Clerisvaldo B. Chagas, 8 de agosto de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão alagoano
Crônica: 3.084
Fez-me um bem
radiante em ter recebido a visita de um ex-aluno de Geografia, já nesse estágio
da vida. Formado atualmente em Agronomia, meu antigo aluno chegou à minha casa
com um sonho e um projeto sob o braço: Ajudar o Nordeste o Brasil e o mundo com
recuperações de nascentes, de terras degradadas, plantio de árvores ciliares e
nas propriedades rurais de caatinga já devastada. Era grande o seu entusiasmo e
maior a sua humildade no reconhecimento a este professor, com o convite quase
imperioso de comando para o seu projeto que já se encontra em partes bem
começadas. Filho do campo, raízes no Poço das Trincheiras, uniu a prática da
agropecuária com a Geografia, com a Universidade e, armado da coragem e
acreditando em si, faz o diferencial entre os que só pensam no próprio destino
e as lideranças que primeiro pensam na região, na pátria, no planeta como um
todo.
O bioma
caatinga é um dos mais castigados do país. Até há pouco anos, além do
desmatamento natural de agricultores, criadores e inúmeras outras profissões,
ainda recebeu incentivo do governo para desmatamento, aproximadamente nos anos
60. O exemplo de seu pai desmatando para plantar palma forrageira, foi o mesmo
exemplo do meu, desmatando para plantar pasto para o gado. Quantos filhos de
agricultores, pensam atualmente diferente dos seus pais sobre a Natureza! Isso
graças aos bancos escolares desde àquela escolinha da ponta de rua até as
melhores universidades. Retornam agora ao campo cheios de conhecimentos novos e
de respeito ao meio ambiente, fazendo justamente o percurso contrário aos dos
seus pais. Sim, isso é evolução, ainda que seja tardia.
O tempo
perdido, entretanto, pode até ser ignorado no uso de tantos conhecimentos e
tecnologias que estão alavancando o mundo. Mas voltando ao meu ex-aluno, não
pude conter a gargalhada quando ele me disse: “ Professor, não é preciso o
senhor estar comigo no campo da luta. Basta o senhor me orientar e
me dar apoio moral. Fica aqui de casa mesmo só dando as ordens como os antigos
coronéis do sertão”. Ah... Caro colega professor aposentado, quantos dos
milhares de alunos que passaram por nossas mãos, chegam para nos visitar?
É... Mas o
Mestre dos mestres nos visita todos os santos Dias.
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