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domingo, 11 de agosto de 2024

MUSEU É MUSEU

Clerisvaldo B. Chagas, 9 de agosto de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.085

MULTIUSO DA AVENIDA EM 2013. (FOTO B. CHAGAS/ LIVRO 230, ICONOGRÁFICO AOS 230 ANOS DE SANTANA DO IPANEMA).

Em 1951, entre as gestões de Abílio Pereira, Ulisses Silva e Adeildo Nepomuceno (os dois primeiros provisoriamente naquele ano) foi construído um prédio estreito à Avenida Nossa Senhora de Fátima, que iria servir como multiuso para a prefeitura local, em Santana do Ipanema. Inúmeras funções variadas foram ali dentro feitas e que ainda hoje continuam. O edifício se mantém de pé. Tão discreto, tão sumido, tão humilde que não chama atenção de ninguém. Defronte a famoso restaurante, bem perto da Câmara Municipal que são estrelas, não brilha o invisível edifício com seus respeitáveis 73 anos de existência. Foi ali que em 1959, oito anos após a sua construção, foi inaugurado o primeiro e único museu da cidade. Gestão do “Prefeito Cultura”, Hélio Rocha Cabral de Vasconcelos.

Passei muito por ali em busca do Saber no Grupo Escolar Padre Francisco Correia. Graças a percepção do prefeito Hélio Cabral, a história do nosso município e do Sertão materializou-se nos inúmeros objetos populares e elitistas catalogados pelo museu. Mesmo sendo uma época difícil de conscientização cultural ampla, o museu da Avenida deus os primeiros passos para essa consciência e que logo se tornou pequeno no que tange as limitações do prédio e, no futuro foi transferido para um casarão relíquia bem no centro comercial da urbe. A única peça quem me vem à lembrança ainda naquele prédio, é uma roda e um farol do carro do pioneiro Delmiro Gouveia. Peças essas levadas para o museu de Palmeira dos Índios, segundo os mais velhos e que agora chegou o tempo de cobrar à volta.

Esses prédios históricos, por mais humildes que sejam e que prestaram relevantes auxílios no desenvolvimento municipal, são como nós os humanos com suas paredes impregnadas de sabedoria, mas dentro de quase total falta de compreensão. E por mais forte que seja o nosso museu, precisa entrar na era dos museus dinâmicos e modernos iguais aos mais avançados do País. É preciso um novo edifício com arquitetura futurista e um espaço imenso para abrigar tecnologias e novos quadros de nossas áreas culturais e históricas. Hoje, um museu dentro deste Século XX, é também uma grande fonte de divertimento e lazer e não apenas uma casa velha de amontoar o que não presta. Parabéns, prédio da Avenida, pelos seus 73 anos de existência.

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2024/08/museu-e-museu-clerisvaldo-b.html

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DAS 3 MAIORES BATALHAS NO FOGO DO SERROTE PRETO.

 Por Valdir José Nogueira de Moura.

Corria o ano de 1925, em fins do mês de março daquele ano, a cidade de Vila Bela, no sertão de Pernambuco, presenciava um intenso movimento de forças volantes, sob o comando do coronel João Nunes, que havia chegado aquela cidade do Pajeú no dia 23, com numerosa força policial deste Estado, incluindo mais dois Estados, da Paraíba e Alagoas, num total de 200 homens, cujo objetivo era proceder combate ostensivo ao terror impetrado na zona sertaneja pelo banditismo.

 João Nunes

No dia seguinte da sua chegada, o coronel João Nunes distribuiu essa numerosa força em vários contingentes que seguiram no encalço de Lampião, sob o comando dos capitães José Caetano, José Lucena, tenentes, Muniz de Andrade, Pedro Malta, Hygino e Clementino.

O coronel João Nunes ficou com os tenentes João Gomes e o belmontense Sinhozinho Alencar, este como seu secretário e aquele por se achar doente.

Durante a sua estadia em Vila Bela, foi o coronel João Nunes muito visitado no Paço do Conselho Municipal, onde ficou hospedado. A notícia da sua chegada ao Pajeú deixou a princípio a população local muito esperançosa, e muito confiante nas medidas que haviam sido tomadas pelos governos dos três Estados nordestinos, ora coligados para o extermínio do bando de Lampião. Entretanto, a chegada da força policial à Vila Bela gerou comentários nas rodas de amigos, nas calçadas, nas budegas, na feira...diziam alguns sertanejos, com suas astutas experiências que não seria ainda daquela vez que Lampião, seria pilhado.

 Lampião com a visão além do alcance.

Cangaceiro dos mais terríveis que já deu o sertão de Pernambuco, o “dito-cujo” era de uma audácia sem nome. Prova-o a última façanha ocorrida em fevereiro de 1925 no “Serrote Preto”.

Sabendo da aproximação de uma força policial composta de 75 homens sob o comando de três bravos oficiais, 2 da Paraíba, e 1 de Pernambuco, tenentes Francisco Oliveira, Joaquim Adauto e João Gomes; em vez de fugirem, os cangaceiros os esperou, apesar da inferioridade numérica de seus 24 comparsas. E os esperou com uma sorte tal, que além de deixar o campo juncado de cadáveres inimigos, ainda conseguiu fazer o devido saque.

Assim é que, dias depois, de rota batida para o Pajeú passou o cangaceiro por Vila Bela conduzindo grande quantidade de armas e munições, apanhadas no conflito do “Serrote Preto”.




 Fotos de achados, fruto de uma pesquisa de campo  em Serrote Preto
do escritor Lourinaldo Telles

Como nas coisas mais sérias da vida, há sempre um lado cômico e engraçado até, dizem que Lampião prometeu não mais matar soldados, mas sim, somente oficiais, isto por ter encontrado no bolso do oficial morto 2 contos de réis, enquanto que, no bolso de um soldado, apenas 300 réis.

Lampião tinha no seu cangaço dois irmãos: Levino e Antônio Ferreira, e que nos encontros com a polícia formavam sempre três grupos, com retaguardas etc. No combate do “Serrote Preto”, foi a retaguarda de Levino que desbaratou a polícia, causando-lhe 12 mortes, inclusive dois oficiais e vários feridos.

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MEU EX-ALUNO

Clerisvaldo B. Chagas, 8 de agosto de 2024

Escritor Símbolo do Sertão alagoano

Crônica: 3.084

Fez-me um bem radiante em ter recebido a visita de um ex-aluno de Geografia, já nesse estágio da vida. Formado atualmente em Agronomia, meu antigo aluno chegou à minha casa com um sonho e um projeto sob o braço: Ajudar o Nordeste o Brasil e o mundo com recuperações de nascentes, de terras degradadas, plantio de árvores ciliares e nas propriedades rurais de caatinga já devastada. Era grande o seu entusiasmo e maior a sua humildade no reconhecimento a este professor, com o convite quase imperioso de comando para o seu projeto que já se encontra em partes bem começadas. Filho do campo, raízes no Poço das Trincheiras, uniu a prática da agropecuária com a Geografia, com a Universidade e, armado da coragem e acreditando em si, faz o diferencial entre os que só pensam no próprio destino e as lideranças que primeiro pensam na região, na pátria, no planeta como um todo.

O bioma caatinga é um dos mais castigados do país. Até há pouco anos, além do desmatamento natural de agricultores, criadores e inúmeras outras profissões, ainda recebeu incentivo do governo para desmatamento, aproximadamente nos anos 60. O exemplo de seu pai desmatando para plantar palma forrageira, foi o mesmo exemplo do meu, desmatando para plantar pasto para o gado. Quantos filhos de agricultores, pensam atualmente diferente dos seus pais sobre a Natureza! Isso graças aos bancos escolares desde àquela escolinha da ponta de rua até as melhores universidades. Retornam agora ao campo cheios de conhecimentos novos e de respeito ao meio ambiente, fazendo justamente o percurso contrário aos dos seus pais. Sim, isso é evolução, ainda que seja tardia.

O tempo perdido, entretanto, pode até ser ignorado no uso de tantos conhecimentos e tecnologias que estão alavancando o mundo. Mas voltando ao meu ex-aluno, não pude conter a gargalhada quando ele me disse: “ Professor, não é preciso o senhor estar comigo no campo da luta.  Basta o senhor me orientar e me dar apoio moral. Fica aqui de casa mesmo só dando as ordens como os antigos coronéis do sertão”. Ah... Caro colega professor aposentado, quantos dos milhares de alunos que passaram por nossas mãos, chegam para nos visitar?

É... Mas o Mestre dos mestres nos visita todos os santos Dias.

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LÍDIA A MAIS BELA DAS CANGACEIRAS E SUA TRÁGICA HISTÓRIA

 Por Na Rota do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=0WhSKi4JMJE

Uma das histórias mais tristes do período Lampiônico, Lídia, tida como a mais bela das mulheres do cangaço, termina sua trajetória na terra nas mão do seu companheiro traído, Zé Baiano a pantera negra dos sertões, uma trágica narrativa histórica, ainda cheia de mistérios e lendas, agora na narração de Sizinho Junior do Na Rota do Cangaço. Quer fazer uma singela doação para o canal acesse o QRcode no vídeo, você ajudará o canal a continuar trabalhando na produção de vídeos como esse. Muito obrigado. Fotos ilustrativas de domínio público. Vídeo: Benjamin Abrahão Botto. Narração: Sizinho Junior Se você gosta do nosso trabalho e quer nos ajudar nessa caminhada. Siga-nos no instagram e participe do nosso dia a dia.   / narotadocangaco   Inscreva-se no nosso canal e deixe seu like.

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CANGACEIRA LÍDIA

 Por O Reinado Lampiônico

https://www.youtube.com/watch?v=V9en95O4Vn4

No filme Corisco o Diabo Loiro mostra um fato real da Traição da Cangaceira Lídia que era considerado a Cangaceira mais Bonita despertando a ira de seu companheiro o Cangaceiro Zé Baiano.

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ZÉ BAIANO E LÍDIA | O CANGAÇO NA LITERATURA | #206

Por O Cangaço na Literatura 

https://www.youtube.com/watch?v=ZJKr5803oyM&list=PL9UcmEfWm9vnhc9BNI2uKpfC9IHzRADlL&index=2

Mais um desenho, desta vez descrevemos a vida e morte da cangaceira Lídia. Quer ver o primeiro episódio desta série? Clica aqui    • 80 Anos Depois | O Cangaço na Literat...   Traço de José Roberto Voz de Li Sousa Texto de Robério Santos

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