de Sergipe, através da inauguração do Memorial Alcino Alves Costa, no município de Poço Redondo. O sergipano Alcino Costa (já falecido) foi um escritor, pesquisador e memorialista que conviveu com inúmeros cangaceiros e vítimas deste fenômeno, a quem tive o privilégio e a honra de conhecer em 2010.


Não podemos olvidar que este encontro foi realizado em parceria com a SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, do Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará e o Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço.
Com o amigo Raul Meneleu Mascarenhas (SE)

Paralelo a Semana Cariri Cangaço 2015 ocorreu mais uma edição da Missa do Cangaço, na Grota do Angico, local da morte de Lampião e Maria Bonita em 1938. A Grota do Angico fica localizada na divisa dos municípios de Poço Redondo e Canindé do São Francisco, já a missa tem o objetivo de homenagear o aniversário de morte de Lampião, Maria Bonita e nove outros membros do seu bando, bem como também de preservar e manter viva a história do Cangaço. 

Junto com Vera Ferreira (SE), neta de Lampião e Maria Bonita

Este evento foi promovido pela jornalista Vera Ferreira, neta deste famoso casal de cangaceiros. Pessoalmente foi um momento muito positivo me reencontrar com Vera Ferreira, a quem não via já fazia um bom tempo e a quem tanto eu admiro!

Como está descrito no blog do Cariri Cangaço ( http://cariricangaco.blogspot.com.br/ ) – “A cada edição o número de expectadores e convidados especiais só aumenta, em cada sede, em cada cidade, mais do que um evento, mais que uma reunião de escritores e pesquisadores, mais que um responsável conjunto de palestras, painéis debate histórico, mais do qualquer coisa, traduzimos nosso Cariri Cangaço como um espetacular encontro de amigos”.

Escrito pelo historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Mendeiros

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Piranhas no tempo do Cangaço, novo livro de Gilmar Teixeira


Depois de lançar o livro que foi sucesso, o "QUEM MATOU DELMIRO GOUVEIA", agora o escritor Gilmar Teixeira trás para nós outra obra que já está sendo bem procurada pelo leitor, escritores, pesquisadores e colecionadores do cangaço com o título: "PIRANHAS NO TEMPO DO CANGAÇO". 


Para adquirir estas 2 excelentes obras basta entrar em contato com o escritor Gilmar Teixeira através deste e-mail:

gilmar.ts@hotmail.com

Adquira logo, antes que os escritores, pesquisadores e colecionadores as arrebatam!

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LAMPIÃO O CANGAÇO E SEUS SEGREDOS

Por Sabino Bassetti

O mais novo lançamento do espetacular pesquisador e escritor SABINO BASSETTI

IMPERDÍVEL !!!

Faça seu pedido diretamente com o autor, através do e-mail:
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R$ 40,00 (Quarenta reais)

com frete já incluído, e será enviado devidamente autografado pelo autor, para qualquer lugar do país.

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LAMPIÃO, O CERCO FATAL (VIII)

Por Clerisvaldo B. Chagas, 27 de julho de 2015 - Crônica Nº 1.460

Tentaremos resumir 27 páginas em uma crônica.

27.07.1938. (Quarta-feira).

São cinco frentes nos acontecimentos.

Joca do Capim, com raiva da esposa por um motivo e de Pedro de Cândido, por outro, quer entregar o bando às volantes. Em Piranhas, dia de feira, João Bezerra tem partido e, Joca fica aguardando a chegada de Aniceto.


No coito, Lampião pede a Durval para vir no dia seguinte, levar a máquina de volta e receber o dinheiro das carnes consumidas. Somente bodes para levar foram 36.

Em Piranhas, Pedro combina com Bezerra ou na noite anterior ou naquela manhã sobre o envenenamento. Envia um telegrama para ele mesmo como se tivesse sido chamado para o Moxotó. Os coiteiros vão contar a Lampião.

À tarde, chega Aniceto em Piranhas e logo Joca conta tudo e manda apertar Pedro de Cândido. Aniceto passa telegrama para Bezerra dizendo que o boi está no pasto.

Combinam-se para se encontrar em Pedra. Ali se encontram Aniceto, Bezerra e o aspirante Francisco Ferreira que tem volante pronta e é espião do governo contra o tenente João Bezerra. O aspirante discute com Bezerra que não quer levá-lo. Chega Domingos dos Patos trazendo recado de Pedro de Çândido.

Depois do meio-dia Pedro foi levar a carga envenenada a Lampião, com a ajuda de Durval.

Perto de Pedra, após a discussão, as três volantes partem juntas para Piranhas. Levam metralhadoras emprestadas. Chegam a Piranhas já à noite e com chuva. Arranjam três canoas e descem o rio, mas só os comandantes sabem para onde.

No coito um vento frio encanou pelo grotão. Os bandidos se recolheram no escuro e somente uma vela permanecia acesa na barraca de Lampião. Maria Bonita, emburrada com Lampião, conversava com Cila em uma pedra.

A tropa manda buscar Pedro de Cândido e que forçado, vai guiá-la até a grota, juntamente com o irmão Durval.

Após várias peripécias, as três volantes estão diante do coito ainda antes de amanhecer o dia, guiadas por Pedro e Durval. As volantes dividem-se em várias frentes e surpreendem os bandidos ainda com escuro, frio e neblina.

É feito o ataque que termina com onze cangaceiros mortos e um volante. Lampião e Maria Bonita desencarnaram.

*Narrativa baseada no livro: CHAGAS, Clerisvaldo B. FAUSTO, Marcello. Lampião em Alagoas. Maceió, Grafmarques, 2012.

Amanhã: última crônica da série.



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“O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO” O que disseram os JORNAIS SERGIPANOS

Autor Antonio Corrêa Sobrinho

"CORREIO DE ARACAJU" - 28/07/38 - SERÁ VERDADE?

Consta-nos com fundamento que, pela polícia alagoana, comandada pelos tenentes Bezerra e Ferreira, foram mortos, no povoado Angicos, os bandidos LAMPIÃO, ROQUE, LUIZ PEDRO e mais sete cujas cabeças estão expostas na vila alagoana de Piranhas.

O livro “O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO” O que disseram os JORNAIS SERGIPANOS custa 30,00 reais, com frete incluso. 

Como adquiri-lo:
Antonio Corrêa Sobrinho 
Agência: 4775-9
Conta corrente do Banco do Brasil: N°. 13.780-4

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CAPITÃO ANNIBAL FERREIRA

Capitão Annibal Ferreira - acervo: http://cangaconabahia.blogspot.com

O capitão Annibal Ferreira foi um militar que usou meios para que os remanescestes da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica e Cia" entregassem as suas armas e engajasse novamente à sociedade. Foram tantos que receberam os seus alvarás de solturas, e caminharam em busca dos seus familiares e atividades de antes. 

Adquira logo este livro. É um excelente trabalho do Luiz Ruben

O livro: "Fim do Cangaço: As Entregas" de Luiz Ruben F. de A. Bonfim fala em diversos grupos de cangaceiros que em Jeremoabo se entregaram  a esta autoridade, e todos eles foram perdoados os seus feitos pelo capitão Annibal Ferreira.

Capitão Annibal Ferreira - acervo: http://cangaconabahia.blogspot.com

Recebi ontem à noite estas duas fotos cedidas gentilmente pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio e, que irá para o meu arquivo e do pesquisador Antonio de Oliveira, lá de Serrinha, no Estado da Bahia, que mesmo com mais de 7 anos de pesquisas sobre cangaço, nós  ainda não conhecíamos o grande protetor dos cangaceiros de Lampião o capitão Annibal Ferreira.

Agradeço ao professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio pela consideração e gentileza.

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quinta-feira, 30 de julho de 2015

CARIRI CANGAÇO DE PIRANHAS: UM EVENTO PARA NÃO SER ESQUECIDO.

*Por João de Sousa Lima

CARIRI CANGAÇO DE PIRANHAS: UM EVENTO PARA NÃO SER ESQUECIDO.

Sou suspeito quando me refiro à cidade de Piranhas, pois sou incondicionalmente apaixonado por essa Veneza São Franciscana e, para completar, ela sempre foi um dos meus palcos de pesquisas sobre o cangaço.

Acostumado andar Brasil afora participando de congressos, encontros, seminários e eventos voltados para o tema cangaço, estive no 1° Encontro de Escritores do Cangaço acontecido em Brasília e depois disso em todas as edições do Cariri cangaço e produzimos aqui em Paulo Afonso três seminários sobre o Centenário de Maria Bonita, A Rainha do Cangaço.

Todos os eventos servem para reencontrarmos amigos, escritores e pesquisadores. Ao longo do tempo surgiu uma grande irmandade entre todos (ou quase todos, pois algumas rusgas existiram e existem sempre, mesmo sendo apaziguados os mais exaltados quando os nervos afloram em discussões).


O Cariri cangaço Piranhas 2015, confesso, me surpreendeu. Nunca a cidade havia se movimentado tanto diante de um objetivo; os responsáveis pelo projeto suaram a camisa e mobilizaram um evento de porte grandioso. Começando pela forma de trabalho, divulgando e visitando pontos históricos que registraram fatos ligados ao cangaço. 

Todos puderam aprender “IN LOCO” sobre as ações acontecidas na região, desde a fazenda Picos onde Inacinha foi baleada e presa, passando pela Cachoeirinha onde o cangaceiro Gato fez várias mortes e seguiu para invadir Piranhas na tentativa frustrada de resgatar sua companheira.


Chegando ao palco da chacina maior, na fazenda Patos, onde Corisco assassinou a família do inocente Domingos Ventura, em vingança a morte de Lampião. Em homenagem as mortes, plantamos várias árvores caatigueiras, contribuindo com a preservação da natureza.

Na abertura da Semana do Cangaço de Piranhas, com o auditório Miguel Arcanjo lotado, todas as tribos estavam lá. A filarmônica Mestre Elísio recepcionou o grande público entoando várias canções do cenário nordestino, em destaque as obras do Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

De Paulo Afonso seguimos em caravana: Eu, Josué Santana, Nely Conceição, Aninha Lúcia, Alan, Ivan Caetano, Luiz Ruben, Antônio Martins, Macário, Gilmar Teixeira, Joventino e Antonio Lira.


Dentre tantas personalidades revi pessoas que gosto muito: Jorge Remígio, Narciso Dias e Catarina, Sousa Neto, Leila, Jair Tavares, Patrícia, Paulo Brito e Anne, Severo e Ingrid, Aderbal Nogueira, Afrânio, Osvaldo, Archimedes, Ivanildo Silveira, Kiko Monteiro, Railda, Rostand, Zé Cícero, Inácio Loiola, Cacau, Jairo e Angecila, Juliana Pereira, Lamartine Lima, Edvaldo Feitosa, Leandro Duran, Oleone, João Bezerra, professor Pereira, Tomaz e seu escudeiro Afrânio, Berg Taylor, Primo de São Bento do Uma, Wescley, Urbano Silva, Marcos Carmelita e Silvana, padre Agostinho Justino, José Tavares, Elane, Cristiano, Manuel, Lívio Ferraz, Louro Telles.  O clã dos “Rodrigues” representados pelos amigos Celso, Jaqueline, Celsinho, Patrícia Brasil e os irmãos Reginaldo e Petrúcio. Os Rodrigues estiveram diretamente ligados na organização e no bom andamento da Semana do cangaço de Piranhas.

Um dos fatos mais marcantes foi a Homenagem ao escritor e amigo Alcino Alves Costa, com a inauguração do seu Memorial, em Poço Redondo, onde fotos e objetos espalhados em salas relembraram aquela figura excepcional. Na mesma cidade visitamos Maranduba, lugar de um dos maiores combates entre cangaceiros e policiais.


Dos acirrados debates podemos conhecer os pesquisadores que estudam com seriedade o tema e os que tentam a todo custo colocar fatos tirados da invencionice e da incapacidade de ser sério no que faz, porém, esses maus pesquisadores são rebatidos por diálogos exasperados e o tempo mesmo cuidará de afastá-los dos bons.

De algumas palestras tiramos proveito, aprendemos, socializamos. Dos lugares visitados vemos o palco das lutas sangrentas daquele tempo e temos a dimensão do que foi o fenômeno cangaço no nordeste brasileiro. Na travessia do milenar Rio São Francisco visualizamos as belezas daquela paisagem exuberante.


Ganhamos muito em participar de eventos dessa grande. Na magnitude das expressões apresentadas ganhamos conhecimento. Em cada página debatida ou visualizada extraímos alguma coisa de bom. As trilhas, as palestras, as subidas, o tempo sempre curto, a sede, a fome, o sono... tudo isso é superado nas rodas de conversas dos amigos.

Mais nada, nada mesmo, supera os abraços, os risos, as resenhas engraçadas, as várias fotografias que eternamente farão parte da história de nossas vidas...        ... Nada supera essa irmandade. Finda-se um evento e  recompomo-nos, então a saudade surge, olhamos as imagens e tudo vem à tona...


...Nada paga aqueles sorrisos...   ...Na lembrança dos trajetos trilhados a história se perpetua e as imagens dos amigos grudam na alma feito tatuagem que teima em ser eterna....

Paulo Afonso, 30 de julho de 2015

*João de Sousa Lima
Membro da ALPA- Academia de Letras de Paulo Afonso – Cadeira 06
Escritor e Historiador

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