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domingo, 8 de dezembro de 2024

MAIS OUTRA DO CORONEL SANTANA

 Por Bosco André

Coronel Santana

Numa de suas fazendas o Cel. Santana, mantinha um criatório de bodes e começou a desaparecer os bodes e o coronel chamou ao seu encarregado e disse:

- Compadre, isso é a onça que está pegando estes bodes e vamos pastorar a onça para matar”, lhe entregando um rifle.

Debalde aquela ordem do coronel, pois o compadre sempre alegava que não conseguia matar a onça e os bodes sumindo.

Um dia o Cel. Santana, manda chamar o compadre a Serra do Mato e conversa vai, conversa vem, escureceu e o Cel. Santana diz ao compadre:

- Você hoje vai dormir aqui e pode amarrar o seu cavalo perto daquela cana que replantei a poucos dias, mas amarre bem seguro para não estragar a cana e ainda porque lá perto tem uma bola de capim que dá para o cavalo alimentar-se bem durante a noite".

O compadre preparou um torno, fincou ao chão e amarrou o burro com uma corda nova.

Por trás, o Cel. Santana, manda um seu cabra a noite velha, cortar a corda com pedras, para que o compadre de nada desconfiasse.

Madrugada cedo, o compadre levantou-se e foi até onde estava amarrado o seu cavalo e para seu espanto o mesmo estava dentro da cana tão recomendada pelo coronel.

Ao retornar a casa grande, o Cel. Santana, já estava de pé e perguntou:

- Como foi compadre, o cavalo estava amarrado no lugar que você deixou?”

E o compadre disse:

- Compadre, o burro soltou-se e deu um estrago muito grande na sua cana, isso eu não posso negar”.

Então o Cel. Santana, disse:

- Pode ir para casa compadre, pois o homem que não mente, também não rouba”.

Bosco André

Extraído do blog "Cariri Cangaço"

https://blogdomendesemendes.blogspot.com/search/label/cel%20santana

A VINGANÇA DO CANGACEIRO MEIA-NOITE.

 Por Marcondes Araujo Campos

O livro A Vingança do Cangaceiro Meia-Noite conta a história fictícia de Josefo Bezerra de Alencar, um matuto que entrou no bando de Lampião para vingar a morte de Dorotea, estuprada e assassinada por um soldado de volante.

Lampião o batiza com o apelido de Meia-Noite, em homenagem a um outro cangaceiro, que havia sido expulso do bando pelo próprio capitão Virgulino, mas ficara famoso pela valentia. Josefo passa a acompanhar o bando para cumprir sua vingança, participando de vários tiroteios com as volantes. 

A história é intercalada pela narração de fatos verdadeiros que aconteceram na trajetória de Lampião, com algumas adaptações feitas pela imaginação do autor. O final é surpreendente.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

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UMA FOTOGRAFIA REGISTRADA PÓS-CANGAÇO E EM IDADE AVANÇADA DO EX-CANGACEIRO MORENO (ANTÔNIO IGNÁCIO DA SILVA)...

 Por Cangaçologia

... na imagem podemos observar, ainda que com idade avançada, toda a sua altivez, mantida desde os tempos de cangaço.

Foi uma das maiores "feras" de todo o ciclo do cangaço e sobreviveu sem levar um único tiro sequer. Terminando seus dias de vida com 100 anos de idade, na cidade mineira de Belo Horizonte.

A fotografia que ilustra essa matéria foi cedida gentilmente pela nossa amiga Neli "Lili" Maria da Conceição, filha do casal cangaceiro Moreno e Durvinha.

Fica o registro!

Atenciosamente:

Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do canal Cangaçologia.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

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AS MARCAS DA PASSAGEM DE LAMPIÃO – A HISTÓRIA DA CAPELINHA DA SERRA DA VENEZA

 Por: Rostand Medeiros


Um dos aspectos mais interessantes da história da passagem do bando do cangaceiro Lampião pelo Rio Grande do Norte, entre os dias 10 e 14 de junho de 1927, não aponta apenas para os relatos de lutas, resistências, arroubos de valentia, covardias, ou sobre o alivio em relação à fuga dos cangaceiros. Foi possível encontrar em alguns locais, interessantes situações originadas pelo medo da passagem de Lampião, que geraram manifestações que se perpetuam até hoje.
Capela da Serra da Veneza - Foto - Rostand Medeiros
Comento especificamente sobre uma ermida encontrada no alto de um promontório denominado Serra da Veneza, próximo ao sítio Garrota Morta, na fronteira entre os municípios de Antônio Martins e Pilões. Nesta elevação granítica, que segundo o mapa da SUDENE chega a atingir a altitude de555 metros, existe uma capela edificada em razão do medo provocado pela passagem do bando.
Primeiramente havíamos recebido uma informação que este pequeno templo fora erguido pelo fazendeiro Manoel Barreto Leite, conhecido na região como “Seu Leite”, proprietário de um sítio conhecido como Veneza e localizado próximo a esta serra. Esta informação dava conta que todos os anos, a família do proprietário rural mandava rezar uma missa como forma de marcar mais um aniversário da libertação de Barreto do julgo do bando. Tanto a construção da capela como a missa rezada anualmente eram parte de uma promessa que devia ser cumprida pela família Leite.
Na tarde do dia 11 de junho de 1927, um sábado, quando empreendia uma viagem, na altura do sítio Corredor, a cerca de dez quilômetros de sua propriedade, o fazendeiro Manoel Barreto Leite, foi capturado pela fração do bando comandado por Sabino. Sua libertação foi orçada em cinqüenta contos de réis. O mesmo só foi libertado em Limoeiro, atual Limoeiro do Norte, no Ceará, após a derrota do bando em Mossoró.
Manoel Leite era um homem conhecido na região, que possuía bons recursos financeiros e extremamente respeitado, por esta razão a existência da capelinha branca no alto da serra homônima de sua propriedade, ficou associada a uma promessa feita pelo fazendeiro seqüestrado.
Mas conforme seguíamos o trajeto, ao perguntarmos sobre este caso, percebemos o desconhecimento das pessoas da região em relação a esta versão. Buscamos apurar os fatos e no sítio Garrota Morta localizado nas proximidades desta serra, encontramos uma senhora chamada Maria Eugenia de Oliveira que esclareceu a verdade sobre esta capela. Esta senhora, pequena na estatura, mas é forte, voluntariosa, possui uma voz firma e olha direto no olho do interlocutor. Maria Eugenia não é daquelas de ficar em casa vendo novelas, já está na faixa dos cinquenta anos, mas todo santo dia trabalha voluntariamente como animadora da congregação católica local. Participando ainda como catequista e ministra da eucaristia.
Dona Maria Eugênia de Oliveira - Foto - Rostand Medeiros
Há alguns anos atrás, por sua própria iniciativa, em meio a este trabalho religioso ela iniciou uma pesquisa histórica com as pessoas mais idosas da sua região, onde apurou entre outras coisas a origem dos nomes dos logradouros, as histórias relativas as famílias da região e os fatos históricos mais representativos do lugar. Mesmo anotando estas informações em um caderno simples, através de sua louvável e comovente iniciativa foi possível conseguir as informações sobre a origem desta capela.
Segundo Maria Eugenia foram as idosas moradoras conhecidas como “Francisca do Uru” e “Francisca da Garrota Morta”, que lhe narraram os fatos que a comunidade local considera um verdadeiro milagre.
Na noite de 10 de junho de 1927, quando Lampião e seu bando se aproximavam da fazenda Caricé, a cerca de oito quilômetros da Garrota Morta, em meio às terríveis notícias, três fazendeiros da região procuraram refúgio junto às rochas da base desta elevação. Essas famílias eram comandadas respectivamente por Manoel Joaquim de Queiroz, proprietário do sítio Garrota Morta, Vicente Antônio, do sítio Cardoso e Francisco Felix, que habitava na pequena zona urbana que formava a Vila de Boa Esperança, atual cidade de Antônio Martins. Na época da passagem de Lampião, todo este vasto sertão pertencia a área territorial do município de Martins.
Durante o período que lá permaneceram, as três famílias não se encontraram e sequer se viram em nenhum momento. Em meio à aflição, estes homens solicitaram junto ao mesmo santo, São Sebastião, que os protegessem contra a ação dos cangaceiros.
No dia posterior o bando chegou próximo a Serra da Veneza. Os cangaceiros ainda palmilharam algumas casas edificadas dentro dos limites da propriedade Garrota Mortas, mas não chegaram próximo aos esconderijos no pé da serra.
Em meio ao sentimento de alivio que crescia, as três famílias que não se viam choravam de alegria e rezavam agradecendo. O mais interessante, segundo Maria Eugenia, mesmo sem existir nenhuma espécie de combinação, os três homens elegeram a mesma penitência; galgar a Serra da Veneza, erguer um oratório e ali depositar uma imagem em honra a São Sebastião.
Logo os fazendeiros e seus familiares foram a Vila de Boa Esperança a treze quilômetros da serra. Como muitos moradores da região, eles foram agradecer na capela do lugarejo, edificada em honra a Santo Antônio, o fato de nada de pior haver ocorrido. Neste local os três homens se encontraram, eram amigo, e logo debatiam sobre os fatos vividos. Para surpresa de todos os presentes, compreenderam que havia ocorrido uma interseção divina com relação a eles terem tido as mesmas idéias e os mesmos pensamentos.
O ponto branco no meio da Serra da Veneza é a capelinha - Foto - Rostand Medeiros
Em pouco tempo eles adquiriam conjuntamente uma pequena imagem de São Sebastião e logo galgavam a Serra da Veneza, para unidos edificarem um pequeno oratório. A ação dos três fazendeiros e as estranhas coincidências chamaram a atenção das pessoas na região. Outros penitentes passaram a subir a serra para pagar promessas. Mais algum tempo a comunidade da Garrota Morta já organizava uma singela procissão e não demorou muito para que o pároco local também viesse participar. Com o passar do tempo começou a ocorrer a participação de pessoas de outros municípios.
Em 1948, vinte e um anos após a passagem de Lampião e seu bando e do pretenso milagre, treze famílias da comunidade ergueram treze cruzes, formando uma via sacra entre a base da serra e o local do oratório. Cada uma destas cruzes tinha dois metros de altura e continha uma placa da família doadora. Percebendo o crescimento desta manifestação, conjuntamente estas pessoas deram início a construção da atual capela, em meio a uma intensa confraternização.
A capela foi construída em um ponto mais abaixo em relação à posição original do antigo oratório. Uma nova imagem de São Sebastião foi levada em procissão e se uniu a que ali havia sido colocada primeiramente.
Serra da Veneza - Foto - Rostand Medeiros
Atualmente a participação popular só cresce. A cada dia 20 de janeiro, inúmeros ex-votos são colocados como pagamento de promessas, velas são acesas e fiéis de vários municípios vêm participar subindo a serra. Em meio a um intenso foguetório, sempre as primeiras horas da manhã, um público que atualmente gira entre 400 e 500 pessoas, comparece ao sítio Garrota Morta e com a tradicional fé característica do nordestino, sobrem a serra. Entre as atrações do evento, sempre ocorrem apresentações de violeiros, que declamam em verso os medos e o pretenso milagre que envolveu as três famílias. Apesar da área onde a Serra da Veneza está situada não pertencer mais territorialmente a Martins, a capelinha está sob a jurisdição da Paróquia de Martins, que tem a frente o padre Possídio Lopes.
O sítio Garrota Morta esta localizado na área territorial do município de Antônio Martins, as margens da estrada que liga as cidades de Pilões e Serrinha dos Pintos. O dia da nossa visita a região estava particularmente quente, em meio a uma região já bem quente. Além do mais eram uma hora da tarde e nosso tempo era curto. Mas sei que vou voltar e subir esta serra.
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Extraído do blog: "Tok de História",
do historiógrafo Rostand Medeiros

DILMA ROUSSEFF SENDO INTERROGADA...

 Por Rostand Medeiros 

Photo

 
Uma foto da presidenta Dilma Rousseff em preto e branco durante um interrogatório na sede da Auditoria Militar no Rio de Janeiro foi publicada na edição da revista Época que começou a circular neste fim de semana. A imagem da presidente com 22 anos, sendo interrogada por oficiais faz parte do livro “A vida quer é coragem”,
do jornalista Ricardo Amaral, que chega às livrarias nesta primeira quinzena de dezembro, segundo a revista. Na foto, Dilma aparece de cabelos curtos, camiseta clara e calça jeans. A imagem teve repercussão nas redes sociais neste sábado. Segundo o livro, base da reportagem publicada pela revista, no dia do interrogatório, Dilma já passara por 22 dias de tortura. O livro de Amaral relata a trajetória de Dilma desde a juventude, em Belo Horizonte (MG), quando ingressou em organizações de luta armada contra o regime militar, até a eleição como presidente. O jornalista mineiro Ricardo Amaral foi assessor da presidenta Dilma na Casa Civil e durante a campanha eleitoral de 2010.
Nota do administrador do blog – Ao postar este material, a nossa intenção em nenhum momento possui qualquer sentido político em relação a Presidenta. Mas apresentar uma situação um tanto estranha e que pessoalmente nunca tinha visto; o fato dos militares presentes a uma seção oficial, em um ambiente extremamente controlado, sendo eles graduados oficiais, fardados, no auge da Ditadura Militar, que estavam cumprindo suas obrigações quanto servidores da nação, estarem descaradamente escondendo a cara. Do que eles queriam se esconder?
Será que estes homens fardados tinham vergonha do que faziam? Ou eram adivinhos em relação ao futuro do país?
Cumpri o serviço militar em 1986 como um simples soldado, como qualquer cidadão brasileiro faria. Mas nunca tive vergonha da farda que vesti.

Extraído do blog: "Tok de História", do historiógrafo
Rostand Medeiros 

JOÃO DE SOUSA LIMA ESCREVEU: - O JORNAL DE LAMPIÃO,

 sobre a modelo  Anna Evers, e o historiógrafo Rostand Medeiros  complementou com as suas informações.

Rostand Medeiros, João de Sousa Lima e Juliana Ischiara

 Anna Evers, a modelo fotografada na capa de “A Noite Ilustrada”, na verdade era a atriz Ann Evers, que atuou em Hollywood entre as décadas de 1930 e 40, sendo contratada pelos Estúdios Paramount.


Entre seus trabalhos cinematográficos se destacam Marie Antoinette (1938), If I Were King (1938), The Mad Miss Manton (1938), Gunga Din (1939, onde contracenou com:


Cary Grant),

Casanova Brown (1944, onde contracenou com

Ficheiro:Gary Cooper in For Whom the Bell Tolls trailer.jpg

Gary Cooper). 

Ann Evers nasceu no dia 6 de Setembro de 1915, em Scranton, Pennsylvania e faleceu aos 71 anos de idade, no dia 4 de junho de 1987.


Já a “Noite Ilustrada” era uma revista de variedades. Ironicamente um exemplar de “A Noite Ilustrada” estamparia a famosa foto da derrocada de Lampião e seu bando, aquela onde aparecem as cabeças.


Esta revista tinha grande importância na imprensa brasileira da época, conforme podemos ver na capa que mostra o retorno dos combatentes da FEB – Força Expedicionária Brasileira dos campos
 de batalha da Itália, em 1945.

Fontes:

Blogs: "João de Sousa Lima" e
"Tok de História", do Rostand Medeiros

http://blogdomendesemendes.blogspot.com