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sexta-feira, 31 de março de 2017

SBEC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS DO CANGAÇO


O Presidente da SBEC-Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, Prof. Benedito Vasconcelos Mendes, esteve hoje pela manhã (31-3-2017) com o conceituado e dinâmico Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações dos 90 Anos da Defesa de Mossoró do bando de Lampião, Magistrado Breno Valério Fausto de Medeiros, para trocar ideias sobre a programação a ser desenvolvida no próximo dia 13 de junho (terça-feira). A programação ainda está sendo discutida pelos membros da referida comissão organizadora, mas deverá contemplar três momentos: 1. Lançamento da Revista Oeste do ICOP, com artigos sobre o Cangaço, 2. Entrega dos prêmios aos 10 Artistas Plásticos classificados com seus quadros sobre cangaço (Exposição de Pinturas sobre o tema cangaço, que será organizada pela Professora Isaura Amélia de Sousa Rosado- Presidente da Fundação José Augusto ) e 3. Júri Simulado do Cangaceiro Jararaca. Os locais, horários e outros detalhes desta programação ainda estão sendo discutidos pelo Dr. Breno e sua equipe de notáveis mossoroenses, que estão encarregados das homenagens aos heróis, que com destemor e amor à nossa terra, com armas em punho, enfrentaram Lampião e seu bando de criminosos, para defender a nossa cidade. Mossoró saberá cultuar a memória de seus heróis, que naquela apavorante tarde chuvosa do dia 13 de junho de 1927, não se acovardaram e enfrentaram com brio e coragem a luta em defesa da nossa cidadela. Bendito seja teu povo, ó gloriosa Mossoró, que soube escrever esta página de heroísmo, para servir de exemplo e orgulho às futuras gerações. O nosso herói maior, Prefeito Rodolfo Fernandes de Oliveira Martins, juntamente com os outros 150 heróis, que arriscaram suas vidas para defender nossa Cidade, receberão dos atuais mossoroenses a estima, a admiração e o respeito merecidos.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Serviço
“O Sertão Anárquico de Lampião” (de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016)
Valor do livro: R$ 50,00 (Frete fixo: R$ 5,00)

Através do e-mail:
Informações: Luiz Serra – (61) 99995-8402 
Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563
franpelima@bol.com.br

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AIÓ, FARINHA SECA E RAPADURA

*Rangel Alves da Costa

Segundo Clenaldo, amigo radialista e viajante dos quatro cantos, o sertão possui especificidades que não podem ser esquecidas. E diz ainda que sertanejo autêntico é aquele que teve como sua primeira escola o campo, que também aprendeu a escrita do cabo da enxada e que teve o pirilampo como brinquedo favorito. Sertanejo pra valer já armou pedra de queixo, pegou preá e mocó, foi atrás de rolinha fogo-pagô, cavou peba nos tabuleiros, tirou enxu nas moitas das capoeiras. Sertanejo de vera é aquele que passou pelas mãos de benzedeira procurando desapartar de olhado, papeira, dor de dente, bucho inchado e espinhela caída.

Mas há muito mais. Sertanejo de vera enterra a melancia até que ela perca o calor do sol até o ponto de ser cortada ali mesmo no meio da roça. Leva na cuia, enrolada em pano, o de comer para suportar as durezas da lida. Vai tirar leite da vaquinha já levando prato de estanho ou caneca com tiquinho de farinha. Uma gostosura quando o leite quentinho desce espumando e é logo mexido e comido em papa rala. Leva no prato um tantinho de açúcar e desmancha por cima o melão coalhada. Ou enche o chapéu de araçá madurinho e depois se ajeita debaixo de sombreado umbuzeiro.

Farinha seca e rapadura, eis os mantimentos indispensáveis ao aió, alforje ou embornal do autêntico caçador sertanejo. Ao menos de antigamente, pois hoje praticamente não há mais caça nem caçador. As queimadas, devastações e destruição da natureza acabaram também com os bichos. O preá, por exemplo, que chegava a infestar em determinadas ocasiões, agora sumiu de vez.

Mas ainda há quem se arrisque a adentrar no que resta de mataria, principalmente em torno dos tufos, macambiras e locas das pedras grandes, pronto para disparar a espingarda de chumbo socado em qualquer rastejante que encontrar. Faz isso por necessidade, ainda sai em caçada na esperança de levar pra casa qualquer coisa que ao menos engane a fome da filharada.

Noutros tempos era muito diferente. A caça fazia parte da sobrevivência do sertanejo e na catinga sempre encontrava o alimento tão importante. Não fazia por esporte, por brincadeira ou no intuito de dizimar qualquer espécie, mas por pura necessidade. Em época de estiagem grande, com a voracidade do sol devorando tudo, não havia outra saída senão buscar no mato a mistura da farinha seca.


Por isso mesmo que a caçada era uma prática tão constante, vez que também tão frequente a falta comida de feira no fogão de lenha. E caçadas que duravam dias, até uma semana inteira com o velho rastejador no encalço da carne gorda, do bicho farto. Voltava trazendo veados, caititus, codornas, nambus, preás, cágados, teiús e muitos outros bichos ainda abundantes nas caatingas sertanejas. Mas hoje tudo diferente.

Nos descampados sertanejos de agora não há mais mato nem bicho. O calango corre de canto a outro, descendo e subindo pedra, porque não encontra mais uma boa sombra de mato. Passarinho não encontra galhagem nem para o voo nem para o ninho. Cágado se entoca de ninguém mais encontrar. Até mesmo cobra desapareceu debaixo das pedras e das beiras de estradas.

Por consequência, quando a seca vem esturricando tudo e na dispensa do pobre não resta mais nada para iludir barriga, só mesmo o desespero para fazer com que o sertanejo decida arriscar uma caçada. Quando resolve partir, então se prepara como faziam os velhos caçadores de outrora, do mesmo jeitinho. Lançam mão da espingarda, da indumentária própria para enfrentar tocos de paus e espinhos, guarnecem o velho cantil e jogam nas costas o saco para colocar a caça e cruzando o peito o aió, o alforje ou o embornal. E chama o velho e magro cachorro perdigueiro, farejador, caçador nato.

Também o alimento que leva é o mesmo de outros tempos, pois sempre a farinha seca e a rapadura, e esta bem embrulhada em sacola plástica pra não se derreter inteira no calorão da caatinga. Um ou outro ainda consegue levar um pedaço de carne seca ou pedaço de queijo, mas já é luxo demais pra quem vai caçar porque a comida escasseou de vez no fundo da panela. Assim, a farinha seca com rapadura sempre consistindo na amizade inseparável do homem da terra.

A farinha seca com rapadura continua sendo o sustento de muito sertanejo na sua lide no mundo. Contudo, se for caçador, só sendo doido para entrar na vereda sem levar um pedaço de fumo e meia garrafa de cachaça. Sua parte também levava, mas não podia esquecer de jeito nenhum a oferenda para os seres encantados da natureza. Assim, ao colocar o pé por cima do espinho, na primeira pedra grande que encontrasse tinha que deixar o presente para a caipora. Para esta o fumo e para outros a cachaça.

E ai de esquecer. Mais adiante vai levar uma surra tão grande que após desacordar e levantar moído, ainda vai ficar amalucado e sem saber o caminho de volta. Coisas do sertão, coisas do meu sertão!

Escritor
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UMA FOTO SENSACIONAL...! LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA GROTA

Por Voltaseca Volta
FOTO: Cortesia Dr. Antônio Amaury.

Na foto, acima, vê-se o majestoso Rio S. Francisco dividindo os Estados de Alagoas e Sergipe. No fundo da foto temos, mais ou menos, a localização da Grota do Angico-SE, apontada por uma SETA, local onde foram abatidos em 28 de julho de 1938, LAMPIÃO e mais 10 cangaceiros, pela volante do Tenente João Bezerra da Silva. 

Também, se visualiza o Restaurante ANGICO, que fica na margem do Rio e, que atrás do mesmo tem a TRILHA ORIGINAL que foi por onde a volante, o Tenente João Bezerra e seus comandados subiram para dizimar o rei do cangaço e seus asseclas. 

Observa-se, ainda, pela topografia do local, que o ESCONDERIJO DE LAMPIÃO, ficava em um riacho que corria entre dois morros. Logo, no cerco do Tenente João Bezerra, só não morreu todo mundo, porque o cerco não se completou e, um soldado (ABDON), iniciou o tiroteio antes da ordem final do seu chefe.

Existiam em torno de 36 cangaceiros no coito na hora do ataque, ou seja, 5 h. Desses, em torno de 25 escaparam subindo a parte de trás do morro, em meio aos, xique-xique, mandacarú, jurema preta, gravatá e outras bromeliáceas.

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A DITADURA MILITAR NAS REFLEXÕES DE UM SACERDOTE CATÓLICO (PARTE II) PADRE MANOEL VIEIRA GUIMARÃES


A Ditadura Militar nas reflexões de um sacerdote católico (Parte II)

Padre Manoel Vieira Guimarães

Muita reação ontem e hoje com relação à postagem que eu fiz sobre a Ditadura Militar e a defesa que alguns fazem, defendendo-a como solução para o nosso problema político atual.

Uma das "justificativas" foi a luta armada que surgiu como única alternativa para se retornar ao Estado de Direito. Houve, de fato, sequestros, morte, terror. Não foi a melhor saída. Mas para muitos era a única maneira de enfrentar a truculência dos militares. Eu, pelo menos, prefiro as vias pacíficas.

Muitos padres, bispos, freiras e agentes de Pastoral foram chamados de "Comunistas". Nem o Papa Paulo VI escapou.

Nos 50 Anos da sua Encíclica “Populorum Progressio”, Gianni Valente, no dia 26/03/2017 escreveu:

"Com a linguagem da teologia católica mais consolidada, Paulo VI também

• encara a possibilidade histórica de que a raiva pela injustiça e pela exploração possa provocar insurreições violentas: a avareza obstinada dos ricos não poderá senão suscitar “o julgamento de Deus e a cólera dos pobres, com consequências imprevisíveis” (n.49).

• A insurreição armada, embora indicada como fonte de novas injustiças e ruínas, é justificada “no caso de uma ditadura prolongada que atente gravemente contra os direitos fundamentais da pessoa e prejudique de forma perigosa o bem comum do país”.

A mesma possibilidade já tinha sido reconhecida e justificada, nos mesmos termos, por São Tomás na Summa Theologica.

Assim, citando São Tomás e os Padres da Igreja, Paulo VI quebrava o dogma cultural dos tempos modernos segundo o qual a defesa da Tradição, na Igreja, deveria coincidir necessariamente com uma visão cultural e política “de direita”. O Papa lombardo repetia que a preferência pelo pobre, até nas suas consequências “subversivas”, é uma escolha de Deus, inscrita no mistério da sua predileção".

O problema é que muita gente chama qualquer um de "comunista" e com um sentido fortemente pejorativo.

Aconselho, então, a antes de falar e escrever sobre este assunto, se informar primeiro.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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SANTUÁRIO SANTA CLARA - MOSSORÓ - RN - PAIXÃO DE CRISTO 2017


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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HOJE NA HISTÓRIA DE MOSSORÓ

Por Geraldo Maia do Nascimento

Em 27 de março de 2012 era inaugurada a Escola de Artes de Mossoró, localizada no antigo prédio do Ginásio Municipal Joaquim da Silveira Borges. 


A inauguração aconteceu no dia 27 de março porque nesse dia é comemorado também o Dia Mundial do Teatro.

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fontes:
http://www.blogdogemaia.com

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ATENÇÃO!


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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TIROS, BALAS, RAJADAS, MARCAS NAS PEDRAS DA GROTA DO ANGICO, LOCAL DA MORTE DE LAMPIÃO.

Por Voltaseca

É muito comum o visitante ir até esse local, e, não visualizar as  marcas nas pedras deixadas pelas balas deflagradas pelos cangaceiros e policiais volantes.


É importante ter um bom sentido de observação. A primeira vez que fui ali, não percebi quase nada. 


Da segunda, já me deparei com alguns resquícios deixados por aquela grande batalha...e, nas demais ocasiões em que voltei àquele local, já pude perceber, além das marcas, a vegetação nativa da época do embate, com grandes árvores e diâmetros compatíveis com a temporalidade do fato.



Acima, algumas FOTOS, que registram as marcas de balas deflagadas 80 anos atrás... CONFIRA...!

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?fref=ts

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A DITADURA MILITAR NAS REFLEXÕES DE UM SACERDOTE CATÓLICO PADRE MANOEL VIEIRA GUIMARÃES


Fico entre triste e assustado quando vejo alguém defender a Ditadura Militar que se instalou no Brasil em 1964, com o simplório argumento de que naquela época não havia corrupção, nem roubo... Que o Brasil vivia às mil maravilhas, que até hoje não há ninguém prejudicado pelos “doces e gentis” militares e desejam ardentemente sua volta.

Bom, só para refrescar a memória deste povo e a título de contribuição para a reflexão de quem quiser:

1. Havia roubo e corrupção, sim. Só que não eram (e não poderiam ser) divulgados porque a Imprensa estava sob censura.

2. O “milagre econômico” foi uma farsa e todo mundo sabe disso.

3. A Educação talvez tenha sido o setor mais prejudicado. O grande Pedagogo pernambucano Paulo Freire, admirado e reconhecido no mundo todo, foi preso e depois exilado, por ter criado um método eficaz de alfabetização de adultos.

4. A cultura foi castrada... grandes nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque de Hollanda, entre outros, foram para o Exílio.

5. Todos os espetáculos eram censurados. Em 1974 eu estava em cartaz no Rio de Janeiro com a peça “A motocicleta na névoa”, com o Grupo Teia e nas vésperas da estreia tivemos que apresentar o espetáculo para os censores, que cortaram várias falas consideradas por eles como subversivas. Resultado: o texto foi prejudicado/mutilado e já não havia mais tempo para se consertar. Tivemos que apresentar assim mesmo.

6. Muitas pessoas foram presas injustamente e barbaramente torturadas. Colocaram uma freira nua, numa cela podre e puseram sobre o corpo dela: lacraias, escorpiões e cobras. O irmão de uma amiga minha que fazia Odontologia em Natal, foi preso, amarrado com correntes e levado de avião para Recife. Em alto mar jogaram-no amarrado. Em Recife Cajá, da Pastoral da Juventude do Meio Popular foi preso e brutalmente torturado... Na mesma cidade Pe. Henrique, que também trabalhava com jovens, foi preso, torturado e morto. Só para citar alguns casos que eu conheci de perto. Aqui em Mossoró tivemos o caso emblemático de Anatália Melo. Quem quiser saber de mais casos como estes procure ler o Dossiê “Brasil Nunca Mais”, organizado pelo Cardeal D. Evaristo Arns, de S. Paulo.

7. E o que dizer das mães e pais que até hoje não sabem do paradeiro dos seus filhos, cujos corpos “sumiram”? 

São tantas e tão desumanas as crueldades praticadas por eles que fico besta quando querem inocentá-los. Os ditadores podem até ter saído do poder pobres... mas isso não os inocenta dos outros crimes que praticaram: prisões arbitrárias, torturas e mortes de inúmeros inocentes.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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VALORIZANDO À CULTURA MOSSOROENSE RICARDO ALFREDO DE SOUZA

Por Franci Dantas

"Precisamos do Cristo da cruz e não da cruz do Cristo"

- Teólogo Ricardo Alfredo -

Professor - Escritor - Teólogo - Bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi - Graduação em licenciatura plena em Ciências da Religião pelo Instituto Superior de Teologia Aplicada - Bacharel em Teologia pelo Instituto Superior de Teologia Aplicada - Graduação em Ciências físicas e biológicas pela UERN (Universidade Estadual do Rio Grande do Norte) - Especialista em Psicopedagogia, Ensino da Matemática, Geografia e meio Ambiente - Mestre em Teologia pela Universidade Evangélica Del Paraguai - Autor das crônicas "Reflexões Teológicas" (Jornal O Mossoroense) - Medalha de Mérito Educacional "Prof. Solon Moura" (Câmara Municipal de Mossoró) - Medalha do Mérito Cultural " Vingt-un Rosado" (Câmara Municipal de Mossoró)

FORMAÇÃO COMPLEMENTAR

- Programa Parâmetros Curriculares Nacionais em Ação (Prefeitura de Mossoró - G.E.E.D.)

- Formação integrada (Rede Pitágoras)

- Extensão universitária em prevenção do uso de drogas para educadores (Universidade de Brasília)

Acadêmico da AMOL (Academia Mossoroense de Letras) - Acadêmico da ACJUS (Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró) - Acadêmico da Academia Maçônica de Letras (AMLERN) - Sócio da ASCRIM (Associação dos Escritores Mossoroenses)

Professor, escritor, teólogo e Bacharel em Direito Ricardo Alfredo

Artista plástica, geógrafa (aluna egressa do Curso de Geografia do Campus Central da UERN) e escritora Franci Dantas 

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

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PAZ PARA AS CABEÇAS de LAMPIÃO e MARIA BONITA...!

Por Voltaseca 

Após as suas mortes em 28 de julho de 1938 na Grota do Angico-SE pela volante do Ten. João Bezerra, as cabeças do famoso casal de cangaceiros foram separadas do corpo e, enviadas para serem examinadas em Maceió, pelo legista Dr. Lages Filho. Após os exames, seguiram para a Faculdade de Odontologia de Salvador e, depois, ficaram expostas no Museu Estácio de Lima, por cerca de 30 anos. Em fevereiro de 1969, após muitos protestos dos familiares; interferências políticas e clamor público, foram as mesmas enterradas no cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador. Abaixo, FOTO do local.

(fonte: O Globo), onde ficaram guardadas as respectivas cabeças... Posteriormente, foram EXUMADAS, mas, ai, já é uma outra história.

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LANÇAMENTO DA COLETÂNEA "NOVOS CONTOS POTIGUARES


A CJA Edições e o escritor Thiago Jefferson Galdino convidam para o lançamento da coletânea "Novos contos potiguares", no estande da editora, durante a FEIRA DO LIVRO DA COOPERATIVA CULTURAL - 2017, no Centro de Convivência da UFRN, no dia 05 de abril de 2017, à partir das 11:00, conforme convite em anexo.

Att.,

Thiago Galdino
Escritor - sócio efetivo do ICOP.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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A CARTUCHEIRA DE CINTURA, O LOCAL ONDE UMA DAS BALAS ATINGIU LAMPIÃO E, O APITO INGLÊS...

Por Voltaseca 

Na foto, observar que a cartucheira está com a posição invertida. - Fonte da foto: Jornal A Noite.


O rei do cangaço no combate de Angico-SE, em (28-7-1938), sofreu 03 tiros. Um deles atingiu a região do baixo ventre (pegou na cartucheira, conforme se visualiza na foto, abaixo). Outro tiro se alojou, em cima do peito esquerdo (próximo/ coração), e, um terceiro tiro, foi dado quando o bandoleiro já estava caído ao solo, nos estertores da morte. Esse último tiro foi dado pelo policial PANTA DE GODOY e, atingiu o rosto do bandoleiro, tendo saído o projétil na calota craniana. 


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A PLATINA DO ‘CAPITÃO LAMPEÃO’


Na época dos ‘Revoltosos’, ação da coluna Prestes em campanha pelo Brasil afora, foi criado em diversos lugares os Batalhões Patrióticos para enfrentarem a coluna.

Apesar do nome histórico, essa coluna era comandada por Luís Carlos Prestes, Isidoro dias Lopes e Siqueira Campos, ficando conhecidos na história, conhecidos na época, como "Os Revoltosos". Que queriam fazer com que a população rural os apoiasse para irem de encontro ao governo federal. O Presidente da República, na época, era Arthur Bernardes.

“(...)No ano de 1925, o então presidente da República Arthur Bernardes idealizou um plano para derrotar os componentes de uma coluna de oficiais rebelados do Exército Brasileiro, que percorriam os sertões na esperança de insuflar a massa com o seu exemplo de luta, derrubar o presidente e alterar a ordem vigente na nação. Comandados por Luís Carlos Prestes, Isidoro dias Lopes, Siqueira Campos, eram conhecidos na época como Revoltosos(...).” (Tokdehistória.com)

Quando, no ano seguinte, 1926, a coluna, vindo pelo Piauí, entra no Estado do Ceará, são tomadas providências para contê-la. Havia um médico baiano, Floro Bartolomeu, que na sedição do Juazeiro do Norte, fez parelha com ‘meu Padim”, e conseguiram derrubar o então governador, presidente, do Ceará, Franco Rabelo. Isso com a ajuda do governo federal, que ficando neutro, ajudou aos jagunços liderados por Floro a mando do Padre Cícero. Na época dos ‘Revoltosos’ na região Nordeste, Floro era deputado federal pelo Ceará, e Artur Bernardes, o Presidente da República, envia certa quantia para que fosse formada uma ‘proteção’ contra a coluna. São criados então, os Batalhões Patrióticos do Exército brasileiro. No Juazeiro do Norte, Floro funda o BP e começa a buscar pessoas para que se forma-se o contigente necessário.


“(...)Floro procura o Padre Cícero, carismático prefeito e religioso de Juazeiro, e, com uma dinheirama vinda do Rio de janeiro, organizam os chamados Batalhões Patrióticos. Eram mais de mil homens com uniformes de brim azul-celeste e munidos de modernos fuzis privativos das forças armadas. Foram passados em revista pelo Padre Cícero em 9 de janeiro de 1926 e saíram ao encalço dos revoltosos(...).”(B.C.)

Sem instruções necessárias, sem costumes com o terreno onde se deu os confrontos, se se deram, os Revoltosos, mais aptos a guerra de guerrilha, saem fácil dos cercos colocados pelos homens do BT. Além disso, tinha a Caatinga, grande inimiga daquele que a penetra sem a respeitá-la.

Floro pede ao governo federal para que envie o restante do dinheiro para que se contrate mais gente. Como sempre, o prometido pelo governo federal não fora cumprido. Floro está quase sem saída quando chega junto ao Padre Cícero e conversando lhe conta a ideia de contratarem cangaceiros para que combatessem Prestes. Aceito a ideia, Padim Ciço, que já havia colocado suas mãos protegendo a família Ferreira naquela cidade, escreve uma carta, assina e envia para que Lampião comparecesse ao Juazeiro do Norte afim de fazer parte do BT.

(...) Desesperado, o Floro pede mais dinheiro ao governo e amplia a já amalucada ideia de Arthur Bernardes. Ele envia um portador com uma carta do padre destinada a ninguém menos que Virgulino Ferreira da Silva, o famigerado Lampião. Ele estava sendo convocado para uma “Guerra Santa”.

No início desconfiado, Lampião acabou aceitando o convite do seu “Padim Ciço”, o homem a quem ele devotava confiança cega e que aparentemente, protegia os seus familiares há algum tempo de vinganças.

Virgulino partiu para o Juazeiro(...).” (B.C.)

No dia 4 de março de 1926, encontra-se em Juazeiro do Norte, Lampião e Padre Cícero. Floro, nesse meio termo, adquirira uma doença e fora para a Capital do País, Rio de Janeiro, afim de tratar-se. Não tendo como, foi a óbito naquela cidade. O ‘meu Padim’ se aperta quando ver diante da população Lampião com sua cabroeira. Não tendo como ele inscrever, ou inscrever Virgolino Ferreira no BT, dando-lhe a devida patente acordada, chama um funcionário Público Federal, do Ministério da Agricultura, Pedro de Albuquerque Uchôa.

O Funcionário é trazido por jagunços à presença das duas lideranças, e o Sacerdote lhe diz o que tem que fazer:

(...)“- Aqui está o capitão Virgulino Ferreira. Ele não é mais bandido. Veio com cinquenta e dois homens para combater os revoltosos e vai ser promovido a capitão. Olhe, o senhor vai fazer a patente de capitão do Sr. Virgulino Ferreira e a de tenente do seu irmão”(...).” (B.C.)

A partir daí, se a patente fora válida ou não, sabemos é que o bando de cangaceiros recebe fardamento, armas e munição exclusiva do Exército Brasileiro.


Pois bem, anos mais tarde, após a morte do famigerado bandoleiro em 28 de julho de 1938, é mostrado pelo jornal “A Noite”, em sua edição do dia 6 de agosto de 1938, a Platina de Lampeão. Uma espécie de distintivo, dragona ou como queiram chamar, da patente de “Capitão do Batalhão Patriótico do Exército Brasileiro”, que fora encontrada em seus despojos, na grota do riacho Angico onde fora abatido.

Foto A Noite

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"O VELHO TESTAMENTO SEGUNDO ZÉ LIMEIRA".

Por Arievaldo Viana

"O Velho Testamento Segundo Zé Limeira" é mais um lançamento da Cordelaria Flor da Serra, na Bienal Internacional do Livro do Ceará e ocorrerá às 17 horas do dia 15 de abril na Praça do Cordel, ambiente de expressão da poesia popular na Bienal. O autor desse hilário e primoroso texto é Arievaldo Viana, um dos maiores nomes da poesia popular contemporânea do Brasil, e a capa é inspirada em uma xilogravura do Mestre José Costa Leite.

Zé Limeira, o poeta do absurdo, tornou-se lenda, um mito cujos versos anda de boca em boca, fazendo com que o poeta sobreviva ao tempo. Segundo alguns, Zé Limeira não existiu, foi tão somente uma bela criação do escritor e jornalista pernambucano, Orlando Tejo. No entanto, outros afirmam categoricamente a existência do poeta. 

Essa polêmica, ao invés de diminuir, aumenta a popularidade desse Bardo sertanejo. A sua obra, ou atribuída a ele é de um humor refinado e por isso sobrevive ao tempo. Seguindo a trilha dessa verve surreal, O poeta Arievaldo Viana escreveu esse cordel, que tem todos os ingredientes para se transformar em mais um clássico da nossa poesia de gracejo.

Saboreie algumas estrofes dessa obra e para ler o texto completo, faça seu pedido para a cordelaria Flor da Serra pelo E-mail cordelariaflordaserra@gmail.com ou pelo WhatsApp (085) 9.99569091.


Quando Adão andava nu
E mamãe Eva pelada
Veio uma cobra safada
Da espécie surucucu
Dançando um maracatu
Mazurca, xote e xaxado
Mostrando-lhe um fruto invocado,
Dizendo: - Passe no dente!
Eva escutou a serpente
E inventou o pecado.
.
O criador suspeitando
Ficou muito aborrecido
Chamou Eva e seu marido
E foi logo interrogando:
Alguém andou lhes tentando?
Eva disse: - Foi a cobra!
Veio cheia de manobra
Igual a do Teixeirinha
Comi uma maçãzinha
E desgracei tua obra.
.
Vi logo que andava nua
Sei que pratiquei o mal.
Só não pulei carnaval
Porque não passou na rua...
E a cantiga da perua
Veio logo de encosto.
Mostrando imenso desgosto
Disse Deus: - É de lascar
Agora vão trabalhar
Comer do suor do rosto!
.
Se tiverem paciência
Podem até se aposentar,
Se alguém não inventar
Reforma da Previdência!
Adão lhe pediu clemência,
Disse: - Senhor! Fiz besteira!
Deus mostrou-lhe a capoeira
E disse: - Vá cultivar
Pra nunca mais escutar
Serpente, nem Zé Limeira.
.
Pôs-se Adão a trabalhar
De dia na agricultura
De noite na criatura
Para poder prosperar;
Breve chegaram em seu lar
Caim, depois Abel,
Mas por causa de um pastel
De carne e um caldo de cana
Caim mostrou ser sacana
Perverso, mau e cruel.
.
Matou seu irmão Abel
Com uma ossada na cabeça,
Deus falou: - Desapareça
Cabra malvado, infiel.
Caim bebeu um tonel
De zinebra Gato Preto
Pra bagunçar o coreto
Na Rua Tristão Gonçalves
Se encontrou com Castro Alves
E foram fazer soneto.
.
O tempo foi se passando
Foi quando nasceu Noé.
Morava no Canindé
E só vivia rezando.
De camelô trabalhando
Com seu cunhado Plinúvio
Mas estourou o Vesúsio,
Um vulcão que tudo abarca
Deus disse: - Faça uma arca
Para escapar do Dilúvio.
.
Quem quiser saber do resto
Dessa história sagrada
Consulte uma tabuada,
Livreto que eu detesto.
Não digam que eu não presto,
Sou poeta de alento,
Mas vou parar no momento
Antes que eu desaprume,
Compre o segundo volume
Com o Novo Testamento.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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