Seguidores

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Escritor Rubervânio Rubinho Lima lançará seu livro "Lampião, cangaço e cordel" no Cariri Cangaço 2013


O escritor Rubervânio Rubinho Lima estará lançando seu mais novo livro teórico sobre os estudos culturais, cultura popular e cordel relacionados ao tema cangaço, "Lampião, cangaço e cordel", no maior evento sobre o tema, CARIRI CANGAÇO 2013.

http://www.conversasdosertao.com/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Circo do Interior!

Contribuilçao: Roberto Amaral
Luiz Gonzaga - ativarsentidos.com.br

Quando retornava de um show em uma cidade do interior da Paraíba, Luiz avistou do carro um circo desses bem humildes, que transita de um lugar para o outro, um circo mambembe!

Ele então pediu para o motorista levá-lo mais próximo. Ficou observando do carro a vida daquelas pessoas humildes que por intermédio do circo, faziam as pessoas sorrirem em troca da própria sobrevivência.

Um senhor do circo o viu, veio até o carro e disse:

- O Sr. Não é Luiz Gonzaga?

Ele disse:

- Sim, sou eu mesmo!,

- E o que o senhor faz por aqui? Perguntou o dono do circo, espantado!

Luiz falou:

- Vim pedir pra você anunciar que, hoje à noite, Luiz Gonzaga, vai tocar neste circo!.

O homem, meio que sem jeito, falou:

- Sr. Luiz, a gente não tem condições de pagar um artista que nem o senhor!

E Luiz respondeu:

- Anuncie assim mesmo, homi, que Luiz Gonzaga vai tocar aqui esta noite! E tocou o carro pra pista...

À noite, o circo, simples e tão desestruturado que nem cobertura tinha, estava lotado, só com a notícia de que Luiz iria ali estar.

Ele procedeu como combinado e na hora acertada, apareceu, tocou por quase 1 hora!

No final, o dono do circo chegou para Luiz e falou, com toda honestidade de um sertanejo simples:

- Seu Luiz, divida o apurado como o Sr. achar justo!

Luiz olhou para o bolão de dinheiro que ele segurava e falou:

- Este dinheiro é teu, home! Agora, cria vergonha e compra uma lona nova por circo! Se eu passar por aqui de novo, não vou querer cantar ao relento! Esse dinheiro é pra você melhorar seu circo e também a tua vida!

Apertou a mão do novo amigo e partiu!

Esse era o velho Lua!!!
Contribuição: Roberto Amaral

http://www.luizluagonzaga.mus.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Obra de Luiz Gonzaga se eterniza


Passados 20 anos de sua morte, o Rei do Baião continua presente nos festejos juninos e na alma do Nordeste

Figura marcante e imprescindível aos festejos juninos do nordeste brasileiro, Luiz Gonzaga ainda hoje dita as comemorações alusivas a Santo Antônio, São João e São Pedro. Mas afinal, quem é esse homem, que embora falecido há quase 20 anos, ainda é figura cativa nas festas do mês de junho? Qual o poder de sua obra e por que esse legado ainda perdura?
De acordo com o pesquisador José Mauro de Alencar, do Memorial Luiz Gonzaga (MLG), em Recife (PE), Luiz Gonzaga é tido como o maior ícone musical do nordeste porque conseguiu sintetizar a cultura da região em seu trabalho. "Luiz Gonzaga tem uma obra infinita. O cara praticamente cantou o nordeste todo, toda a cultura, em todos os seus aspectos", acredita.

Segundo Mauro, Luiz Gonzaga agregou muitos valores ao seu trabalho. "Na música, ele inventou uma estética. Trouxe pra si a estética do cangaço, com aquele chapéu de aba quebrada; trouxe o gibão e com ele a estética do vaqueiro. Ele começou a lapidar a cultura nordestina e trouxe para o palco tudo isso", explica.

Uma dos motivos para o amor do músico com os festejos juninos é o fato de ele ser devoto de São João, até por conta da localidade onde nasceu. A região de Exu, no Araripe (PE), tem como padroeiro São João Batista, também conhecido como São João do Carneirinho. Isso porque os pioneiros da ocupação humana na região - a família Alencar - eram devotos do santo.

"A cólera vinha assolando o Ceará e o Barão de Exu fez a promessa de que se a cólera não chegasse ao povoado, levantaria a capela de São João. A cólera não atingiu a região, aí ele começou a construção", relata Mauro, acrescentando que Luiz Gonzaga nasceu e se criou nesse ambiente.

Parcerias

Outro fator que fez de Luiz Gonzaga uma espécie de ‘mestre de cerimônias' do nordeste brasileiro é a manutenção de muitas parcerias ao longo de sua vida. De acordo com pesquisas do MLG, mais de 50 compositores trabalharam com ele, muitos de forma recorrente.

"Ele foi o grande cantor nordestino, pela grandeza da qualidade e quantidade de assuntos. Ele fez homenagem a cantador de viola, a conquista de beira de praia, a vaqueiro, aos trabalhadores, a todos os signos do nordeste. Ele tem música de Ary Barroso a Alcimar Monteiro", enfatiza Mauro.

Das diversas parcerias que Luiz Gonzaga manteve ao longo da carreira, algumas são memoráveis e indissolúveis. Uma delas foi com o também sanfoneiro Dominguinhos. "Na época que eu conheci Luiz Gonzaga, em 1954 no Rio de Janeiro, com 13 anos, um quarteto tocava com ele: Abdias no agogô, Miudinho no zabumba, Marinês no triângulo e Zito Borborema no pandeiro. Ele dizia que esse era o conjunto típico brasileiro", relembra Dominguinhos.

Na percepção do músico, a importância do ‘Rei do Baião' deve-se ao fato de todo o seu trabalho estar ligado aos festejos juninos. "Os discos dele sempre saíam depois do carnaval, porque era a festa mais importante no Brasil. Gonzagão começava a fazer sempre por volta de setembro ou outubro, para ficar pronto em dezembro e ser lançado logo após o carnaval, para dar tempo de chegar antes de junho em todo o nordeste", recorda Dominguinhos.

Encontro

Em Sergipe, um músico teve sua vida mudada a partir do contato com Luiz Gonzaga. José Gregório Ribeiro - conhecido como Josa, o vaqueiro do Sertão - aos 25 anos e já aposentado da polícia do Rio de Janeiro, voltou a Sergipe e no ano de 1961 participou do programa de rádio ‘Festa na Casa Grande', na rádio PRJT, posteriormente Difusora e hoje Aperipê. O que o artista não sabia, contudo, era de um ouvinte em especial, que de Caldas de Cipó, na Bahia, o ouvia: o velho Lua, como os amigos próximos chamavam Luiz Gonzaga.

Após o programa, Gonzagão telegrafou para a rádio marcando um encontro com Josa. O encontro aconteceu na praça General Valadão e depois desse primeiro contato a amizade surgiu entre eles, ao ponto de Gonzaga levar Josa a Recife para gravar seu primeiro compacto. A partir daí, eles excursionaram por três meses pelo país. Com 80 anos de vida e 50 de carreira, Josa hoje não mais se apresenta em público por conta da idade, contudo, sua história é repassada pela filha, Joseane Dy Josa.

"A vida de Josa se transformou em uma vida de estrela. O número de pessoas que reconhecem a história de painho, o número de músicos que gravaram a obra dele, o fato de a Rede Globo vir fazer matéria com ele no quadro ‘Me Leva Brasil', e o fato de até hoje artistas como Alcimar Monteiro gravarem músicas dele e de outros músicos, como Zinho, Pedro Sanfoneiro e Dominguinhos, fazerem parcerias com painho me fazem ficar orgulhosa de todo o trabalho musical de Josa, o vaqueiro do Sertão", diz Joseane Dy Josa.

Popularização

O pesquisador José Mauro de Alencar acredita que graças a Luiz Gonzaga as festividades juninas ganharam novas dimensões. "No tempo de Luiz Gonzaga, o nordeste era essencialmente católico. Depois veio o profano da festa, que também ampliou a popularidade do São João. Isso também se deve à música de Luiz Gonzaga, que aumentou o gosto que o povo já tinha pelo São João", analisa.

Segundo Mauro, há algumas décadas o São João não era tão popular quanto hoje em dia. "Com certeza quem deu essa grande levantada na popularidade do São João foi Luiz Gonzaga, em cima de seu caminhãozinho, de palco em palco, de cidade em cidade, distrito em distrito, vila por vila. Ele cantou em quase todas as cidades do interior do nordeste, quase todas mesmo, cerca de 90% delas", conta o pesquisador.
Mudanças

Porta-voz maior da cultura nordestina, Luiz Gonzaga hoje cede seu nome a diversos lugares em variados pontos do país. Ruas, museus, espaços para shows levam seu nome, como forma de manter viva a chama do trabalho do Rei do Baião. Contudo, o advento do chamado forró eletrônico por vezes afasta os festejos juninos dos seus elementos mais genuínos, reunidos na obras de Luiz Gonzaga.

Para Dominguinhos, mesmo com as mudanças, as festas da época ainda continuam em alta e fomentam o turismo em várias localidades, apesar de a tradição em si ser mantida apenas em alguns aspectos. "Hoje em dia temos uma miscelânea muito grande e as grandes bandas também estão inseridas no contexto junino", observa o artista.

Segundo ele, algumas cidades já despontam como redutos da tradição. Muitas vezes a própria população pede ao poder público local uma festa com músicos que tocam o forró clássico no comando da festa.

Trajetória

Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em 1912 na fazenda Caiçara, em Exu, sertão pernambucano. Filho da dona de casa Santana e do lavrador Januário - que nas horas vagas tocava e consertava sanfonas -, logo cedo aprendeu a tocar o instrumento com o pai. Por morar em uma região pequena sem muitas possibilidades e desprovida de escola, o jovem Luiz aprendeu a ler e escrever na casa de uma família tradicional na região: a família Alencar.

Ainda criança, acompanhado pelo pai, Luiz Gonzaga tocava e encantava a população nas feiras livres das cidades próximas. Subia em um caminhão e fazia seu show. Antes de completar 18 anos, apaixonou-se por Nazarena, filha do coronel Deolino, um grande fazendeiro da região que o ameaçou de morte caso o visse com a jovem garota.

Por conta da situação embaraçosa, Luiz Gonzaga levou surra dos pais, fato que o estimulou a sair daquela situação de dependência. Alistou-se no exército na cidade cearense de Crato e lá permaneceu como soldado, viajando pelo Brasil por nove anos.]

Após largar as Forças Armadas, em 1939, fixou moradia no Rio de Janeiro - então capital federal - onde passou a dedicar-se exclusivamente à música. Na época áurea do rádio, participou de vários programas de auditório e em 1941, ao executar ‘Vira e Mexe' no programa de Ary Barroso foi aplaudido de pé.

Como prêmio, foi contratado pela Rádio Nacional e posteriormente gravou a música em LP pela RCA Victor, importante gravadora da época. Daí pra frente, os trabalhos de Luiz Gonzaga o consagraram como representante nato do povo nordestino.

Fonte: PMA
Por Carlos Augusto

http://www.visitearacaju.com.br/interna.php?obj=noticia&var=601352

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Quebrou a Coleção.

Contribuição: Roberto Amaral

Este caso foi contado por Flávio José, ótimo sanfoneiro, cantor e compositor, de uma cidade chamada Monteiro, localizada no Sertão Paraibano.

O Flávio estava realizando um show em Senhor do Bonfim, cidade do Sertão Baiano, e passou a relatar o seguinte:

Estava em Recife na casa de um primo, que, por sua vez, era fã incondicional de Luís Gonzaga, a ponto de ter a coleção completa dos discos do Gonzagão.

E o velho Lua iria fazer um show em uma churrascaria da cidade, então foram assistir ao show, Flávio José e os primos.

Chegando lá, Gonzaga estava cantando, aí o fã de Gonzaga chamou o garçom deu uma gorjeta e pediu ao garçom que levasse um bilhete ao velho Lua, solicitando que o mesmo cantasse a música Cacimba Nova, que fazia lembrar a região que eles moravam.

O garçom, por sua vez, entregou o bilhete a Luís Gonzaga, disse que ele teria vindo ali para cantar o que ele queria e o que ele gostava, e que não veio para atender pedido de ninguém não.

Foi a maior gargalhada!

O pessoal falando para o primo: Você viu? Tá pensando que Luiz Gonzaga atende pedido de qualquer um? E coisas desse tipo.

Indignado por não ter seu pedido atendido, rapaz chegou em casa e quebrou a coleção toda que ele tinha do velho Lua!!!
Contribuição: Roberto Amaral


http://www.luizluagonzaga.mus.br

http:/blogdomendesemendes.blogspot.com

OS LOBOS SOLITÁRIOS CONTINUAM UIVANDO

Por Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

Os lobos, esses canídeos selvagens, predadores e solitários por natureza, são romanticamente lembrados pelos seus longos e tristes uivos nas montanhas enegrecidas, debaixo da lua cheia. Todas as vezes que se fala nos gritos silenciosos em noites de solidão sempre se toma o lobo solitário como referência.

E até se torna fácil imaginá-los por cima dos montes, com a cabeça voltada pra lua, seus dentes afiados sobressaindo e os uivos, os longos e tristes uivos sendo ecoados. Mas por que os lobos uivam tanto e sempre procuram lugares bem altos, geralmente rochedos e montanhas, para expressar sua solidão? Não seriam de tristeza, aflição, angústia, desespero, dor do abandono, os uivos dos lobos?

Dizem que os lobos uivam para espantar as dores, angústias e aflições aprisionadas dentro do peito, para se fazer ecoar nas sombras da noite, para gritar seus lamentos nas montanhas enluaradas. Mas dizem também que os gemidos altos e estridentes nada mais são do que o mais angustiante e doloroso brado de um coração que não mais tem por quem clamar.

Mas outros, talvez pretendendo negar o poder sentimental dos lobos, dizem apenas que o uivo é o meio através do qual eles mantêm contato entre si. Contudo, não negam que esses sons, muitas vezes assustadores aos ouvidos humanos, são emitidos para manifestar os mais diversos sentimentos. Daí reconhecerem que os lobos possuem outras motivações nos seus lamentos. Ressentem-se das saudades e relembranças, mas a principal delas é mesmo a necessidade de gritar contra as agruras do mundo.

O uivo gritante dos lobos contra as asperezas da realidade ecoa com feições de revolta, de indignação, de enraivecimento, repulsa, ira, enojamento, fúria, insurreição, insurgência; enfim, tudo aquilo que possa se resumir numa única sentença moral: Não aceitar a realidade como ela está sendo, impiedosamente, imposta. Então o lobo faz de seu grito um brado dizendo não, uma forma de negar o seu contentamento com a realidade.


Daí que muitos têm os uivos solitários dos lobos como a representação dos seres humanos. Homens revoltados com as situações que lhes são impostas e por isso mesmo gritando o seu não pelas estepes. Estes, mesmo se manifestando na solidão dos incompreendidos, jamais se cansam de bradar suas insatisfações, indignações e revoltas contra os ventos dos acontecimentos que sempre chegam trazendo as piores notícias sobre a realidade ao redor, mais adiante e por todo lugar.

Tais homens com feição de lobos existem sim. E persistem ainda que as covardias e passividades da sociedade moderna pretendam sua extinção. A bem dizer, são raríssimos os indivíduos que persistem gritando seus inconformismos, bradando suas indignações contra as vergonhosas situações que são cotidianamente noticiadas pela imprensa e repassadas de boca em boca.

Houve um tempo em que os lobos humanos habitavam por todos os lugares e eram visíveis e bem reconhecidos. Seres humanos que por seus gritos negando a realidade foram perseguidos pelas tiranias e ditaduras, foram presos e torturados, perderam seus cargos e funções, foram alijados de mandatos e ofícios e, tantas vezes, forçados ao exílio ou simplesmente desaparecidos pela ação de seus algozes.

Lobos humanos que uivavam sem medo, que pregavam a desordem contra o vergonhosamente estabelecido, que se contrapunham frente aos nefastos atos de governantes, políticos e poderosos. Lobos que, solitários na maioria das vezes, pregavam suas ideologias, seus dogmas e defendiam abertamente seus ideais partidários e políticos. Foram caçados, encurralados e quase extintos, mas não se curvaram de vez aos seus brutais caçadores.

Os tempos são outros e as realidades também, com tudo se transformando tão rapidamente que se torna até difícil reconhecer onde habita um autêntico lobo. A degradação das ideologias e dos ideários, contudo, não acabou de vez com o seu habitat. Os lobos continuam existindo. Evitam, por exemplo, de fazer a revolta fácil da manifestação de rua ou de grito sem a força necessária às mudanças, mas continuam nas suas montanhas ou estepes gritando suas indignações.

A um velho lobo comunista ou anarquista, por exemplo, não precisa que se diga de que lado nasce o sol. Do mesmo modo, não será preciso presenteá-lo com uma bandeira de luta porque ele sabe muito bem como fazer sua guerra. Muitas vezes usa apenas a palavra ou a escrita para mostrar aos mais jovens os caminhos das transformações que devam seguir. E neste simples ato estará se fazendo de lobo faminto, tomado de fúria e revolta, uivando em cima do mais alto dos montes.

Daí que existem homens lobos sim. Hoje são raros, porém continuam existindo. Espécies em extinção que se alimentam do grande sonho do poder humano para a transformação e da força do povo como apta a fazer as mudanças urgentes e necessárias. E antes que a sociedade seja devorada por seus próprios governantes.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdoendesemendes.blogspot.com

Cangaço, Coronelismo, Messianismo, Cantadores, Secas...

... religiosidade, conflitos do nordeste Brasileiro... homi, tá tudo aí no balaio do Professor Pereira

Como nós estamos enfrentando problemas no blog não temos condições de fazer postagens quando o artigo é extenso.  Por isso clique nos links abaixo:

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2013/09/cangaco-coronelismo-messianismo.html

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2013/09/teatro.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com