Seguidores

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Existia amor no Cangaço ?

Por: Ângelo Osmiro
Ângelo Osmiro e Kiko Monteiro

Acredito sim que tenha havido amor no cangaço. Assim como Sila disse nunca ter amado seu companheiro Zé Sereno, Adília falava que não derramou uma lagrima sequer quando da morte de seu companheiro Canário, apesar de tê-lo acompanhado por livre e espontânea vontade, tendo inclusive declarado que o acompanharia até se ele fosse para o inferno. O que é isso senão paixão? Mesmo que de uma adolescente, depois transformada em rancor. Entretanto Dadá percorreu justamente o caminho inverso; foi seqüestrada, estuprada por Corisco, mas mesmo assim, com o tempo e a convivência passou a amar aquele homem, pelo menos era isso que ela declarava.

Durvinha mesmo tendo casado e vivido muitos anos na companhia de Moreno, declarava em alto e bom som que o amor de sua vida fora Virginio, seu primeiro companheiro no cangaço, seus próprios filhos tem conhecimento disso. Sem contar Maria de Déia, que deixou o marido, Zé de Nenen para acompanhar Lampião, segundo consta por livre e espontânea vontade, vindo a morrer junto com seu companheiro em julho de 1938 em Angico.

Obviamente o cangaço não era o local ideal para se viver um grande amor, entretanto acredito que apesar do sofrimento experimentado por aquelas pessoas, existia sim espaço para o amor, assim como também para o ódio e o rancor.   

Ângelo Osmiro.
Presidente do GECC, Sócio da SBEC
Conselheiro Cariri Cangaço

Postado por CARIRI CANGAÇO
http://cariricangaço.blogspot.com

Sinceros Pêsames


Por: Archimedes Marques


Caro amigo João de Sousa Lima:

[02-05-09+-+Salto+de+Sabiá+(118).JPG]

Solicito que apresente os meus sinceros Pêsames aos familiares da nossa querida 


Aristéia, pessoa que tenho absoluta certeza era da sua estima como se uma familiar sua fosse. Infelizmente esse é o destino de todos nós. Só resta rezar e pedir ao Criador para que ela seja transportada para um bom lugar lá do outro lado.

Saúde, Paz e Prosperidade!
Archimedes Marques

Extraído do blog do João de Sousa Lima

A Revolução de 1930 em Mossoró - 30 de Janeiro de 2012


Por: Geraldo Maia do Nascimento

Foi um movimento armado, liderado pelos Estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul. Essa Revolução culminou com o golpe de Estado que depôs o presidente da república Washington Luís, impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes e pôs fim à República Velha, levando Getúlio Vargas a assumiu o destino da Nação.

Esse Golpe de Estado ocorreu num período em que o Brasil passava por mudanças políticas, sociais e econômicas decisivas para a história contemporânea do país. Tais mudanças se processavam com maior rapidez nos anos 20 e 30, quando se colocaram em questão as forças do poder da classe dominante, que se utilizava de mecanismos antidemocráticos para se manter no poder: Nesse período o voto não era secreto, atas eleitorais eram, via de regra, falsificadas, existia a proibição do voto às mulheres e analfabetos etc. Essas formas de poder da classe dominante geravam uma insatisfação popular que se estendia aos governos dos Estados.
               
No Rio Grande do Norte duas correntes políticas lutavam pelo poder: a \"política do Agreste\" e a do \"Seridó\". Os coronéis do Seridó haviam apoiado a reação contra a oligarquia dos Maranhão e, mais tarde, apoiado a ascensão de José Augusto e de Juvenal Lamartine, que governava o Rio Grande do Norte na época da Revolução. Entretanto, os conflitos entre as facções da classe dominante acabavam em \"arranjos entre vencidos e vencedores\", enquanto que os conflitos entre os grupos no poder e a oposição (aliadas às classes populares) acabavam em repressão.
               
Em 1930, o governo de Juvenal Lamartine tinha fechado os sindicatos operários e a imprensa da oposição havia sido proibida, enfim, o governo havia silenciado a oposição. Em meio a um clima de instabilidade econômica surge a questão da sucessão estadual. O nome cotado pela oposição era o desembargador Silvino Bezerra Neto, que rompera com Juvenal Lamartine, em 1929, durante a campanha presidencial. No entanto, a campanha é interrompida quando a 03/10/1930, a Revolução explode no Rio Grande do Norte.
               
Com a Revolução os governantes estaduais são depostos pelos \"tenentes\". No RN começa uma disputa pelo poder onde a Aliança Liberal do Estado fica dividida em torno dos nomes Café Filho e de Silvino Bezerra Neto para o governo. Para resolver a questão é instituída uma Junta Governativa Militar que garantiu a ordem pública e consolidou a mudança de poder. Sendo, por fim, escolhido para presidente provisório do Estado o Dr. Lindolfo Câmara.
               
Segundo o jornalista Lauro da Escóssia em seu livro “Memória de um Jornalista de Província”, Mossoró não se surpreendeu com a revolução e conseqüente vitória do movimento de 1930. A propaganda da Aliança Liberal em favor da candidatura Getúlio-João Pessoa para suceder a Washington Luís no Catete trouxe a esta cidade a comitiva do Deputado Federal Batista Luzardo, do Rio Grande do Sul. O povo vibrou nas ruas, fazendo festiva recepção aos caravaneiros que pregavam a revolução. Essa mesma caravana, que foi aclamada em Mossoró, havia sofrido revés em Natal.
               
Em 5 de outubro, após a deposição do Governador Juvenal Lamartine, os adeptos da Aliança Liberal, tendo a frente o advogado Amâncio Leite, que havia chegado de Natal, foram à praça pública em passeata. Invadiram o prédio da Coletoria de Renda de Mossoró, de onde retiraram e quebraram o retrato do Governador Lamartine. Alguns mais exaltados, começaram a sugerir o empastelamento (destruição) do jornal “O Mossoroense”, que na época obedecia a orientação do Deputado Federal Rafael Fernandes. Essa tentativa, no entanto, foi sustada por iniciativa do chefe sertanejo Joaquim Saldanha, que tinha se transformado em General Revolucionário, que mandou alguns dos seus comandados, chefiados pelo Tenente Zuza Paulino, guarnecer a redação do jornal.
              
Não tinha sido essa a primeira vez que o jornal “O Mossoroense” passava por tal ameaça. Em 1875 um grupo capitaneado pelo Deputado Provincial (o mesmo que Deputado Estadual) Rafael Arcanjo da Fonseca, depois de percorrer por todo o dia as ruas da cidade, visivelmente embriagado, dirigiu-se as oficinas do jornal , tentando fazer calar a voz da imprensa, por não ter gostado de um artigo que tinha sido publicado no jornal sobre o seu comportamento como parlamentar.
               
Continua na próxima semana.

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de
comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fonte:

Chaves morreu mesmo ou não morreu?

Chaves

Pessoas. Afinal, o ator que interpretou Chaves morreu ou não? Basta digitar nos sites de busca e verá diversos links com o título "Morre Roberto Gómez Bolanhos".

Recebi esta notícia em casa quando minha esposa acessou algumas notícias no notebook e eu cheguei a acreditar, quando não vi nada sobre o assunto no meu canal preferido de notícias, resolvi buscar a verdade e encontrei esta manchete no G1 Notícias, confira:

A suposta morte do famoso comediante mexicano Roberto Gómez Bolaños, criador e protagonista dos seriados "Chaves" e "Chapolin Colorado", foi desmentida nesta quinta-feira (25) por seus familiares.


Roberto Gómez Fernández, filho de Bolaños, disse que "felizmente meu pai está muito bem, muito saudável".

"Acabei de falar com ele", disse Fernández, que comentou ter recebido 40 telefonemas por causa da "morte" de seu pai após uma parada cardíaca, espalhada pela internet em uma corrente de e-mails.

O arquivo, que trazia um vídeo com detalhes do acontecido, na verdade não passava de um vírus do tipo "cavalo de tróia".

Bolanõs ficou sabendo de sua "morte" durante as férias que tirou com sua esposa, a atriz Florinda Meza, intérprete da "Dona Florinda" no seriado "Chaves".

Assine o Feed RSS do blog e fique por dentro das novidades. Em caso de dúvidas acesse a Página de Contato e estarei respondendo rapidamente. Fonte: G1 Notícias

Under Creative Commons License: Attribution

Êita! - Existia amor no cangaço?

Por: Juliana Ischiara

Este é um comentário da pesquisadora do cangaço, Juliana Ischiara, sobre o artigo do escritor Alcino Alves Costa.


Êita! Que meu querido mestre e pai, está cada vez mais afiado e escrevendo cada vez melhor, que texto empolgante e objetivo, parabéns! Disse tudo e mais um pouco...


Caro amigo Aderbal, como você deve saber, a “Síndrome de Estocolmo” só se aplicaria única e exclusivamente ao caso de 


Dadá, pois como sabemos, esta síndrome ocorre quando a vítima de sequestro e ou agressões por parte daquele que lhe priva da liberdade, seja espacial, moral ou social, desenvolve uma relação de amor e ódio. A vítima passa a admirar e a gostar de seu agressor, na mesma proporção que odeia.


Como Alcino falou, Sila foi por que quis e não duvido que mesma tenha sido iludida pelo o fascínio que o cangaço lhe despertava, tanto é verdade que ela nem namorava com 


Zé Sereno, diria inclusive que ela a usou como facilitador de sua entrada para o mundo encantado do cangaço, agora, se a expectativas não foram correspondidas..., é outra história. Mas o que dizer dos demais casais citados por João e Alcino? 


Aderbal, o lógico é exatamente o contrário do que você pensa ser lógico, veja como eram muitos jovens, estas meninas se encantaram, se apaixonaram por estes homens que lhe despertaram um sentimento de admiração e fascínio, claro, depois de algum tempo e de muito sofrimento, algumas passaram a não mais desejar, amar seu companheiro, o que é plenamente possível, milhares de pessoas se casam por amor ou afeto com o tempo o sentimento se transforma, isso é natural nas relações humana.

No mais, parabéns pelo texto e pelo debate.

Saudações cangaceiras

Juliana Ischiara

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

UM DEPOIMENTO VALIOSO!


Por: Carlos Eduardo

Este é um comentário de Carlos Eduardo sobre o artigo do cineasta e pesquisador do cangaço:

 
Aderbal Nogueira


Muito bom nosso amigo Aderbal trazer esses depoimentos valiosos, matéria prima para os que gostam de dissecar a história de Lampião e seu grupo.


Chamou minha atenção o trecho em que Sila diz que as pessoas diziam para ela sentir orgulho por ter sido mulher de cangaceiro. Sua resposta é: “Orgulho de que? Isso é um absurdo! Tudo que nós vivemos naquela vida...” Todos que falam neste vídeo demonstram seu arrependimento pelos erros do passado. Sila erra quando diz que ela não é parte da história do Brasil. É parte sim. Iinfelizmente parte do lado feio da história, mas que também merece ser estudada e nunca escondida ou censurada. Assim como ela não sentia orgulho por ter sido cangaceira, também não sentia vergonha por reconhecer seus erros e ter adotado uma vida com dignidade.

Acho que os depoimentos de Sila não devem ser tomados como totalmente confiáveis. A história da lanterna e o furo na tampa da bebida, contada por seu marido Zé Sereno, parecem ser uma forma de valorizar a participação deles. São muitas as contradições da ex-cangaceira, algumas compreensíveis, outras aparentemente intencionais. Porém, seu comportamento não é muito diferente da maioria dos que testemunharam os acontecimentos.

Existia amor entre os casais no grupo de Lampião? Difícil responder essa pergunta. O que imagino é que muitas mulheres devem ter sofrido da Síndrome de Estocolmo e passaram a ter um sentimento que misturava afeto e medo.

O Cariri Cangaço nunca dorme, sempre aparece uma novidade para os cangaceirólogos pensarem à respeito. Essa parceria GECC/ Cariri Cangaço está dando o que pensar.

C Eduardo

É óbvio que existiu amor no cangaço...

Por: José Cícero
[171020093089-001.jpg]
Este é um comentário do pesquisador do Cangaço, José Cícero, sobre o artigo da
pesquisadora Eloisa Farias.
É óbvio que existiu Amor no Cangaço... Ora bolas, o Cangaço foi um fenômeno social que não fora desprovido de nenhuma forma de sentimento, notadamente por envolver seres humanos. E como tal, esteve revestido do velho dualismo: Amor e ódio. Não fosse o sentimentalismo amoroso que soprepôs os corações e a carne dos cangaceiros, talvez não tivesse ocorrido o ingresso do sexo feminino naquele meio. E o amor que seguramente um dia existiu no Cangaço, creio que foi muito além da questão de gênero puro e simples.
O companheirismo e a fidelidade de alguns comandados para com o seu comandante, o capitão Virgulino pode igualmente ser considerado como uma forma de amor. E por que não?
Na literatura cangaceira há, por assim dizer, provas incontestes deste fato. De resto, urge que se diga que o Amor como um dos sentimentos mais sublimes e subjetivos da humana raça, torna-se no mais das vezes, difícil de explicá-lo com meras palavras, assim como compreendê-lo no seu devido grau com verdade absoluta, sobretudo pelo seu caráter intrínseco e particulamente complexo.(do Blog do Cariri Cangaço).
(...) "O amor é um sentimento tão fenomenal e grandioso que como tal, não há como defini-lo simplesmente com palavras. Além do que, definir o Amor seria limitá-lo... eis aí a evidencia maior da sua impossibilidade, posto que o Amor é tão somente algo por demais ilimitável. Presumo entretanto, que a melhor maneira de se tentar compreender o amor; seria de fato senti-lo na sua dimensão mais forte e verdadeira. Como uma força subjetiva, surreal e transcendente... creio assim portanto, que o Amor também compôs o intrincado cenário existencial-humano do Cangaço."(do facebook do CC).
José Cícero -
Aurora - CE.
www.blogdaaurorajc.blogspot.com

Aristeia Soares: O último Adeus a Cangaceira

Por: João de Sousa Lima

Nesse domingo, dia 29 de janeiro de 2012, saindo do Jardim Cordeiro, o cortejo fúnebre  com o corpo de Aristeia seguiu até o povoado Capiá da Igrejinha, em Canapi, Alagoas, onde ela foi enterrada. Toda a população do lugar se reuniu para as últimas homenagens e orações para aquela mulher que foi tão querida por seu povo.


O corpo foi velado na casinha onde ela nasceu, foi criada e criou seus filhos, da casinha seguiu até a casa da sobrinha Maria de Atenor e de lá finalmente chegou ao cemitério local e foi sepultada.
Um clima de tristeza se abateu durante todo o percurso, resta-nos as lembranças dessa amiga que tantas saudades deixou.

O cortejo seguiu a pé pelas ruas do Capiá da Igrejinha

Amigos e familiares prestaram suas homenagens

Uma grande multidão seguiu até o cemitério local
O sol abrasador não impediu o povo de ir ao sepultamento
O cemitério ficou lotado
Uma parada para as orações
Familiares observam o sepultamento
O caixão desce à sepultura
O último Adeus!

Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço: 
João de Sousa Lima

Existia amor no Cangaço?

Por: Eloisa Farias

Denis de Rougemon, na obra "A História do Amor no Ocidente", afirma que não amamos por felicidade e paz; amamos porque gostamos de sofrer. Além dessa descrição do que seria o amor, muitas outras são suscitadas quando questionamos "O que é o amor?". Bom, até hoje, depois de ter escutado tantas definições,ainda não sei dizer o que é o amor. Talvez seja esse expressado pelas mulheres do cangaço... 

Mas pode ser também aquele que sinto pelo meu marido. Ou será que é aquele que o torcedor sente pelo seu time do coração? Hummm... Acho que o amor é aquele que o fiel sente por sua religião. Se bem que aquele que o filho sente pelo pai também é amor. Depois de tantas nuances, continuo me perguntando "o que é o amor?"...  Só sei de uma coisa: trata-se de um sentimento multifacetado; uma methamorfose ambulante; um sentimento plástico, capaz de assumir inúmeras formas nas mais diversas situações. A História do amor certamente tem muita "história" pra contar!

Eloísa Farias
Brasília - DF

http://cariricangaço.blogspot.com

COMENTÁRIO - Nessa questão de amor no cangaço, eu não entro.

Por: Alfredo Bonessi
Comentário do Capitão Alfredo Bonessi sobre o artigo do escritor e pesquisador do cangaço: João de Sousa Lima
Tenente Marins, João de Sousa Lima e Aderbal Nogueira
Olá! - Nessa questão de amor no cangaço, eu não entro.
Sila me confessou que nunca amou
Zé Sereno, que respeitava ele como homem e como Cangaceiro.
Para descobrirmos se havia amor no cangaço é preciso estudar a mulher em todos os seus contextos, desde a Eva de Adão até as mulheres da atualidade. Só sei de uma coisa: a mulher se acostuma com tudo e com todos, se adapta a todas as circunstâncias é o ser mais complexo que existe - jamais a compreenderemos.

Alfredo Bonessi - SBEC - GECC

O Amor no Cangaço, uma breve ilusão

Por Jairo Luiz
Cacau, Manoel Severo e Jairo Luiz, em manhã de Cariri Cangaço

Durante estes muitos anos que venho acompanhando de perto a saga de homens e mulheres que enveredaram para o Cangaço ,sejam como cangaceiros, volantes ou coiteiros, cheguei a ouvir muitos relatos que me impressionaram; no entanto alguns marcaram para sempre e continuaram assim por toda minha vida. Dentre os relatos que mais deixaram-me  "curioso" foi o das mulheres que participaram do Cangaço e em especial os que tive oportunidade de ouvir de duas mulheres cangaceiras: Adília e Sila.

Quando perguntadas sobre seus companheiros a resposta praticamente era a mesma para as duas que viveram situações parecidas; o amor não existia e sim a admiração, o respeito e até mesmo a necessidade de sobrevivência. O grande poeta da minha geração, Renato Russo, em um das suas músicas diz: "O amor é bom, não quer o mal /Não sente inveja ou se envaidece/amor é o fogo que arde sem se ver/ É ferida que dói e não se sente/ É um contentamento descontente/ É dor que desatina sem doer." E o que vimos nessas mulheres foi muita mágoa, muito rancor e raiva, no entanto vemos admiração , respeito e medo;  perguntamos então a nós mesmo: Isso é AMOR ? 
Adília em entrevista, disse que havia prometido seguir Canário para onde ele fosse e Sila afirmou que NUNCA havia beijado Zé Sereno e não sentia nada por ele. Talvez, no modo de pensar delas isso seja amor , mas o amor verdadeiro mata, trai, maltrata  e deixa lembranças ruins para o resto da vida ? Creio que não ! As mulheres no Cangaço foram verdadeiras heroínas que souberam como ninguém sofrer, amar e principalmente abdicarem da família, dos amigos e de um futuro simples mas tranquilo.Mas essa renuncia  foi por amor ? Ou simplesmente por conveniência ou por medo ? Não podemos afirmar que todos casais do Cangaço não sentiram amor e não viveram esse amor, mas a história nos mostra que nem sempre o amor em sua forma plena esteve presente no Cangaço, portanto o amor no Cangaço pode ter acontecido mas precedido de muito rancor e mágoa e isso não é AMOR. 
Jairo Luiz Oliveira, turismólogo
Idealizador da Rota do Cangaço Xingó
Conselheiro Cariri Cangaço

http://cariricangaço.blogspot.com

COMENTÁRIO

Por: Aderbal Nogueira

"Comentário do cineasta Aderbal Nogueira sobre o artigo do escritor e pesquisador do cangaço Alcino Alves Costa".


Meu querido mestre, transcrevo o que respondi a nosso amigo João.
"Concordo com o amigo nesse seu relato. Claro que toda regra tem exceção. Porém, se pararmos para pensar, acho que o contrário é muito mais lógico. Mas eu não vivi no cangaço, estou apenas conjecturando.
O amigo Carlos Eduardo disse uma coisa muito certa no meu ponto de entender as coisas. Algumas delas tiveram a Síndrome de Estocolmo. Só para terminar: O caso de Dadá e Durvinha são belos e mostra que o amor move montanhas." 
Aderbal Nogueira

COMENTÁRIO

Por: José Cícero
José Cícero Silva

Comentário de José Cícero sobre o artigo  do escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima.



Depoimento: Acerca da Vida e da Morte da adorável cangaceira ARISTEIA ...

"Quando participei em março de 2011 do 1º seminário internacional de Maria Bonita ocorrido na cidade de Paulo Afornso-BA, além de Canindé de São Francisco-AL e Piranhas-SE e Angicos tive o prazer de visitar Aristéia em sua residência sob os auspícios do camarada Manoel Severo, ante a grata companhia dos pesquisadores: Jack de Witte(o francês) e Bosco André(M.Velha) na cidade onde ela morava - Delmiro Gouveia-AL.(foto).
O que foi para mim um prazer incomensurável ter a rara oportunidade de conversar demorada e agradavelmente com aquela verdadeira lenda do cangaço nordestino. Um momento inesquecível. Ela era uma figura humana deveras alegre, amigável e cortês. Portanto, um diálogo recheado da mais pura história... algo que presumo não ter preço.
Na mesma ocasião do seminário também estive em Nazará da Floresta-PE com o célebre volante dos Nazarenos - históricos combatentes do bando de Lampião - o tenente João Gomes de Lira(foto) também recentemente falecido. Rezamos desde já por ambos..."
José Cícero -
Pesquisador do cangaço
Conselheiro do Cariri Cangaço
Aurora-CE.

LEIA MAIS EM:

WWW.jcaurora.blogspot.com

WWW.prosaeversojc.blogspot.com

WWW.aurora.ce.gov.br

WWW.blogdaaurorajc.blogspot.com

WWW.seculteaurora.blogspot.com

http://www.blogdaaurorajc.blogspot.com/

Comentário

Por: Juliana Ischiara
Paulo Gastão e Juliana Ischiara
Comentário de Juliana Pereira Ischiara sobre o artigo do cineasta e pesquisador do cangaço
Aderbal Nogueira, publicado no blog: "Cariri Cangaço".
Grande Aderbal, não só respeito sua amizade em relação à Sila, como admiro sua fidelidade para com a mesma, parabéns!

Você diz: “reparem no semblante de Sila enquanto Adilia está narrando sua hitória”.

Desculpe-me, mas não consigo perceber o mínimo de nexo entre o semblante dela (Sila) e o que narra a Adilia, inclusive, mesmo sabendo que tanto uma quanto a outra, viveram momentos ruins, ambas sofreram condições subumana, principalmente para uma mulher.

Porém, enquanto uma se apresenta com humildade, simplicidade e fala como uma sertaneja simplória. A outra tem uma postura austera, construída, ou seja, nada natural.

Quanto ao vídeo:
Parabéns pela qualidade e pelo trabalho sério e de suma importância que você tem prestado para as pesquisas acerca do cangaço ao longo de tantos anos de dedicação.

Quanto ao conteúdo do vídeo,com todo respeito, mas, como você sabe, minha opinião é que, as entrevistas da Sila parecem mais um episódio daquela série americana “Lie to me”.

Saudações cangaceiras

Juliana Ischiara
Cariri Cangaço

OS HIPÓCRITAS (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa
Rangel Alves da Costa

OS HIPÓCRITAS

Em muita gente, a sinceridade é virtude completamente desconhecida. Vivem na mentira, no fingimento, na personificação do inexistente. E onde não há sinceridade acolhe-se facilmente a hipocrisia.

A ação ou resultado de dissimular, falsear a verdade, as intenções, os sentimentos, redunda em hipocrisia, pois hipócrita é aquele que simula ter uma qualidade ou sentimento que não tem, ou finge ser verdadeira alguma coisa, mesmo sabendo que não é. Conhece alguém assim?

Os estudiosos dessa inversão de valores até apontam um exemplo clássico da hipocrisia: denunciar alguém por realizar alguma ação enquanto realiza a mesma ação. Qualquer semelhança com as ações de governantes não terá sido mera coincidência, vez que são exímios em desqualificar os adversários para encobrir suas incompetências administrativas.

Conheço muito, uma enormidade de hipócritas, falsos, fingidores, dissimuladores, mentirosos. Ali na esquina tem um, na outra esquina também, mas principalmente nos noticiários televisivos, nas páginas dos jornais, nos escritórios, nos órgãos de mando e poder. Ora, são os donos do poder que estão na mídia, e esta tenta fazer de determinados hipócritas semideuses das grandes realizações. Evidentemente que tal manipulação tem o seu custo, e geralmente a conta é paga com o dinheiro que deveria ser revertido para o bem da coletividade.

Muitos desses hipócritas podem ser facilmente encontrados. Época de eleições é celeiro para a sua maior visibilidade. Depois que são eleitos também, pois continuam vendendo inverdades e traindo a todo custo a confiança do povo. Mas agora não estão mentindo, apenas confirmando o quanto é fácil ludibriar a culpável inocência de grande parte da população eleitora.

Brasília é a capital da hipocrisia, sendo que em meio aos três poderes se assentam a nata dos hipócritas. São, na sua grande maioria, uns fingidos, cínicos, demagogos, que nunca agem perante aquilo que tanto defendem. Mas não poderia ser diferente, pois aí é que reside a característica essencial dos hipócritas: dizer uma coisa e agir contrariamente ao que pregou ou prega.

Alguma coincidência com os políticos? Sim, logicamente que sim, pois é da verve da classe política viver mentindo para a população, criando situações inexistentes ou impraticáveis, prometendo aquilo que não tem condições de cumprir, alardeando o não realizado ou inexistente, colhendo louros para aquilo que não fez. É da essência da hipocrisia política até o deslumbramento diante de uma tragédia por culpa sua.

É da lavra dos hipócritas que se espalhe inverdades para enganar o povo ou passar a falsa ideia de que alguma coisa possui excelência de qualidade. Para tal utilizam a propaganda, o marketing político, as redes de comunicação que faturam alto para maquiar as verdades ou encobrir as mentiras. Estampam outdoors pelos quatro cantos e ainda tem gente que acredita piamente naquela maquiagem de improbidade administrativa.

Assim, dificilmente deixará de haver uma certa hipocrisia em propagandas tais como: “Erradicação do trabalho infantil, educação de qualidade, merenda escolar para todos, todos na escola e lugar de criança é na escola, são prioridades do governo” ou simplesmente “Nunca se fez tanto em tão pouco tempo de governo”. Certamente alguém já ouviu um governante maior dizendo que a prioridade do seu governo é combater a miséria, erradicá-la totalmente. E o que acontece depois?  São afirmações difíceis de engolir até para quem não possui o mínimo de senso crítico.

Difíceis, indigestas, porque mentirosas, afrontosas à menor percepção da realidade. E dói acreditar que igualmente o adubo fortalece a terra, é o próprio povo, através do seu voto, que alimenta tanta hipocrisia. E que triste feição e percepção ela possui:

“Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecer o que não são” (Shakespeare); “Quando eu perder a capacidade de indignar-me ante a hipocrisia e as injustiças deste mundo, enterre-me: por certo que já estou morto” (Augusto Branco); “Às vezes procura-se parecer melhor do que se é. Outras vezes, procura-se parecer pior. Hipocrisia por hipocrisia, prefiro a segunda” (Jacinto Benavente y Martinez).

Mas talvez sem a hipocrisia não houvesse a ilusão. Essa realidade deplorável que está adiante e em todo lugar, será ilusão ou ainda não foi vista por um político hipócrita, de modo a transformá-la em maravilhamento?


Rangel Alves da Costa* 
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

Mensagem da Lili (filha de Moreno e Durvalina), dedicada à Aristéia Soares

Por: Lili
Queridos Amigos:
Estou de luto... Faleceu Aristeia que para mim era a continuação da minha mãe, heita! Como eu amava aquela criatura linda pense em um coração de luto... Esse é o meu coração, as lágrimas quentes rolam sobre minhas faces... Estou triste por não poder fazer minha despedida, acariciar aquele rostinho enrugado pelo tempo..., mas vou focar aqui de longe pedido a Deus e os anjos que a recebam de asas abertas e com muito amor.
Beijos viu?
LILI – filha do casal Moreno e Durvalina

Extraído do blog: "Cariri Cangaço

Existia amor no Cangaço?

Por: Alcino Alves Costa

Na verdade o viver cangaceiro, especialmente da mulher, seria mais correto dizer - da menina-moça – aquelas juvenis sertanejas, que num instante de total infelicidade deixou a sua humilde, porém aconchegante residência, abandonando seu lar, deixando seus pais na mais completa agonia e desespero, para seguir a triste vida bandoleira, todas elas inebriadas pela ilusão do cangaço, é um capítulo extraordinário na história cangaceira. 
Por que a caboclinha dos cafundós das caatingas, sem nenhum traquejo e nenhuma experiência de vida, se bandeou para o cangaço? Qual foi essa ilusão? Segundo informações abalizadas e confiáveis de um dos grandes rastejadores de cangaceiros, o nosso Aderbal Nogueira, levado por suas diversas e proveitosas entrevistas, gravadas em vídeos, de um número elevado de cangaceiros e cangaceiras, elas atestam com convicção que essa decisão, segundo informes de Sila, Adília e Aristéia não significava a existência de amor entre os cangaceiros e suas parceiras e sim “A ILUSÃO DO CANGAÇO”. Respeito profundamente o trabalho meticuloso e confiável deste querido vaqueiro da história. Aderbal nasceu com o estigma da decência e da dignidade. No entanto, não concordo em nosso companheiro generalizar os casais cangaceiros afirmando que não existia amor entre o homem e a mulher que vivia a vida errante e sofredora do cangaço.
Adília e Sila, em plena caatinga
É certo que Adília dizia de seu sofrimento em relação ao seu viver ao lado de Canário, um homem, segundo as suas palavras, extremamente ciumento, tendo um ciúme doentio de Juriti, portanto a sua vida na companhia de Rocha se tornou um inferno. Mas, é bom que se esclareça que Adília era namorada de Canário bem antes dele ir ser cangaceiro e ela o acompanhou de sua livre e espontânea vontade. Qual o motivo de seu ingresso no cangaço? “ILUSÃO DO CANGAÇO” ou amor?
Quanto a Sila, uma mocinha admirada em Poço Redondo, tida e havida como a melhor dançarina nos bailes e forrós; vivendo na casa de seus padrinhos China e Mariêta, ao lado das filhas deste ilustre casal de Poço Redondo, Dosa e Tila, não tinha nenhuma necessidade de ir para o cangaço para ficar ao lado de Zé Sereno que nem sequer foi seu namorado. Zé Sereno não obrigou ela acompanhá-lo, ela foi porque quis e, esta sim, talvez, pela “ILUSÃO DO CANGAÇO”.
Estes exemplos não significam que não existia amor no cangaço. Existia sim senhor. Existia amor em sua maior profundidade. Eis alguns exemplos: No Congresso sobre o cangaço que aconteceu em Brasília em uma conversa que eu tive com Durvinha, e ela estava ao lado de Moreno, ela me disse toda emocionada que o homem da vida dela, aquele que realmente ela havia amado, teria sido Virgínio. Lembro-me que Moreno balançou a cabeça e disse: “Esse era um homi de verdade”.
Moreno e Durvinha
Em seus inúmeros depoimentos Dadá fazia questão de mostrar ao mundo o seu imenso amor por Corisco, apesar dela ter sido inicialmente estuprada por ele. Zé de Julião, o cangaceiro Cajazeira e sua bela Enedina sentiam um pelo outro um amor profundo. Rosinha, a companheira de Mariano amava loucamente o seu homem. Após a morte de seu companheiro no Cangaleixo, pela volante de Zé Rufino, Rosinha só tinha um desejo na vida: deixar o cangaço e retornar ao seio de sua família e receber o carinho e o amor de seus pais. No entanto, este desejo não foi alcançado em virtude de ter sido assassinada a mando de Lampião que não aceitava a saída de cangaceiro ou cangaceira de seu bando.
Luís Pedro e Neném se amavam profundamente. Após a morte de Neném na fazenda Mocambo, em Sergipe, o seu companheiro que tanto a amava caiu em um desespero total. Em que pese as loucas e ensandecidas versões dando conta de que Maria Bonita traía Lampião, a cristalina verdade era que Maria Bonita amava com todas as forças de seu sentimento o seu notável companheiro.
É evidente que com o passar dos dias, meses e anos, alguns casais, especialmente as mulheres deixaram de amar, ou talvez, desejar o seu homem e dominadas pela volúpia do sexo se apaixonaram e desejaram outros homens, caso de Lídia, a baianinha do Raso da Catarina, que se apaixonou pelo cangaceiro Bem-te-vi, tendo com ele vários encontros amorosos, até ser flagrada pelo “cabra” Coqueiro e assassinada a pauladas por Zé Baiano.

Segundo João de Sousa Lima - Maria de Pancada
Maria de Pancada era uma mulher de desejos sexuais irrefreáveis, daquelas que um homem não conseguia saciá-la. Portanto, não estava no cangaço apenas pela “ILUSÃO DO CANGAÇO”, mas também para cumprir o seu desejo louco de fazer sexo. A cangaceira Lili também carregou em sua vida a sina do sexo. Após ser companheira de Lavandeira e de Mané Moreno, a caboclinha do Juá, lá na vastidão do Raso da Catarina, se acamaradou com o temido cangaceiro Moita Braba. Mesmo assim, sabendo que seu companheiro era portador de uma periculosidade extremada, Lili não temeu em coabitar com o cangaceiro Pó-Corante. Eis que um dia ao retornar de mais uma razia, ao chegar ao coito, Moita Braba encontrou a sua Lili nos braços de Pó-Corante. O desalmado cangaceiro não pestanejou, puxou sua arma e disparou vários tiros em sua infeliz e traidora companheira, matando-a instantaneamente.
A infidelidade dessas cangaceiras, incluindo também Cristina de Português, e talvez Dulce que traiu Criança após os dois deixarem o cangaço, não significa que não existisse amor entre as outras cangaceiras. Dentro de um universo de pouco mais, pouco menos de 30 mocinhas que seguiram os bandos cangaceiros, apenas essas citadas não respeitaram e traíram os seus companheiros. Todavia, não se tem nenhuma dúvida de que as mocinhas, quase que em sua totalidade, que se jogaram nos braços dos cangaceiros, elas foram por amor e continuaram amando os seus homens.       
Quem conhece a história desses casais que embelezaram e humanizaram o cangaço, tem que reconhecer que existia amor e muito amor na vida cangaceira.
Saudações cangaceiras,
Alcino Alves Costa, o Decano
O Caipira de Poço Redondo
Sócio da SBEC e Conselheiro Cariri Cangaço

Existia amor no Cangaço ?

Por: João de Sousa Lima
Ex-Cangaceira Durvinha e João de Sousa Lima
Ouvindo uma das entrevistas da cangaceira Dadá realizada pelo escritor Antônio Amaury, a cangaceira fala sobre Corisco, do ódio que a princípio sentiu dele pelo estupro, porém diz que depois foi se enamorando do cangaceiro, do seu carinho para com ela, do seu tratamento cordial. Dadá foi aprendendo a conviver com o homem que no começo sentiu rancor e por ele depois se apaixonou, no depoimento ela diz que Corisco foi o grande amor dela, que ela mesmo estando casada com outro, sonhava sempre com o cangaceiro, nos sonhos sentia cheiro de flores, sonhava com os longos cachos dos cabelos do amado, Corisco deixou em seu coração um amor que jamais foi esquecido.
A cangaceira Durvinha foi apaixonada por Virgínio, com ele seguiu para o cangaço com a penas 15 anos de idade e viveu um grande amor. Durvinha morreu dizendo, mesmo estando na presença de seu companheiro moreno, que Virgínio foi um grande amor em sua vida. Quando estive com Durvinha pela primeira vez;  passei 30 dias a seu lado; convivi no seu dia a dia e pude confirmar que ela dedicou um grande amor a Virginio e por ele foi muita amada, ela me confidenciou também que sempre sonhava com o famoso cangaceiro.
Durvinha ao lado de seu grande amor: Virgínio
Em um depoimento deixado por Sila ela falou que nunca foi amada no cangaço, porém esse foi um depoimento isolado e os depoimentos isolados não dão créditos para afirmativas históricas que possam se pensar como definitivas, ou seja, não se pode mudar o curso da história apenas por um depoimento, ele tem que fazer parte do contexto, ser analisado, pensado, discutido, porém nunca tomado como um sentimento definitivo generalizando um fenômeno que foi tão diversificado e ao mesmo tempo tão distinto.
No cangaço houve amor sim e posso provar através dos inúmeros depoimentos que tenho gravados, palavras de mulheres que conviveram e viveram as dores e os amores do cangaço!!!
João de Sousa Lima
Paulo Afonso-BA
Sócio da SBEC, ALPA e UNEHSH
Conselheiro Cariri Cangaço