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sábado, 10 de dezembro de 2011

Manoel Benício

Por: Nasciso Dias
Narciso Dias, Manoel Severo e Capitão Marins 
Manoel Benício da Silva, nascido em 17 de novembro de 1884 na cidade de Santa Luzia do Sabugi na Paraíba, Tenente-Coronel da reserva (falecido). Ingressou na Polícia Militar da Paraíba, logo como Aspensada em 1908 (antigo posto entre o soldado e o Cabo), o presidente do Estado era o Dr. João Machado.

Foi Delegado em quase todas as cidades do interior do Estado e desde o posto de Sargento comandou o banditismo no sertão do Estado. Sempre falou com euforia de suas constantes lutas contra os cangaceiros, que infestavam a Paraíba e o Nordeste na época de sua mocidade, e cada episódio é um motivo de glória pela sua tenacidade e coragem; porém não se sentiu realizado, apenas por não ter completado o rosário de 100 orelhas de bandoleiros.
Com Lampião teve dezoito combates e em um deles chegou a brigar duas vezes no mesmo dia, foi na cidade de Princesa Isabel-PB, onde o Rei do cangaço perdeu dois de seus cabras: Jararaca e Coruja, sendo que esse Jararaca foi o primeiro integrante do bando e não o José Leite de Santana que morreu em Mossoró-RN.
O Tenente-Coronel Manoel Benício alcançou quase todos os degraus hierárquicos da Polícia Militar sem possuir nenhum curso de especialização exigido para o oficialato de hoje; subia de posto pela sua inédita coragem pessoal. Em 1912 o então Sargento Benício à frente de 22 comandados encontrou um grupo de cangaceiros do Dr. Augusto Santa Cruz no município de São João do Cariri-PB, tal fato se deu por ele ter perdido a trilha no meio do mato. Usando de sua astúcia ao encontrar os cangaceiros foi logo dizendo: “Somos seus companheiros é que perdemos a trilha!” Enquanto isso o Cabo Damião avançava com onze homens fingindo ser do mesmo bando, em meio a conversa apareceu um negro forte que desconfiou da atitude do Sargento, gritou: São “macacos” e não amigos, ameaçando-o com um fuzil, então fez com que Benício tomasse uma atitude decisiva quando falou com serenidade, porém pronto para tudo: ”Sou o Sargento Benício, da força do tenente Raimundo Rangel”. E juntando a ação à palavra fulminou com um tiro o atrevido cangaceiro dando início a um intenso tiroteio, conseguindo sair ileso devido à debandada dos cangaceiros. Manoel Benício quando já estava com idade avançada e sofrendo a sexta intervenção cirúrgica mantendo o bom humor disse ao médico que o assistia: “Pode cortar doutor, pois todo tipo de operação eu já fiz sem nunca ter sido médico”. Numa apreciação mais rigorosa, em qualquer tempo se poderá verificar que naquela época do trabuco não havia muita diferença entre cangaceiros e policiais, não somente no modo rústico de guerrear, mas porque tanto uns como outros pouco sabiam o significado da palavra “crime”. Manoel Benício ganha posição de destaque entre os bravos militares combatentes do cangaceirismo na Paraíba. Esse estado de tranqüilidade passou, mas não passará tão cedo a preocupação dos estudiosos do assunto em pesquisar com profundidade esses fatos que se transformaram em fenômeno social na história do nordeste brasileiro.

NARCISO DIAS
Sargento da Polícia Militar da Paraíba
Conselheiro do Cariri Cangaço
Fonte: “CANGACEIRISMO DO NORDESTE”
Autor: Antonio Barroso Pontes

Extraído do blog: "Cariri Cangaço" do amigo Manoel Severo

UM FINAL DE TARDE NO AÇUDE DO UMARI - CE

Por: Claude Bloc


 


Final de tarde no Açude Umari...
Açude do Umari (município de Crato - Ce)
Por: Claude Bloc
Fotos extraídas do blog:
"Cariricaturas"

Maria Bonita e a origem do seu apelido por Frederico Pernambucano de Mello

Por: João de Sousa Lima


Que bom que o amigo
Frederico já voltou à ativa,
ele realizará palestra falando sobre o apelido de Maria Bonita.
Participem, divulguem!!!!!

Extraído do blog do escritor e pesquisador do cangaço
João de Sousa Lima

ALCINDO OU ALCINO?

Por: José Mendes Pereira
Leia o que escreveu um leitor anônimo
Caro José Mendes

"Há um erro que o senhor insiste em cometer mesmo depois de inúmeros textos copiados dos blogs. Por que escrever ALCINDO? É Alcino com "N". 
Está nos livros e textos, o mesmo já comentou conosco que não sabe o porquê desta cisma de escrever "Alcindo". Acho que você deveria corrigir o quanto antes. Detalhes que as vezes aborrecem os escritores. Fica a dica."
Explicando o equívoco
Amigo leitor anônimo:

O problema não é insistir. Eu trabalhei quase vinte anos com um senhor chamado ALCINDO. Com esse convívio eu memorizei o seu nome como Alcindo. Agora é o escritor Alcino, e para lhe falar a verdade, nunca prestei atenção que o nome de Alcino é Alcino, devido o nome do meu amigo ser Alcindo.

 Na minha mente mesmo que eu fizesse a leitura do nome de Alcino, com certeza eu estaria lendo Alcindo. Mas a partir de hoje não escreverei mais Alcindo, e sim, Alcino.

Isso são coisas que muitas vezes acontecem sem a gente perceber que está trocando um nome por outro.


Se o escritor Alcino tivesse me comunicado a troca do seu nome para Alcindo, com certeza já fazia uma porção de meses que ele tinha deixado de ser Alcindo, e eu estaria escrevendo o seu  nome verdadeiro: "Alcino".

Revendo vários textos vi que a minha mente estava me enganando, fazendo trocar o nome do escritor "ALCINO por ALCINDO". 

O livro: "Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angico", que eu já tive oportunidade de lê-lo, e quase todos os dias o vejo na Internet, eu nunca via escrito Alcino, eu só via Alcindo. Mas na verdade é Alcino. Que mente ridícula, me enganando!

EXPEDIÇÃO FOTOGRÁFICA AS CAVERNAS POTIGUARES

Por: Rostand Medeiros
Photo

Meus amigos e amigas.
Existem pessoas que na busca de um local para desparecer, esquecer os problemas, relaxar, seguem para uma bela praia, um belo resort e outros locais paradisíacos.

Entrando no Mundo Subterrâneo
Mas existem aqueles (poucos, muito poucos) que buscam o quente sertão nordestino para relaxar e curtir a bela natureza que Deus criou. Estes poucos, não satisfeitos com o calor de lascar que encontram, ainda inventam de entrar nas entranhas desta terra que o sol resseca sem clemência.
E o que buscam?
Apenas e tão somente visualizar a beleza natural existente em várias cavernas localizadas na região do Alto Oeste Potiguar.
E eu sou um deles. Pois sou “viciado em pedra”. Mas na pedra calcária que formam estas cavernas.
Entro nestas cavidades desde o final da década de 1980. Hoje já passei dos “enta”, tô gordo, a agilidade não é a mesma, mas continuo participando.
Nesta semana estive com o fotógrafo paraibano radicado no Rio Grande do Norte, especializado em cavidade naturais, Solon Rodrigues de Almeida Netto e os amigos Reginaldo Silva e Ciro Targino, todos membros da SEP – Sociedade Espeleológica Potiguar. Estivemos em várias cavernas próximas a fronteira cearense, em vários municípios.
Um abraço a todos.
Proteção e segurança em primeiro lugar
Nossa casa no meio da catinga
Beleza calcária
Grandes salões
Uma beleza diferente
Passagens difíceis
Para onde seguir?

Locais pouco visitados
Formações diferenciadas
Locais abertos, ou...
Bem apertadas.
Enquanto lá fora passa um estranho veículo...
Dentro das cavernas temos uma diferente fauna.
Com belezas rupestres
Descanso no meio da caatinga. Aqui quem manda é a natureza, pois estávamos a 12 quilômetros da habitação mais próxima
Sobre este acampamento, fazendo uma comparação bem distante (e muito mais confortável) dos acampamentos dos antigos cangaceiros, posso dizer que certamente os sons da natureza são iguais
Um oásis no sertão
Um agradecimento especial ao amigo Solon Rodrigues de Almeida Netto pela sessão destas fotos
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Extraído do blog: "Tok de História" do historiógrafo
Rostand Medeiros.

NOSSO VELHO GUARDIÃO

Por: Rostand Medeiros
Photo
Nosso velho Forte

Para nós potiguares, ele é tão somente o nosso “Forte”, marco de importância histórica da criação desta terra, na ótica dos colonizadores que aqui chegaram vindos de terras portuguesas.


Na foto da década de 1950, vemos a velha Fortaleza dos Reis Magos. Marco que protege a barra do Rio Potengi, ou Rio Salgado, ou Rio Grande.

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Extraído do blog: "Tok de História" do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

Amor que virá (Poesia)

Por: Rangel Alves da Costa
Rangel Alves da Costa

Amor que virá

Da lua que desce banhando
esse silêncio de tanta recordação
ainda cedo e eu já sonhando
suave pulsar no seu coração

o afeto afaga o peito
flor adormecida em ser ausente
imensamente vazio esse leito
queimando saudade dormente

amanhã de manhã será o dia
tarde ou noite ou qualquer hora
nunca mais amargar a vida vazia
renascer para sempre agora

porque a porta logo se abrirá
e o olhar e o sorriso na face
sentimento de vida nesse retornar
fim da tristeza na paz que renasce

amor esse eterno amar
e a solidão escondendo o beijo
e tanto sofrimento fazer duvidar
se é sonho essa deusa que vejo.



Rangel Alves da Costa

Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

UM CORPO NU (COM GROSELHA E FRAMBOESA POR CIMA) (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa
Rangel Alves da Costa

UM CORPO NU (COM GROSELHA E FRAMBOESA POR CIMA)
E veio o vento voraz, ventania sedenta, passagem intencional na sua sede açoitada, alcançando o seu corpo quando espalhava a roupa no varal. Na frágua que fez, de súbito o vestido fininho, folgado, não se susteve, subiu pelas ancas, alcançou os ombros, chegou ao rosto, depois se desfez em pedaços e os retalhos de panos se espalharam pelo ar.
Fiapos pela atmosfera, restos de roupa bailando ao vento, restando apenas um corpo nu. E tudo nu pelo corpo. Como gostava de tomar banho no riachinho só com o leve vestido encobrindo suas atraentes e belas formas, naquela manhã não usava por baixo nem sutiã nem a calcinha de renda.
Completamente nua, ao invés de correr para um abrigo qualquer, colocou as mãos sobre as ditas vergonhas e gritou pedindo socorro. Ora, mas por ali, àquela hora da manhã, só estavam o passaredo, a mataria mais adiante, as árvores frutíferas e pequenos animais zanzando de lado a outro. E o vento que zunia sem querer ir logo embora.
E também um vizinho, amigo da moça desnuda, que toda manhã colhia amoras, morangos, framboesas, maçãs e groselhas para a gula dos mais ricos. Pobre rapaz, vivendo do pomar familiar, trabalhando a terra e dela tirando todo o fruto do sustento próprio e dos seus. Ela sabia que mais tarde ele chegaria para oferecer a fruta mais doce e mais bonita da manhã, porém não teve tempo nem de receber nem de saborear.
A força do vento entrecortava os rogos, mas ainda assim o jovem correu naquela direção, com o cesto dos frutos colhidos à mão, e se deparou com a nudez paradisíaca. Somente de calça, vez que não colhia frutas de vestes completas, se viu sem qualquer pano que pudesse encobrir a nudez da mocinha.
Diante da situação, com um olhar extasiado sobre o corpo e outro tentando enxergar qualquer pano que viesse como salvação, o que momentaneamente lembrou-se de fazer foi colocar o cesto de frutas ao lado dela e sair correndo, desembestado, feito cavalo a galope, em busca de qualquer cobertor para vestir a deusa da manhã.
Parecia voando, levado também pela ventania, deixando sua colheita matinal ali praticamente sem qualquer serventia. O que uma mulher completamente nua, com todas as roupas de cima levadas pelo vento safado, iria fazer para se proteger tendo ao lado apenas um cesto de vime repleto de groselhas e framboesas?
O rapaz entrou na residência apressado e foi logo tentando encontrar qualquer coisa. Sua mãe não estava em casa, não sabia onde encontrar um vestido ideal para levá-lo emprestado até que tudo se resolvesse. Contudo, enquanto procurava o dito pano um pensamento lhe tomou o juízo que quase o cegava completamente. E que pensamento estranhamento bom, inusitadamente confortante.
Como o pensamento impedia de encontrar qualquer coisa, se punha somente a imaginar como ela estaria agora sem qualquer roupa, completamente nua ao sabor do tempo e do vento, uma Eva virginal em seu paraíso. Tão bela, tão linda, tão encantadoramente feminina, e agora ali completamente nua como qualquer homem gostaria de ao menos vê-la um dia.
Estranhamente não pensou em sexo, em possuí-la, em amá-la naqueles descampados da natureza. Sua mente imaginava somente o sentido da beleza refletido naquela mulher, a perfeição das formas e a certeza de que ela era muito mais encantadora do que se imaginaria por debaixo das roupas. Contudo, quase uma imaginação inocente, pura, sem intenção qualquer de ser apelativa nem meramente sexual.
E por que não pensar em sexo, não pensar em aproveitar da situação e tentar seduzi-la por um momento? Não, já havia ouvido falar em estátuas de deusas da beleza, em ninfas da perfeição feminina e em outras entidades do amor e do erotismo, e logo lhe veio a certeza de que aquele fato, aquele corpo nu estranhamente surgido, servia apenas para confirmar a ideia da perfeição que podia ser encontrada numa mulher.
Voando em imaginários impossíveis de se descrever, voltou correndo levando na mão um jarro de flores. Mas por que um jarro de flores se a mocinha precisava mesmo era de um vestido, um pano, um lençol ou cobertor? Porque a imagem daquela deusa o havia feito perder a noção de realidade, alcançando as flores pensando ser uma vestimenta.
Mas não precisava mais. Não acreditou no que viu, mas a bela mocinha, tal qual deusa mitológica da beleza, repousava ao sol com o corpo inteiramente tomado por sucos, cascas e restos de groselhas e framboesas moídas pelas próprias mãos. Do pescoço abaixo escorria um sumo avermelhado de fruta macerada, tudo envolto num sabor estonteante de pomar matinal. E ao sol o corpo parecia uma pintura de artista apaixonado pela mais bela mulher.
E ele ainda ofereceu as flores para ela vestir.

Rangel Alves da Costa
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com