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domingo, 31 de março de 2013

Radialista Aldenor Nogueira

Por: Dr. Lima - Cruz-CE.

Meu caro Professor Mendes:

Ao ler uma matéria sua sobre o ladrão que roubou a farda da polícia em Natal, fiquei sabendo que Aldenor Nogueira era natural de Cascavel/CE e que o mesmo já havia falecido.

Aldenor Evangelista Nogueira

Eu o conheci muito, pessoalmente, era político fanático  seu programa Bazar da Alegria tinha muita audiência. 

As pessoas do interior mandavam galinha, queijo, carneiro gordo, só para ouvirem seus nomes no rádio. 

Ele gostava dos seguintes dizeres: "Moça velha é como catavento, só para quando enferruja". "Pobre é como bicicleta, se parar cai". "Vamos trabalhar devagar que ninguém é guindaste".

Abraços,
Dr. Lima
Adendo:
Dr. Lima:

Aldenor Evangelista Nogueira  era cearense de Cascavel, e nascido em 18 de agosto de 1922, mas era registrado como filho de Mossoró.

O radialista veio para Mossoró aos três anos de idade em companhia dos pais, e tornou-se um dos melhores radialistas de Mossoró. Mas nos últimos anos ele vinha enfrentando problemas cardíacos. 

Além do rádio, Aldenor Nogueira também foi vendedor de jornais, foi professor de alfabetização de adultos do Tiro de Guerra, inclusive eu fui um dos seus alunos no "TG, quando prestei meus serviços ao Exército Brasileiro.  

Além destas, ele também prestou serviços ao 2o. Batalhão de Polícia Militar, e foi subchefe do Juizado de Menores em Mossoró. Foi também vereador.

Aldenor Nogueira gerou 21 filhos – dos quais 20 ainda estão vivos entre eles, dois coronéis da  Polícia Militar: JANIO REGIS NOGUEIRA e JOÃO NOGUEIRA NETO.

Aldenor Nogueira também era ex-combatente da guerra de 1944, tendo sido promovido por merecimento, 2º. Sargento do Exército Brasileiro.

INFORMAÇÃO DESNECESSÁRIA AOS OUVINTES DA RÁDIO DIFUSORA DE MOSSORÓ

Eu sei que o senhor está lembrado daquela música, (característica), que a Rádio Difusora apresentava antes de uma notícia extra. E quando ela era tocada na emissora, todos corriam para saber o que havia acontecido.

Certa vez, Aldenor querendo que os ouvintes da emissora corressem para ouvir a primeira notícia daquela manhã,  mandou que o controlista rodasse a música de noticiários bons ou ruins.

Quando o controlista parou a música, que ele pensava que Aldenor estava trazendo um furo, vamos dizer assim, Aldenor anunciou ao ouvintes:

"-Atenção, atenção Mossoró! 
O Mercado Central de Mossoró fechará as suas portas às onze horas para os comerciantes almoçarem".

Com esse anúncio desnecessário Aldenor Nogueira levou uma bronca das danadas do Dr. Paulo Gutemberg de Noronha Costa, que era um dos sócios da emissora.

Aldenor Nogueira faleceu em Mossoró-RN, na madrugada do dia 22 de Abril de 2003.

José Mendes Pereira

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Bandoleiros, cangaceiros e matreiros: Revisão da historiografia sobre o banditismo social na América Latina Parte 1

Por: Norberto Ferreras

O Banditismo Social é uma temática recorrente nas sociedades com forte presença rural, como na América Latina. As literaturas nacionais da região apresentam referências aos tipos rurais e, entre estes, os camponeses revoltados, de forma individual ou coletiva. Entre estas duas formas de resistência, os literatos do século XIX preferiram a individual como modelo. Esses indivíduos revoltados foram a base da construção de arquétipos e, aposteriori, a base de modelos na construção da identidade nacional. Tanto o romantismo quanto o liberalismo analisaram este tipo social como a base da nacionalidade: pessoas violentas lutando contra o irreversível avanço da modernidade, identificadas com os valores patriarcais tradicionais e associadas à liberdade absoluta do bom selvagem.
  
Se analisarmos a América Latina segundo fatores étnicos, teremos que a presença das etnias autóctones pesou na hora da definição do caráter dos homens do campo. Nos locais em que predominaram os indígenas e os escravos, os brancos descendentes de espanhóis, colocaram-se como modelo, como aconteceu no México, Chile e Peru, por exemplo. Os indígenas foram menosprezados pela falta de aceitação da cultura européia. Nas regiões em que os indígenas não eram o elemento principal da população e, portanto, onde o perigo da miscigenação foi menor, o criollo americanizado foi o elemento principal na conformação de uma identidade nacional, de forma positiva ou negativa, como na Argentina.

Desde a década de 1960, as aproximações da História Social ao fenômeno do Banditismo Social estiveram fortemente marcadas pelos estudos desenvolvidos por Eric Hobsbawm. Fernand Braudel tinha feito alguns avanços nesta questão, porém, só quando Eric Hobsbawm publicou Primitive Rebels, em 1959, e Bandits em 1969, o Banditismo Social, como uma forma de resistência camponesa, passou a fazer parte do elenco temático da História Social. Este modelo de análise foi aplicado largamente a distintas realidades e situações, com maior ou menor êxito. Desde o início, este é um tema que aparece como necessariamente comparativo e não restrito a um período histórico e, outrossim, a uma determinada situação histórica.

Segundo Hobsbawm, o Banditismo Social é um fenômeno universal, dado que os camponeses teriam todos eles um modo de vida similar, definido pelo acesso direto à terra e a uma série de recursos naturais e de reciprocidades costumeiras na comunidade; por isto, o Banditismo Social não tem um período definido numa cronologia unívoca. Conforme Hobsbawm, a transição para o capitalismo agrário não acontece num momento histórico específico e depende do momento em que se produz essa transição. Nos países desenvolvidos, esta passagem aconteceu no século XVIII, enquanto nas sociedades da América Latina, no século XX. O momento em que começa o Banditismo Social pode não estar muito bem definido, mas está associado à desintegração da sociedade tribal ou à ruptura da sociedade familiar. É evidente que o Banditismo Social acaba com a difusão do capitalismo industrial e com a consolidação do Estado Nacional, estando relacionado à emergência das classes, e da luta de classes que dão uma nova orientação às lutas dos camponeses.


A análise de Hobsbawm baseia-se na existência de três tipos de bandidos: o bandido nobre, como Robin Hood; os guerrilheiros primitivos; e o vingador, como Lampião. Estas formas diferem segundo as regiões em que o Banditismo Social se desenvolveu, e que não devem ser confundidas com as práticas de comunidades que têm no crime uma forma de vida não diretamente relacionada com a transição para o capitalismo. Se os bandidos alcançam uma certa notoriedade — e em outros locais não temos registros destes grupos —, isto se deve à influência de alguns fatores, como as crises políticas e econômicas da região, as estruturas do poder local e o poder dos proprietários.

O que faz com que estes movimentos de camponeses continuem a ser mais uma das formas de expressão de descontentamento, ou se transformem em movimentos revolucionários, depende de fatores externos. Estes fatores estão relacionados com crises do tipo estruturais, que podem ser provocadas por catástrofes naturais ou por fenômenos irreversíveis, como a emergência do capitalismo. De acordo com Hobsbawm, é nestas ocasiões que o Banditismo Social pode passar a vincular-se a movimentos revolucionários, ou a aceitar a liderança de líderes revolucionários.

Outros dois elementos do modelo de Hobsbawm merecem ser lembrados. Primeiro, temos que destacar a capacidade que seu modelo tem para definir quem estava apto a integrar-se aos grupos de bandidos, o que é uma excelente análise da sociedade camponesa. Não é qualquer um que podia tornar-se um bandido. O bandido não podia ter relações familiares que o apressassem a poder ingressar nessa nova vida, e ao mesmo tempo a sua ligação familiar tinha que ser suficientemente forte para que, uma vez empreendida essa nova atividade, servisse para proteger ou favorecer seu grupo familiar. Em segundo lugar, para formular seu modelo, Hobsbawm baseou-se no folclore e nas narrativas dos feitos desses bandidos. Porém, estas narrativas apareceram reformuladas posteriormente ao desaparecimento dos bandidos, e adaptadas à novas situações.


Desde o momento em que Hobsbawm formulou a sua aproximação ao Banditismo Social, ele sofreu uma série de críticas sinalizando certas dificuldades. O primeiro a questioná-lo foi Anton Blok, especialista no assunto, que em 1972 mostrou as dificuldades existentes no modelo de Hobsbawm que pensava no banditismo como "social", e as simplificações a que foram submetidos os casos escolhidos para construir o modelo.Blok partiu das suas próprias pesquisas sobre o banditismo para dizer que Hobsbawm apelava a generalizações excessivas nas suas análises. O tipo de fontes utilizadas leva implícita uma avaliação positiva do fenômeno, romantizado pelos camponeses e por alguns pesquisadores. Outro questionamento diz respeito ao interesse pelo protesto social, antes que pelos casos em si, e desta forma acabam sendo silenciados outros aspectos da relação camponeses-bandidos, como a utilização da violência contra os camponeses. 

As fontes e o mito são centrais na análise de Hobsbawm e ambos são questionados por Blok. Blok asseverou que o Banditismo Social foi muitas vezes um banditismo anti-social, dado que os camponeses foram muitas vezes vítimas dos bandidos, preocupados primeiro em atender a seus vínculos com os poderosos locais, do que com os camponeses. O autor levantou uma agenda temática para aprofundar estes estudos, preferindo os casos ao modelo. Para isto sugeriu analisar o mundo rural como um todo, a fim de compreender as relações sociais existentes, o que tornaria mais compreensível a opção pelo banditismo. Anton Blok nos chama a atenção sobre as limitações do Banditismo Social para o desenvolvimento de formas coletivas de protesto, em virtude das possibilidades abertas às carreiras individuais.

Hobsbawm entendeu que as críticas de Blok não feriam seu modelo. De fato, em razão das críticas realizadas por Blok, Hobsbawm afirmou que o mito do Banditismo Social tinha que ser analisado, desconsiderando a base do argumento de Blok e reforçando sua posição. Hobsbawm continuou a ser a principal influência para estudos posteriores. O influxo das suas hipóteses tem se mostrado irresistível para as gerações seguintes de historiadores. Depois de alguns trabalhos que seguiram à risca as análises de Hobsbawm, apareceram algumas críticas em periódicos especializados: um destes estudos pode ser considerado como de transição, e Peter Singelmann publicou um artigo sobre cangaceirismo como Banditismo Social, que pretendia reforçar os argumentos de Hobsbawm no debate com Blok.Levantou questões próprias do modelo de Hobsbawm, principalmente no recrutamento do bandido. Mas as diferenças são importantes.


Singelmann não estava interessado no mito do Banditismo Social, mas nas implicações políticas do cangaceirismo, e para isto analisou a farta bibliografia sobre o coronelismo como sistema político e o cangaceirismo como uma forma de oposição ao mesmo. 

Simultaneamente, ele próprio estabeleceu uma continuidade entre cangaceirismo e coronelismo, como um caminho de mão dupla, fosse na rota da ascensão social, fosse no caminho à oposição política, forçado pela mudança de ventos na política nacional ou regional. 

As críticas mais fortes vieram poucos anos depois com as pesquisas de um outro grupo de historiadores. Em 1987 foi publicado nos Estados Unidos um livro que, em inglês, tinha o sugestivo título de Bandidos, em referência ao Bandits de Hobsbawm. Hobsbawm era a referência óbvia para este grupo, mesmo que fosse para interpelar as suas propostas. Richard Slatta, editor e autor, aceitou as dificuldades de lidar com o mito.Slatta na introdução apontou duas questões que mostravam uma importante diferença da proposta de Hobsbawm: as fontes e a importância das classes médias na construção do mito do banditismo. Sobre a primeira questão, este livro nos proporciona uma renovação importante, trazendo á tona o material produzi do pelas polícias regionais e pelo poder judiciário na perseguição aos bandidos. E quanto à segunda, a preocupação centrou-se nas interpretações que as classes médias urbanas fizeram do Banditismo Social.

Eric Hobsbawm

Os artigos deste livro preocuparam-se com a diversidade do Banditismo Social na América Latina, abordando os bandidos mexicanos do século dezenove, o cangaceirismo no nordeste do Brasil, o banditismo rural argentino e venezuelano, as relações entre banditismo e comunidades camponesas nos Andes. Este livro apresenta, ainda, outras aproximações como as recreações que Hollywood realizou dos bandidos e os estudos realizados pelos criminalistas latino-americanos.

Nas conclusões deste livro, Slatta afirma que é impossível falar de Banditismo Social na América Latina. Estas afirmações resultam da constatação de uma das premissas de Blok: as relações existentes entre os bandidos e as elites rurais regionais dificultam, decididamente, a possibilidade de que o bandido se torne um herói popular ou um defensor dos pobres. Slatta entende que seria preciso utilizar outra terminologia, como bandidos nas guerrilhas ou banditismo político. O banditismo, então, não seria um movimento pré-político, e sim um grupo com objetivos complexos, podendo ou não estar prontos a transformar a sociedade. Entre as motivações estariam a luta contra a opressão, mas também por benefícios pessoais. Os bandidos sociais certamente estariam interessados em si próprios, e alguns chegariam a ser aceitos novamente na sociedade civil sem maiores inconvenien tes. Os rasgos próprios do Banditismo Social, como a distribuição dos roubos entre os camponeses, seriam funcionais às necessidades dos bandidos, antes que um ato de reparação. 

Ante esses argumentos parece difícil continuar a analisar o Banditismo como Banditismo. Mas as reações à análise desse grupo de historiadores não demoraram, e as respostas geraram um intenso debate. O primeiro a se manifestar foi Gilbert Joseph, que não deixou de questionar as principais fontes desse grupo, as fontes oficiais, que acabam sendo parciais, remarcando certos aspectos do banditismo. Joseph também propôs reexaminar as relações sociais nas regiões rurais e as formas da resistência camponesa. Nem todo roubo é um ato de resistência, e ainda a resistência pode estar fora dos grupos de bandidos e em elementos do cotidiano, como pequenos furtos ou apropriações de elementos das classes proprietárias. Estas formas de luta contra os senhores locais mostram que os camponeses tiveram uma tendência ao compromisso maior do que a prevista, e que a baixa intensidade d os conflitos de classe permitem uma convivência relativamente pacífica. A proposta de Joseph retoma a necessidade de analisar o papel das classes médias na criação do mito do Banditismo Social. Ao mesmo tempo, expressa a necessidade de definir novamente o que é o Banditismo Social, em lugar de rejeitá-lo como propunha Slatta.


A resposta de Slatta e de outros foi rápida. No número seguinte da mesma revista, Slatta reafirmou as suas posições, mas admitiu a possibilidade de que os camponeses ajudassem os bandidos. Quando isto acontecia, o apoio era dado por causa das relações de parentesco, amizade ou vizinhança. Sobre a forma de definir o conceito de "Banditismo Social", Slatta optou por uma solução própria da história social, fugiu dos questionamentos foucaultianos de Joseph e partiu para o empirismo, fazendo uma análise de caso. Outro historiador que respondeu ao artigo de Joseph foi o já citado Peter Singelmann, defendendo as posições de Hobsbawm sem fazer outros aportes ou críticas a Joseph, e aparecendo mais receptivo que Slatta sobre a possibilidade de reexaminar o conceito de Banditismo Social.A tréplica de Joseph concentrou-se na necessidade de redefinir a terminologia e os conceitos aplicados à análise do Banditismo Social.

Os debates sobre esta questão não estão concluídos, porém têm sido raras as aproximações em que se tentou uma conceitualização desta temática. De alguma forma a posição de Slatta tem sido a predominante, e não só nestes estudos, a História Social parece ter privilegiado as abordagens empíricas e deixado a teoria de lado.

Continua...

Norberto O. Ferreras

Possui graduação em História - Universidad Nacional de Mar del Plata (1991),obteve o mestrado em História pela Universidade Federal Fluminense (1995) e o doutorado em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (2001). Atualmente é Vice-Presidente da Associação Nacional de História - Seção Rio de Janeiro e professor associado I da Universidade Federal Fluminense (UFF). Tem experiência na área de História, com ênfase na História da América, atuando principalmente nos seguintes temas: Argentina, América Latina, Trabalho e Trabalhadores e Movimentos Sociais. 

FONTES:
 http://www.scielo.br
Revista História - Coordenação de Pós-Graduação em História
http://wm.imguol.com/v1/blank.gif
revistahistoria@unesp.br
http://cariricangaco.blogspot.com

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sábado, 30 de março de 2013

FALECEU O COMANDANTE MEIRA

Por: Rostand Medeiros
José Rabelo Meira de Vasconcelos – 27/09/1922 – 30/03/2013

Lamentamos informar que  faleceu José Rebelo Meira de Vasconcelos, veterano piloto de caça da Força Aérea Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial. O Comandante Meira participou de 93 missões de combate nos céus da Itália.

Tive oportunidade de apertar sua mão e conversar um pouco com ele alguns anos atrás aqui em Natal. Pessoa séria, mas altamente acessível, simples, de ótimo trato e que em nenhum momento se mostrava com algum arroubo de heroísmo.

Em Natal-RN no ano de 2008

Ao lhe comentar que gostaria de escrever sobre a vida de um ex-combatente na época da guerra, elogiou a iniciativa e disse-me uma coisa que não esqueci; “Que as memórias da guerra jamais deveriam ser esquecidas, para que não se repetissem. Mas que jamais deveria ser enaltecido para tornar alguém um herói”.

Conheci alguns pracinhas da FEB que também traziam na mente o mesmo pensamento.

Quando conheci o veterano norte-americano Emil Anthony Petr, que foi navegador de radar de um bombardeiro B-24 da USAAF, que tinha a sua base na Itália, completou 39 missões de combate pela 15ª Air Force e passou oito meses prisioneiros dos nazistas, a primeira coisa que ele me pediu foi que nunca o tratasse como um herói, pois isso ele não havia sido de forma alguma. Deste encontro nasceu o nosso livro intitulado “Eu Não Sou Herói-A Biografia de Emil Petr”, lançado ano passado.

Percebi que as pessoas que participaram e vivenciaram o maio conflito da história da humanidade, conforme a idade avança, possuem o desejo que aqueles fatos sejam conhecidos, para que eles não se repitam. Mas não desejam de forma alguma serem tratados como heróis.

Reproduzo matéria do jornal O Estado de São Paulo, publicada em 25 de agosto de 2012, onde o Comandante Meira comentou sobre a sua experiência durante a Segunda Guerra Mundial.

“Se eles fossem descobertos, seriam fuzilados por alemães” – Depoimento: José Rebelo Meira de Vasconcelos, major brigadeiro da FAB e piloto de caça.

Por que alguém bota sua família em risco por um sujeito que nunca viu na vida? Meu colega foi abatido, saltou em território inimigo e ficou escondido na casa de uma família italiana. Se eles fossem descobertos, seriam fuzilados por alemães. Não consigo entender. Essa pergunta fica até hoje na minha cabeça: por que eles ajudavam? Porque o fascista não perdoava: ia a família inteira. Anos depois, a Franca, que era a jovem que cuidou do meu amigo, veio nos ver no Brasil. Nós éramos todos jovens e voluntários. Todos.

Eu era instrutor de pilotagem da Escola da Aeronáutica quando abriu o voluntariado para o 1.º Grupo de Aviação de Caça. Cumpri 93 missões durante a 2.ª Guerra Mundial. Minha primeira missão foi um passeio. Eu era o número quatro da esquadrilha. Normalmente, o mais novo era o último que mergulhava. Ia sempre atrás do seu líder. É claro que todo mundo sabia que ia levar tiro. Não podia passar pela cabeça de ninguém que você ia para um negócio daqueles (guerra) sem acontecer nada. Mas o tiro a gente não via. Você ouvia o barulho: páááááá. Não dava nenhuma sensação. Naquele momento, sua cabeça estava preocupada com a missão a realizar.

P-47 do Comandante Meira na Itália

Eu me lembro do dia em que fui atingido. Deve ter sido por uma granada de 20 mm. Num determinado momento, o comandante da esquadrilha disse: “See, atenção, vamos fazer um break para a direita de 90°”. O break era uma curva fechada porque estávamos com um campo de vida franca pela frente. Campo de vida franca era um campo de aviação. Era um terror, pois eles eram tremendamente defendidos. Esse break era justamente para sair de lá. Mas me esqueci de que havia uma pista nova nessa base e, quando acabei minha curva, vi na minha frente aquela faixa preta das explosões. Aí eu já levei uma cacetada direto – baaaannnn -, que quase joga o avião no chão. Joguei fora o tanque extra e colei no chão para voar o mais baixo possível e fugir da artilharia antiaérea. O avião (P-47) era um monstro, era uma coisa inacreditável de forte.

Eu voei no último dia da guerra. Tudo já estava praticamente decidido. Sabia-se que ia haver uma parada do alemão. Nesta missão, foram dois pilotos: eu e meu ala. A ordem era fazer reconhecimento armado, como a gente chamava, sem atirar. Só o faríamos se fôssemos alvejados pelo inimigo. Mas, na realidade, quando chegamos estava todo mundo na rua. Todos com lenço, aquela euforia maluca de que a guerra tinha acabado. Milhões de pessoas tinham ido embora, mas o resto estava salvo. Voamos baixo. A gente passava, todos faziam sinal com a mão. Foi como se fosse um 7 de setembro. / M.G. e E.F.

Extraído do blog do historiógrafo e pesquisador do cangaço:
Rostand Medeiros

http://tokdehistoria.wordpress.com/

CANGAÇO E CANGACEIROS: HISTÓRIAS E IMAGENS FOTOGRÁFICAS DO TEMPO DE LAMPIÃO

Por: Marcos Edílson de Araújo Clemente

Este trabalho analisa a relação história e fotografia em seus aspectos teóricos e metodológicos, com enfoque no cangaço da fase de Virgulino Ferreira da Silva (Lampião) entre 1926-38.


Há imagens fotográficas de Lampião e seu bando em pelo menos duas ocasiões: a primeira, em 1926, quando esteve em Juazeiro, Ceará, para encontro com Padre Cícero. 

blog.cancaonova.com

Na segunda ocasião, em 1936, o mascate Benjamim Abrahão Botto filmou Lampião e seu bando no deserto do Raso da Catarina. As fotografias mostram os cangaceiros em cenas da vida cotidiana, em poses de guerra, rezando, lendo. 

Padre Cícero e Benjamim Abraão

Tal aparato fotográfico expõe um conjunto de representações do cangaço. Duas questões são colocadas: qual o lugar da imagem fotográfica enquanto evidência histórica? Quais são os limites e as possibilidades da iconografia fotográfica do cangaço?

http://www.revistafenix.pro.br/vol13MEAClemente.php

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sexta-feira, 29 de março de 2013

Lavras da Mangabeira: Primeira parada !


E que venha a Avant Premier do Cariri Cangaço 2013 em Lavras da Mangabeira !

Com conceito de Ruy Gabriel e arte final de Douglas Vais, Lavras da Mangabeira preparou a Arte para acolher o Cariri Cangaço em maio. Para os mais atentos podemos perceber o conjunto forte de significados que compõem a logomarca "Entre Canetas e Bacamartes".

Acima o tradicional chapéu de aba virada, marca registrada do guerreiros do sol... O maravilhoso Boqueirão é a mais feliz manifestação da localização de Lavras da Mangabeira, o Bacamarte nos remete aos tempos de sua mais famosa personagem: Dona Fideralina e por fim o emblemático Rio Salgado como "caminho percorrido".

"Entre Canetas e Bacamartes" mostra a força e a habilidade dos ilustres filhos de Lavras, quando o Bacamarte do século passado foi substituído pela Caneta, pelas Letras de seus intelectuais que hoje marcam presença na Academia Cearense de Letras, com oito membros, número só inferior ao número de imortais, filhos de Fortaleza...

A toda família Lavrense, a homenagem da família Cariri Cangaço em nome dos amigos Melquíades Pinto Paiva, do Senador Almir Pinto e dos imortais: Josapha Linhares, Joel Linhares, João Climaco Bezerra, Filgueiras Lima, Linhares Filho, Joaryvar Macedo, Batista de Lima e Dimas Macedo.

NOTA CARIRI CANGAÇO: Dias 18 e 19 de Maio, o município de Lavras da Mangabeira recebe a primeira Avant Premier do Cariri Cangaço 2013, tendo a frente o prefeito Tavinho e a secretária de cultura Cristina Couto, é a certeza de um grande evento cultural, histórico e de consolidação de nossas raízes.

Postado por CARIRI CANGAÇO
http://cariricangaco.blogspot.com 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Revista Formas Edição de Março 2013


Bom dia,

Acabou de sair mais uma edição da Revista Formas.
Segue o link para leitura:


A Formas está aí mais uma vez com uma edição bem dedicada ao que temos de melhor: os projetos de ambientação e interiores, sem esquecer a multiplicidade de temas que sempre estampam nossas páginas.

Começamos com entrevista de um dos arquitetos mais comentados nos últimos meses. Ricardo Dantas é o responsável pelo projeto de dois dos três atuais estádios de futebol em construção. O outro é o Arena das Dunas.

Nas ambientações, um caprichado projeto de Cypriana Pinheiro para uma residência voltada ao mar, cercada do que há de melhor.

As arquitetas do escritório de Franzé Arquitetos elaboraram a ambientação de um apartamento de 120² amparadas no fator sobriedade e funcionalidade, sem deixar de lado o conforto.

Larissa Cardoso fornece boas dicas para montagem de um living, cheio de sofisticação e um projeto luminotécnico diferenciado.

Se você quer dar uma repaginada em uma antiga residência sem tirar dela o charme da época, Luzia Emerenciano e Mychelle Araújo mostram como se faz nas próximas páginas.

Maria Luzia Negreiros transformou um amplo apartamento em um espaço clean e ao mesmo tempo arrojado no uso de materiais modernos.

Se o seu estilo primar mais pelo conservadorismo e o gosto pelas peças clássicas, os arquitetos Anderson Costa e Patrícia Diniz dão algumas ideias de como montar sua ambientação.

Para fechar, mais uma vez contemplamos um município potiguar para mostrar suas riquezas naturais, potenciais turísticos e características peculiares. Desta vez é Patu, detentor de alguns recordes mundiais.

É isso.
Boa leitura!

Demétrius Coelho Júnior

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O CANGAÇO EM PRESENTES QUE MARCARAM AS DUAS FACES DE CONFRONTO DAQUELA ÉPOCA.

Por: João de Sousa Lima

Em minhas pesquisas e entrevistas, tenho adquirido além das informações, materiais que serão disponibilizados em um Museu que será criado em Paulo Afonso.


Confesso que o que mais me impressiona na catalogação histórica são as fotografias antigas, sou fascinado por fotos de épocas e além de fotos coleciono várias coisas, entre elas: canivetes, selos, antiguidades, moedas e outra infinidade de materiais.


Durante minha estadia em  Belo Horizonte para entrevistar os cangaceiros Moreno e Durvinha, adquiri peças e fotos antigas que eles me presentearam. 

As balas de 1930.

Das coisas que guardo com carinho em meu acervo foi um par de abotoaduras e um canivete que o cangaceiro Moreno me deu.

Canivete que guardo com carinho, verdadeira relíquia dos tempos passados.

O ex-soldado de volante Teófilo Pires do Nascimento me presenteou com balas de 1930, quando ele perseguia os cangaceiros. 

Teófilo me presenteando balas da época que ele perseguia os cangaceiros.

Essas balas estarão expostas também no Futuro  Museu, em uma ala destinada ao tema cangaço.

João e Teófilo Pires do Nascimento

São presentes que marcam e que no futuro contarão histórias de uma época que aos poucos vai perdendo seus participantes diretos. 


Dos dois amigos que me presentearam só o Teófilo ainda está vivo.

Par de abotoaduras de Moreno.

As peças guardo com cuidado e agradeço pela oportunidade de além de tê-las ter convividos com esses personagens de um tempo que marcou as páginas do meu nordeste.

Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço:
Kydelmir Dantas

DOIS ANOS DA SUA MORTE

ANTONIA MENDES PEREIRA

Hoje está completando dois anos que Antonia Mendes Pereira faleceu. 

Era filha de Manoel Mendes da Câmara e Apolinária Maria da Conceição. Natural de Mossoró, nascida no dia 22 de Janeiro de 1925.

Pedro Nél Pereira

Era esposa de Pedro Nél Pereira, ele filho de Manoel Francisco Pereira e Herculana Maria da Conceição (Primos de segundo grau).

Antonia Mendes teve 16 filhos, dos quais, 3 faleceram com idade de 1 ano de vida. 

São eles:

Nilton Mendes Pereira
Francisco Mendes Pereira - falecido - (aos 63 anos)
Eneci Mendes Pereira
Antonio Mendes Pereira
Maria das Graças Pereira
José Mendes Pereira
Luzia Mendes Pereira 
Anzelita Mendes Pereira
Maria do Carmo Mendes Pereira - falecida - (com 1 ano de vida) 
Antonio Mendes Sobrinho
Raimundo Mendes Pereira - falecido - (com 1 ano de vida)
Laete Mendes Pereira
Eliete Mendes Pereira - falecida (com 1 ano de vida)
Elizabete Mendes Pereira - falecida
Vera Lúcia Mendes Pereira
Lúcia do Carmo Mendes Pereira


Todos os filhos nasceram no Sítio São Francisco, propriedade do casal, saindo de lá, duram oito minutos de automóvel até a cidade de Mossoró

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O Cangaço no Cinema Brasileiro.



Cangaço foi um fenômeno ocorrido no nordeste brasileiro de meados do século XIX ao início  do século XX.  O  cangaço  tem  suas  origens  em  questões  sociais  e   fundiárias  do Nordeste  brasileiro,  caracterizando se  por  ações  violentas  de  grupos  ou  indivíduos isolados:  assaltavam  fazendas,  sequestravam  coronéis  (grandes  fazendeiros)  e saqueavam comboios e armazéns. Não tinham moradia fixa: viviam perambulando pelo sertão, praticando tais crimes, fugindo e se escondendo. Os  cangaceiros  conheciam  a caatinga e  o  território nordestino muito  bem,  e    por  isso era  tão  difícil  serem  capturados  pelas  autoridades.  Estavam  sempre  preparados  para enfrentar todo o tipo de situação. Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimento, rotas de fuga e lugares de difícil acesso. Consta que o primeiro cangaceiro teria sido o "Cabeleira" (José Gomes), líder nascido em Glória do Goitá - cidade da zona da mata pernambucana - em 1751, que aterrorizou a região, inclusive, Recife. Mas foi somente no final do século XIX que o cangaço ganhou força e prestígio, principalmente com "Antônio Silvino”, "Lampião" e "Corisco O  cangaceiro  mais  famoso  foi  Virgulino  Ferreira  da  Silva,  o  Lampião, denominado  Senhor do Sertão" e também "O Rei do Cangaço". Atuou durante as décadas de 20 e 30 em praticamente todos os estados do Nordeste brasileiro. O Nordeste sempre teve uma forte presença na cultura brasileira em todos os ramos da arte, e no cinema não poderia ser diferente. Se os americanos possuem seus westerns imortalizados pela figura do cowboy, o Nordeste do Brasil possui os cangaceiros, tema que há muito tempo faz parte do cenário cinematográfico brasileiro, tendo se tornado um gênero bastante singular no cinema nacional, conhecido como a "versão tropical do western americano".O cangaço foi retratado no cinema brasileiro em várias épocas e de diversas formas. Desde a década de 20 a temática fascina cineastas e espectadores. Até o momento, há cerca de 50 filmes sobre o assunto, entre curtas, médias e longas-metragens, documentários e ficções.

OS PRIMÓRDIOS-

1925 - Filho sem Mãe - Tancredo SEABRA. (Filme Desaparecido)- 
1926 - Sangue de Irmão - Jota Soares. (Filme Desaparecido)- 
1927 - Lampião: o Banditismo no Nordeste - Autor Desconhecido. (Filme Desaparecido)- 
1930 - Lampião, a Fera do Nordeste - Guilherme Gáudio. (Filme Desaparecido)-
1936 - Lampião, o Rei do Cangaço - Benjamin Abrahão Lampião, o Rei do Cangaço é, certamente, o filme mais importante desse período e um dos mais significativos para o   gênero, sendo um documento chave para a compreensão   antropológica do cangaço e um registro histórico no cinema   brasileiro.

 “NORDESTERN”-

1950 - Lampião, o Rei do Cangaço - Fouad Anderaos. (Filme Desaparecido)-
1953 - O Cangaceiro - Lima Barreto.- 
1960 - A Morte Comanda o Cangaço - Carlos Coimbra.- 
1962 - Três Cabras de Lampião - Aurélio Teixeira.- 
1962 - Nordeste Sangrento - Wilson Silva.- 
1962 - Lampião, o Rei do Cangaço - Carlos Coimbra.- 
1963 - O Cabeleira - Milton Amaral. (Filme Desaparecido)- 
1965 - Entre o Amor e o Cangaço - Aurélio Teixeira. (Filme Desaparecido)- 
1966 - Riacho do Sangue - Fernando de Barros.- 
1967 - Cangaceiros de Lampião - Carlos Coimbra.- 
1968 - Maria Bonita, Rainha do Cangaço - Miguel Borges. (Filme Desaparecido)
1969 - O Cangaceiro Sanguinário - Osvaldo de Oliveira. (Boca do Lixo)- 
1969 - O Cangaceiro sem Deus - Osvaldo de Oliveira. (Boca do Lixo)- 
1969 - Meu Nome é Lampião - Mozael Silveira.- 
1969 - Corisco, o Diabo Loiro - Carlos Coimbra.- 
1969 - Quelé do Pajeú - Anselmo Duarte. (Filme Desaparecido)- 
1970 - A Vingança dos Doze - Marcos Faria.- 
1971 - Faustão - Eduardo Coutinho.- 
1971 - O Último Cangaceiro - Carlos Mergulhão. (Filme Desaparecido)- 
1972 - Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro - William Cobbett.- 
1974 - O Leão do Norte - Carlos Del Pino. (Filme Desaparecido)- 
1978 - Os Cangaceiros do Vale da Morte - Apollo Monteiro. (Filme Desaparecido)- 
1980 - O Cangaceiro do Diabo - Tião Valadares.

COMÉDIAS- 

1955 - O Primo do Cangaceiro - Mário Brasini.- 
1961 - Os Três Cangaceiros - Victor Lima.- 
1963 - O Lamparina - Glauco Mirko Laurelli.- 
1969 - Deu a Louca no Cangaço - Nelson Teixeira Mendes/Fauzi Mansur. (Filme Desaparecido)-
1977 - Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros - Mozael Silveira.- 
1983 - O Cangaceiro Trapalhão - Daniel Filho.

PORNOCHANCHADAS

 1974 - As Cangaceiras Eróticas - Roberto Mauro. (Pornochanchada)- 
1976 - A Ilha das Cangaceiras Virgens - Roberto Mauro. (Pornochanchada)- 
1976 - Kung-fu contra as Bonecas - Adriano Stuart. (Pornochanchada)- 

 DOCUMENTÁRIOS-

1959 - Lampião (o Rei do Cangaço) - Al Ghiu.-
1964 - Memória do Cangaço - Paulo Gil Soares.- 
1975 - O Último Dia de Lampião - Maurice Capovilla. (Docudrama)- 
1976 - A Mulher no Cangaço - Hermano Penna. (Docudrama)- 
1977 - No Raso da Catarina - Hermano Penna. (Docudrama) (FilmeDesaparecido)- 
1982 - A Musa do Cangaço - José Umberto Dias. (Curta)

CINEMA NOVO O CANGAÇO DE GLAUBER ROCHA

1964 - Deus e o Diabo na Terra do Sol - Glauber Rocha.- 
1969 - O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro - Glauber Rocha.

CINEMA RETOMADA (releituras)

1994 – A Cidade de 4 Torres – Alberto Sales. Curta que faz referencia a derrota de Lampião em Mossoró, a 13 de junho de 1927.
1996 - Corisco e Dadá - Rosemberg Cariry.
1997 - Baile Perfumado - Paulo Caldas/Lírio Ferreira.
1997 - O Cangaceiro - Aníbal Massaíni Neto O filme foi gravado no  Vargem Grande do Sul,  povoado de Pão de Açúcar,  interior do estado de  município de Poção no  São Paulo.  a paisagem da  cidade se parecia muito  com a nordestina FICHA TÉCNICA Título Original: O Cangaceiro - Diretor: Lima Barreto Gênero: Aventura - Elenco: Alberto Ruschel, Marisa Prado, Milton  Tempo de Duração: 110min. Ribeiro, Vanja Orico, Ricardo Campos, Galileu  Ano de Lançamento (Brasil): 1997Garcia, João Batista Giotto Direção: Anibal Massaini Neto Produção: Aníbal Massaini Netto Argumento: Lima Barreto Roteiro: Lima Barreto, Raquel de Queiroz  Roteiro: Antônio Carlos Fontoura(diálogos) Adaptação: Galileu Garcia, Anthony Foutz e Carlos Fotografia: Chick Fowle CoimbraTrilha Sonora: Gabriel Migliori Produção: Anibal Massaini Neto Duração: 105 min. Produtor Associado: Alexandre Adamiu Ano: 1953 Direção de Produção: Ary Fernandes País: Brasil Co-produção: Cinearte Produções Cinematográficas e Gênero: Drama Ramona Constellacion e Film Company Cor: Preto e Branco Vicente Salvia Distribuidora: Columbia Pictures Sonografia: Juarez Dagoberto da CostaEstúdio: Companhia Cinematográfica Vera Cruz Fotografia: Cláudio Portiolli Direção Artística: Carybé Maquiagem: Victor Merinow Montagem: Luiz Elias

BIBLIOGRAFIA: 
·         
 CAETANO, Maria do Rosário. Cangaço: o Nordestern do cinema brasileiro. Brasília: Avatar Soluções Gráficas, 2005.
GOMES, Paulo Emílio Sales. Cinema: Trajetória e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.
         MIRANDA, Luiz Felipe e RAMOS, Fernão - Enciclopédia do Cinema
·         OLIVEIRA, Adriano Messias de. O cangaço no Brasileiro. São Paulo: Senac, 2004.cinema brasileiro dos anos 90: um certo olhar sobre nossa identidade cultural. Belo Horizonte: UFMG, 2001 (História, Dissertação de mestrado).
         QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. Os cangaceiros. São Paulo: Duas Cidades, 1977.
        SOUZA, Marcelo Dídimo. O Cangaço no Cinema Brasileiro. São Paulo: UNICAMP, 2007 (Instituto de Artes, Tese de doutorado em Multimeios). :VIANA, Nildo  Jornal Opção, 19 jul. 2006. Disponível em: 28/06/2010. 

Enviado pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
 Kydelmir Dantas
http://blogdomendesemendes.blogspot.com