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segunda-feira, 21 de março de 2016

DE CABEÇA PRA BAIXO

Por Rangel Alves da Costa*

Gabriel Garcia Márquez, Julio Cortázar, Juan Rulfo, Murilo Rubião e José Cândido de Carvalho, dentre outros mestres do realismo fantástico, uma espécie de narrativa literária onde as realidades são verdadeiramente absurdas, ficariam estupefatos diante do mundo revirado em que se transformou uma cidadezinha chamada Berço Esplêndido. Assim denominada depois que alguém por lá cantarolou: deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo...

O primeiro susto seria com o nome da cidade, não daquele conhecido, mas no outro que de repente se alastrou como mais verdadeiro e coerente com a realidade local: Berço Revirado. Mas muitos já a chamavam de qualquer coisa, assim como Berço Esculhambado, Berço Esbagaçado, Berço Aviltado. Se alguém perguntasse o porquê da mudança do nome de Berço Esplêndido para Berço Revirado, certamente encontraria uma resposta simples: É que desandaram tudo. Ou ainda: É que tudo está de cabeça pra baixo, revirado mesmo.

E tudo estava desandado mesmo. O vento norte chegava do sul, a porta da frente da casa era na parte de trás, indo para o quintal. As casas eram praticamente vazias, pois as pessoas comiam e dormiam do lado de fora. Os bichos de criação viviam com roupas e chinelos e as pessoas completamente nuas. Os inimigos viviam se abraçando cordialmente enquanto os amigos de vez em quando se apunhalavam. Ao invés do beijo, o que o outro apaixonado recebia era um tapa na cara. Chovia lágrimas e de vez em quando pessoas eram avistadas estendidas pelos varais.

Mas muito mais: O vigário vivia choroso aos pés do confessionário porque não havia ninguém a quem relatar seus pecados. Pedras eram cumprimentadas e respeitadas, lama era tida como algo devocional. Toda vez que um lamaçal surgia, logo flores, velas e perfumes eram colocados ao redor. O louco que noutros tempos era evitado a todo custo, agora era conselheiro, verdadeiro sábio da comunidade. Pelos jardins, que ficavam no telhado das casas, no lugar das flores nasciam espinhos e ao invés de perfume exalavam odores putrefatos pelo ar. E flores eram avistadas nas lonjuras do espaço e voando com asas de gavião.


Mas até então as pessoas comiam e bebiam com fartura, se divertiam com coisas as mais impensadas e parecia tudo dentro da normalidade do absurdo, do anormal. Mas tudo piorou quando os alimentos começaram a faltar, as cobranças se tornaram cada vez mais abusivas e um quilo de folha seca passou a valer dois dinossauros. Como os dinossauros não existiam mais, então o medo, a tristeza e o sofrimento se abateu de vez entre todos. Quem vivia chorando passou a sorrir sem parar, quem vivia gargalhando começou a continuamente gemer. Além do estado estarrecedor de antes, daí em diante se viu um quadro verdadeiramente dantesco.

O doido de pedra já transformado em sábio, então resolveu que o melhor a fazer seria ir reclamar com o governante local, que era uma estátua de língua pra fora e com o dedo maior da mão direita levantado em direção a quem se aproximasse. A população nua - e então muito mais magra e entristecida - chegou perante a estátua e, sem força na voz, apenas apontou para a barriga vazia, para a boca sedenta e para os braços feridos, como a dizer que faltava comida, bebida e remédio. A estátua então gargalhou, aumentou o tamanho da língua e levantou o dedo ainda mais. E soprou ventania tão forte que quase leva todo mundo.

Quando o doido, agora se mostrando sorridente (que era o seu jeito de mostrar fúria), acenou para a população chamando para avançar sobre a estátua e derrubá-la, então repentinamente surgiu um bicho medonho de duas caras e foi logo dizendo que o povo podia morrer, mas a estátua ficava. Em seguida abraçou a tirana escultura, escondendo-se atrás dela em seguida. Mas o povo já estava afastado, dançando (que era sua forma de mostrar desilusão), cantando (que era sua demonstração de tristeza) e fazendo gestos desconexos (que era como dizia que o fim havia chegado). E depois todos seguiram pelas ruas como almas penadas em busca de suas covas. Uma cena tão estarrecedora que parecia coisa do outro mundo. Mas ali era o outro mundo.

Mas como aconteceu tal mudança, alguém poderia indagar. Contudo, para conhecer como tudo aconteceu será preciso voltar no tempo e procurar compreender o que poderia ter acontecido para o lugar revirado assim de cabeça pra baixo. E coisa simples demais de relatar. O povo dali era bondoso, humilde, trabalhador, sempre acreditando naqueles que chegavam com promessas de melhorias. Mas confiou demais nas promessas e foi enganado. E enganado, desenganou-se. Daí em diante, não acreditou mais em nada, nem que o dia era dia nem que a noite era noite.

A descrença do povo era tamanha que tudo passou a ser visto ao contrário, revirado, de cabeça pra baixo. Mas estava mesmo. Nada mais se mantinha em pé, nem a crença no governante nem a esperança de dias melhores. Enquanto isso a estátua continuava apontando o dedo para o povo penando nas ruas, sempre gargalhando quando na presença do bicho de duas caras. Assim a vida em Berço Esplêndido. Até tudo revirar de vez.

Poeta e cronista
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ENQUANTO NÃO VEM CANGAÇO - ALEXANDRE NUNES CANTOR

https://www.youtube.com/watch?v=TWZwnVh8mA0

Publicado em 2 de novembro de 2013

Descrição Esse é o canal Oficial do Programa Raul Gil. 
Todo sábado a partir das 14h15 no SBT
Assista os melhores momentos aqui no YouTube !! Curta !! Compartilhe!!


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SÍTIO PASSAGEM DAS PEDRAS


SÍTIO PASSAGEM DAS PEDRAS - Onde nasceu Lampião - Os visitantes embrenham-se na zona-rural, deliciando a paisagem do sertão, mesmo cenário que viveram os cangaceiros no século passado, com o guia narrando histórias alusivos a Lampião.

A primeira parada nas PEDRAS onde aconteceu o primeiro confronto armado entre os irmãos Ferreiras (família de Lampião) e Zé Saturnino (primeiro inimigo).

Sem sair da trilha chega-se as ruínas da antiga casa-grande da fazenda Pedreira, pertencente a Zé Saturnino. Onde foi palco de um dos mais emocionantes capítulos da história do cangaço.

Um pouco mais adiante se pisa no Sítio Passagem das Pedras – onde está à casa de Dona Jacosa, avó materna de Virgolino, onde ele nasceu. É como se a família ainda estivesse lá, com sua avó, a Mulher Rendeira, cantando loas... Consta de um maravilhoso acervo em fotografias, utensílio e móveis, objetos e documentos que têm referência com os guerrilheiros do sertão e remete o visitante a um mergulho no mundo mágico do cangaço, por onde começou a saga do mito Virgolino Ferreira da Silva.

É o ponto de partida da vida daquele que por duas décadas percorreu a maior parte do nordeste brasileiro fazendo justiça com as próprias mãos, pondo em xeque o poderio dos coronéis.

No Sítio tem um passeio pela caatinga em visita ao Riacho de São Domingos, ao sopé da Serra Vermelha.

O Sítio Passagem das Pedras – onde nasceu Lampião – fica situado a 35 km. do centro de Serra Talhada, pela Rodovia Estadual Virgolino Ferreira da Silva (PE 390), na direção da cidade de Floresta.














A Loja de Artesanato do MUSEU do CANGAÇO em Serra Talhada está repleta de novidades... venha conhecer o maior Museu sobre Lampião do Brasil e compre aqui seu presente de 'amigo secreto', ou de natal para familiares e/ou ainda uma lembrancinha da Capital do Xaxado em nossa loja.

Contato e Mais Informações LIGUE: 87.3831.3860

Visitas agendadas:
Telefones (87) 3831 3860 e (87) 99938 6035
E-mail: cabrasdelampiao@gmail.com.br

LUITGARDE SEM REFLEXOS: ESTILO DURO E FORTE NA DIREÇÃO DA CONSTRUÇÃO DA VERDADE HISTÓRICA

Por Manoel Severo

Uma das mais festejadas personagens deste vasto e qualificado universo do estudo e pesquisa do cangaço certamente é a nossa querida professora Luitgarde de Oliveira Barros, renomada pesquisadora e escritora, professora da UFRJ, Luitgarde tem estilo próprio, personalidade forte e coragem, tão própria da verdadeira mulher sertaneja. Dura quando necessário, incisiva sempre, precisa e direta, amável e atenciosa a vida toda.

Lá pelo ano de 2012; ao lado de Aderbal Nogueira e Felipe Caixeta; tivemos a permissão de acompanhar uma das mais espetaculares entrevistas já concedidas por Luitgarde. Eram quase oito da noite quando chegamos ao Ponta Mar Hotel em Fortaleza, depois de definirmos um local mais apropriado para as tomadas das imagens e da entrevista, tivemos o privilégio de por mais de três horas conversar com Luitgarde sobre temas palpitantes e polêmicos da história recente de nosso nordeste. Em pauta: Lampião, Padre Cícero, Luiz Carlos Prestes, Setembrino de Carvalho, Goes Monteiro, Agamenom Magalhães, José Lucena, João Bezerra... para ficar só em alguns dos muitos personagens protagonistas desta grande saga que é história de nosso sertão.

Luitgarde sem reflexos: Estilo duro e forte na direção da construção da verdade histórica

Luitgarde Oliveira, conhecida por sua natureza determinada e dedicação plena em tudo o que faz; autora de uma das mais completas obras sobre o cangaço; "A Derradeira Gesta", se mostrou inteira, sem rodeios, na inteireza de seu espetacular caráter e talento, resultando em uma de suas mais marcantes e reveladoras entrevistas. O encontro fez parte de um espetacular trabalho do documentarista Aderbal Nogueira. O fato é que a partir do que vivemos ao lado de Luitgarde naquela noite e dando-se sua entrevista como o ponta pé inicial daquele novo documentário com a marca da Laser Vídeo, com certeza não perdemos por esperar.

Em 2013 tivemos a maravilhosa oportunidade de contar com Luitgarde Barros como uma de nossas Conferencistas no Cariri Cangaço em noite brilhante no Memorial Padre Cícero. Luitgarde é sinônimo de polêmica, de determinação, mas acima de tudo de sabedoria. Valew Luit, que venha...


Fonte: facebook
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=451166655086893&set=a.112850422251853.1073741828.100005806873140&type=3&theater

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PAIXÃO E CANGAÇO

Por Jorge Remigio
Jorge Remígio ao lado de João de Sousa Lima, Manoel Severo e Urbano Silva

Nós e muita gente que estuda o fenômeno Cangaço, não pode de forma alguma se apaixonar pelos personagens. Até sobre Lampião, o estudioso e grande folclorista Luiz da Câmara Cascudo, falou: " Você pode entender Lampião sem se solidarizar com ele". A nossa análise tem que ser histórica. Se a pessoa objeto do estudo é um bandido, temos que entendê-lo e estudá-lo, a partir dessa condição.


Olha, digo aos senhores, sem sombra de dúvidas: Não existe bandido bom. Claro que quando postamos algum artigo ou comentário explicitando um ponto de vista negativo sobre cangaceiros, até mesmo em um seminário ou mesa de bar, a reação é quase imediata dos que já sedimentaram uma defesa obtusa, " a polícia, as volantes eram pior"...

Pergunto de imediato se a pessoa tem elementos que possam provar ou se existe algum estudo de pesquisa nessa área, abordando a estatística. Claro que não somos ingênuos e sabemos as arbitrariedades, desvios de conduta, abuso de autoridade cometidos por policiais e alguns comandantes. Mas, vai longe a comparação com as atrocidades cometidas pelos bandoleiros do Sertão, principalmente na era lampiônica.

Jorge Remígio - Pesquisador João Pessoa, PB
Conselheiro Cariri Cangaço


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O CANGAÇO NA BAHIA

Material do acervo do pesquisador Antônio Corrêa Sobrinho

O SECRETÁRIO DA SEGURANÇA, SR. URBANO PEDRAL SAMPAIO, CONSIDERA A MORTE DE CORISCO O FIM DO BANDITISMO NO NORDESTE DO SEU ESTADO.

Um Telegrama Confirmando um Programa de Ação.

“Corisco” tombou, finalmente. Feroz, mais perverso, talvez, que “Lampião”, selvagem, mau, vingativo, e sem aqueles rasgos de heroísmo que caracterizam, às vezes, os próprios bandidos, “Corisco”, sabe-se agora, era um covarde. Transformara-se em cangaceiro levado pela própria fraqueza moral. Deixara-se dominar, entretanto, por uma mulher, e ele, que se acostumara a falar alto e a ver respeitadas as suas ordens – sempre depois do combate – viu-se, por sua vez, inteiramente dominado. Ela sim, era a alma danada daquele bando sanguinário, que levava pelas caatingas a dentro as suas façanhas sinistras. Mais de uma ocasião “Corisco” quis entregar-se, porém ela não o permitiu. E chegou às próprias ameaças:

- Eu o matarei, nesse dia...

E, ainda que derrotado pelo próprio medo, Corisco continuou a sua trajetória sinistra. Até que uma bala, bem encaminhada, apagou – como há meses com “Lampião” – essa “lâmpada votiva do ódio”.

Deve-se ao Senhor Urbano Pedral Sampaio, secretário da Segurança da Bahia, grande parte desse tento assinalado na luta contra o cangaço. Graças à eficiente organização das tropas e ao auxílio do governo, vai desaparecendo a “chaga do sertão”.

Na entrevista que se segue, os leitores apreciarão o programa de luta traçado pelas autoridades baianas, descrito pelo Sr. Loureiro Sobrinho, a quem o secretário da Segurança relembrava, há tempos, um episódio íntimo. O Sr. Pedral Sampaio põe em aplicação, na Bahia, o cabedal de mais de vinte anos de experiência como zelosa autoridade carioca, no exercício das mais destacadas funções. O “Globo” dá assim, a palavra ao Sr. Loureiro Sobrinho:

- Poucas horas antes de partir, para assumir o cargo de secretário de Segurança Pública da Bahia, o Dr. Pedral Sampaio em nossa longa intimidade declarou que só aceitara a confiança que lhe dispensara o Sr. Interventor Landulfo Alves, então nomeado, a fim de poder prestar serviços, com a experiência que adquirira em vinte anos na polícia carioca, ao seu estado natal. – Lembrei-lhe naquela oportunidade que não deixasse de despender seus melhores esforços no sentido de extinguir num combate sem tréguas, o jaguncismo, que se apresentava como um dos mais deprimentes aspectos da nossa civilização. Trocamos aí ideias referentes a esse assunto, tendo anotado aquela digna autoridade como um dos pontos essenciais de sua futura ação. Já nem mesmo me recordava desse fato, tendo apenas lido a notícia dos jornais, referente à destruição do bando de Corisco, quando pela manhã recebi o telegrama em questão. Foi para mim grande satisfação, pelo destacado êxito da atividade da polícia baiana, realizando o feito que realmente engrandece o governo do grande estado da Bahia, e, principalmente, porque coube àquele brilhante amigo a tarefa sobremodo patriótica de planejar e proporcionar execução a um capítulo altamente social de seu programa.

Eis os termos do telegrama do doutor Pedral Sampaio:

“Dr. Loureiro Sobrinho.

Rosário, 129 – Rio.

Com a morte “Corisco” e ferimento grave sua companheira está virtualmente extinto banditismo nordeste baiano. Lembre-se que 18 horas, véspera minha partida V. traçou como um dos pontos meu programa extermínio aquela horda.

Abraços. – Pedral.”
Fonte: Jornal O GLOBO – 28/05/1940

Fonte: facebook

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MUITOS DIZEM QUE DURVAL ROSA MENTIA MUITO, E NÃO ESTEVE PRESENTE AO COMBATE DE ANGICO

Por Aderbal Nogueira

Muitos dizem que Durval mentia muito e que não esteve presente ao combate de Angico. Discordo. Como é que o comandante e seus suboficiais iriam dispensar seu guia antes de chegar exatamente no local do cerco? 

Um local desconhecido para a tropa, na mata, encosta de serra, não estavam vendo o local exato dos cangaceiros acampados. Gente, é uma questão de lógica. 

VOCÊ dispensaria a única pessoa que sabia exatamente o local do coito? 


Eu levaria o Durval até a beirada do acampamento para não ter perigo de errar e ser surpreendido.


O pesquisador Alex Sandro disse: 

Exato, alguns falam que ele foi dispensado quando João Bezerra separou as tropas para posicionarem para o ataque, ainda no alto do morro (na chapada),  também achei estranho liberarem os irmãos se não sabiam exatamente onde estavam os cangaceiros. É um mistério!


Em entrevista cedida pelo aspirante Chico Ferreira para o jornalista Antonio Sapucaia da A Gazeta de Alagoas em 1965, ele diz taxativamente: "Depois que os irmãos coiteiros deram a posição exata do local onde estavam os cangaceiros, ambos foram dispensados IMEDIATAMENTE. A ordem era para matar os dois, mas a pedidos do soldado Bida e outro soldado foram perdoados". Eu tenho essa entrevista e cedi cópias a diversos pesquisadores. NÃO É SEGREDO PARA NINGUÉM. Trata-se de uma longa entrevista onde o aspirante conta em detalhes todo o percurso das volantes desde o recebimento do bilhete na Vila da Pedra, o percurso até Piranhas, depois a decida até Angico e o ataque. Disse o aspirante que os irmãos foram dispensados porque fatalmente seriam mortos por alguns soldados das volantes. é só ler a entrevista e as dúvidas acabarão. Abraço.


Pois é amigo José Sabino Bassetti, existem várias versões, por exemplo. Tenho em vídeo Elias e Panta dizendo o contrário. Não posso afirmar a veracidade do que eles disseram, mas se eu fosse comandante levaria Durval até o fim. Essa é uma boa discussão.


Sem dúvida Aderbal! Já vi esse vídeo do Panta. Mas eu prefiro crer nas palavras do oficial, apenas por ele ser um comandante. Que Durval cansou de distorcer os fatos, não é novidade para ninguém. Senão vejamos: Durval disse que conheceu Lampião APENAS no dia que este chegou ao coito de Angico, ou seja, uma semana antes dos acontecimentos. Pergunte sobre isso ao sobrinho de Durval, o Vicente Nascimento, que frequentou o coito a semana toda que lá estiveram os cangaceiros, se isso era verdade. Durval deu uma gargalhada. Disse que Durval já conhecia Lampião a tempos. Então... Você possui essa entrevista do Aspirante Ferreira?

Aderbal Nogueira respondeu ao Sabino Bassetti:

José Sabino Bassetti, às vezes que estive com Durval ele me falou que esteve várias vezes com Lampião. No vídeo que gravei com ele, ele mesmo fala que Antonio Jacó mandou ele fugir, se não os soldados o matariam. Só que ele ficou. 

Quanto ao aspirante eu não o conheci, mas sei desse depoimento dele. Só posso falar e mesmo assim com cautela daqueles que conheci e tomei depoimentos. Acho que cabe maiores investigações.

José Sabino Bassetti, foi Durval que te falou que conheceu Lampião só naquele dia? 

Juliana Pereira, Alcino Alves Costa e Paulo Gastão

Tenho uma longa entrevista com Vicente no qual estava Paulo Gastão e Alcino presentes, vou transcodificar esse vídeo que tem uns 15 anos e vou assisti-lo novamente para ver o que ele narra nessa conversa, pois não lembro mais o que conversamos;

Dr. Antonio Amaury 

Não, Aderbal! Durval disse a Amaury que conheceu Lampião no dia que este chegou a Angico(21/07/38). Está no livro Assim morreu Lampião da 3ª edição. Vicente disse a mim, que Durval JÁ CONHECIA LAMPIÃO bem antes dessa data. Está aí, Aderbal! O que Durval disse a você, foi exatamente aquilo que Vicente me disse. As duas informações coincidem. Convenhamos meu caro amigo. Existe um grande desencontro de informações.


Pois é José Sabino Bassetti, o que ele disse ao professor Amaury é outra, até porque eu não tava presente. Agora o que ele disse a mim e está gravado em vídeo, é outra coisa. Me baseio muito nos depoimentos que colhi e nos livros dos colegas para tirar minhas conclusões. Não tenho como saber se o que eu ouvi é o certo ou o errado, por isso não posso julgar. Vamos em frente que outras polêmicas vao aparecer rrrsss



O que se aplica a Durval é o mesmo em relação a Sila. Disse ou disseram? Se você tem gravado não existe o que contestar. Como eu lhe disse, aquilo que Durval lhe disse sobre Lampião, foi o mesmo que Vicente me contou a respeito. Assim sendo, não há do que duvidar. Abraço.


Não esqueça aquela histÓria dos coronéis, vamos botar lenha na fogueira José Sabino Bassetti rrrsss.

Voltaseca Volta Taí, mais uma polêmica sadia, a bem da verdade.

José Sabino Bassetti e Aderbal NogueiraAlex Sandro... Ô assunto complexo danado de se estudar. Eu não tenho opinião formada sobre esse assunto, mas cheguei agora, e vi o que os amigos comentaram, logo acima. Vou procurar essa entrevista do Ferreira de Melo, e, se achá-la, faço o recorte e a posto nesse espaço. Abraço!

Fonte: facebook
Página: Aderbal Nogueira
Grupo: Lampião, Cangaço e Nordeste
Link: https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?fref=ts

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O SERTANEJO, LAMPIÃO E A FORÇA PÚBLICA


Durante o tempo em que Lampião lutou, na guerra imposta por ele, contra as forças militares dos estados nordestinos, demonstrou enorme capacidade de tirar proveito do meio geográfico, social e cultural em que vivia instintivamente, mesmo sem saber, realmente, o que viria a ser.


Por mais que espalhasse o terror, em toda vasta região em que atuou, Lampião jamais poderia rivalizar com a prepotência das autoridades estatais em espalhar descontentamento e medo entre a população. Isso por ter boa parte dessa população regional ao seu lado, fazendo parte, de alguma forma, maneira, da sua ‘malha’ de colaboradores. Ele era obrigado a ‘ajudar’ determinadas pessoas, pois essas viriam a lhes ser útil com informações, transporte de alimentos, armas, munição e etc..  


Ações que a Força Pública não fez. As volantes não ‘amaciaram’ a chibata de couro cru, nem a de cipó de boi, tão pouco economizaram o uso das pontas dos punhas, no intento, busca, de informações sobre os bandidos, na carne dos sertanejos. O juiz, o delegado, o promotor, o inspetor do quarteirão, o policial, etc., em fim, os ‘símbolos’ do poder, ou aqueles que o simbolizavam, na época sempre foram instrumentos efetivos em levar a intranquilidade ao povo sertanejo, desde há muito tempo, antes da era lampiônica, seguindo instruções dos ‘coronéis’, dos poderosos, que determinavam como deveriam agir, sem nem olharem para os livros contendo os códigos, artigos e incisos da “Lei”.


No meio dessa população insegura, sofrida, praticamente abandonada por parte dos poderes públicos, Lampião encontrou sua vereda, seu caminho, seu abrigo natural e ponto de apoio.

Estabeleceu, depois de arquitetar, vasta e intricada rede de informações, de coiteiros, de amigos e simpatizantes. O pesquisador/historiador Oleone Coelho Fontes, relata-nos a este respeito o seguinte: “O relacionamento de Lampião com os sertanejos, apesar de tudo, pode ser considerado razoável. Seguramente, este relacionamento contribuiu para a sua sobrevivência de cangaceiro durante mais de 2 décadas. Já a Polícia estava numa posição antagônica em relação a grande maioria dos habitantes dos sertões”( FONTES, Oleano Coelho. Lampião na Bahia. 1ª ed. Rio de Janeiro, Editora Vozes, 1988, pág.). 

Infelizmente essas atitudes dos ‘poderosos’, daqueles que tinham nas mãos as rédeas do Poder, gerou séria consequência natural, nascendo, surgindo, de certa forma, uma afinidade entre Lampião e a sociedade em que viviam. Verificamos mais nitidamente isso, quando o “Rei do Cangaço” baixou seu reinado, de vez, nos torrões baianos, sergipano e alagoanos.

Prova nitidamente visível, vemos quando analisamos e notamos que o número de sertanejos que pediam para incorporar-se ao seu bando sempre aumentava dia a dia. Segundo o pesquisador Rodrigues de Carvalho o “Rei Vesgo” “(...) constantemente estava recusando candidatos, que se apresentava até em blocos (...)” (CARVALHO, Rodrigues de. “Lampião e a Sociologia do Cangaço” - Rio de Janeiro, s.d. , pág. 153.

O Sociólogo Gilberto Freiry, chefe de gabinete no governo de Estácio Coimbra, notou essa forma de ação envolvendo os sertanejos em meados dos anos 1920, quando Lampião ainda agia com muito afinco em solo pernambucano. Desse momento em diante, procurou arquitetar uma estratégia para implantar na luta contra Lampião. Mais tarde, nos estados acima citados, as autoridades logo perceberam a via, o meio de combater o Cangaço. Logo procuraram continuar ‘cortando’ o elo entre população e Lampião. Destruindo uma espécie de cumplicidade tática, mentalizada e colocada em prática por Virgolino Ferreira, o Lampião.

Utilizando essa forma de ‘isolamento’, pois Lampião estava em todos os lugares e, ao mesmo tempo, em lugar nenhum, a força combatente consegue isolá-lo da população civil, daí para derrocada final, foi apenas uma questão de tempo.


Foto cadaminuto.com.br

Benjamin Abrahão 

PS// Fotos de Lampião colorizada por Rubens Antonio

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

Link: https://www.facebook.com/groups/545584095605711/606549622842491/?notif_t=group_activity

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Casa do saudoso MARCOLINO DINIZ...


Casa do saudoso coronel Marcolino Pereira Diniz, localizada no povoado de Irerê.


 Ele era sobrinho e cunhado do coronel Zé Pereira de Princesa Isabel. 



Este coronel assassinou um juiz na cidade de Triunfo-PE,  e foi libertado por Lampião que invadiu a cadeia e o libertou juntamente com seus cabras.

Fonte: facebook
Página: Marcelo Alves
Link: https://www.facebook.com/groups/545584095605711/606515586179228/?notif_t=group_activity

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A REVISTA FATOS E FOTOS, DE 17 DE NOVEMBRO DE 1962, PUBLICOU: "MARIA BONITA, O GRANDE AMOR DE LAMPIÃO".




A REVISTA FATOS E FOTOS, DE 17 DE NOVEMBRO DE 1962, PUBLICOU:
"MARIA BONITA, O GRANDE AMOR DE LAMPIÃO".


Fonte: facebook
Página: Adauto Silva
Grupo: ‎O Cangaço

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LAMPIÃO, REI DO CANGAÇO, FOI ASSOMBRO DO SERTÃO.

https://www.youtube.com/watch?v=gKnWFUo2vJM

LAMPIÃO, REI DO CANGAÇO, FOI ASSOMBRO DO SERTÃO

Publicado em 11 de fevereiro de 2014
Lampião o rei do cangaço - Ivanildo Vila-Nova e Geraldo Amâncio.
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LÁ VEM SABINO

https://www.youtube.com/watch?v=A5DQf_0we_8&feature=youtu.be

Publicado em 28 de dezwembro de 2014
LÁ VEM SABINO – Faixa do CD Memória Musical do Cangaço
Pesquisa histórica feita por Anildomá Willians de Souza e Cleonice Maria. 
Produção musical de Karl Marx e Rui Grudi.
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XANDUZINHA - LUIZ GONZAGA

https://www.youtube.com/watch?v=mJj6ulvydFY

Publicado em 17 de março de 2012
Música Xanduzinha com Luiz Gonzaga.
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