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domingo, 6 de outubro de 2013

Dois valentes disputam o amor da Gigliola

Por: José Mendes Pereira
José Mendes Pereira

Encontraram-se dentro do cabaré da Dona Creuza Cadillac. Diante daqueles dois gigantes animais humanos a proprietária estava arrependida, por ser a verdadeira dona. O Teotonho partiu para cima do Lobão e com a faca afiadíssima, tentou esfaqueá-lo de uma só vez. O Lobão que tinha coragem de sobra enfrentou-o com uma longa e pontiaguda faca.

A briga foi causada porque os dois valentes homens disputavam o amor da  Gigliola Plasma; uma linda e perfeita mulher que vivia das suas apresentações nas casas de meretrizes.

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O salão do cabaré ficou todo destruído. As cadeiras e as mesas voaram pelo ar, que ao caírem sobre o chão, desmanchavam-se em pedaços. As garrafas de bebidas foram todas quebradas pelos valentes. Os fregueses da dona Creuza Cadillac estavam encurralados e sobre ordens, e até  proibidos de saírem do cabaré. E de imediato, o Lobão fechou a porta da saída e gritou: "- Ninguém sairá daqui vivo! Irão morrer todos, suas pestes!". 

A Creuza Cadilac, dona do cabaré, implorava, invocando todos os santos, que os dois valentes parassem com a aquela briga. "- Calma! Calma, pelo o amor de Deus!".

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A Gigliola Plasma escondia-se por trás de tudo que ainda restava em pé. Nenhum grito, apenas ela procurava manter a calma dos homens enciumados, dizendo-lhes: "- Calma! O meu amor será dos dois".

Para não verem aquela terrível cena as luzes apagaram-se logo no início da briga, e somente vez por outra surgia um fraco clarão, saindo das facas quando se encontravam, movimentadas pelas mãos dos dois leões humanos.

No vilarejo a correria era assustadora. Todos os moradores queriam saber o que estava acontecendo lá dentro do cabaré. E alguns deles até já diziam: " - Lá dentro já morreram quase todos".

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Assim que a confusão começou dentro do cabaré a polícia foi acionada, mas ao chegar, e ao  ouvir o tinir de facas, desistiu de entrar, saindo em disparada  carreira dizendo: " - Eu, hein! Dona Creuza Cadillac que é a dona do ambiente, que se vire e dê o seu jeito!".

Um bêbado que costumeiramente frequentava aquele cabaré apenas para ingerir bebidas, assim que viu o quebra-quebra no salão, e querendo ser corajoso disse: "- Mas para que tanta ignorância, moços!".

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E ao ouvir esta frase dita pelo o pobre bêbado, o Lobão aplicou-lhe um pescoção, fazendo-o cair desacordado.

O mais interessante foi que quando a luz retornou, a Gigliola Plasma aproximou-se dos enciumados e aconselhou-os dizendo que parassem, pois tinha novidades para eles, e com certeza iriam gostar. Acalmados, a Gigliola Plasma deu início a uma espécie de striptease:

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Logo deu às costas para os dois valentes e pôs-se a se despir. Primeiro a blusinha, depois a saia, e em seguida tirou a calcinha. E assim que ficou totalmente nua, tirou a peruca, virou-se e ficou frente a frente com eles.

E foi nesse momento que os dois valentes desistiram de continuar a briga. Assustados, fizeram carreira em gritos dizendo: "-Deus me livre! Nossa! Meu Deus do céu, me acuda!".

Só aí foi que os valentes perceberam que estavam brigando pelo o amor de um travesti.

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.

Fonte:
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Lampião contra o Mata Sete

 Autor: Archimedes Marques

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VELOZES E CURIOSOS (O PERCURSO DA FOFOCA)

Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

VELOZES E CURIOSOS (O PERCURSO DA FOFOCA) 

Não existe espécie mais veloz e curiosa que a dos fofoqueiros. E também furiosa, pois agem com sanha descomedida para alastrar infinitamente a derrocada ou o tropeço de alguém. Antecipando-se ao vento, chegam primeiro para depois se arvorar de donos da verdade, que daí em diante se espalha como as mais deslavadas aleivosias.

Verdade é que a fofoca parece ter faro apurado, parece que pressente os acontecimentos. Algo que acontece num instante, no segundo seguinte já poderá estar servindo como manchete verbal de primeira mão. Com caráter sempre sensacionalista, a partir daí vai tomando as feições que cada boca lhe possa dar. E são muitas.


O simples fato de presenciar alguma coisa suspeita já é motivo de júbilo para o fofoqueiro. Quando não tem certeza do que realmente aconteceu, logicamente que faz uso de sua apodrecida imaginação e logo vai tecendo enredos dos mais alarmantes. Não contente em fazer conjecturas maldosas, também é do seu feitio a pura e covarde invencionice.

Aliás, a verdade é totalmente transformada pela fofoca e em seu lugar vão surgindo os absurdos, as incongruências e as mais abjetas mentiras. Nasce do tênue fio de uma possível realidade para tomar outra direção. Eis que a realidade, na arte da fofoca, é a semente inocente que faz brotar monstros e labirintos terríveis e ameaçadores.

Mas a fofoca também pode surgir de uma verdade. Algo verdadeiramente acontece e logo é devidamente levado ao conhecimento de todos. O problema não diz respeito à existência ou não do fato, mas à forma como é transmitido, pois é de sua essência que seja distorcido, desvirtuado, alongado, diminuído, retocado ou mesmo transformado na sua totalidade.

Assim, não interessa à fofoca que uma flor seja apenas uma flor. Será sempre preciso que essa flor seja maculada, distorcida ou retorcida. E aos poucos vá perdendo sua condição de flor, vez que é própria dessa arte menor sejam os fatos modificados de tal modo que aquilo que começou como flor passe a ser visto, mais adiante, apenas como espinho.

Desse modo ocorre no relato dos fatos que lhes servem de nascedouro. Um encontro entre duas pessoas, por exemplo, já se torna namoro perante o olhar fofoqueiro. A boca já fala em beijos lambidos; é repassado que só faltava um entrar no outro; e acaba com a certeza de uma traição, de uma gravidez ou de qualquer outro absurdo. Ainda que aquelas duas pessoas tenham apenas se cumprimentado cordialmente, a fofoca tem o dom de tirar-lhes a roupa no meio da rua. Assim acontece.

Situação bastante característica no mundo da fofoca é a curiosidade, a bisbilhotice da vida alheia. A janela nunca está totalmente fechada, pois é através dela que olhos famintos por fatos vivem espreitando quem passa e como passa. As calçadas servem como desculpas para a varrição e a espera que a vizinha chegue com jeito de cobra inocente. Após os primeiros cumprimentos vão surgindo as coisas mais estapafúrdias que possam ser imaginadas e ditas.

Com as duas se coçando para ver quem começa a trilhar pelo caminho dos outros, então uma, com cara e jeito de quem não está com a mínima preocupação, vai dizendo: Você soube comadre? E a outra, interessada que só, se mostra espantada com o que possa surgir. Então ouve: Deus sabe que não gosto nem de ouvir essas coisas, mas acabei de saber em segredo que... Então começa a festança do alheio e repugnante.


Tudo começa a acontecer como num estalo, num passe de mágica. A existência de um fato, a suposição sobre sua existência ou a invencionice sobre sua possibilidade, eis o cenário propício para que os velozes e curiosos passem a semear todo tipo de inverdades. E o que surge como ouvi dizer se torna em fato presenciado; a suposição se torna realidade; e a dúvida se banda para o lado que for mais prejudicial.

Contudo, o que mais repugna nessas vis atitudes não é nem a mentira em si, mas a covardia da existência de bocas maldosas sem ter feições, vez que a verdade acerca de quem inicia tudo dificilmente é conhecida. Eis que o fofoqueiro sempre se omite em dizer de onde veio sua maldade. Contenta-se apenas em “ouvi dizer”.



Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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NOVO LIVRO DE GERALDO FERRAZ – NOVO TRABALHO SOBRE O CANGAÇO



Publicado em 05/10/2013 por Rostand Medeiros
Capa do novo livro do nosso amigo Geraldo Ferraz

Apesar de não ter tido a grata oportunidade de estar presente no recente encontro de pesquisadores sobre o tema cangaço, o nosso “Cariri Cangaço”, na bela região do Cariri, no Ceará, fiquei muito feliz em saber que o evento foi um sucesso e mais feliz ainda pelo fato do nosso amigo Geraldo Ferraz ter levado este novo e interessante produto de sua lavra, “Dé Araújo – Um Cangaceiro Afamado, Um Soldado Célebre”.

Capa do novo livro do nosso amigo Geraldo Ferraz

A história do cangaceiro Dé Araújo é bem interessante, pois trata o presente trabalho, em especial, da biografia, resumida, de um cidadão sertanejo, que, achando-se injustiçado, resolveu pegar em armas para executar sua vingança. Na sua espetacular trajetória de vida, tornou-se cangaceiro – ao ingressar no grupo liderado pelo 

Sinhô Pereira

Sinhô Pereira -, incorporou-se a Força Pública de Pernambuco, virou desertor, reassumiu as fileiras do cangaço – mais uma vez sob o comando do Sinhô Pereira e, logo a seguir, ficou sob a chefia do temível 

Virgulino Ferreira da Silva - foto da época - lampiaoaceso.blogspot.com.br

Lampião -, até o momento que não mais compactou com os bandoleiros, e, finalmente, sendo convencido por familiares e amigos, a tentar a sorte no Sudeste brasileiro, se incorporou no Regimento de Cavalaria da Força Pública de São Paulo e tornou-se um militar exemplar.

Geraldo Ferraz
Geraldo Ferraz

Fiquei muito feliz pelo sucesso do nosso amigo Geraldo Ferraz, um verdadeiro cavalheiro, pessoa atenciosa e extremamente humilde. Fiquei igualmente feliz de ter, mesmo limitadamente, contribuído para que este trabalho, quando nas minhas andanças pelo nosso sertão, esbarrei em Dé Araújo, conforme vocês podem ver neste post do nosso TOK DE HISTÓRIA –http://tokdehistoria.wordpress.com/2011/03/14/662/

Parabéns grande Geraldo!
SOBRE O LANÇAMENTO EM OLINDA – PERNAMBUCO
Dia: 07 de outubro de 2013 (segunda-feira) - Horário: 20:00 horas
Local: Pavilhão de Eventos do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Durante a realização da BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE PERNAMBUCO, na plataforma de lançamentos administrada pela União Brasileira de Escritores – UBE.

Geraldo Ferraz

Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

http://tokdehistoria.wordpress.com
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