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sábado, 15 de outubro de 2011

Roberto Carlos faz matrimônio

Por: José Mendes Pereira


Em 1968, no dia 8 de maio. o Jornal "Tribuna do Norte, do saudoso ex-governador do Rio Grande do Norte,


 Aluízio Alves piblicou o seguinte:


Rio (TN) - Roberto Carlos está em dificuldades para casar-se, pois a sua habilitação matrimonial no Brasil, é impossível, de ver que a sua noiva é desquitada. O rei embarcará sexta-feira para Bolívia, onde contrairá núpias com a senhora Cleonice Rossi.


ADENDO

Roberto Carlos em 1966, em O Calhambeque, durante apresentação na TV Portuguesa RTP, no programa “Canção é Espectáculo”:
 


Roberto Carlos em 1971, interpretando Não vou ficar, de Tim Maia:



Roberto Carlos e Maria Bethânia em 1979, interpretando Desabafo:



Nos 70 anos de Chacrinha, Roberto Carlos canta Amor perfeito, em 1987:



Regina Casé invade o especial de Roberto Carlos em 1993:


Fontes:

Tribuna do Norte

O cineasta libanês de Lampião


Por: Isaura Daniel

As únicas filmagens que existem do cangaceiro Lampião têm como autor um imigrante libanês: Benjamin Abrahão Botto. Ele registrou o cotidiano de Virgulino e seu bando na década de 30 na caatinga.

São Paulo – A imigração árabe está tão presente no cotidiano brasileiro que tem participação até na história de um dos grandes mitos do país, o cangaceiro Lampião. Foram mãos da colônia as responsáveis por fazer as únicas imagens de Virgulino Ferreira da Silva, quando lutou contra o coronelismo no Brasil, na primeira década do século passado. O cineasta se chamava Benjamin Abrahão Botto, e, mesmo sem ser profissional, fez, entre os anos de 1935 e 1937, filmagens do cangaceiro e seu bando, no interior do Nordeste.


O que um libanês foi fazer na caatinga nordestina atrás do temido Lampião? A resposta nem os pesquisadores sabem ao certo. Segundo o escritor Antonio Amaury Corrêa de Araujo, que tem onze livros publicados sobre Lampião, é possível deduzir que a motivação foi econômica. “Acredita-se em dois fatores importantes. Primeiro, o Lampião já era uma lenda e Benjamin queria o desafio de entrevistar, fotografar uma lenda. Segundo, ele estava sendo remunerado e bem remunerado”, diz o jornalista Artur Aymoré, autor do livro “O Outro Olho de Lampião – A imprensa e o cangaceiro”, publicado neste ano.

É preciso dizer que Benjamin chegou do Líbano, na época em que seu país pertencia ao Império Turco Otomano, ainda jovem. Assim como muitos árabes, Benjamin chegou com um nome, Jamil Ibrahim, e adotou um outro, Benjamin Abrahão Botto, quando desembarcou, conta Araujo. Os registros históricos indicam que ele chegou a ser mascate e depois a ter uma loja de armarinhos. Seu destino, porém começou a se desenhar para os lados de Lampião quando foi ser secretário de Padre Cícero. Relata Araujo que Benjamin conheceu o cangaceiro por meio do Padre Cícero, em 1926, em Juazeiro, no Ceará.


O trabalho de registro do bando apareceu depois da morte do sacerdote. “Uma empresa alemã contatou uma pequena agência cinematográfica que havia em Fortaleza (Ceará) chamada AbbaFilmes. A AbbaFilmes contatou o Benjamin e perguntou se ele gostaria de encarar esse desafio. Era um desafio porque ele era procurado pela polícia em sete estados”, diz o jornalista Aymoré. Benjamin conseguiu chegar até o bando e teve acesso, então, até a simulações de ataques por parte dos cangaceiros. “O Benjamin era um homem extremamente sociável, acolhedor e conseguiu convencer Lampião de que o documentário reforçaria a sua imagem como destemido, lutador pela justiça social”, diz Aymoré.

A filmagem, porém, não deu seus frutos de imediato. "O filme chegou a ser exibido uma única vez em Fortaleza, mas durante a sessão de cinema a polícia invadiu o local e as pessoas que estavam ali acabaram não assistindo o filme por inteiro. A polícia apreendeu o filme e ele ficou encostado lá, jogado num depósito da Polícia Federal durante mais de 25 anos”, relata Aymoré. Anos depois, cineastas conseguiram resgatar o material e extrair dele nada mais do que 15 minutos. As cenas, aliás, estão no filme "Baile Perfumado", feito pelos diretores Lírio Ferreira e Paulo Caldas sobre Benjamin na década de 90.


Mas e Benjamin, o que foi feito dele após as filmagens? A sua vida, na verdade, foi muito curta no pós-Lampião. Ele foi assassinado alguns meses depois. E se há muitas informações desencontradas sobre a vida de Benjamin Abrahão Botto, há ainda mais a respeito da sua morte. O escritor Araujo chegou a conversar com um delegado, Enésio Mariano, que estava na casa ao lado da qual Benjamin foi morto.

“A morte dele foi um tanto quanto confusa. O que se sabe é que ele mantinha relações com a mulher do sapateiro, que era deficiente. Mas o Benjamin também tinha filmado o Lampião, pessoas importantes que tinham relacionamento com Lampião, e eu acho que essa foi a causa da morte dele. Como ele mantinha relacionamento com essa mulher, não sei até onde foi que colocaram na cabeça do sapateiro que ele precisava dar um fim no Benjamin. O genro e o filho do sapateiro mataram o Benjamin com 42 facadas”, diz Araujo.


O escritor Aymoré também desconfia da versão da morte por ciúmes e afirma que considera a versão de que foi a própria polícia a autora do crime a mais plausível. "O governo federal estava muito empenhado na captura do Lampião. Eles (os policiais) consideraram aquilo uma desvalorização, um cidadão estrangeiro vai e filma Lampião e os policiais não conseguem se aproximar”, explica o jornalista e escritor.

Dos demais detalhes da vida de Benjamin há poucos registros históricos. Teria vindo da cidade de Zahlé, diz Araujo. Também há notícias de que era muito simpático e até mulherengo. Uns dizem que era solteiro, outros que era casado e que teve até um filho. "Segundo se conseguiu saber, ele realmente tinha vocação para o cinema, tinha uma paixão pelo cinema e queria fazer disso uma profissão, ele tinha o sonho de ser cineasta. Essa versão, aliás, foi confirmada pelo filme Baile Perfumado", diz Aymoré.

Do blog AchaNotícia

Música de qualidade: Um debate Oportuno...

Campanha contra o Forró: "Eu quero meu sertão de volta".

Nos últimos dez anos tenho viajado freqüentemente pelo sertão de Pernambuco, e assistido, não sem revolta, a um processo cruel de desconstrução da cultura sertaneja com a conivência da maioria das prefeituras e rádios do interior. Em todos os espaços de convivência, praças, bares, e na quase maioria dos shows, o que se escuta é música de péssima qualidade que, não raro, desqualifica e coisifica a mulher e embrutece o homem.

O que adianta as campanhas bem intencionadas do governo federal contra o alcoolismo e a prostituição infantil, quando a população canta “beber, cair e levantar”, ou “dinheiro na mão e calcinha no chão” ? O que adianta o governo estadual criar novas delegacias da mulher se elas próprias também cantam e rebolam ao som de letras que incitam à violência sexual? O que dizer de homens que se divertem cantando “vou soltar uma bomba no cabaré e vai ser pedaço de puta pra todo lado” ? Será que são esses trogloditas que chegam em casa, depois de beber, cair e levantar, e surram suas mulheres e abusam de suas filhas e enteadas? Por onde andam as mulheres que fizeram o movimento feminista, tão atuante nos anos 70 e 80, que não reagem contra essa onda musical grosseira e violenta? Se fazem alguma coisa, tem sido de forma muito discreta, pois leio os três jornais de maior circulação no estado todos os dias, e nada encontro que questione tamanha barbárie.

E boa parte dos meios de comunicação são coniventes, pois existe muito dinheiro e interesses envolvidos na disseminação dessas músicas de baixa qualidade.
E não pensem que essa avalanche de mediocridade atinge apenas os menos favorecidos da base de nossa pirâmide social, e com menor grau de instrução escolar. Cansei de ver (e ouvir) jovens que estacionam onde bem entendem, escancaram a mala de seus carros exibindo, como pavões emplumados, seus moderníssimos equipamentos de som e vídeo na execução exageradamente alta dos cds e dvds dessas bandas que se dizem de forró eletrônico. O que fazem os promotores de justiça, juízes, delegados que não
coíbem, dentro de suas áreas de atuação, esses abusos?

Quando Luiz Gonzaga e seus grandes parceiros, Humberto Teixeira e Zé Dantas criaram o forró, não imaginavam que depois de suas mortes essas bandas que hoje se multiplicam pelo Brasil praticassem um estelionato poético ao usarem o nome forró para a música que fazem. O que esses conjuntos musicais praticam não é forro! O forró é inspirado na matriz poética do sertanejo; eles se inspiram numa matriz sexual chula! O forró é uma dança alegre e sensual; eles exibem uma coreografia explicitamente sexual! O forró é um gênero musical que agrega vários ritmos como o xote, o baião, o xaxado; eles criaram uma única pancada musical que, em absoluto, não corresponde aos ritmos do forró! E se apresentam como bandas de “forró eletrônico”! Na verdade, Elba Ramalho e o próprio Gonzaga já faziam o verdadeiro forró eletrônico, de qualidade, nos anos 80.

Em contrapartida, o movimento do forró pé-de-serra deixa a desejar na produção de um forró de qualidade. Na maioria das vezes as letras são pouco criativas; tornaram-se reféns de uma mesma temática! Os arranjos executados são parecidos! Pouco se pesquisa no valioso e grande arquivo gonzaguiano. A qualidade técnica e visual da maioria dos cds e dvds também deixa a desejar, e falta uma produção mais cuidadosa para as apresentações em geral.

Da dança da garrafa de Carla Perez até os dias de hoje formou-se uma geração que se acostumou com o lixo musical! Não, meus amigos: não é conservadorismo, nem saudosismo! Mas não é possível o novo sem os alicerces do velho! Que o digam Chico Science e o Cordel do Fogo Encantado que, inspirados nas nossas matrizes musicais, criaram um novo som para o mundo! Não é possível qualidade de vida plena com mediocridade cultural, intolerância, incitamento à violência sexual e ao alcoolismo!
Mas, felizmente, há exemplos que podem ser seguidos.

A Prefeitura do Recife tem conseguindo realizar um São João e outras festas de nosso calendário cultural com uma boa curadoria musical e retorno excelente de público. A Fundarpe tem demonstrado a mesma boa vontade ao priorizar projetos de qualidade e relevância cultural.

Escrevendo essas linhas, recordo minha infância em Serra Talhada, ouvindo o maestro Moacir Santos e meu querido tio Edésio em seus encontros musicais, cada um com o seu sax, em verdadeiros diálogos poéticos! Hoje são estrelas no céu do Pajeú das Flores! Eu quero o meu sertão de volta!

Autor: Anselmo Alves
Agradecimento: Ao amigo Fábio Passa Disco

Dedicado a Dihelson Mendonça


Fonte: Publicado em: 
http://blogdocrato.wordpress.com
Extraído do blog do Secretário de Aurora José Cícero
 
LEIA MAIS EM:
www.jcaaurora.blogspot.com
www.prosaeversojc.blogspot.com
www.blogdaaurorajc.blogspot.com
www.seculteaurora.blogspot.com
www.aurora.ce.gov.br

O GALANTEADOR E A DAMA DE VERMELHO

Por: Archimedes Marques

Num lindo dia de sábado chegou nesta cidadezinha um representante comercial de máquinas de costurar da empresa Singer.

Na cidade de Queimadas na Bahia, havia um fazendeiro coiteiro e fiel amigo de 


Lampião, possuidor de uma fazenda naquela região e uma casa na cidade e que era casado com uma bonita mulher, tão bonita quanto bem feita de corpo, uma mulher bem torneada dos pés à cabeça, principalmente nas suas curvas da cintura e quadril que bem contrastava com a sua abundante bunda redonda e chamativa, enfim, uma mulata sertaneja daquelas de fechar quarteirão que deixava os homens que a observavam, mesmo de relance, de queixos caídos.

Entretanto, todos sabendo da fama de homem ciumento que era o Coronel, além de amigo dos cangaceiros, ninguém se atrevia a tocar galanteios com a moça, até mesmo por medo de perder a língua e algo mais.

Num lindo dia de sábado chegou nesta cidadezinha um representante comercial de máquinas de costurar da empresa Singer.


Homem bem vestido, metido a galã e com fama de ousado e pretensamente corajoso. Ousado, porque tinha a fama de mexer com todas as mulheres bonitas, fossem elas casadas ou não, filhas de família ou mulheres de vida. Fosse mulher bonita o cidadão galanteava cantadas no sentido de leva-la pra cama.

Como o rapaz era novo na região, estando na cidade só por aquele dia, então passeando na feira a visitar lojas e comerciantes para vender o seu produto avistou a mulher do coronel, deslumbrante e vestida num vestido vermelho justo e colado ao corpo que fazia jus a todas os seus predicativos. O seu corpo violão chamava a atenção de todos que, no entanto, faziam de conta que ali passava uma mulher comum dentre as tantas outras existentes na cidade. Distraidamente, mas com intenção de jegue foi o dito galã em direção de tão bonita dama. Sorrateiramente e carinhosamente passou a mão na bunda da
moça, soltando um galanteio sem nexo pensando estar abafando.

A mulata estrutural parou, encarou o corajoso galanteador sem lhe dar uma palavra sequer e seguiu para a sua casa que ficava ali mesmo na praça da feira. Os expectadores estarrecidos com a ousadia e coragem do novato, trataram logo de se afastar do cabra já prevendo o problema que ele terminara de gerar. Mesmo assim um senhor compassivo e até penalizado, que a tudo assistira disse a ele quem era a dama ofendida e o que provavelmente lhe esperava caso ele não fugisse de imediato da cidade. O atrevido cidadão sorriu despreocupado e respondeu que não iria embora antes de terminar seu serviço de venda que se daria por todo aquele dia, agradeceu o aviso e mostrando uma pistola de dois canos, escondida no cós da calça, coberta pelo paletó xadrez, afirmou finalmente que era homem valente e corajoso e estava pronto para qualquer eventualidade.

Papel de Parede Halle Berry fotos

Continuou o seu serviço e não sendo importunado como todos achavam que seria, voltou para a pensão onde se hospedara e dormiu o sono dos inocentes a sonhar com as suas conquistas femininas, desprezando o evasivo fora que levou da dama de vermelho e do perigo que pensavam que ele estava passando. A sua arma era o seu porto seguro.


Dia seguinte, logo cedinho, ainda escuro, o rapaz encilhou seu cavalo, arrumou a mala de amostras no alforje com a intenção de seguir viagem até a Estação Ferroviária de Santa Luz, aonde pegaria o trem. Na saída da cidade, um sujeito vindo do nada agarrou o cavalo pelo sedén, jogando o cavaleiro no chão, daí em rápida ação apareceram mais dois cabras, um deles com chapéu de cangaceiro, espingarda na mão e um facão na cintura. Três contra um foi muito fácil dominar o galanteador e facilmente desarmá-lo da sua arma porto seguro, principalmente pela situação surpresa com que tudo aconteceu.

Ajoelhado e assustado e ex-corajoso esperou por alguns instantes a sua pena e logo apareceu de braços dados com um velho de compleição forte e boa aparência, a linda mulata por ele distratada em público.

Sem dó ou piedade a cabocla apontou o cabra que tremia feito vara verde para o seu coronel que perguntou:

- Foi este o mesmo cabra que te distratou na praça?

- Foi esse sim meu marido. Foi esse desgraçado mesmo. Respondeu a impiedosa dama agora não mais de vermelho, ou quem sabe, vermelha de raiva.

Os dois capangas do coronel e o cangaceiro deitaram e imobilizaram o cidadão no meio da lama que aos berros pedia perdão, daí o cangaceiro pegou o seu amolado facão e indeciso sobre o que fazer esperou a ordem do coronel que então consultou a mulher:

- Ele te passou a mão direita ou esquerda, mulher?

- Foi a mão esquerda, marido. Respondeu indiferente e alheia ao resultado, a dama.

Após o balançar da cabeça do coronel em sentido afirmativo, o cangaceiro num golpe rápido e certeiro decepou a mão do ousado galanteador que soltou um aterrador grito e ficou chorando e se contorcendo de angustia, desespero e dor, jogado na lama, até que um vivente o encontrou e foi correndo chamar o médico que o tratou e disse que a lama evitou que a hemorragia o matasse, ajudando a estancar o sangue. Logo o cidadão pegou o trem, nunca mais galanteou mulher alguma e muito menos voltou a Queimadas, sendo apelidado a partir de então por Zé Cotó.

Naquele dia, após o almoço já na sede da fazenda do coronel, o cangaceiro se despediu do anfitrião, que lhe agradeceu os préstimos e foi cuidar dos preparativos para hospedar o bando que chegaria daí a dois dias.

Referencia bibliográfica:

A narrativa é baseada no artigo intitulado "O Cometa, a Mulher e o Cangaceiro" de autoria de Miriam de Sales Oliveira da Rocha publicado no site artigonal, texto que a própria autora diz não saber se o fato foi real ou se é lenda do povo local, tanto é que não cita os nomes dos personagens. Assim o repasso noutras palavras, pois achei a história triste e interessante ao mesmo tempo, pois se trata de um trágico exemplo de que não se deve mexer com mulher alheia

Autor: Archimedes Marques - Delegado de Policia Civil no estado de Sergipe. (Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela UFS)
archimedes-marques@bol.com.br

meus+artigos/o+galanteador+e+a+dama+de+vermelho

O acidente do ex-governador do Rio Grande do Norte - Dix-Sept Rosado Maia

Por: José Mendes Pereira

Em 1951, sessenta anos já se passaram, no dia 13 de julho, a Tribuna do Norte do saudoso ex-governador


do Rio Grande do Norte Aluízio Alves, publicava o seguinte: 

Enlutados, desde ontem, o Governo e o Estado do Rio Grande do Norte

Em trágico desastre de aviação, ocorrido em Aracaju, faleceu o governador 

Ficheiro:Estátua-Dix-Sept-Rosado-Mossoró.jpg

Dix-Sept Rosado. Pereceram ainda, três auxiliares da administração e outros conterrâneos. Esperados, hoje os corpos nesta capital.

Notas

As primeiras notícias do trágico desastre de aviação ontem ocorrido em Aracaju, chegaram a esta capital desde cerca das 9 horas. Dentro de poucos minutos confirmava-se desgraçadamente, que o desastre se verificara com o avião das linhas Aéreas Paulistas no qual viajavam o governador Dix-Sept Rosado, diversos dos auxiliares imediatos de sua administração. e outros conterrâneos. E não tardou que a vítima e mais infausta notícia também aqui chegasse: haviam perecidos todos quantos viajavam no avião sinistrado.  

Fonte: Tribuna do Norte


Rubens Ontonho no rastro de Lampião

Os Lantyer, de Queimadas

A entrada de Lampeão e seu bando, em Queimadas, BA. em 22 de dezembro de 1929, se fez após a travessia, por canoa, do Rio Itapicuru.

Ponto atravessado por Lampeão e seu bando, em 22 de dezembro de 1929.

Desembarcou o grupo a cerca de 150 metros do chamado Chalé Lantyer. Caminharam em sua direção e encontraram dois homens diante de um automóvel. Foi assim que João Lantyer de Araújo Cajahyba tornou-se o primeiro a ser abordado por Lampeão e demais cangaceiros, após aqueles terem atravessado o Rio Itapicuru, diante da sua residência.


João Lantyer

O Chalé Lantyer, em seu aspecto original (Acervo família Lantyer)


João Lantyer, segundo à direita, com seu "Ford Bigode". Na extrema direita, o mecânico Patápio. Foto de 1928. Possuiu-o por pouco tempo. Vendeu-o para atender ao pedido da esposa, que temia que, em suas viagens, fosse novamente abordado por Lampião. Informação de Antonio Lantyer, seu filho, in Chalé Lantyer

Ali, João se encontrava com o mecânico Pedro Patápio realizando consertos no seu "Ford Bigode”. Após breve conversa com Lampeão, que solicitou o automóvel para adentrar a cidade no mesmo, informando-o que este se encontrava, como se podia perceber, com defeito, foi deixado para trás. Isto, enquanto o cangaceiro despachava alguns cangaceiros para neutralizar o telégrafo e avançou adentrando a cidade.

Zulmira Lantyer de Araújo Cajahyba, irmã de João, que se encontrava na residência da sua irmã, Djanira Lantyer de Araújo Cajahyba, quando foi chamada a ver a passagem do que seria uma tropa volante pernambucana. Reconheceu Lampeão e os cangaceiros que, passando-se por força volante, adentravam Queimadas.


Zulmira Lantyer

Tentou avisar a cidade, em uma ação poderia ter evitado o saque da cidade e o massacre dos soldados.
Entretanto, não deram crédito ao seu alerta. Tendo tomado a cadeia e quartel e prendido o sargento Evaristo e alguns praças, Lampeão fez tocar o apito que chamava os demais para o quartel. João Lantyer avistou e avisou um dos soldados que a pretensa volante era, na verdade, um "troço de cangaceiros” liderado por Lampião. Entretanto, o soldado não acreditou nele e seguiu para a morte.

Nascido em 24 de setembro de 1895, João Lantyer faleceu em 17 de dezembro de 1987, em Queimadas. Zulmira Lantyer faleceu em Queimadas em 25 de junho de 1989.Explore: Cangaço na Bahia


Lampião o Rei do Cangaço - Robin Hood ou Bandoleiro?



Uma carreira de horrores 

Lampião inspirou muita literatura, mas não foi a origem da palavra cangaço. No século XIX, ela já designava bandoleiros nordestinos que carregavam o rifle deitado sobre os ombros, lembrando a canga, arreio de madeira que vai sobre o pescoço dos bois, e o nome pegou. Canga, cangaço, cangaceiro. Filho de um pequeno proprietário rural, o rapaz sabia ler e era hábil artesão em couro. Mas entortou sua biografia em l915, quando acusou um empregado do vizinho José Saturnino de roubar uns bodes. A rixa entre as famílias durou anos. Em 1919, Virgulino e dois irmãos, Livino e Antônio, caíram no crime. Matavam gado do inimigo e assaltavam. No encalço dos três irmãos, a polícia prendeu um quarto, o inocente João. O pai, José Ferreira, fugiu. No caminho, hospedou-se na casa de um amigo, onde foi morto pela polícia. Virgulino, diz a lenda, jurou: "De hoje em diante vou matar até morrer "Crueldades varrem o Sertão. Não dá para enumerar as atrocidades cometidas por Lampião. Sob o escudo da vingança, ele tornou-se um "expert" em "sangrar" pessoas, enfiando-lhes longos punhais corpo adentro entre a clavícula e o pescoço. E consentiu que marcassem rostos de mulheres com ferro quente, Arrancou olhos, cortou orelhas e línguas. Castrou um homem dizendo que ele precisava engordar. Não há nada que justifique práticas assim. Mas muitos pesquisadores tentam explicá-las. "Lampião é um produto do seu meio", arrisca


Paulo Medeiros Gastão, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, com sede em Mossoró (RN). "Ele foi levado por fatores ligados à vida no sertão, como ignorância, secas, ausência de governo e de Justiça", diz Gastão. Mas argumentos assim, alegados por muitos estudiosos, não são suficientes para entender Lampião. É o que garante o historiador americano Billy Jaynes Chandler, especialista do assunto: "Sua história, com todas as suas excentricidades, é toda dele". O ambiente em que o bandido cresceu, porém, tem seu peso.
De acordo com Vera Lúcia F. C. Rocha, da Universidade Estadual do Ceará, "o código de honra do sertão não culpabiliza os homens que matam por vingança, mas enaltece sua coragem". Vera, que lançou o livro Cangaço: Um Certo Modo de Ver, lembra que aquela sociedade repete para os meninos: "Seja homem". Será que era a essa expectativa que Virgulino Ferreira tentava atender?

Ele não tinha compromisso com classes sociais, embora tenha surgido num ambiente de injustiça. Era amigo de qualquer um que o apoiasse e inimigo dos que o contrariavam.  Fossem coronéis ou miseráveis. 

Nada a ver com Robin Hood.  Não são poucos os que vêem em Lampião um Robin Hood nordestino. "Ele foi bandido, mas também teve atitudes de distribuir o que tomava", diz o pesquisador


Antônio Amaury C. de Araújo, de São Paulo, que escreveu seis livros sobre o cangaço. É, houve passagens assim. Em 1927, o bando entrou em Limoeiro do Norte (CE) jogando moedas para as crianças. Cena semelhante acontecera em Juazeiro, quando, num dos mais absurdos episódios da história brasileira, o bandido foi convocado para combater a Coluna Prestes. "

 

O historiador inglês Eric Hobsbawm chegou a classificá-lo como um "bandido social" - não exatamente um Robin Hood, mas um tipo vingador. "Sua justiça social consiste na destruição", disse Hobsbawm, que foi criticado pela avaliação. Billy Chandler, por exemplo, acha que Lampião só poderia ser considerado um bandido social por ter raízes em um ambiente injusto, nunca por se preocupar com a justiça social. Villela concorda.
Para ele, Lampião resistiu a um tipo de migração vergonhosa, a migração do medo, que empurrava para longe gente ameaçada por inimigos ou pela policia. Para não passar por covarde, assumiu o nomadismo e a violência. As boas ações seriam um "escudo ético", na opinião de


Frederico Pernambucano de Mello, superintendente de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco, de Recife. Lampião, apesar de perverso, queria ser visto como um homem bom. Truques que davam certo. O conhecimento do ambiente e o uso de algumas táticas davam vantagem ao cangaceiro.   Rastros: Uma forma de escondê-los era andar em fila indiana, todos pisando na mesma pegada. O último ia de costas, apagando-a com plantas.
Comunicações: Quando entrava numa cidade, o bando cortava o fio do telégrafo e tomava o posto telefônico, impedindo pedidos de socorro. Estradas: Eram evitadas. Os bandoleiros iam por dentro da caatinga. 
Psicologia: Não deixavam a polícia avaliar o resultado dos combates. Levavam os mortos e, quando não dava, cortavam-lhes as cabeças, dificultando a identificação. 
Apelidos: Quando um integrante do grupo morria, seu apelido era adotado por um novato. Essa é uma das razões que faziam os cangaceiros parecer invencíveis, pois os nomes eram imortais.
Alarmes: Sempre havia cães acompanhando o bando. Eles funcionavam como sentinelas. Havia também um sistema banal de alarme. Consistia em cercar o acampamento com fios ligados a sinos.

(Fonte:  Super Interessante, Jun./97)

40 dicas certeiras para emagrecer 2kg

Especialistas garantem: adoção de pelo menos 10 dessas dicas pode emagrecer até dois quilos em um mês


Foto: Getty Images 

Chame o amigo ou namorado e comece uma atividade em dupla


1 - Monte um bom prato de salada antes de partir para a comida quente. Assim, você estará mais saciada quando for se servir dos alimentos mais calóricos
2 - Tem um amigo que precisa emagrecer? Forme dupla, assim um incentiva o outro nos dias de preguiça

3 - Tenha calma para comer. Não faça suas refeições de pé ou em frente à televisão. Sente-se em um local tranquilo e faça desse um momento de prazer
4 - Adeus, farinha! Corte alimentos que contenham esse ingrediente, porque ela transforma-se rapidamente em gordura no corpo. Ou, troque os alimentos com farinha branca pelos integrais!
5 - Pratique esportes. Para quem tem dificuldade em aderir ao treino da academia, esporte é uma ótima opção. Além de trazer mais motivação, você vai pensar duas vezes antes de desfalcar o time
6 – Durma bem e em quantidade suficiente para descansar. Diversos estudos já relacionaram a falta de descanso adequado ao excesso de peso
7 – Escove os dentes logo após a refeição. O hábito, além de garantir uma boca saudável, evita aquela vontade de comer um docinho
8 – Na hora de comer, que tal trocar o prato comum pelo de sobremesa? A falta de espaço vai obrigá-lo a comer menos
9 – Prefira alimentos frescos. Ao abandonar os industrializados, você reduz a quantidade de gordura e de sódio, retendo menos líquido. E ainda tem a vantagem de se alimentar de forma mais saudável 
10 – Troque o frito pelo assado, você reduz as calorias em um terço só com essa mudança no preparo no alimento
11 – Sai o refrigerante, entra a água. Substituir a bebida calórica e cheia de açúcar pela água economiza até 150 calorias
12 – Reduza o consumo de bebidas alcóolicas. Além de fazerem mal à saúde, elas não têm nutrientes
13 – Faça lanches entre as refeições. Comer de 3h em 3h acelera o metabolismo e evita que você coma demais
14 – Troque o elevador pela escada diariamente. A mudança pode significar um aumento de 15% no seu gasto calórico (dependendo de quantos andares você tem de subir)

15 – Faça como o André Guerato, jogador de tênis pelo Corinthians, que encontrou nas competições um incentivo para emagrecer. Inscreva-se em corridas, maratonas, torneios e o que mais e encontrar. Ninguém gosta de ficar em último lugar, portanto, é bem provável que você se empenhe mais
16 - À noite, no jantar, prefira alimentos light. Assim, você não dorme de barriga muito cheia e evita que os alimentos se acumulem e virem pneuzinhos
17 – Integral é a melhor opção. Troque a massa branca por essa variedade. As fibras ajudam no trânsito intestinal e dão sensação de saciedade por mais tempo

18 – Aposte nos alimentos naturais que ajudam a emagrecer como a linhaça, chia, quinoa e ração humana
19 – Apimente a refeição. A pimenta vermelha realmente ajuda a acelerar o metabolismo, basta acrescentar duas colheres de chá na sua comida
20 – Troque a dieta pela reeducação alimentar. Os especialistas garantem que quem faz dieta tem mais tendência a oscilações de peso, mas quem opta pela reeducação permanece magro
21 - Aprenda a dizer não. Os psicólogos já sabem: engolir sapo pesa na balança
22 – Mexa-se mais. Faça um parte do percursso a pé ou de bicicleta para o trabalho. Apenas 30 minutos de atividade por dia para sair do sedentarismo
23 – Não deixe de tomar café da manhã. Quem começa o dia com uma alimentação mais equilibrada tende a seguir os mesmos passos nas demais refeições
24 – Faça um blog e relate sua batalha contra os quilos a mais. A escrita, além de ajudar a desabafar, pode contribuir para que você perceba o quanto anda comendo
25 – Vai sair com os amigos? Faça opções lights no barzinho trocando o chopp por um suco, e a batata-frita por peixe assado
26 – Evite feijão, repolho, couve-flor e pimentão. Esses alimentos formam gases e podem dar “aquela barriguinha”
27 – Controle seus sentimentos. Quando se sentir ansiosa ou triste, tente não descontar no chocolate
28 – Desnatado, por favor! Troque o leite integral pelo desnatado e economize nas calorias. A dica também é válida para iogurtes
29 – Brócolis ajuda a emagrecer. Como? Ele tem poucas calorias e é rico em antioxidante, que combate as gorduras
30 – Faça dieta pelo menos dois dias da semana. Se está difícil seguir o plano alimentar a semana inteira, escolha pelo menos dois dias para cortar as calorias. Nesses, consuma o mínimo de gordura, zero de fritura ou doces e corte o refrigerante.

31 – Aveia. Esses flocos são poderosos aliados para quem quer emagrecer. Participantes de um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) emagreceram 2,6% do peso em seis semanas incluindo aveia na alimentação

32 – Não deixe de comer esse ou aquele grupo alimentar. Carboidrato é tão importante como a proteína e gordura (mas aquela do bem!). O prato ideal mistura todos os grupos alimentares de maneira equilibrada
33 – Tem um cachorro em casa? Saia para passear com ele todo dia, pelo menos 15 minutos. Os dois vão entrar em forma
34 – Mantenha a saúde em dia. Controle os níveis de hormônios e evite que qualquer disfunção possa atrapalhar seu emagrecimento

35 – Não faça exercícios de barriga vazia! Sem combustível suficiente para o esforço, a intensidade da atividade e a queima de calorias sofrem redução
36 – Faça 30 minutos diários de atividade física, pode ser uma caminhada, por exemplo, que tal? Veja como começar
37 - Planeje um passeio no fim de semana. Pode ser a pé, de bicicleta ou patins. Além de espairecer, você estará se exercitando e perdendo gordurinhas
38 – Morrendo de vontade de comer um chocolate? A melhor hora para o doce é depois do almoço. Segundo os especialistas, ele se mistura com os outros ingredientes e seu efeito é menor
39 – Verduras escuras como rúcula e espinafre contém uma quantidade significativa de fibras e ajudam na saciedade
40 – Adeus, queijo amarelo! Risque da sua lista o tipo prato, gorgonzola, provolone e cheddar e aposte no queijo cottage e na ricota

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foto arquivo pessoal - Bárbara