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segunda-feira, 2 de junho de 2014

UM POVO DE FÉ, UMA JUVENTUDE SEM DEUS

Por Rangel Alves da Costa*

Certamente que os caminhos percorridos pela vida, os encontros e desencontros no curso da estrada, aliados à sabedoria adquirida e ao aprofundamento da espiritualidade, são alguns dos muitos fatores que vão tornando as pessoas mais crentes e temerosas, despertadas para a religiosidade e devotadas aos ofícios da fé. Assim, talvez a idade vá despertando no ser a necessidade de aproximação maior da religiosidade como forma de remição dos erros, proteção das ameaças do mundo e clemência divina no além.

Não obstante isso, a intensificação da fé e do acompanhamento das sagradas escrituras, com seus preceitos e fundamentos, surgem quase como uma necessidade espiritual para muitos. Longe de beatismos e exageradas devoções, muitas pessoas, principalmente aquelas de idade mais avançada, além do culto íntimo do divino e das santidades, vão buscar nos ofícios religiosos e nas palavras dos sacerdotes a confirmação de suas experiências de fé.

Assim, as experiências de fé vão se acumulando na existência e se tornam mais reconhecíveis quando a pessoa passa a buscar a comunhão entre sua devoção pessoal e as respostas obtidas na igreja. Desse modo, a igreja não é vista apenas como um lugar de missas, ofícios e orações, mas principalmente como um espelho de toda a sacralidade que o indivíduo precisa absorver espiritualmente. Quem ultrapassa a porta de um templo não objetiva apenas presenciar uma missa ou fazer confissão, mas encontrar um significado espiritual muito mais profundo.

O reconhecimento da igreja como meio de fortalecimento espiritual, contudo, não se dá sem o pressuposto da fé, da religiosidade em si. E é por isso que a clientela religiosa é na sua grande maioria de pessoas com longos caminhos já percorridos na vida, conhecedoras das flores e espinhos da estrada, e que se amparam na religiosidade porque reconhecem a fragilidade humana para resolver os problemas surgidos. Mas também para devotar sua crença divina e enfim reconhecer a supremacia dos poderes de Deus.


Nesta perspectiva, logo a conclusão que a maior parte da juventude vai trilhando seu percurso sem ao menos pensar na religiosidade como força essencial e propulsora da caminhada, na tomada de atitudes e na concretização de objetivos. A Bíblia nem sempre desperta interesse, os sinos das igrejas e catedrais não possuem significado algum, as missas e os ofícios religiosos são coisas de velhos e menos interessantes que passeios, baladas e curtições. Logicamente que nem todos os jovens pensam e agem assim.

Mas a maioria, infelizmente, tem a religiosidade, a fé, a crença, a devoção e a obediência aos preceitos sagrados como fatores de menor importância. Preceitos como santíssima trindade, sacramento, eucaristia, comunhão e evangelização, são quase sempre desconhecidos ou tidos como coisas de devotos e beatas. E inusitadas serão as respostas se houver indagação acerca de Deus, Jesus Cristo, santidades e anjos. Conhece o pecado por outros fundamentos, mas não pelo sentido religioso.

Uma ou duas vezes por semana, sempre ao entardecer, me dirijo aos templos católicos situados no centro da cidade. Geralmente acompanho a missa do final da tarde na Catedral Metropolitana e, um pouco mais tarde, a missa da Capela de São Salvador. Chego sempre mais cedo e fico na frente da catedral observando a paisagem e tudo que acontece ao redor. E vejo jovens passando alegres, contentes, fazendo uma reverência de vez em quando, mas dificilmente algum subindo os degraus para adentrar no templo.

Por consequência, são raros os jovens que podem ser avistados durante a celebração da missa. Os que se fazem presentes já saíram de seus destinos com direção e objetivo certos, vez que deixam outros afazeres para aquele momento especial de alimentação da fé. Mas o mesmo não ocorre com outros que apenas passam diante da igreja como caminho comum e, mesmo com tempo suficiente para assistir uma missa, sempre preferem seguir adiante para outros compromissos. E talvez muito mais importantes, segundo suas propensões.

Sem a presença da juventude nos ofícios religiosos, sem que os jovens estejam também como ouvintes dos ensinamentos dos evangelhos, a igreja se torna como um jardim sem suas flores mais belas. Ora, a juventude é seiva e essência do mundo, é de onde brotam as esperanças de realização para um futuro melhor, é a verdadeira pétala que carrega aroma e perfume da grandeza da vida. E a igreja necessita dessa presença no seu jardim, eis que estão nos jovens as sementes das boas colheitas.

Por outro lado, quando se tem o jovem distanciado da fé, afastado da religiosidade e ausente da igreja, desconhecendo ou negligenciando os preceitos sagrados, não significará apenas a sua desproteção espiritual. No espírito fraco e na ausência de Deus estarão abertos os portais para os malefícios do mundo. E é por isso que se corre o risco de não apenas se ter uma juventude profana e pecadora, mas principalmente tomada dos males sociais já tão conhecidos por todos.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

Postado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas
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A CASA DE MARIA BONITA


Hoje vamos homenagear o escritor, pesquisador e cineasta, Gilmar Teixeira, autor dos livros "Quem Matou Delmiro Gouveia" e Um passado de Glória, e com seu filme a casa de Maria, acabou de passar das 200.000 visualizações no youtube, uma marca considerável no cinema independente, hoje vamos colocar para os amigos algumas fotos do amigo Gilmar, da casa de Maria bonita, feitas com um olhar diferente.



A vegetação do nordeste é cheia de encanto. A caatinga; mata branca para nossos ancestrais; nos reserva verdadeiras bênçãos da natureza. 


Dentre essas vamos encontrar o majestoso Mandacaru. Muitas vezes coadjuvante dos sertões; hoje nos é apresentado como protagonista, pelo olhar do grande fotografo e cineasta Gilmar Teixeira


Fonte facebook

Postado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas

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ACEITA UMA FRECHADA?

Por Clerisvaldo B. Chagas, 30 de maio de 2014 - Crônica Nº 1.200

“Uma flecha é um projétil disparado com um arco. Ele antecede a história e é comum a maioria das culturas.

Foto: Lucas Salomão, G1.

Uma flecha consiste de uma haste longa e fina, com seção circular, feita originalmente de madeira e agora também de alumíniofibra de vidro ou de carbono.

Ela é afiada na ponta ou armada com uma ponta de flecha em uma extremidade, dispondo na outra de um engaste (nock) para fixação na corda do arco. Pontas de flecha são disponibilizadas em uma variedade de tipos, adequando-se ao uso que será feito da flecha, seja desportivo, caça ou militar. Próximo à extremidade posterior da flecha são colocadas superfícies de estabilização que constituem a empenagem da flecha, a fim de ajudarem na estabilização da trajetória de voo. Geralmente em número de três, as penas são dispostas ao redor da haste formando um ângulo de 120º entre si. Nas flechas modernas as penas são fabricadas em plástico e afixadas com cola especial.

Artesãos que fabricam flechas são conhecidos como "flecheiros", termo relacionado à palavra francesa para flecha, flèch

Conforme a flecha voa em direção ao alvo, sua haste irá entortar-se e flexionar de um lado para o outro, lembrando um peixe debatendo-se fora da água e caracterizando um fenômeno conhecido como paradoxo do arqueiro.

O equipamento, espécie de coldre ou estojo, usado para carregar as flechas usadas pelos arqueiros desde a mais remota antiguidade é chamado de aljava”.

Mas o povo brasileiro gosta de inventar palavras e associar situações. Conheci um sujeito, humorista por natureza, que bebia cachaça. Quando dava a sua hora de enfrentar o copo, dizia para os amigos: “Vou ali tomar uma frechada”.

Mas flechada de verdade ainda existe no Brasil moderno. Bem que o protesto dos índios em Brasília foi uma coisa inusitada. Devidamente caracterizados e pintados para a guerra, misturaram-se a outros descontentes e não foram ouvidos pelas autoridades. Deu no que deu.

Perambulando entre um prédio público e outro, os indígenas foram atacados pela cavalaria. Índio é bicho disposto, tome flechada num cavaleiro que talvez se julgasse do Apocalipse. Vai para o hospital o infeliz varado na coxa, pensar porque atacava os indefesos. Índios contra a cavalaria numa cena tipicamente urbana, e flechadas das boas repercutiram pelo globo.

Isso faz lembrar o tempo em que certo governador de Alagoas, mandou que a cavalaria massacrasse os professores diante do palácio, educadores que apenas queriam dialogar com ele. Os castigos de Deus não tardaram e ainda hoje o ditador sofre às consequências.

O meu compadre quer ser índio explorado, policial metido à besta, professor insatisfeito ou governador padrão bufa?

A única saída desse quadrado, amigo, é esquecer tudo. Vamos comigo, comemorar 1.200 crônicas escritas para o mundo! ACEITA UMA FRECHADA?



Postado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas

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CONSIDERAÇÕES INTERESSANTES DE UM EX-RASTEJADOR CONTRATADO PELA POLÍCIA BAIANA, SOBRE LAMPIÃO NA BAHIA


“DIÁRIO DA TARDE” (JORNAL SERGIPANO) – 07/10/1933
VIRGULINO FERREIRA E A BAHIA

Como tivéssemos sabido de que nesta capital se achava um cidadão que tinha sido rastejador, como contratado pela polícia baiana, do bando do execrado facínora Virgulino Ferreira, procuramos ouvi-lo, pois, ao que achávamos ninguém melhor do que ele falaria sobre o que tem sido o rosário enorme de crimes perpetrados pelo bandoleiro maldito.

Encontramo-lo a tomar um café, no “Ponto Central”. Um amigo nos proporcionara a aproximação.

Depois de conhecida a nossa qualidade, o aludido cidadão prontificou-se a nos ministrar as informações desejadas.

Depois de nos dar o seu nome, que ocultamos por interesse público, entrou a narrar o que tem passado e o que tem visto nos lugares onde tem estado.

- A sua vida de rastejador provém de uma predisposição natural, ou deriva de motivos pessoais? – perguntamos.

- Não. Eu era proprietário em Patamuté. Há cerca de três anos, aceitara o cargo de fiscal da construção da estrada de rodagem de Juazeiro a N. Sra. da Glória. Tendo necessidade de ir comprar uns animais na fazenda Roçado, termo de Riachão da Várzea, um dia, às 7 horas da manhã, sem que ninguém esperasse, chega o bandido, acompanhado de seis companheiros. Depois de matar um rapazinho da fazenda e de furar a punhal oito muares que se achavam amarrados à porta da casa, Lampião batera em retirada.

Em caminho, um seu companheiro chamado Zé Baiano, que me conhece, lhe disse qual o cargo que estava ocupando, em vista do que ele me mandou uma carta, que apresentei ao então capitão Euripedes Esteves Lima, naquela data chefe de polícia de minha terra, na qual dizia que a estrada eu não acabaria; mas, se acabasse, na minha propriedade eu não moraria.

Tomei as minhas precauções, vendendo a propriedade e me dedicando, por enquanto, à estrada.

Pouco tempo depois eu recebera aviso que corresse porque a fera vinha à minha procura. Resolvi, então, a me resguardar sem baixeza, para que ofereci os meus serviços à polícia, serviços que foram aceitos para entrar em combate cerca de 18 dias depois, do qual escapei milagrosamente, vendo mortos, dos lados, 4 companheiros, que, como eu, obedeciam ao comando do hoje tenente-coronel Liberato.

-Quer dizer que o primeiro encontro traduziu o tamanho dos lençóis em que ia se meter, não? Pilheriamos.

Foi. Mas sob as ordens daquele coronel o ânimo não nos falta. Eu era apenas contratado, mas, como os outros, tinha que enfrentar os maiores perigos, pois que o comandante era o primeiro a dar o exemplo.

- Há muitas colunas disseminadas pelo Estado?

- Muitas. Eu porém só posso contar de três.

- O que há de verdade sobre a notícia da prisão, em Jeremoabo, de quatro comandantes de colunas? Foi certo isso?

- Certíssimo.

- Conhece-os? O que julga tivesse os levado a trair?

- Conheço todos. São eles sargentos João Teixeira da Silva, Jaco de Santa Brígida, Vicente Marques e Tiburtino Salinas – todos da polícia baiana. Penso que o motivo da traição foi dinheiro.

- Mas como, se eles são pagos!

- Deveriam ser e são pagos. Mas o dinheiro atrasa até três meses e quando chega o de um mês é nada comparado com o que se deve no barracão.

- E há barracão?

- Há. Esse barracão, que explora barbaramente os soldados, cobrando preços incríveis pelas mercadorias, tem sido, mesmo assim, a salvação dos soldados. Imaginem que situação. Devendo-se quantia equivalente ao gasto de três, é claro que o pagamento de um mês fique lá mesmo no barracão.

E porque não reclamam?

- Porque não se pode. Primeiro é necessário, para se chegar à capital, uma viagem horrível; segundo, porque superior nenhum levaria em conta nossa queixa; terceiro porque não se pode deixar o destacamento sem permissão e esta nunca obtemos. Tem soldados que desertaram perdendo meses de soldo .

Há dias conversamos com um sertanejo de sua terra e ele nos disse que a polícia comete, por vezes, mais depredações que o próprio bando sinistro. É verdade?

- É, em certos casos e conforme o comandante. O tenente Dourado, por exemplo (que nunca quis perseguir o bandido, pois que os rastejadores o levavam até poucos metros de distância do bando, e ele nunca o enfrentou) este era um perigo.

Fez tanto que foi tirado dessas comissões. E há outros que não mandam mas assistem indiferentes os soldados fazerem. Ora, isso desgosta as populações, que não têm interesse em se expor ao perigo de delatar.

- E a chefia de polícia da Bahia não sabe disso?

- Manda a justiça que suponha que não. Entretanto, nunca mando inspecionar.

- Quais os lugares mais visados por Virgulino?

- Na zona do norte – Uauá, Monte Santo, Cumbe, Curaçá, Santo Antonio da Glória.

- Esses lugares têm bons destacamentos?

Uns. Outros não. Mesmo bem guarnecidos, cedem às vezes covardemente. Em Patamuté mesmo, seis capangas, sem estar presente Lampião, fizeram correr 16 soldados bem municiados.

- Quais são, a seu ver, os bandidos mais temíveis depois de Lampião?

- Zé Baiano, Labareda e Cirilo. Para ajuizar do que lhe falei por último, basta lhe citar o seguinte. Ele é sobrinho de Antonio de Engrácia. Antonio de Engrácia, num combate travado em Feira do Pau, derrubou, com uma punhalada, um contratado sergipano, parente de um senhor chamado José Ribeiro que tem um engenho.

- Jacoca.

- Isso mesmo. Mas é que o rapaz, recebendo a punhalada, resistiu em cair, razão porque recebeu uma segunda, que o prostrou, mas lhe facilitou também dar uma na garganta do seu agressor Antonio de Engrácia, que foi conduzido dali perdendo muito sangue, pelos companheiros. Pois bem. No meio da viagem, como fosse enfadonha a condução de um doente, o Cirilo acabou de matar o tio à faca. Seus ossos estão enterrados em Jeremoabo, segundo afirma o “Esperança”.

- Quais as zonas escolhidas por Lampião para uma temporada maior?

- De Jeremoabo a Várzea da Ema, Uauá, etc.

- Ele tem passado muito tempo fora do seu Estado?

- Não. Lampião mora na Bahia. Quando ele procura outro Estado é em rápido passeio, à procura de dinheiro ou de munição. Passa uns dias e volta.

- E porque o senhor deixou a função de rastejador?

- Porque, devido à minha facilidade de levar, pelo rasto a força a dar combate com os bandidos, estes não me toleram. Não será difícil, pois, que eles, já possuindo delatores entre os soldados, consigam destes a minha morte. O traidor não mede a traição. Já começaram traindo, como aqueles comandantes presos, fornecendo munição; daí para entregar qualquer um aos bandidos é um nada. E eu, o que temo, é ser traído.

Estava se prolongando nossa entrevista e resolvemos terminá-la. Levantando da cadeira, agradecemos as informações prestadas.

Com os cumprimentos, terminou o informante com estas palavras: Do que lhe disse posso corroborar com documentos.

Fotos extraídas do blog Cariri Cangaço e outros: cangaceiros Lampião, Cirilo de Engrácia (morto), Zé Baiano e Labareda, e coronel Liberato (com Aderbal Nogueira, ao fundo, pesquisador do Cangaço).

Fonte: Facebook
 Página: 

Postado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas

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ÚNICA IMAGEM VIVA DO BEATO ANTONIO CONSELHEIRO...


ESTA IMAGEM NÃO EXISTE NO GOOGLE POR ISTO ESTÁ EMODULRADA FAZ PARTE DO PORTAL DO CANGAÇO DE SERRINHA. UMA DOAÇÃO DO POETA PINGO DE FORTALEZA OU PINGO GUARÁ...!!!

Antônio Vicente Mendes Maciel (Quixeramobim, 13 de março de 1830 — Canudos, 22 de setembro de 1897), mais conhecido na História do Brasil como Antônio Conselheiro, que se autodenominava "o peregrino”, foi um líder religioso brasileiro.

Figura carismática, adquiriu uma dimensão messiânica ao liderar o arraial de Canudos, um pequeno vilarejo no sertão da Bahia, que atraiu milhares de sertanejos, entre camponeses, índios e escravos recém-libertos, e que foi destruído pelo Exército da República na chamada Guerra de Canudos em 1897.3

A imprensa dos primeiros anos da República e muitos historiadores, para justificar o genocídio, retrataram-no como um louco, fanático religioso e contra-revolucionário monarquista perigoso.

Fonte: facebook

Postado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas

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IOIÔ MAROTO


Crispim Pereira de Araújo: “O Antonio Alves de Araújo, vulgo Ioiô Maroto”
Crispim Pereira de Araújo, conhecido por Ioiô Maroto, primo de Sinhô Pereira, teve certa participação na história do cangaço também por necessidade de vingança, após ter sido ofendido em sua residência, na presença da esposa e dos filhos.

O comerciante de São José de Belmonte, Luiz Gonzaga Ferraz, mesmo não pertencendo à família Pereira nem aos Carvalho, clãs adversários entre si, ajudava à polícia na perseguição contra Sinhô Pereira, o que abalou sua amizade com o seu compadre Ioiô Maroto.

Assim, certa vez, quando a polícia visitou a residência de Crispim Pereira de Araújo, na Fazenda Cristóvão, em São José do Belmonte/PE, submeteu o seu respeitável dono a enormes vexações, inclusive, agredindo-o com coronhadas de rifle. A vítima ao perguntar quem era o mandante de tamanha ofensa, obteve como resposta que aquilo partira de Gonzaga.

Nesse tempo, Sinhô Pereira já não mais residia naquelas paragens, mas um dos membros de seu grupo, Lampião, continuava na localidade, o qual apoiou Crispim Pereira na sua empreitada vingativa. Dessa maneira, executaram seu plano, dando cabo da vida de Gonzaga no dia 22 de agosto de 1922.

Depois disso, para escapar às perseguições, Crispim Pereira de Araújo foi residir no Sertão dos Inhamuns/CE, sob a proteção de um Feitosa, o Coronel Leandro Custódio de Oliveira e Castro, mais conhecido por Leandro da Barra.

O Coronel Leandro já havia hospedado outros indivíduos oriundos de Pernambuco, dentre eles os três irmãos do afamado cangaceiro Antonio Silvino, chamados Vicente, José e Miguel, que foram aos Inhamuns por não poderem ficar em sua terra natal sem serem perseguidos.

Destaque-se que Crispim Pereira de Araújo quando chegou à Fazenda Barra, do Coronel Leandro, este lhe mostrou um presente que havia ganhado do Capitão Cassiano Pereira (avô das duas últimas esposas de Crispim), uma pistola em um estojo cravejado de prata, o que mais uma vez demonstra o intercâmbio entre as famílias dessas regiões, os Pereira de Pajeú e os Feitosa dos Inhamuns.

O certo é que Crispim deitou raízes nos Inhamuns, passando a se chamar Antonio Alves de Araújo. No sertão do Ceará, adquiriu a Fazenda Malhada, onde viveu com sua família pelo resto de seus dias, vindo a falecer no dia 19 de maio de 1953, aos 65 anos de idade.
Heitor Feitosa Macêdo.

Fonte: http://estoriasehistoria-heitor.blogspot.com.br/


Postado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas

FOTO HISTÓRICA: LUIZ GONZAGA E O PAI, JANUÁRIOS DOS SANTOS....


O sanfoneiro Luiz Gonzaga ao lado de seu pai, Januário dos Santos, em sua casa na cidade de Exu, no Pernambuco, 1972.
Foto: AE

Foto enviada por Ruan Paiva.

Portada por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas