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quarta-feira, 14 de março de 2018

LIVROS SOBRE CANGAÇO É COM O PROFESSOR PEREIRA


franpelima@bol.com.br

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ANGICO POR CANDEEIRO_PARTE 1

https://www.youtube.com/watch?v=HAjljcu7HRs

Publicado em 27 de jan de 2018
Angico por Candeeiro, primeira parte.
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ZÉ SERENO DEPOIMENTOS E RELATOS DE UM EX CANGACEIRO DO BANDO DE LAMPIÃO PARTE I

https://www.youtube.com/watch?v=mQlQ07QWu7k&feature=share

Publicado em 25 de abr de 2017


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https://www.youtube.com/watch?v=PXa3eYOh96I&list=PL0gTjnc621brKm3HZuvQnrpHWgCGPLoop&index=23

Publicado em 3 de jul de 2012

O Cangaceiro, filme realizado pelos alunos de Design da UFPE, conta a história de Lampião, personagem histórico da Região Nordeste. Baseado em literatura de cordel, os versos narram seus infortúnios e seus amores, seu triunfo e seu declínio, e até seus acordos com o capeta. A animação mostra um pouco dos mitos e da fantasia que envolve o imaginário acerca do personagem. Uma produção Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; Maquinário Laboratório de animação UFPE; Núcleo de Design / CAA; Projeto Animando Histórias; Projeto Cordeis Animados. Apoio Estúdio Malunguim. Direção: Marcos Buccini Co-Direção: Alunos da disciplina Animação digital e do Projeto Animando Histórias da UFPE/CAA. Produção: André Arôxa, Huilton Carlos, Vinícius Milfont, Marcos Buccini e Davi Paes Versos e Roteiro: Francisco de Assis Oliveira Direção de Arte / Desenho dos personagens e cenários: André Arôxa, Vinicius Milfont e Davi Paes baseados na fonte Armoribat de autoria de Buggy Storyboard e animatic: Alunos da disciplina de animação 2D 2011.1 Créditos: Vinícius Milfont Trilha sonora: Igor Távora Borges Músicos: Igor Távora Borges (Violão, flauta e percussão) e Huilton Carlos (Percussão) Produção Musical: Pierre Leite e Igor Távora Borges Design de som: Pierre Leite e Davi Paes Narração: Davi Paes Técnica de animação: Recorte digital Edição e Pós-produção: Marcos Buccini Animação: Cena 1 - Nasce um cangaceiro José Wilson, Santino Mendes, Edvaldo de Siqueira, Luiz Antônio, Adoniram de Souza Silva e Filipe Paes Cena 2 - O Demônio Huilton Carlos, Filipe Paes, Eduardo José Ribeiro, Anna Paula e Jardel Bezerra Cena 3 - Corações Roubados Huilton Carlos, Bianka Andrea e Marcos Antônio Cenas 4 e 5 - Proteção e Traição Fatal Henrique Eduardo, Hudson Raniel, Vinicuis Milfont, Elber Fagner, Jeiel Silva, Wesley Kedmo
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NOVO ARTIGO: “DEUS SALVE DADÁ!”


Por Francisco Jarismar

“Você não é minha esposa, é um anjo da guarda que Deus enviou” (Corisco)

Na semana em que homenageamos as mulheres não vou falar da Madre Tereza, nem da irmã Dulce, nem da Rainha Elizabeth II, nem da dama de ferro Margareth Teather, tampouco de nossas mães, esposas e filhas.
Vou dizer de Dadá, a companheira de Corisco, a flor do mandacaru. O símbolo da fortaleza, da feminilidade e da coragem da mulher sertaneja. O elo entre o sofrimento e a ressignificação da vida. Do espargimento do amor verdadeiro, sem culpas e sem ressentimentos.

Nascida Sérgia Ribeiro da Silva, apelidada de Dadá, em Belém do São Francisco-PE, em 25 de abril de 1915, a filha de seu Vicente Ribeiro da Silva e dona Maria Santana Ribeira da Silva foi arrastada do seio familiar para as hostes do cangaço, aos 12 anos, em 1927, por Cristino Gomes da Silva Cleto, o famoso cangaceiro Corisco. Numa ação perversa e desumana o “Diabo Loiro” a sequestrara, na mais tenra infância, e a sentenciara a vida errante nas caatingas como rechaço por uma querela de coiteiros.

A menina foi violentada em sua pureza e ainda que as bonecas povoassem o seu universo o ódio se fez nascer por aquele homem cruel, grosso e indelicado. As marcas da violência física e moral delongaram-se em transmutar-se. A adolescência perdida conheceu todas as dores que o sertão tinha a oferecer.

Sem alternativas outras, Dadá se deixa letrar e aprende o manuseio das armas, sob as instruções de Corisco. Única cangaceira a atirar de fuzil, também não arredava do seu 38 colt cavalinho e a ela foram atribuídas todas as mortes por arma pequena nas baixas dos “macacos”.

Mas o tempo, que é o dono de tudo, faz o seu papel de forma paciente e precisa. E assim, o algoz passa a vítima da presa numa ressignificação existencial de que só o amor é capaz. Dadá alcança patamares de fama que poucos cangaceiros conseguiram.

Nos 12 anos de vida cangaceira recebeu inúmero elogios de Lampião: – O homem que tem uma mulher como Dadá, nunca está só. Compadre Corisco é homem de sorte!. Labareda, outro cangaceiro, disse: – Dadá valia mais do que muito cangaceiro. Já um coiteiro afirmou: – Metade da força de Corisco está em Dadá.

O ódio por Corisco se transforma em um amor indescritível e a saga do casal ultrapassa a tragédia de Angicos, (onde findam Lampião, sua Maria e mais 9 companheiros) como que a exigir um desfecho próprio, um desenlace singular para um amor que ainda tinha provas a dar.

Em meio a Moça de Cirilo, Nenêm de Luiz Pedro, Leonilda de Azulão, Inacinha de Gato, Maria de Ferrugem, Noca de Mormaço, Otilia de Mariano, Leonora de Serra Branca, Cristina de Português, Lilia de Moita Braba, Lídia de Zé Baiano e Maria de Lampião, Dadá chamava a atenção pela sua coragem. Superara todas as ofensas que poderiam lhe fazer. Foi apelidada, por um coiteiro, de “Nêga Pau” em referência ao seu destemor da vida e dos homens.

Dadá era valente, debatia, opinava e chegava a espantar cangaceiros do bando por conta da sua forte personalidade. O machismo não admitia manifestação feminina. Mas Dadá era mandona e chegou até mesmo a alvejar o cangaceiro Caixa de Fósforo, quando o mesmo questionou sua fala. Dadá chegava a interferir nas ações do bando!

O cangaço definha com a morte de Lampião, os sobreviventes ao massacre de Angicos-SE, em 1938, debandam. O governo Vargas promulga a lei de anistia aos cangaceiros, em 1940. Muitos negociam sua rendição, mas Dadá não permite a Corisco esse gesto. Cuida do companheiro gravemente ferido até o último momento. Retribuindo com carinho, atenção e zelo todos os feitos do companheiro em seu favor e colocando um lajedo sobre as memórias trágicas da infância perdida.

O romance da caatinga tem trágico fim. Em 1940, em uma emboscada, o Tenente Zé Rufino, “O matador de cangaceiros”, mata Corisco e fere traumaticamente a perna direita de Dadá, contudo não lhe permite a morte pelos volantes. Um deles ainda bravata: – Vamos acabar de matar essa puta!, ao que ela de pronto responde: – Me dá o fuzil e me chama de puta! Eu te toro pelo meio! Eu mato esse macaco miserável!

Dadá foi esposa, mulher, pariu 7 filhos (3 sobreviveram) que não pode criar. Foi companheira inarredável de Corisco até o fim. Se a morte de Corisco sela o fim do cangaço, a morte de Dadá, em 07 de fevereiro de 1994, sepulta a bravura indômita da mulher sertaneja.

Mais de trinta anos depois Zé Rufino lhe diria: “Dadá, você nasceu errado, devia ser homem, em muito lugar do sertão, você tinha mais nome que Lampião”. Deus salve as mulheres, Deus salve Dadá!


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A MORTE DE VOLTA SECA | O CANGAÇO NA LITERATURA #140

https://www.youtube.com/watch?v=WRIXw8ogyqQ

Publicado em 13 de mar de 2018

Chegamos ao programa 100 do Cangaço na Literatura e aos 100 anos do nascimento do cangaceiro Volta Seca. Parabéns, pequeno!
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TOMÉ, O SERVIDOR.


Por José Ribamar Alves

Eu vim ao mundo sem o mundo saber da minha vinda.

E, foi sem o mundo saber, que fui crescendo como uma árvore que, castigada pela sede, amarelada pelo sol e surrada pelos ventos, necessita manter-se de pé e continuar vivendo.

E, sem entender exatamente nada sobre a vida, sobre o futuro e muito menos sobre a liberdade, vi-me deixar dias e mais dias, noites e mais noites à distância de cada surpreendente amanhecer.

E nos velhos tempos de mil novecentos e setenta e dois, Boa vista no município de Severiano Melo-RN, servia de testemunha ocular e de cenário para cenas inesquecíveis de uma infância, sem infância, para eu, Tomé e outros renegados pelo privilégio que toda criança tem de sentir-se liberta como as aves dos campos.

E, mesmo sem entender os mistérios da vida, fui vendo morrerem pessoas que conhecia, assim como conheço os chinelos que calço, o caneco que uso para tomar água, a cama que arrumo para dormir, a tacha que uso para fritar ovos e o caderno que utilizo para descrever as orgias do afortunado e as dores ensopadas pelas tórridas lágrimas dos inditosos  que, predestinados, vem ao mundo.

E, como o ciclo da vida não para, nem muda suas regras, então, morreu Zé Telécio, o patrão que tentava ser certo como dois e dois são quatro, partiu Vicentão, que para passar por uma porta comum, tinha que se abaixar um palmo ou mais, morreu Sebastião Sapo, que por uma cachacinha trocava um pouco do seu tempo, faleceu Zé Boágua, que tinha o andar de um nordestino puro como o leite do peito da vaca Tauá, partiu Joel, que para tomar banho precisava a patroa, madrinha Ceci Ferreira, passar-lhe uns, aranha-gato, morreu Julita, pobre Julita, que nunca teve um marido para compartilhar seus sentimentos, faleceu Pedro Ângelo um zelador dos plantios de algodão, de milho e de feião, do patrão, por fim, morreu Zé Alves, meu pai homem simples, mestre em construções de cercas de pedra e de arame farpado, um ser honesto e incansável, pelejador pelo sustento da família.

E lá se vão os anos caminhando a passos de camelo, sem esperar por ninguém e, eu sem notícias daquela terra, sigo minha caminhada, marcado pelas lembranças de outrora e arrastado pelo tempo feito boi de canga, pelo caminho que começa no berço e termina na morada do silencio.

E, como o destino não hesita separar pessoas, distanciou-me do meu passado e das pessoas que me viram crescer, sem imaginarem que eu venceria o anonimato, a miséria, o preconceito, a solteirice e um pináculo importantíssimo, chamado meio século de existência.

Somente depois de muito tempo, encontrei-me com Tomé, na Ilha de Santa Luzia em um dos bairros da grande Mossoró-RN, e achei-o de semblante sem tantas mudanças, mas ainda chicoteado pelo infortúnio miserável que ao invés de proteger, deserda quem tanto tenta fugir de suas emboscadas.

E, vendo-me de perto, Tomé fez questão de retroceder comigo aos velhos tempos e me suprir de elogios assim dizendo: Esse cara, quando jovem era um extraordinário jogador; fazia o que bem queria com a bola nos pés.

E continuou assim dizendo: Ele foi criado no sítio que a gente morava,
E sempre foi um cara bom.

E eu diante daquele brilho prazeroso que invadia seus olhos, já me sentia por demais lisonjeado, mas muito feliz e agradecido.

E, continuou Tomé a falar: Nós pescávamos de anzol, jogávamos bola juntos, e ate falávamos dos sonhos que tínhamos com o padeiro aos domingos pela manhã, gritando: olhe o pão, quem vai quer? E que pão cheiroso e saboroso.

Mas, Tomé, não me falou se havia casado e tido filhos; talvez, quem sabe, por não ser bem casado, por não ter tido orgulho de ser pai, ou até mesmo por não ter achado necessário, mas confesso eu que teria gostado de saber.

A essa altura Tomé já havia fechado o corpo com duas ou três doses de aguardente e, quando percebi que Tomé já havia tomado além da conta, despedi-me do velho amigo e fui para casa.

Mas infelizmente com poucos anos depois Tomé deixava  as conversas de pé de balcão e os companheiros de farra.

Mas quem era Tomé, afinal?

Tomé, nas antigas, era um servo de quem tentava ser certo, como dois e dois são quatro; acordava cedo para encher os recipientes da casa da fazenda, com água trazida do açude num galão, às vezes num jegue com ancoretas, vez por outra em roladeira, e querendo ou não tinha que fazer isso todos os dias antes de merendar.

Como sofrera o pobre Tomé, mas Tomé mesmo assim viu muita gente ser vestida com um paletó de madeira e partir para nunca mais voltar, assim como eu também vi, inclusive ele!

Mas a morte me deixou viver, talvez justamente para falar sobre Tomé e as pessoas que ele nunca esquecera antes de partir.

Mas pra desconto ou aumento dos pecados, eu não fui ao enterro de Tomé!

Não fui talvez pra não lembrar tanto de sua subserviência, de sua prestação de serviços sem prestação de contas, de sua mocidade mal aproveitada ou até mesmo do nosso destino parecido um com o outro.

Eu, assim como ele, não tive uma boa infância, cresci privado do direito de sorrir, se achasse graça era reclamado porque aquilo era coisa de gaiato.

Para mim até hoje, sorrir é um entrave, um engasgo, uma coisa difícil.
Cresci e me criei sem poder estudar, mas a curiosidade de olhar letras e palavras fez de mim um autodidata.

Portanto, hoje me valho das letras, das palavras e das lembranças fujonas e regressastes que me permitem pensar que sou capaz de ser alguém perante tantos alguéns, e sem receio de errar, afirmo em alto e bom tom, Ah, como se tem Tomés neste País.

Autor: José Ribamar Alves, 05-08-2017.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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EPISÓDIOS DA VIDA DE LAMPIÃO

Por Ruy Lima

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MESMO QUE SEJA NOS BRAÇOS DE SEVERO ESTAREI NO CARIRI CANGAÇO POÇO REDONDO


Por Rangel Alves da Costa

LILI NELI, a menina-moça filha do casal de ex-cangaceiros Moreno e Durvinha, já confirmou que chega para o Cariri Cangaço Poço Redondo 2018 nem que seja nos braços de Severo. A maravilhosa Lili, amada e adorada por todos, representa não só a linhagem cangaceira em meio à Família Cariri Cangaço, como traz no seu manto alegre, colorido e jovial, toda a obstinação dos apaixonados pela história, pela cultura e pelas tradições nordestinas. Lili, como uma devota de um mundo do qual ela mesma possui raiz e fruto, exemplifica a máxima abnegação aos passos de um passado de lutas, vinditas e valentias. Sua idade não impede que até mesmo corra para chegar ao chão sagrado de seu grande e inesquecível amigo Alcino. Por isso que ela será a primeira a chegar e a última a partir. E vocês outros, cangaceiros e atrevidos, AVANTE.

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CASARÃO DO CAP. ÂNGELO GOMES DE SÁ, SEQUESTRO DO CEL. DAVI JACINTO PELO BANDO DE LAMPIÃO.


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Esse imponente casarão, maltratado pela ação do tempo, fica localizado no sítio Cabaças Verdejante-PE, segundo moradores da localidade como o Sr. Manoel Henrique, essa casa pertenceu ao Capitão ÂNGELO GOMES DE SÁ, filho do Alferes Manoel Gomes de Sá e de Maria dos Anjos da Purificação, primeiro matrimônio com Maria Angélica de Jesus e o segundo com Feliciana Gomes de Sá, as esposas eram irmãs, filhas de Antônio Gomes de Sá irmão de Ângelo. O capitão Ângelo Gomes de Sá, era tio de David Jacinto de Sá, um dos fundadores da cidade de Verdejante-PE, Davi Jacinto nasceu em meados do ano de 1859 e faleceu com 85 anos de idade no dia 04 de dezembro de 1944. A fazenda Bezerros, hoje cidade de Verdejante, era distrito de Salgueiro, a sua localização e a distância entre as cidades de Salgueiro-PE e São José do Belmonte-PE, dificultava o comércio dos produtos agrícolas e outras mercadorias. Por volta de 1915, ano da grande seca, as lideranças do lugarejo sentiram a necessidade da criação de uma feira semanal para a comercialização de mercadorias, assim foi criada a feira aos domingos. No ano de 1917 o então prefeito de Salgueiro, o Cel. Romão Sampaio, tomando conhecimento da criação da feira, ordenou a sua proibição, destruindo as barracas e desarmando o chefe político David Jacinto. Em dezembro do mesmo ano, em campanha política, Agamenon Magalhães visitou a vila, e prometeu interceder, de fato cumpriu a promessa, inclusive devolvendo a arma do chefe político local David Jacinto. Na celebração das festas natalinas, o Padre Manoel Firmino, pároco de Salgueiro, sugeriu que fosse construído uma capela. As lideranças políticas e os chefes de famílias, se reuniram e acertaram a construção da igrejinha, o Sr. David Jacinto, e o seu cunhado Mariano Gomes de Sá e Cirilo Ribeiro fizeram a doação do terreno para a construção. Em forma de mutirão, a Capela foi erguida e inaugurada no dia 08 de dezembro de 1918 com a chegada da imagem de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, e uma celebração de uma festa.

“O sequestro do Cel. David Jacinto de Sá pelo bando de Lampião”

Em meados do ano de 1926, Virgulino Ferreira da Silva (Lampião) invade e saqueia o povoado de Bezerros, o alvo era Cel. David Jacinto, o chefe político do lugar. Lampião exigiu a quantia de 10 contos de réis do coronel, que prontamente se negou a entregar a quantia. Lampião ficou muito irritado com a negativa, então, ordenou que os cangaceiros amarrassem o coronel de costas num jumento e o sequestrou. A esposa do sequestrado, a Sra. Joana Tavares de Sá (ou Joana Gomes de Sá, Joana Tavares Muniz) (Dona Joaninha), recorreu ao Cel. Veremundo Soares de Salgueiro, e ele empresta os 10 contos de réis para pagar o resgate, Dona Joaninha faz uma promessa, que se o seu esposo voltasse para casa a salvo, ela mandaria celebrar uma missa. Com o dinheiro emprestado por Veremundo, Dona Joaninha entrega a quantia ao Sr. Manoel Coelho e pedi que ele saia a procura do bando de Lampião, era do conhecimento que o grupo de cangaceiros tinha indo em direção da localidade chamada Carnaúba, então o dinheiro foi entregue pelo portador, Lampião solta o sequestrado e ele volta a salvo para sua casa. Para cumprir a promessa foi mandado celebrar uma missa e uma festa com os vaqueiros no dia 08 de dezembro, dando então início a tradicional Missa do Vaqueiro, que até hoje é realizada.

Por Cicero Aguiar Ferreira

Fonte de pesquisas: ACAVE (Associação Cultural e Artística de Verdejante), Manoel Henrique, Genealogia Pernambucana, documento digitalizado do cartório de Verdejante (assentamento do óbito de David Jacinto de Sá).
Fotos: (Igreja) foto de José Roberto Nogueira, (casarão) fotos de Cicero Aguiar Ferreira.


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