Seguidores

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

OS SANTANENSES NÃO SABEM: HÁ 107 ANOS

Clerisvaldo B. Chagas, 24 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.830

O coronel Delmiro Gouveia construiu por conta própria 520 km de estradas, trechos em Alagoas e Pernambuco. De Pedra a Quebrangulo, passando por Santana do Ipanema e Palmeira dos Índios tinha ramal Bom Conselho – Garanhuns e mais outras em Alagoas. Em Santana do Ipanema ela passava pela Rua da Poeira, Comércio, Antônio Tavares, Rua de São Pedro e Bebedouro/Maniçoba. As estradas começaram em 1911 e, no primeiro semestre de 1912, Delmiro chegava a Santana com seus automóveis. (O primeiro automóvel de Alagoas foi o do coronel). O encontro de Delmiro com o coronel Manoel Rodrigues da Rocha, foi considerado o “Encontro do Século”. A feira do sábado acabou-se nesse dia com tanto matuto correndo com medo do automóvel e outros querendo conhecê-lo e até “matá-lo”, dizendo que era a besta-fera. Os carros da comitiva eram: um “Fiat”, um “Austim” maior, um “Austim” menor e mais um N.A.G. imenso.

FOTO: (DIVULGAÇÃO).

Em 1915, fins de julho, o ministro da Agricultura Dr. José Bezerra e o governador de Alagoas, João Batista Acióli (daí o nome da antiga escola Batista Acióli, o “Bacurau”, da Rua São Pedro, em homenagem ao governador) vieram de Quebrangulo para uma visita à cachoeira. Passaram pela Pedra com três automóveis. Em meados de 1916, na qualidade de governador de Pernambuco, Manoel Borba veio em comitiva com Delmiro Gouveia e o próprio coronel Manoel Rodrigues da Rocha para a Pedra e jantaram em Santana do Ipanema no sobradão do coronel, no dia 22 de agosto.
Essa é apenas uma fração da história do Sertão alagoano que teve repercussão e influência Nacional. Mas, as nossas escolas não ensinam a História de Santana do Ipanema, produzindo gerações e gerações de ignorantes sobre a própria terra em que nasceram. Quantas e quantas vergonhas os nossos jovens passam por não saberem nada ABSOLUTAMENTE nada do nosso passado. AUTORIDADES! FAÇAM ALGUMA COISA antes que seja tarde demais. Capacitar professores sobre a história de Santana é uma necessidade. Cidade sem história é lixo.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

UM MUNDO DE URUBUS

*Rangel Alves da Costa

Recentemente escrevi um pequeno texto onde caracterizo as ações e as atitudes de determinadas pessoas como a de verdadeiros urubus. Peço perdão à ave adoradora de restos mortos e carniças pela comparação com aqueles que gostam mesmo é de dizimar pessoas vivas, definhar e exaurir o próximo, deixar em aberto as entranhas do espírito e da alma. E tudo pela maldade, pelo gosto de ser carnicento da vida do outro.
Perto de certas pessoas, os urubus são um doce de ave. Aliás, estas aves escurecidas e que gostam de dar rasantes nas proximidades dos animais mortos e dos restos já em estado de putrefação, não só prestam um excelente serviço ao equilíbrio ecológico como debelam focos de vermes e doenças oriundas das carniças encontradas. Seus organismos são perfeitamente adaptados ao consumo do putrefato sem que, com isto, se tornar um transmissor automático de doenças. Isto não significa que o ser humano esteja livra de contaminação no seu manuseio ou proximidade. Mas, de qualquer modo, muito menos perigosos que os urubus humanos.
No texto acima referido, recentemente publicado, assim afirmei: “Coitados dos urubus que avoejam pelos ares em busca de qualquer apodrecimento para saciar sua estranha fome. Estes são inocentes demais perante certas pessoas. Estes são como pássaros do paraíso perto de determinados seres humanos. Aliás, muitas pessoas - e muitas mesmo - são infinitamente piores que todas as aves carnicentas, agourentas, de presságios ruins. Coitado do urubu, do gavião, do carcará, do abutre, da rasga-mortalha.


Coitado do bicho perto do humano. Pessoas existem que são mais podres que as carniças tão desejadas pelos seus deploráveis instintos. Pessoas existem que são mais destrutivas que os bicos afiados e sujos de sangue das rapinas. Pessoas existem que são mil vezes mais agourentas que um milhão de rasga-mortalhas. Vivemos rodeados de uma verdadeira selva. Já conhecemos os lobos pelas ações violentas, pelos uivos que não escondem os ataques. Já conhecemos as cobras pelas espreitam que sempre fazem e pelos botes que traiçoeiramente dão.
Mas nada igual aos urubus humanos, aos carnicentos humanos, cujo olhar, voz e expressões, para outra coisa não servem senão premeditar a maldade no outro, a caída do outro para que se refastelem de seus restos. Para que? Nada. Apenas pela maldade. Desejam carniça nos outros, mas acabam engolindo seus próprios vermes”.
Os fatos comprovam o afirmado. Pessoas existem que possuem bicos apunhalados, garras de fogo e sempre desmedidamente afiadas, uma fome contínua da vida do outro, uma sede permanente para sangrar e exaurir toda a seiva da vida do próximo. Agem sempre através de ações pérfidas, nojentas, execráveis em todos os sentidos. Agem pelo mórbido prazer de destruir, de diminuir, de aniquilar.
Pelos ares, com jeito de quem não quer nada, os urubus vão fazendo ronda e, lentamente, se aproximando, mais e mais. De repente, em rasantes, já estarão rodeando os restos mortos de algum animal. Daí em diante um destripamento descomunal. Contudo, o animal já estava morto ou já em estado de putrefação. Acaso fossem carcarás e gaviões, bastaria que o animal estivesse já sem forças para se reerguer.
E como acontece com o homem urubu? Como faz o ser humano carnicento? Olha o outro já com ciúme, com inveja, com o olhar da maldade. E vai logo dissecando. Depois vomita inverdades, mentiras e falsidades, a quem lhe der ouvidos. Compraz-se em derrotar o outro pela palavra, em dizimar o outro pela mentira. E assim vai vivendo da carniça que é a sua própria vida e a sua deplorável pessoa.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CABY DA COSTA LIMA ENTREVISTA FEITA POR MIM PARA O JORNAL O MOSSOROENSE. NÃO LEMBRO O ANO, MAS FOI ENTRE 2014/2015.

Por Caio César Muniz

CABY DA COSTA LIMA

Entrevista feita por mim para o jornal O Mossoroense. Não lembro o ano, mas foi entre 2014/2015.

Pois é "camaradinha", a entrevista de hoje é com um "bicho dos cabelos encaracolados" que usa tamancos e toma campari.

Assim, lógico, mesmo que não houvesse a foto ao lado ou ainda eu estivesse escrevendo somente para aqueles que só conhecem a voz do irreverente locutor, mesmo assim todos iriam saber que estou falando de Caby da Costa Lima, ou Raimundo Nonato da Costa Lima, como alguns colegas de imprensa afirmam de pés juntos que seja o seu verdadeiro nome.


Bom, identificação à parte, Caby é mossoroense e joga nas onze - locutor esportivo, publicitário, escritor e atualmente idealizador de um site de variedades culturais na Internet.

Acompanhemos a entrevista.

O Mossoroense - Caby, você é mossoroense mesmo?

Caby da Costa Lima - Sim, mossoroense, nascido aos 11 de maio de 1957, mas eu digo carinhosamente que sou de Patu, porque meu pai, José Izídio Lima, que era motorista de táxi, ficava muito orgulhoso quando me ouvia dizer isso. Ele era patuense e eu era o único dos filhos que dizia que era de Patu.

OM - Que recordações você tem da Mossoró da sua infância?

CCL - Olha, veja bem. Era mais fácil viver - com relação à segurança - você ia pro estádio, para uma festa, ou para qualquer lugar, voltava a pé e ninguém mexia contigo. Hoje, você sabe que a violência predomina, a insegurança é grande. Você sai, deixa sua casa fechada, quando retorna alguém tem entrado, levado suas coisas, etc. Por outro lado, existia mais coleguismo naquela época e as amizades eram mais puras, mais saudáveis. A gente não era tão cão, porra-louca como hoje. Mas, de certa forma, fica uma coisa pela outra, porque se naquela época nós tínhamos mais tranqüilidade para viver e hoje não temos, nós também não tínhamos naquela época as opções de lazer que temos hoje. Naquela época você ganhava menos, mas gastava bem menos. Hoje você ganha mais, mas seu lucro é inferior ao que você ganhava antes. Então é assim, Mossoró tinha coisas que já não existem mais, em compensação foram criadas muitas coisas que naquela época nem se imaginava que fossem criadas.

OM - A que você atribui esta falta de "tranqüilidade de viver" que hoje nós já não temos?

CCL - Em grande parte à televisão. Acredita? Esta promiscuidade, esta indecência que existe no Brasil, os sequestros, os assaltos, muita coisa ruim. Quem dá carona para isso é a televisão, esta máquina mortífera.

OM - Como foi o início da sua carreira no rádio?

CCL - Eu comecei no rádio devido ao futebol. E quem me viu jogar sabe que eu jogava direitinho. Então, na rádio Tapuyo, no dia 12 de junho, eu fui participar de um torneio da imprensa contra a Fitema - perdemos de 5 a 1. Lupércio Luís de Azevedo me perguntou então se eu não queria jogar no gol, porque o goleiro estava tomando muito frango. Eu aceitei o convite e fui um dos destaques. Mas daí eu tinha que falar ao microfone para ser da imprensa. Colocaram-me então como repórter suburbano, me deram uma carteirinha, que até deveria ter guardado, mas eu perco tudo, e foi assim que eu comecei no rádio.

OM - Como surgiu a ideia de usar tamancos?

CCL - Não sei, pintou, eu gostei, adorei e uso desde o início do meu período em rádio. Olha, eu ainda vou voltar a estudar para me formar em ecologia. Quando você usa o tamanco, você fica à vontade, você se solta, tira o pé fácil e de repente está descalço. Eu uso tamanco pelo mesmo motivo que não uso cueca, porque sem a cueca eu posso deixar o "bicho" solto como manda a ecologia. Outra coisa, por exemplo, eu não uso camisas de botão, mas três ou quatro pessoas repararam nisso. A questão é a seguinte: se ser feliz é você se amar e se amando dizer o que pensa e fazer o que gosta, então eu sou feliz. Eu uso tamancos apenas porque gosto, não há necessidade de um argumento maior e ponto final.

OM - Mas é verdade que você foi barrado no Maracanã porque estava de tamancos?

CCL - É verdade. Naquela época o tamanco era visto com uma arma nos estádios do Rio de Janeiro, mas eu sabia disto, eu já tinha ido outras vezes, mas olha o que eu fazia. Eu ia pro estádio de tênis, mas levava o tamanco numa sacola. Quando eu cheguei no portão que dá acesso ao elevador às autoridades, o Mário, que era quem ficava na porta, me chamou e disse: "Você sabe que não pode." Mas algumas vezes eu entrei, entrava de tênis, quando chegava na cabina, tirava o tamanco da mochila e calçava.

OM - Você narrou várias partidas de futebol importantes. Qual delas você considera inesquecível?

CCL - Em nível internacional foi o jogo da classificação do Brasil para a Copa do Mundo de 1994 (Brasil x Uruguai) que terminou com dois gols de Romário. Nesta época eu fui transmitir o jogo pela rádio Difusora e o meu repórter foi o Jota Régis. E era aquela coisa muito bonita, aquelas mais de trezentas emissoras do país além das rádios internacionais, todas, uma ao lado da outra. Então, não tinha mais espaço para nós e fizemos uma cabina improvisada muito próxima do gramado. Na hora do gol, já no final do jogo, a coisa foi tão emocionante que o Jota Régis invadiu o campo, lógico, não só ele, mas uma multidão. Foi a primeira vez que eu narrei um gol em dose dupla, porque enquanto eu gritava o gol ele também gritava lá no microfone dele. Aqui em Mossoró, o mais emocionante na verdade eu não narrei, fui repórter. Foi em 1979, em um seletivo para decidir o representante de Mossoró no campeonato nacional. Quem apitou este jogo, é importante se dizer, foi Manuel Amaro, da Federação Pernambucana que apitou também o milésimo gol de Pelé, no Maracanã (Santos x Vasco) em 19 de novembro de 1969. Naquele Potiba, o Baraúnas saiu na frente, fez 1 x 0, terminou o primeiro tempo neste placar, o estádio lotado. No segundo tempo o Potiguar empatou aos 16 minutos, fez 2 x 1 aos vinte e aos 26 minutos fez 3 x 1. Aos 42 o Baraúnas fez 3 x 2 e foi uma doideira. Acho que até hoje quem assistiu aquele jogo guarda aqueles momentos.

OM -A sua passagem pela direção do Potiguar deixou mais alegrias ou tristezas?

CCL - Tristezas e alegrias nós temos em qualquer segmento. Eu fui presidente do Potiguar em 1997 e pela primeira vez um clube de Mossoró foi primeiro lugar em público. O campeonato naquele tempo era diferente, eram seis meses e nós terminamos como vice-campeões. Claro, tiveram dissabores, mas eu deixei pra lá. Cara, eu só não vendi os meus tamancos naquela época, mas "quebrei" de não prestar, eu perdi até o meu jeito de andar. Mas, de certa forma, eu achei isso bom, porque me deu oportunidade de saber quais são as reais adversidades da vida, o que uma "quebradeira" propicia a um ser humano, como ele deve reagir, como fazer para ficar de pé novamente. Foi uma das lições de vida mais importantes para mim pelas dificuldades financeiras que o futebol me impôs e eu não me arrependo de jeito nenhum.

OM - Ficaram mágoas com relação ao time?

CCL - Não. De forma alguma. Teve aí um maluco destes da vida que disse que eu roubei do potiguar. Eu quebrei de não prestar, mas foi uma lição extraordinária, tanto é que quem sabe um dia, no futuro, eu possa voltar a ser presidente do potiguar.

OM - Como ex-presidente, comente a má-fase enfrentada pelo clube.

CCL - Eu acho que o time do Potiguar é tão bom quanto o do Baraúnas, só que não se acertou. Na minha ótica, ele estava taticamente errado, as peças estavam atuando num sistema tático confuso e isso levou à derrocada. Não se concebe que um técnico tenha um jogo, por exemplo, na quarta-feira e na quinta às 14 horas você tenha treino. Isso acaba com qualquer máquina humana. Coloque os carros da Fórmula 1 para correr um grande prêmio no domingo e outro na segunda que eles quebram. Eu acho que Miluir Macedo foi um técnico feliz em 2004, mas foi muito infeliz em 2005. Digo novamente, o Potiguar tem um time muito bom, mas ele foi concebido de maneira errada taticamente. Eu conheço o pensamento da diretoria e sei que fora de campo ela agiu da forma correta. Pode ter cometido erros como todos cometem, mas trabalha com muita transparência, muita honestidade e deu ao técnico do Potiguar os jogadores que ele pediu. Acho que para o Potiguar engrenar é só uma questão de tempo.

OM - Mudando de assunto. Como nasceu O Mancha?

CCL - O Mancha nasceu de um "estalo". Eu estava cobrindo uma transmissão de carnaval ali na rua Coronel Gurgel e o Coroné Pereira - ele não gosta que eu fale, mas eu falo mal até de mim. Por que não vou falar dele? - não pronunciava o "L" das palavras. Era "bicicreta", por exemplo. E, na transmissão, Canindé Alves, que estava comandando pela rádio Tapuyo, perguntou: "Coroné Pereira, quem está se aproximando aí no quartel da folia que eu não estou vendo?" Ao que ele dispara de lá: "Vem aí o crube Baraúna, em seguida o broco Pimpão, mas como eu não estou vendo bem, eu vou pra cima da praça do Espranada e de lá eu dou um pra".

Então eu ouvi isso e fiquei atento.

Eu via nos jornais espaço para polícia, para política, espaço para tudo, menos para o rádio.

Procurei, então, no ano de 1984 o Canindé Queiroz, no jornal Gazeta do Oeste, e pedi um espaço para escrever as "mancadas" da turma da imprensa e passei quatro meses escrevendo sob o pseudônimo O Mancha.

Daí surgiu a ideia do livro que hoje já alcançou vinte e uma edições. Uma delas com mais de dois mil exemplares.

Certa vez, eu trabalhava na rádio Libertadora e José Maria Alves chegou com um abaixo-assinado para que fosse entregue à direção do jornal e eles retirassem a coluna O Mancha. Eu fui o primeiro a assinar.

OM - Nunca houve casos em que as personagens relatadas no livro tentaram matá-lo?

CCL - Não. Houve tentativas de processos, mas depois as próprias pessoas que se indignavam no princípio, me procuravam depois para me "presentear" com outras histórias e estórias que eles ouviam ou mesmo criavam.

OM - A série Do Bumba veio para substituir O Mancha?

CCL - Não. O Mancha ainda está aí, agora como janela no site "azougue.com" como o Do Bumba também nasceu de uma janela do site. Eu comecei a colocar seis fotos por semana e percebi que esta coisa da fotografia tem uma espécie de imã. Então pensei na possibilidade deste resgate em livro. Já saíram dois volumes e já estão esgotando ambas as edições. Tenho recebido muitos pedidos de fora, inclusive de outros países e isso tem me deixado muito feliz.

OM - E esta nova experiência de fazer comunicação na Internet. Como você está encarando isso?

CCL - Olha, esta ideia não foi minha. Quem imaginou este negócio foi o publicitário Brito e Silva. Nós começamos juntos, ele sugeriu alguns tópicos, outros eu criei, mas a parceria foi breve, durou cerca de noventa dias e eu resolvi dar continuidade. Para você ter uma ideia, em fevereiro de 2005 nós tivemos 4.518 acessos, este mês a previsão é de fecharmos o mês com mais de 30 mil acessos no www.azougue.com e isso só me faz crer que estamos no caminho certo.


Enviado elo professor, escritor, pesquisador do cangaço José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

DONA "DÉIA" MÃE DE MARIA BONITA.

Geraldo Antônio de Souza Júnior


Maria Joaquina da Conceição conhecida como "Déia", mãe de Maria Bonita, faleceu no dia 16 de junho de 1964, aos 90 anos de idade em decorrência de uma picada de cobra. Ao que consta dona Déia se recusou a buscar tratamento.

Foi tão vítima do cangaço quanto aqueles (as) que pereceram vitimados (as) pelas balas e punhais dos cangaceiros. Juntamente com sua família sofreu terríveis humilhações pelo fato de sua filha Maria Gomes de Oliveira "Maria Bonita" ter optado por seguir Lampião, como companheira, pelas trilhas cangaceiras.

https://cangacologia.blogspot.com.br/2018/01/dona-deia-mae-de-maria-bonita.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CASARÃO HISTÓRICO


CASARÃO QUE PERTENCEU A FRANCISCO HERÁCLIO DO RÊGO ( O Coronel Chico Heráclio ) da cidade de Limoeiro-PE.

Francisco Heráclio do Rêgo, o coronel Chico Heráclio ( 03/10/1885 - 17/12/1974 ) , foi um proprietário Rural Brasileiro de destacada influência política na cidade Pernambucana de Limoeiro.

O leão das varjadas como era conhecido, foi um dos ícones do coronelismo no Brasil

Ficou conhecido nacionalmente quando o humorista Chico Anysio fez um personagem em sua homenagem o Coronel Limoeiro.

Fotos tiradas hoje quarta-feira 24/01/2018 por Léo Cangaceiro do casarão que pertenceu ao Coronel Chico.

Até hoje o casarão se encontra conservado as margens do rio Capibaribe na cidade de Limoeiro-PE.






Por Leo Cangaceiro

https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com


LIVROS


Livros usados em promoção. Informações sobre preço, estado do livro e outras dúvidas: franpelima@bol.com.br - mensagem privada e Whatsapp 83 9 9911 8286.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O MASSACRE DO SÍTIO "ALMACEGA" E O MARTÍRIO DO VELHO SALINAS.

Transcrito por Geraldo Antônio de Sousa Júnior

O massacre do sítio Almacega e o martírio do velho Salinas na tarde de 13 de maio de 1930 é outro crime que estarrece pela brutalidade e fereza. Maneo Salina, modesto sitiante, contava família composta de cinco filhos e duas filhas. Certo dia, abordado por uma volante de policia, deu breves informes sobre os cangaceiros, que já haviam passado dias antes.

Lampeão soube pelo seu serviço diabólico de espionagem do pequeno incidente e mandou avisar o velho de que se vingaria. Salina mudou-se para Geremoabo, certo de que a punição não tardaria. Depois de certo tempo, no entanto, inativo como ficara, não tinha mais o que dar de comer à família. Acabara a farinha e não havia dinheiro. Pensou, então, em ir a "Almacega", onde tinha maduro mandiocal, para fazer uma rápida farinhada. Chegaria alta madrugada, arrancaria as raízes, enquanto os filhos as descascavam e as moças aqueceriam o forno.
De tal forma, ainda no escuro da madrugada seguinte poderia estar de volta a Geremoabo.

Premido pela necessidade, viu como certo o êxito, e partiu desprezando o conselhos daqueles que lhe conheciam o plano. Pela tardinha do dia 13 (Treze) quando todos os componentes da família trabalhavam com calor, Lampeão, avisado, aparecia no terreiro, invadia a casa com sua malta e defrontava a pobre família sertaneja apavorada e surpresa. Circulados todos pelos cabras, o terrível cangaceiro pega um dos rapazes, amarra-o costas com costas com o pai. Depois dispara a "Parabellum" na nuca, que caindo, arrasta na queda o velho. Lampeão separa-os cortando com o longo punhal, os amarrios. Repete a cena com o segundo moço e o velho. Faz o mesmo com o terceiro, fazendo com que embolasse seu cadáver com o corpo vivo do velho Salina. O quarto filho milagrosamente, livre por fuga, consegue atingir Geremoabo e mais tarde, incorporado a uma volante, matou um dos sacrificadores de seu pobre pai, o bandoleiro Quixabeira, autor também, no Raso da Catarina, autor da morte de seis caçadores.

Feito o horrendo massacre dos três rapazes, tomam de novo o velho Salina: cortam-lhe as duas orelhas, vazam lhe um dos olhos, quebram lhe os dentes e o castram.

Obrigam o mártir sertanejo a montar e com ele se dirigem à casa do quinto filho, que morava distante duas léguas. Chegando, Lampeão adverte Salina que vai bater e chamar, mas que ele responderá, atraindo assim, à morte, o filho desprevenido. Tudo se faz. O rapaz reconhecendo a voz do pai, abre a porta e cai com um tiro a queima roupa no peito.

Assistentes do extermínio bárbaro de quatro filhos, causador obrigado da morte do quinto. O mártir rústico segue a cavalo com a malta.

Só sete distante sete léguas de "Almacega", começo da tragédia, decidem matar o velho Salina, abrindo-lhe o peito e arrancando-lhe o coração.

Fazem, depois, com o cadáver presente, uma cachaçada diabólica.

Fonte: Jornal A NOITE
Transcrito por: Geraldo Antônio de Sousa Júnior
Obs: O texto foi copiado obedecendo a ortografia utilizada a época.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=893499830813914&set=a.703792683117964.1073741835.100004617153542&type=3&theater

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

FORMATURA DA MINHA SOBRINHA INGRID TATIANE ROCHA DE FREITAS


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

POVOADO MALHADA DA CAIÇARA EM PAULO AFONSO BA ONDE HOJE SE ENCONTRA O MUSEU CASA DE MARIA BONITA!
















https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A MORTE DE DOMINGUINHOS

O grande Dominguinhos - Fonte - www.transasom.net
O grande Dominguinhos – Fonte – http://www.transasom.net
Batizado por Gonzaga, Dominguinhos levou adiante legado do Rei do Baião – Após começo com ritmos nordestinos, este grande músico pernambucano transitou entre muitos estilos
Um adolescente de 16 anos, chegado ao Rio de Janeiro havia pouco, de repente ganha a bênção do Rei do Baião ao ser chamado pelo próprio de “herdeiro artístico”. Não poderia ter começado de maneira mais certeira a carreira musical de Dominguinhos, o sanfoneiro nascido José Domingos de Morais, em Garanhuns, Agreste pernambucano, no dia 12 de fevereiro de 1941. O Brasil se despede do músico nesta terça-feira (23).
“Gonzaga estava divulgando para a imprensa o disco ‘Forró no escuro’ [1958] quando me apresentou como seu herdeiro artístico aos repórteres”, lembrou-se Dominguinhos, em entrevista ao G1, durante os festejos do centenário de Gonzaga, em dezembro do ano passado. “Foi uma surpresa muito grande, não esperava mesmo”, assegurou.
Dominguinhos junto ao Rei do Baião - Fonte - www.onordeste.com
Dominguinhos junto ao Rei do Baião – Fonte – http://www.onordeste.com
A relação entre os dois, no entanto, é mais antiga. Dominguinhos ainda era criança e tocava triângulo com os irmãos no grupo Os Três Pinguins. Naquela época, era chamado Neném do Acordeon, apelido de infância. Tinha 8 anos e estava tocando na frente do hotel onde Gonzaga se hospedara, em Garanhuns, quando o Rei do Baião notou seu talento. Ali mesmo, prometeu ao músico mirim uma sanfona de presente, caso este resolvesse ir ao Rio de Janeiro.
O artista consagrado não se esqueceu do garoto quando ele foi procurá-lo, já rapaz, na então capital federal. Acompanhado do pai, o também sanfoneiro Chicão, e de um dos irmãos, Dominguinhos se mudou para o Rio de Janeiro e passou a viver em Nilópolis. Em 1954, a intenção do músico era encontrar Luiz Gonzaga. Quando o encontro aconteceu, a promessa não demorou a ser cumprida: “Em cinco minutos, ele me deu uma sanfona novinha, sem eu pedir nada”, contou. Também não foi necessário tempo demais para Gonzagão ter certeza do que tinha suspeitado em 1949: o anúncio de Dominguinhos como herdeiro aconteceria apenas quatro anos após a chegada do então jovem sanfoneiro ao Rio. Além do instrumento e da bênção, Gonzaga ainda batizou o rapaz, dando-lhe o apelido que viraria nome artístico. Para o velho Lua, a alcunha de “Neném do Acordeon” não ajudaria na carreira como músico.
A primeira gravação profissional de Dominguinhos não poderia ser no disco de outro artista: em 1957, tocou sanfona em um álbum de Luiz Gonzaga, na música “Moça de feira”, de autoria de Armando Nunes e J. Portela. No mesmo ano, o padrinho ajudou de novo na hora de batizar o grupo do qual o afilhado faria parte: com Zito Borborema e Miudinho, Dominguinhos fundou o Trio Nordestino, que ficou conhecido por interpretar diversos ritmos do Nordeste. O grupo continuaria, com outras formações, mas a participação de Dominguinhos foi encerrada em 1960.
Os primeiros discos
Os primeiros discos
O mundo do samba, da gafieira e do bolero atrairia o sanfoneiro temporariamente, mas, em 1965, Dominguinhos foi convidado a gravar, na recém-inaugurada gravadora Cantagalo, um disco que tinha como alvo os migrantes nordestinos que viviam no Rio de Janeiro. O dono da empresa era Pedro Sertanejo, pai de Oswaldinho do Acordeon, um dos primeiros a lidar com o forró no mercado do Sul-Sudeste brasileiro. Foi o bastante para Dominguinhos voltar a tocar xotes e baiões e, em 1967, integrar uma excursão de Luiz Gonzaga à região Nordeste, dividindo-se entre as funções de sanfoneiro e motorista – o notório medo de avião do sanfoneiro não começou aqui, no entanto. Antes de adotar o transporte rodoviário, Dominguinhos voou pelo mundo durante 30 anos, mas há 26 tinha deixado as aeronaves de lado.
Luiz Gonzaga, Guadalupe, Dominguinhos e Genival Lacerda. Foto do casamento de Dominguinhos e Guadalupe - Fonte - http://www.forroemvinil.com/
Luiz Gonzaga, Guadalupe, Dominguinhos e Genival Lacerda. Foto do casamento de Dominguinhos e Guadalupe – Fonte – http://www.forroemvinil.com/
Além de ser o segundo sanfoneiro de Gonzaga, e motorista eventual, Dominguinhos teve a oportunidade de conhecer, nessa excursão, a cantora pernambucana Anastácia. O encontro com a compositora, com quem se envolveu, marcou a carreira do músico. Juntos, são autores de mais de 200 canções. “Tenho sede” e “Eu só quero um xodó” são dois dos grandes sucessos da dupla e esta última música já soma cerca de 250 regravações, em várias línguas.
O empresário Guilherme Araújo, que dirigia a carreira dos novos ídolos baianos como Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil, viu Dominguinhos tocando num show de Luiz Gonzaga, em 1972, e fez o convite para que o sanfoneiro acompanhasse Gal no show “Índia”.  É dessa mesma época a primeira gravação de Gil de “Eu só quero um xodó”, versão que ficou muito famosa no Brasil. Como instrumentista, Dominguinhos passou então a transitar com desenvoltura no mundo da MPB, tocando ao vivo e também participando de gravações em estúdio.
Dominguinhos e Gilberto Gil - Fonte - www.premiodemusica.com.br
Dominguinhos e Gilberto Gil – Fonte – http://www.premiodemusica.com.br
Durante show no dia do centenário de Luiz Gonzaga, em 13 de dezembro deste ano, realizado na terra natal do Rei do Baião, Exu (PE), Gilberto Gil reiterou a importância de seu herdeiro. “Dominguinhos teve a herança do Gonzaga, que ele incorporou, através das canções, dos estilos, o gosto pelo xote, xaxado”. No entanto, para Gil, Dominguinhos soube trilhar um caminho próprio. “Ele foi além, em uma direção que Gonzaga não pôde, não teve tempo. Ele foi na direção do início de Gonzaga, o instrumentista, da época das boates do Mangue, no Rio de Janeiro, quando ele tocava tango, choro, polca, foxtrote, tocava tudo, repertório internacional, tudo na sanfona”.
Em meados dos anos 1980, Dominguinhos viu sua popularidade crescer em nível nacional. “De volta pro meu aconchego”, composta em parceria com Nando Cordel e gravada por Elba Ramalho, e “Isso aqui tá bom demais”, assinada junto com Chico Buarque, e gravada pelos dois, fizeram parte da trilha sonora da novela “Roque Santeiro”, da TV Globo, um sucesso absoluto entre 1985 e 1986. Temas dos personagens Roque Santeiro e Sinhozinho Malta, respectivamente, as canções ganharam milhares de ouvintes, levando o nome de Dominguinhos país adentro.
A composição de trilha sonora voltaria à vida de Dominguinhos em 1997, quando o sanfoneiro assinou as canções do filme “O cangaceiro”, de Anibal Massaini Neto. Dois anos depois, o disco “Você vai ver o que é bom” trouxe o registro de “O riacho do imbuzero”, uma letra até então inédita do compositor pernambucano Zé Dantas, que foi entregue a Dominguinhos pela viúva do parceiro de Luiz Gonzaga.  No mesmo trabalho, os dez anos da morte do Rei do Baião foram lembrados na música “Prece a Luiz”, assinada em parceria com Climério.
CD-Dominguinhos-Iluminado
Em 2004, Dominguinhos cumpriu temporada de shows no Rio de Janeiro, em dupla com Elba Ramalho, com repertório que privilegiou os hits de ambos os artistas. As apresentações se transformaram em CD no ano seguinte.  Em 2007, os papéis se inverteram e foi a vez de Dominguinhos virar padrinho: o sanfoneiro participou da estreia da filha Liv Moraes em disco, fazendo o arranjo e tocando a sanfona em algumas das faixas.  Nos últimos anos, a cantora acompanhou o pai em muitas das suas apresentações, inclusive durante a festa pelo centenário de Gonzaga, em Exu. A gravação, em 2009, do primeiro registro em DVD – “Dominguinhos ao vivo” – aconteceu no maior teatro ao ar livre do mundo, em Fazenda Nova, cidade do Agreste pernambucano, mesmo palco onde é realizada anualmente a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Os cantores Elba Ramalho, Renato Teixeira, Liv Moraes e Jorge de Altinho e os sanfoneiros Waldonys e Cezzinha participaram do trabalho.
Entre os últimos CDs gravados por Dominguinhos estão os trabalhos com o violonista gaúcho Yamandu Costa. A parceria começou em 2007, com o disco “Yamandu + Dominguinhos”, que tinha uma única preocupação: deixá-los tocarem o que tivessem vontade, sem amarras a repertórios ou estilos. Em cinco dias, foram registrados clássicos como “Feira de Mangaio” (Sivuca e Glória Gadelha), “Wave” (Tom Jobim), “Pedacinho do céu” (Waldir Azevedo) e “Asa branca” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira). O encontro dos músicos viraria DVD, em 2009, e permitiria a produção de um novo CD, o “Lado B – Yamandu Costa e Dominguinhos”, lançado em 2010. Composições de Hermínio Bello de Carvalho, Jacob do Bandolim, Lupicínio Rodrigues, Ary Barroso e Lamartine Babo fazem parte do repertório do segundo disco.
Prêmios e honrarias não foram poucos ao longo de praticamente 60 anos de carreira: em 2002, o CD “Chegando de mansinho” deu a Dominguinhos seu primeiro Grammy Latino. “Conterrâneos”, CD solo gravado em 2006, conquistou o Prêmio Tim em 2007, na categoria cantor regional. Em 2008, Dominguinhos foi o homenageado do Prêmio Tim de Música Brasileira e, dois anos depois, venceu o Prêmio Shell de Música. Este ano, o disco “Iluminado” deu ao sanfoneiro pernambucano mais um Grammy Latino, na categoria raízes brasileiras –  uma classificação mais do que digna para uma estrela da música brasileira, defensor e renovador de suas raízes nordestinas.
Fonte – G1 PE
Extraído do blog Tok de História do historiógrafo Rostand Medeiros
https://tokdehistoria.com.br/tag/luiz-gonzaga/