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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

LIVROS DO ESCRITOR GILMAR TEIXEIRA


Dia 27 de julho de 2015, na cidade de Piranhas, no Estado de Alagoas, no "CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2015", aconteceu o lançamento do mais novo livro do escritor e pesquisador do cangaço Gilmar Teixeira, com o título: "PIRANHAS NO TEMPO DO CANGAÇO". 

Para adquiri-lo entre em contato com o autor através deste e-mail: 
gilmar.ts@hotmail.com


SERVIÇO – Livro: Quem Matou Delmiro Gouveia?
Autor: Gilmar Teixeira
Edição do autor
152 págs.
Contato para aquisição

gilmar.ts@hotmail.com
Valor: R$ 30,00 + R$ 5,00 (Frete simples)
Total R$ 35,00

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DOIS LIVROS DO ESCRITOR LUIZ RUBEN BONFIM

Autor Luiz Ruben Bonfim

Adquira logo o seu através do e-mail acima:


Não deixe de adquirir esta obra. Confira abaixo como adquiri-la.

Lembre-se que se você demorar solicitá-la, poderá ficar sem ela em sua estante. Livros que falam sobre "Cangaço" a demanda é grande, e principalmente, os colecionadores que compram até de dezenas ou mais para suas estantes.

Valor: R$ 40,00 Reais
E-mail para contato:

luiz.ruben54@gmail.com
graf.tech@yahoo.com.br

Luiz Ruben F. de A. Bonfim
Economista e Turismólogo
Pesquisador do Cangaço e Ferrovia

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br
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AUMENTE O SARRAFO

Por Clerisvaldo B. Chagas, 22 de agosto de 2016 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.564

Meu pai costumava ilustrar suas lições indiretas e suaves de fé em Deus e dignidade. Não lia tanto quanto eu, mas aproveitava cem por cento o que havia lido. Não demorava muito para que a sua novo leitura tivesse um destino certo, pois quase sempre caía sobre o galego afogueado. E foi assim que ele falou sobre dois montanhistas em cima da serra, surpreendidos pela nevasca. Ambos trataram de descer imediatamente, mas iam sentindo cada vez mais dificuldades crescentes. O tempo piorava. Rogavam a Deus constantemente e deslizavam pela corda. Já exaustos, sem conseguirem enxergar mais nada, apelaram para Deus novamente. Uma voz chegou até eles dizendo: “cortem as cordas!”. Um deles não quis cortar as cordas e morreu congelado. O outro cortou as cordas quando caiu e notou que estava apenas a um metro do solo. Escapou.

Foto divulgação

Lembrei a lição assim que fui surpreendido por um fato inédito nas Olimpíadas. Particularmente escolhi o “meu herói” olímpico pela sua coragem, tirocínio e dignidade. Sem alternativa na busca do ouro, o jovem Thiago Braz deparou-se com um possível empate, uma prata ou um nada. Veio-lhe de repente um daqueles pensamentos históricos de Napoleão Bonaparte: “Aumentem o sarrafo!”. Uma coisa jamais vista numa Olimpíada, surpreendeu o mundo. E o francês... O francês campeão que se achava o máximo e desdenhava o brasileiro, morreu duas vezes na descida inglória.

E nós, tristes moradores de Deus, vamos seguindo na passividade de sempre; aguardando que os ladrões indiquem o caminho pátrio em que devemos seguir. Pobre povo brasileiro, driblado o tempo todo entre a corrupção, a “gang” engravatada e a injustiça. Onde está a coragem para cortar a corda?


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JOÃO BUGUELO, OU A TRISTE SINA DE UM SERTANEJO

*Rangel Alves da Costa

Filho de Bastiana e Titó, quem chegasse ao casebre para visitar o menino e retornasse alguns dias depois logo ficava acabrunhado. Alguma coisa estava errada com aquela criança, é o que surgiria à mente. Quem já se viu um menino mudar tanto dentro de poucos dias?

Na primeira visita, e encontrava o menino alegre, sorridente, viçoso, cheio de vida. Mas já na segunda visita e então avistava a criança mirradinha, sem cor, sem sorriso algum, numa tristeza de dar dó.

Os pais logo começaram a se preocupar com a situação do filho, desde o primeiro choro chamado de João Buguelo. Como se sabe, no sertão buguelo é o termo usado para se referir a menino novo, recém-nascido.
Mas a verdade é que o buguelo de Bastiana e Titó não havia nascido como as demais crianças sertanejas. Aquelas mudanças na feição, no peso, na cor, na disposição, só poderiam ser por algum mal desconhecido. Então uma vizinha aconselhou a chamar uma boa rezadeira.

Quando Zefa da Serra chegou, a melhor e mais respeitada rezadeira da região, não demorou muito e a senhora dos mistérios da natureza logo sentenciou: “Seu menino não tem doença não. O que o seu menino sofre é de uma sina chamada sertão”.

Coitados dos pais, não entenderam nadica de nada, sendo preciso que a rezadeira explicasse o que significava tal sina que provocava aquelas estranhezas no menino. Então Zefa falou:

“O seu menino nasceu como se fosse a própria natureza do sertão. Dentre dele há a mesma seiva da catingueira, do mandacaru, da planta do mato. Por isso é que ele está alegre e em pouco tempo começa a murchar, a entristecer. Se chove e tudo começa a verdejar, então o menino retoma a vida, se alegra, festeja. Mas se não cai pingo d’água, então ele começa a mirrar. E agora peço a vocês que olhem como tudo está tudo seco lá fora, tudo triste e desolado. O mesmo retrato de lá é o retrato do menino. Se chover, não demora muito e ele se enche de vida novamente. Mas uma coisa vou confessar agora...”.


Neste passo, temendo que as palavras da rezadeira se ajustassem ao que tanto temiam depois daquelas palavras, Bastiana e Titó começaram a implorar clemência sagrada. Porém tiveram que ouvir: “O menino não vai suportar uma seca grande. Como a planta morre lá fora, aqui também ele não terá melhor destino. Sei que é duro de ouvir, mas não poderia negar isso a vocês. Ele vai morrer se essa seca que já começa se prolongar. Morre a planta do sertão e ele não vai sobreviver”.

Quando ouviram tais palavras, ainda que já esperassem algo nesse sentido, os pais não suportaram e correram, aflitos e lacrimejantes, para junto do filhinho. E foi quando pingos de lágrimas caíram sobre o corpinho esmirrado e pálido. Então não demorou muito e outra estranheza começou a acontecer, a tomar conta do menino.

De repente abriu os olhos, se fez com o rosto mais corado, mais animado. Estando ainda por ali, a rezadeira foi logo dizendo: “O milagre da lágrima é o mesmo milagre da água. Todo esse pequenino renascimento somente por causa das lágrimas que vocês derramaram por cima dele. Como não podem viver chorando sobre o seu corpo, outra coisa não resta a fazer senão jogar água sobre ele como se fosse aguando uma planta que não desejam que morra pelo sol e pela seca”.

E assim João Buguelo foi sobrevivendo. Quando a chuva chegava e tudo ficava verdoso pelo sertão, então o menino mais parecia um raio da silibrina de tão afoito que ficava, sem parar um só instante, a correr, a brincar, a sorrir. Mas quando as chuvas cessavam e tudo acinzentava de sequidão, logo o menino se prostrava parecendo que ia morrer. Era hora de os pais respingarem com cuia d’água por cima dele.

Até que certa vez a seca chegou e avançou ano após ano. Barro nos tanques, barro no fundo do pote. Não havia carro-pipa que aparecesse para a salvação. Tudo secou, tudo murchou. E o menino...

Infelizmente, nada mais sei sobre o menino. Conte você o resto dessa história...

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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ASCRIM/PRESIDENCIA OF. Nº 200/2016 – LANÇAMENTO DE LIVROS NA 13ª FEIRA DE LIVROS DE MOSSORÓ – AGRADECIMENTOS.


MOSSORÓ(RN), 22 DE AGOSTO DE 2016. 

PREZADOS PRESIDENTES DE ENTIDADES CULTURAIS,

PREZADOS ASSOCIADOS DA ASCRIM, 

PREZADOS POTENCIAIS CANDIDATOS A ASSOCIADO DA ASCRIM,

É PRAXE DO PRESIDENTE DA ASCRIM, CONVIDAR, COMPARECER E AGRADECER AO CONVITE FEITO POR ESCRITORES MOSSOROENSES COM UM “METACOMENTÁRIO” SOBRE O AUTOR OU CONTEÚDO DE LIVRO LANÇADO PELOS MESMOS, A EXEMPLO DA HONRARIA FEITA NO LANÇAMENTO DO LIVRO “HISTÓRIA DA MINHA VIDA PROFISSIONAL”, DO NOSSO ASSOCIADO BENEDITO VASCONCELOS MENDES, LANÇADO NO DIA 19.08.2016, NO STAND SARAU DAS LETRAS.
     
LAMENTAMOS NÃO PROCEDER, DE IGUAL MONTA, ANTE, O CONVITE QUE RECEBI AO LANÇAMENTO DOS LIVROS DOS ESCRITORES MOSSOROENSES, MARIA DO SOCORRO DE ALBUQUERQUE GURGEL(ASSOCIADA DA ASCRIM, LIVROS “POESIA & CAFÉ VOL. 1 E BRISAVENTO”, LANÇAMENTOS DIA 18.08.2016 E 20.08.2016,NO STAND SARAU DAS LETRAS), GERALDO MAIA(LIVRO “JARARACA-PRISÃO E MORTE DE UM CANGACEIRO”, LANÇAMENTO DIA 18.08.2016,NO STAND DO SEBO VERMELHO), VANDA MARIA JACINTO(ASSOCIADA DA ASCRIM, LIVRO RABISCANDO OS CAMINHOS DA PROSA” LANÇAMENTO DIA 19.08.2016,NO STAND SARAU DAS LETRAS), LÚCIA ROCHA(LIVRO “TIBAU DE TODOS OS TEMPOS”, LANÇAMENTO DIA 19.08.2016 NO STANDO SEBO VERMELHO),  POR RECEBIMENTO INTEMPESTIVO DOS CONVITES, EMBORA COM HONRA TENHAMOS COMPARECIDO PESSOALMENTE AOS SUPRAMENCIONADOS EVENTOS.
     
DE QUALQUER MANEIRA AGRADECEMOS, EM NOME DA ASCRIM, AOS QUE PUDERAM ATENDER AO CONVITE RETRANSMITIDO ORALMENTE AOS QUE ESTIVERAM PRESENTES OU NÃO AOS SOBREDITOS LANÇAMENTOS LITERÁRIOS ACONTECIDO NA 13ª FEIRA DO LIVRO DE MOSSORÓ.
   
AOS QUE ESTIVERAM AUSENTES, POR FORÇA E MOTIVO DE ORDEM SUPERIOR, REITERAMOS NOSSO CONVITE PARA CONTINUAR PRESTIGIANDO O LANÇAMENTO DE LIVROS DE ESCRITORES MOSSOROENSES, DESTARTE, MESMO CONVITE É RENOVADO AOS NOSSOS HABITUAIS E FUTUROS CONVIDADOS.
   
OUTROSSIM, COMUNICAMOS  AOS ASSOCIADOS QUE, CONFIRMARAM E ESTIVERAM PRESENTES RECEBERÃO, OPORTUNAMENTE, UMA CARTA OFICIAL COM TIMBRE DA ASCRIM, EM RECONHECIMENTO DE MÉRITO CULTURAL PARTICIPATIVO. ESSE RECONHECIMENTO TEM CARÁTER DE ESTÍMULO MERITÓRIO AOS ASSOCIADOS PARA QUANTIFICAÇÃO DE PONTOS À OBTENÇÃO DE OUTROS TÍTULOS MERITÓRIOS HONORÍFICOS DA ASCRIM. 

PARABENIZANDO, EM ESPECIAL, OS ASSOCIADOS DA ASCRIM BENEDITO VASCONCELOS MENDES, MARIA DO SOCORRO DE ALBUQUERQUE GURGEL E VANDA MARIA JACINTO, DESEJAMOS VOTOS DE PERENE CONTINUIDADE DE SUCESSO LITERÁRIO.
   
CONTANDO COM O APOIO DE TODOS, PRINCIPALMENTE DAS MULHERES(LAVRA DO VICE-PRESIDENTE DA ASCRIM DR. MILTON MARQUES MEDEIROS), INVOCO DEUS NOS AJUDE PODER PERSISTIR NESTA LUTA CULTURAL.

SAUDAÇÕES ASCRIMIANAS,
FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO - PRESIDENTE DA ASCRIM

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

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A VERDADE SOBRE "MULHER RENDEIRA!" MULHER RENDEIRA (a músíca)


A origem da canção é algo controverso. Segundo a versão mais conhecida do Pe. Frederico Bezerra Maciel, regionalista pernambucano e biógrafo de Virgulino Ferreira da Silva o "Lampião", é de que o mesmo teria escrito os versos da versão original da canção. A ele se acrescenta Câmara Cascudo, segundo o qual Lampião teria escrito a letra em homenagem ao aniversário de sua avó d. Maria Jocosa Vieira Lopes ("Tia Jacosa") em 15 de setembro, que era uma rendeira.[1][3] Compôs a canção entre setembro de 1921 e fevereiro de 1922, quando apresentou a canção em Floresta (Pernambuco). 

https://www.youtube.com/watch?v=UWebcWYKpWw&feature=share&list=PL-6UdHanbZTsnPqaYFySD1D03CAgJ3gqV

A canção tornou-se praticamente um hino de guerra dos cangaceiros do bando de Lampião, tendo inclusive relatos de que o seu ataque à Mossoró em 1927, teria sido feito com mais de 50 cangaceiros cantando "Mulher Rendeira". Está registrada no ECAD como de autoria Alfredo Ricardo do Nascimento (Zé do Norte)
Na verdade, a música já existia como folclórica, com uma letra diferente. Lampião, junto com Volta Seca fez a adaptação atual, como fez Acorda Maria Bonita. 

No ataque a Mossoró-RN, mais de 50 cangaceiros de Lampião cantaram essa música como uma
forma de "grito de guerra".
Fonte: wikipédia.

https://www.facebook.com/groups/ocangaco/?fref=ts

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NOVO LIVRO DO ESCRITOR SABINO BASSETTI - LAMPIÃO O CANGAÇO E SEUS SEGREDOS


Através deste e-mail sabinobassetti@hotmail.com você irá adquirir o  mais recente trabalho do escritor e pesquisador do cangaço José Sabino Bassetti intitulado "Lampião - O Cangaço e seus Segredos".

O Livro custa apenas R$ 40,00 (Quarenta reais) com frente já incluído, e será enviado devidamente autografado pelo autor, para qualquer lugar do país.

Não perca tempo e não deixe para depois, pois saiba que livros sobre "Cangaço" são arrebatados pelos colecionadores, e você poderá ficar sem este. Adquira já o seu.

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O MASSACRE DE QUEIMADAS MEMÓRIAS DA PM DA BAHIA


Em 22 de dezembro de 1929 o bando de Lampião esteve no município de Queimadas, saqueando a cidade que contava com oito policiais militares em sua guarnição. Este documentário conta o desfecho sangrento dessa investida criminosa do cangaceiro.

O curta-metragem a seguir é o segundo da série Memórias da PM, desenvolvida pelo Departamento  de Comunicação Social (DCS) da instituição. Com relatos do coronel Amâncio Souza Neto, morador de Queimadas, e do capitão e historiador da PM-BA, Raimundo Marins.
PRODUÇÃO:

Cap PM Bandarra
Cap PM Danillo Ferreira
St PM Luciano Macêdo

ROTEIRO

Cap PM Raimundo Marins
Cap PM Danillo Ferreira

PESQUISA

Cel PM Souza Neto
Cap PM Raimundo Marins

DIREÇÃO E EDIÇÃO

Cap PM Danillo Ferreira

IMAGENS

ST PM Luciano Macêdo
SD PM Orlando Junior
Daniel Pujol
Jonatan Costa

ASSISTENTES

SD PM Orlando Junior
SD PM Igor Freitas

AGRADECIMENTOS

Moacir Mancha e ao povo de Queimadas

REALIZAÇÃO

Polícia Militar da Bahia

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LAMPIÃO E O FOGO DA MARANDUBA


O ferrenho combate denominado “Fogo da Maranduba”, ocorreu no dia 9 de janeiro de 1932, na Fazenda Maranduba, município de Poço Redondo, aqui no nosso querido Estado de Sergipe.

LAMPIÃO E O FOGO DA MARANDUBA

O ferrenho combate denominado “Fogo da Maranduba”, ocorreu no dia 9 de janeiro de 1932, na Fazenda Maranduba, município de Poço Redondo, aqui no nosso querido Estado de Sergipe, cujo intenso e sangrento tiroteio é considerado um dos três maiores enfrentamentos entre cangaceiros e policiais volantes na história do cangaço. Dizem os pesquisadores e historiadores que esse combate só é comparado à sangrenta batalha de Serra Grande, em Pernambuco e ao não menos cruento embate de Serrote Preto, nas Alagoas. As baixas em Maranduba foram muitas e das polícias volantes comandadas pelos audazes combatentes perseguidores Tenente Manuel Neto e Capitão Liberato, contabilizaram-se oito mortos e diversos feridos, enquanto que, por parte dos perseguidos cangaceiros somente três mortos e um ferido.


Sem sombra de dúvida, os três combates acima citados se notabilizaram por seus aspectos grandiosos e pela engenhosidade de um líder inconteste, o famigerado estrategista Lampião. O famoso bandoleiro à frente de seus cangaceiros, sempre em inferioridade numérica viria a alcançar essas três vitórias fragorosas, imprimindo vergonha às hostes governamentais, provando assim que as Forças policiais volantes agiam mais com a emoção transpondo a própria razão, que na verdade não passavam de atrapalhados soldados de guerra e apesar das diversas batalhas desenvolvidas com os cangaceiros em aproximadamente vinte anos de atuação, nunca conseguiram atingir os seus objetivos, a não ser em 28 de julho de 1938, mesmo assim por conta da traição do coiteiro Pedro de Cândido – torturado ou não – que levou o então Tenente João Bezerra da Força policial alagoana até a grota do Angico, em Sergipe, massacrando o bando de surpresa em uma madrugada e pondo fim à carreira criminosa do maior dos cangaceiros das terras nordestinas.

Adentrando na questão dos personagens policiais militares que participaram do “Fogo da Maranduba”, bem verdade é que o Tenente Zé Rufino da Força policial baiana, o “grande caçador de cangaceiros”, se fez presente nessa refrega, mas não em comando e sim comandado pelo Capitão do Exército Brasileiro, Liberato de Carvalho. Das baixas fatais da Força pública, quatro pertenciam à tropa do Capitão Liberato de Carvalho, da Bahia, e quatro da tropa do bravo nazareno Tenente Manoel Neto, de Pernambuco. Do pelotão sob o comando do Capitão Liberato de Carvalho sucumbiram Elias Marques, João de Anízia, Pedrinho de Paripiranga e Manoel Ventura. De Nazaré, ou seja, dos nazarenos comandados por Manoel Neto, morreram no combate Hercílio de Souza Nogueira e seu irmão Adalgiso de Souza Nogueira, João Cavalcanti de Albuquerque e Antônio Benedito da Silva.

Da batalha que teve início por volta do meio dia e se estendeu até o por do sol, consta que ali estavam os cangaceiros se preparando para comer, para depois nas pias existentes, ou seja, nas águas empoçadas entre as pedras, abastecerem os seus cantis e seguirem sertão adentro nas suas tristes sinas de crimes de todos os tipos e eterna fuga. Naquele dia, pensando surpreender o bando, os policiais volantes no escaldante sol, se aproximaram pela caatinga da Fazenda Maranduba, mas terminaram cometendo os mesmos erros de combates anteriores. Contando como vitória certa os policiais subestimaram os adversários, principalmente por se encontrarem em supremacia numérica de homens que era de aproximadamente três vezes mais acabaram envolvidos por várias linhas de tiros engenhosamente armadas por Lampião e seus comandados.

Desse sangrento combate, em rápida análise, qualquer um pode imaginar, que a despeito das batalhas de Serra Grande e Serrote Preto, mais uma vez, os comandantes das Forças policiais presentes em Maranduba, acreditaram que a superioridade que detinham em homens e armas seria um fator de desequilíbrio no embate, dando provas de que a inteligência que deveria haver inerente aos verdadeiros líderes sempre ficou abaixo dos arroubos das suas valentias. A raiva, a fúria e a arrogância foram confrontadas com o sangue-frio, a paciência e a inteligência de Lampião.

Assim, cautelosamente Lampião, como grande estrategista de guerrilhas que era, postou seus homens entrincheirados em sete Umbuzeiros ali existentes, de modo que os soldados ao entrarem arrojadamente no campo de fogo, ficaram cercados, encurralados, ou seja, em fogo cruzado, feito baratas tontas, alvos fáceis dos cangaceiros.

Ressalta-se que nesta batalha, para a importância na história das lutas sociais do Nordeste, outro ponto há de ser ressaltado, ou seja, referente à participação efetiva dos aguerridos e temíveis nazarenos, os homens de Nazaré, uma Força policial pernambucana dedicada em tempo integral na caça a Lampião e seu bando, corajosos policiais lendários dos sertões nordestinos, famosos pela persistência de não desistirem nunca do seu objetivo, destemidos cabras-machos que andaram nos rastros dos cangaceiros por cerca de vinte anos.

Em recente visita ao cenário da batalha notei que pouco se conservou. A casa sede da Fazenda Maranduba toda ruiu, a vegetação típica da caatinga da época virou uma grande roça de palma para alimentar o gado, poucas pedras, as pias secas, apenas três dos enigmáticos Umbuzeiros ainda persistem em viver, além da Cruz que marca o local do sepultamento dos policiais, testemunham contra o tempo, aquela que foi uma das mais significativas vitórias de Virgulino Lampião.

Autor: Archimedes Marques (Delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela Universidade Federal de Sergipe).

A fotografia (abaixo) de Carlos Alberto mostra o cenário do embate entre o Bando de Lampião e as Volantes de Manoel Neto e de Liberato de Carvalho, em janeiro de 1932. Fazenda Maranduba, Poço Redondo/SE.

Foto: Carlos Alberto
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

https://www.facebook.com/groups/ocangaco/permalink/1291686604177788/

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"BEIJA-FLOR"

Por Antonio Corrêa Sobrinho

O cangaceiro “Beija-Flor”, de nome Alfredo José Freitas, que leio em Bismarck Martins, in “Cangaceiros de LAMPIÃO – de A a Z”, chamar-se também Alfredo Quirino, como também, ser sergipano de Poço Redondo e que atuava sob o comando de Zé Sereno, um dos subchefes de Lampião, Beija-Flor que com Sereno e outros comparsas se entregou à polícia baiana de Jeremoabo, em outubro de 1938, segundo o jornal O GLOBO, de 20.03.1943, foi capturado e levado a Salvador, ele que, pelo visto, pretendia voltar a atuar como cangaceiro.

A foto é só como ilustração. Beija-flor não aparece neste grupo do cangaceiro Zé Sereno

Penso que esta informação do jornal carioca nos aponta um caminho para descobrirmos algo mais sobre este “Beija-Flor", além de sua prisão em 38.

PRETENDIAM REVIVER AS FAÇANHAS DE LAMPIÃO

Dominado o grupo de bandoleiros chefiados por Beija-Flor, remanescente das hostes do “Rei do Cangaço”

Sangrento encontro com forças da Polícia, havendo mortos e feridos – Cinco bandidos conseguem fugir

Bahia, 20 (Especial para o GLOBO) – Chegou hoje a esta capital o cangaceiro “Beija-Flor”, chefe de um novo grupo de bandidos, que pretendiam voltar à vida levada na época das façanhas de “Lampião”. 

“Beija Flor”, cujo nome é Alfredo José Freitas, foi preso em Jeremoabo, depois do bando que chefiava ter deixado o território sergipano, onde em Itabaiana oferecera combate à polícia estadual, havendo mortos e feridos. O grupo de Beija-Flor era constituído de quatro cangaceiros, que lograram fugir, sendo perseguidos pelos volantes da polícia baiana. 

A imediata paralisação dos movimentos dos bandoleiros foi devida às providências do governo por intermédio da Secretaria de Segurança, que logo colocou os destacamentos designados nos municípios do Nordeste, em perseguição aos bandidos. 

A Polícia está no encalço de cinco bandidos que fugiram da cadeia de Jeremoabo, arrombando as paredes do estabelecimento. Entre eles se encontra “Jitirana”, que foi companheiro de Lampião.

https://www.facebook.com/groups/ocangaco/?fref=ts

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