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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Origem do nome Archimedes

Por: Archimedes Marques

A origem do meu nome vem do Archimedes de Siracusa, um físico, matemático e inventor grego que viveu no século III Antes de Cristo, na cidade de Siracusa, uma pequena colônia grega localizada no sul da Itália.

Ele fez descobertas importantes na área da geometria. Foi no campo da Física que ele fez a maior de suas descobertas, o princípio do empuxo, no entanto seus trabalhos são muito extensos, apresentando contribuições não só na área da física, como também na matemática e na tecnologia. Na sua vida de inventor, ele construiu objetos engenhosos que se tornaram muito populares em sua cidade. Uma das invenções mais populares ficou conhecida como o parafuso de Archimedes.

Esse dispositivo foi muito utilizado nas irrigações, não só em Siracusa, mas também em outras cidades, para elevar a água de um lugar para outro. Archimedes foi o primeiro a construir e utilizar um sistema de roldanas, através do qual ele podia movimentar corpos pesados como, por exemplo, um navio. A pedido do rei de Siracusa, ele ainda projetou e construiu dispositivos de guerra para proteger a cidade de Siracusa contra os possíveis invasões das tropas romanas. Entre os dispositivos que ele construiu está o uso dos espelhos côncavos, os quais eram utilizados para fazer os raios solares convergirem sobre os povos invasores incandeando-os, assim como, a catapulta gigante que jogava pesadas pedras nos exercitos inimigos.


Espelhos côncavos de Archimedes

A alavanca também foi uma das suas invenções e com ela a celebre frase:

"DÊ-ME UMA ALAVANCA E UM PONTO DE APOIO QUE EU LEVANTAREI O MUNDO"

O nome Archimedes depois de "abrasileirado" se transformou em Arquimedes, por isso alguns colocam os nomes nos seus filhos de Archimedes ou Arquimedes... O meu foi herança do meu avô, um médico que atuou na Bahia, Pernambuco e Sergipe que se chamava Archimedes Ferrão Marques...

Por falar no meu avô Archimedes, segue em anexo um artigo que escreví sobre uma passagem na vida dele ocorrida no ano de 1929, em Nazaré das Farinhas, na Bahia, e que pode ter sido dois cangaceiros os protagonistas do drama por ele e minha avó vivenciado, artigo esse publicado em dezenas de sites do Brasil e que valeu centenas de comentários positivos... Caso o amigo queira publicá-lo também, agradeço imensamente. A fotografia dele está na internet.

Arquivo pessoal de Valdetário Carneiro vira caso de polícia


De Sayonara Amorim da redação da Gazeta do Oeste
A admiração de um homem pela história de um dos mais temidos e perigosos bandidos da Região Oeste do Rio Grande do Norte, José Valdetário Benevides Carneiro, vira caso de polícia na cidade de Jucurutu – região do Seridó. O problema surgiu quando a polícia do município descobriu que o deficiente físico Manoel Marques de Araújo, 38 anos, mantinha em sua casa um arquivo pessoal contendo livros e fotos sobre o bandido.

Com a descoberta da polícia, todo o material pessoal de Manoel foi apreendido e se encontra recolhido no cartório da Delegacia de Polícia Civil (DPC) de Jucurutu. Segundo Manoel, não havia motivo para que seu arquivo fosse levado e por isso está movendo um processo solicitando todo o seu material de volta.

Manoel conta que no dia da apreensão, início do mês de agosto deste ano, os policiais invadiram sua residência localizada no Centro de Jucurutu em busca de armas e provas referentes a uma denúncia anônima de que na sua casa, uma dupla se preparava para fazer um assalto na região. “Eles invadiram minha casa, quebraram a porta da frente, vasculharam tudo e nada que confirmasse a denúncia foi encontrado, e eles levaram então o meu arquivo de Valdetário”, explicou.

O arquivo de Manoel é composto por um quadro com a foto de Valdetário com a data de nascimento e morte em uma moldura e um livro intitulado: A Saga dos Benevides Carneiro (Dudé Viana). Manoel ressaltou que comprou o livro há muito tempo e o guarda como uma relíquia. Já o quadro, ganhou de um amigo. “Eu admiro a história do Valdetário e não acho que esteja incentivando o crime por isso. Tenho o direito de gostar do que quiser”. Desabafou.
PRISÃO
Na ocasião em que teve o arquivo apreendido, Manoel chegou a ser detido sob acusação de fazer apologia ao crime. Segundo ele, passou dois dias na prisão e foi liberado com a ajuda de um político da região que constituiu um advogado para fazer a sua defesa. “Eu nunca tinha sido preso em toda aminha vida, nunca respondi a qualquer processo e também nunca fiz inimizades aqui na minha cidade”, ressaltou.

A família de Manoel também não se conforma com tudo que aconteceu. “Meu filho sempre foi uma pessoa de bem e aqui na cidade todo mundo gosta dele, o que fizeram com ele é uma injustiça muito grande”. O desabafo é do pai de Manoel, o aposentado Inácio Adelino de Araújo, 80 anos.
VALDETÁRIO CONSTRUIU UMA LEGIÃO DE ADMIRADORES
José Valdetário Benevides Carneiro, 44 anos, morreu na madrugada do dia10 de dezembro de 2003, durante uma ação policial que tinha como objetivo capturá-lo. No momento do cerco, o pistoleiro e assaltante José Valdetário Benevides Carneiro se encontrava no sítio Serrote, zona rural do município de Lucrécia, juntamente com sua mulher Silvana e o filho de 01 ano. Policiais civis, militares e Federais, chegarama até a casa de Valdetário e deram voz de prisão ao elemento que de imediato reagiu à prisão, sendo alvejado com aproximadamente 13 tiros.

Valdetário era, na época, o bandido mais procurado do Rio Grande do Norte. Segundo os registros policiais, ele atuava em parceria com outros bandidos perigosos, também mortos em confrontos com policias. No dia em que foi morto, Valdetário foi encontrado com documentos falsos. O corpo do bandido foi examinado no Instituto Técnico Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró e foi enterrado no cemitério municipal de Caraúbas.

A quadrilha que era comandada por Valdetário Carneiro ficou conhecida e temida por suas ações criminosas. O bando que agiu por vários anos no Oeste potiguar tinha como atividades: Invadir cidades, matar pessoas inocentes, executar políticos e praticar assaltos a bancos e carros-fortes. Os membros da gangue dos ‘Carneiro’ protagonizou também chacinas e fugas espetaculares de delegacias e presídios não só no Rio Grande do Norte, mas também, em outros Estados da região Nordeste, entre eles o Ceará.

Fonte: 


Mas o que tem guardar peças de quem não seguiu a vida direitinho? Valdetário já está morto. Cada um tem o direito de gostar do que quer. Isso não quer dizer que quem guarda objetos de pessoas que não seguiram a vida como deve ser, seja também um marginal.

O QUE FOI CANGAÇO?




A expressão cangaço está relacionada à palavra canga ou cangalho: uma junta de madeira que une os bois para o trabalho. Assim como os bois carregam as cangas para otimizar o labor, os homens que levam os rifles nas costas são chamados de cangaceiros.




O Cangaço foi um fenômeno ocorrido no nordeste brasileiro de meados do século XIX ao início do século XX. O cangaço tem suas origens em questões sociais e fundiárias do Nordeste brasileiro, caracterizando-se por ações violentas de grupos ou indivíduos isolados: assaltavam fazendas, seqüestravam coronéis (grandes fazendeiros) e saqueavam comboios e armazéns. Não tinham moradia fixa: viviam perambulando pelo sertão, praticando tais crimes, fugindo e se escondendo .
O Cangaço pode ser dividido em três subgrupos: os que prestavam serviços esporádicos para os latifundiários; os "políticos", expressão de poder dos grandes fazendeiros; e os cangaceiros independentes, com características de banditismo.




Os cangaceiros conheciam a caatinga e o território nordestino muito bem,
e por isso, era tão difícil serem capturados pelas autoridades. Estavam sempre preparados para enfrentar todo o tipo de situação. Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimento, rotas de fuga e lugares de difícil acesso.
O primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado, "Jesuíno Brilhante", que agiu por volta de 1870. E o último foi de "Corisco" (Cristino Gomes da Silva Cleto), que foi assassinado em 25 de maio de 1940.



O cangaceiro mais famoso foi, Virgulino Ferreira da Silva, o "Lampião", denominado o "Senhor do Sertão" e também "O Rei do Cangaço". Atuou durante as décadas de 20 e 30 em praticamente todos os estados do Nordeste brasileiro.
Por parte das autoridades Lampião simbolizava a brutalidade, o mal, uma doença que precisava ser cortada. Para uma parte da população do sertão ele encarnou valores como a bravura, o heroísmo e o senso da honra.
O cangaço teve o seu fim a partir da decisão do Presidente da República, o Ditador Getúlio Vargas, de eliminar todos e qualquer foco de desordem sobre o território nacional. O regime denominado Estado Novo incluiu Lampião e seus cangaceiros na categoria de extremistas. A sentença passou a ser matar todos os cangaceiros que não se rendessem.


Fonte: Fundação Joaquim Nabuco

http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet…

PASMEM, POÇO REDONDO EXISTE!

Por Rangel Alves da Costa


Rangel Alves da Costa
 
Os mais velhos diziam e todos os relatos históricos confirmam que nas longínquas brenhas do sertão sergipano, no mais escaldante recanto do semi-árido de meu Deus, por entre serras, na vastidão dos mandacarus e xique-xiques, bem nas ribanceiras do Velho Chico, um dia surgiu um andante, depois mais um e mais um, que fixando-se no lugar construíram as primeiras moradias daquele ermo distante, que foi fazenda, vilarejo, povoado e mais tarde cidade.


A esse lugar deram o nome de Poço Redondo, como referência a uma grande cacimba existente no leito do riacho Jacaré – que circunda a cidade -, onde os vaqueiros iam saciar a sede dos animais.

“Onde vai cumpade?”, e o outro respondia: “Vou lá no poço redondo dar água ao gado”. E assim ficou: Poço Redondo.

Através da Lei estadual nº 525-A, de 23 de novembro de 1953, Poço Redondo foi desmembrado do município de Porto da Folha e passou à categoria de cidade, sendo termo judiciário da comarca de Gararu. A efetiva instalação do município ocorreu em 6 de fevereiro de 1956, com a posse do prefeito eleito no pleito de 3 de outubro de 1954, Artur Moreira de Sá, e cinco membros da Câmara de Vereadores. Assim, depois de muitas lutas de suas lideranças políticas, a localidade passou a ser regida pela Lei Orgânica dos Municípios e pôde reivindicar dos poderes federais e estaduais as melhorias necessárias para sua gente profundamente sofrida.

Com o passar dos anos e a evolução da municipalidade brasileira, mesmo assim Poço Redondo continuou com “aquele ar de antigamente”, mínimo desenvolvimento estrutural e o contínuo sofrimento do seu povo com a seca impiedosa. Não obstante tais aspectos, o município possui características que não podem deixar de ser observadas.

Geograficamente, é o maior município do estado, com 1.212 km²; no seu chão está localizado o ponto mais elevado de Sergipe, que á Serra Negra (Serra da Guia), com 742 m; de sua terra brota a nascente do rio Sergipe, na Serra Negra; é o 11º município sergipano em números populacionais, com 29.879 hab. e o 17º em termos eleitorais, com 16.390 eleitores; conta com o maior número de assentados do MST em Sergipe; foi cenário, em 1975 e 1976, respectivamente, dos cinedocumentários para o Globo Repórter “O Último Dia de Lampião” (de Maurice Capovilla) e “A Mulher no Cangaço” (de Hermano Penna) e do premiado filme “Sargento Getúlio” (em 1985, de Hermano Penna); foi o município nordestino que mais contribuiu com cangaceiros para o bando de Lampião, num total de 23 poço-redondenses, entre homens e mulheres; e foi em suas margens ribeirinhas, na Gruta do Angico, que Lampião e Maria Bonita, juntamente com mais nove cangaceiros, foram massacrados pela volante alagoana em 28 de julho de 1938, pondo fim ao ciclo do cangaço organizado.

Como observado, por mais que autoridades governamentais, estudiosos e pesquisadores, magistrados, jornalistas e todos “aqueles estranhos ao mundo sertanejo” tentem ou queiram menosprezar a terra e o seu povo, verdade é que Poço Redondo possui história, geografia, economia, atratividade turística e, o que é mais importante, dignidade na humildade, dignidade na luta e dignidade no caráter de sua gente.

Alertar sobre isso é uma necessidade imperiosa, vez que, como dito acima, o município quase sempre é esquecido pelas autoridades constituídas e por aqueles que formam a opinião pública. Somente nas tragédias e nas calamidades é que se torna alvo das políticas assistencialistas (no pior sentido da expressão) governamentais ou ganha volumoso e sensacionalista espaço na mídia. Quem não se lembra, por exemplo, do ônibus que incendiou e explodiu na pista que leva ao povoado de Santa Rosa do Ermírio, matando mais de vinte pessoas; da ponte sendo destruída pelas águas do riacho Jacaré, causando mortes ao longo do seu leito; da garotinha da Barra da Onça, bonita e de aspecto triste, da fotografia de Sebastião Salgado; da mãe de família chorando porque não tinha água nem alimentos para dar aos filhos; da farsa montada para mostrar pessoas comendo palma numa dessas estiagens passadas; enfim, da necessidade de mostrar que quanto pior melhor?

Outros fatos podem ser acrescentados para demonstrar o menosprezo e a falta de respeito pelo município e sua gente, fatos que de fininho saem do contexto local e alcançam vertentes muito mais amplas. Basta citar mais uns três ou quatro exemplos: frequentemente os repórteres das televisões afirmam que a Gruta do Angico está localizada no município de Canindé do São Francisco; Poço Redondo é o único município do estado que não possui uma rua sequer com seu nome em Aracaju, e isto é verdade que já foi comprovada pelos Correios; a localidade já sediou três agências bancárias (Banco do Brasil, do Nordeste e do Estado de Sergipe) e atualmente só conta com uma agência do BANESE, e mesmo assim com a negativa perspectiva de fechar suas portas; e, por último, o fato mais recente que se propagou, quando a presidência do Tribunal de Justiça do Estado queria por que queria extinguir a comarca do município (projeto neste sentido chegou a ser enviado ao legislativo estadual) sob a alegação de que o lugar é muito pobre, distante da capital, as carências são visíveis em todos os sentidos e os digníssimos magistrados em início de carreira simplesmente não querem trabalhar lá. Em síntese, o TJSE vê Poço Redondo como um estorvo, como uma ovelha negra que não necessita da tutela judiciária estatal. Discriminação, preconceito, aversão ao sertanejo.

Mas tudo bem, os sertanejos de Poço Redondo são suficientemente fortes para perdoar tudo isso. Eles só querem o que lhes cabe de direito; só almejam possuir o suficiente para viver com dignidade; só querem que os outros não queiram eliminar a felicidade construída no dia-a-dia, molhados de lágrimas, queimados de sol. Ademais, colhendo das palavras do Eclesiastes, os sertanejos sabem que para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus: há tempo para plantar e tempo para colher; tempo para chorar e tempo para rir; tempo para viver com orgulho de ser tão sertão.
Rangel Alves da Costa é:
 advogado, escritor e filho de um famoso
desbravador do "Sertão de Lampião"
 o escritor Alcino Alves da Costa.

Conheça demais artigos do autor em seu blog:  

Rádio Chapada do Araripe já é escutada em Miami, Noruega, Londres, Venezuela.

Miami ( USA )
Miami

Oslo ( Noruega )
OsloSnow-1

Londres ( Inglaterra )
Londres_para_Turistas

Caracas ( Venezuela )
caracas-amanecer

A escritora Cida Medeiros, que participa do Blog do Nassif e vários websites da internet, ajuda a divulgar a Rádio Chapada do Araripe através de inúmeros sites no mundo, e além de se dizer grande fã da nossa estação, nos traz esta grande novidade:

(Dihelson), desculpe dar uma de tiete, mas é só aqui que se ouve Jackson do Pandeiro - e não somente uma única música dele, mas diversas para podermos apreciar a genialidade dele. Sem falar no restante da programação. Tenho divulgado aos quatro cantos do mundo a maravilha desta rádio porque é boa mesmo. O mérito é todo de vocês. E já estão sendo ouvidos em Miami, Noruega, Londres, Venezuela. Abraços fraternos.

Cida Medeiros Resposta:
Answer:

Hello, folks,
 
I'd like to sincerely thanks for all these kind support all of you have done along the last months to our Radio Station. Indeed, we are very pleased that "Radio Chapada do Araripe" is welcomed on all these countries throughout the world. This is really amazing, for sure, and make us believe that our efforts on building a radio broadcasting station whose aim is to divulge the best musical culture of our country Brazil, along with some of the best samples of the great Art of the world have been achieved, at least, on some extent. Your feedback is really important to us, and put us on a position that make us try to improve what we´ve been doing, and try to put the best of ourselves on this project. So, we´d like to thanks to all people on Miami, Norway, London, and Venezuela, and many many other cities like San Francisco, Lisbon, Barcelona, and so on...( the list goes long... ) which listen to Rádio Chapada do Araripe.  

All the best,
Thanks to you all.
Dihelson Mendonça

ANNYMEIRY, NUM E JOAO GABRIEL!!!

A FAMÍLIA REAL MOSSOROENSE



Annymeiry


Annymeiry


Annymeiry e...


Annymeiry


João Gabriewl Annymeiry


Raimundo, pai de Annymeiry e avô de João Gabriel


Annymeiry, João Gabriel e Num


João Gabriel

UMA CRIANÇA DE 16 ANOS NO GRUPO DE LAMPIÃO


O cangaceiro Volta Seca

É um dos mais temíveis cangaceiros – trinta e cinco traços no seu fuzil, pertenceu aos Capitães da Areia
A morte de Machadão devida a Volta Seca

A reportagem era extensa. Contava como as vilas saqueadas há algum tempo vinham notando entre o bando de Lampião uma criança de uns dezesseis anos, que levava o nome de Volta Seca. Apesar  da sua idade, o jovem cangaceiro se fizera temido em todo o sertão como um dos mais cruéis do grupo. Constava que seu fuzil tinha trinta e cinco marcas. E cada marca num fuzil de cangaceiro representa um homem morto. Depois vinha a história da morte de Machadão, um dos mais antigos sargento de polícia. E Lampião o entregara a Volta Seca para que o despachasse. Volta Seca o despachara devagarinho, à ponta de punhal, cortando os pedacinhos com visível satisfação. Fora tanta a crueldade, que Machadão, horrorizado, levantou o fuzil para acabar com Volta Seca. Mas antes que disparasse, Lampião, que tinha um grande orgulho de Volta Seca, atirou em Machadão. Volta Seca continuara sua tarefa.

A notícia se estendia, narrando diversos outros crimes do cangaceiro de 16 anos. Depois lembrava que entre Capitães da Areia vivera um menino com o nome de Volta Seca e que era possível que fosse o mesmo. Vinham então várias considerações de ordem moral. A edição se esgotou.
Meses depois a edição se esgotou novamente porque trazia a notícia da prisão de Volta Seca, enquanto dormia, executada pela coluna volante que percorria o sertão dando caça a Lampião. Anunciava que o cangaceiro chegaria no outro dia à Bahia. Vinham vários clichês onde Volta Seca aparecia com seu rosto sombrio. O Jornal da Tarde dizia que era rosto de criminoso nato.
O que não era verdade, como o próprio Jornal da Tarde noticiou tempos depois, ao relatar em edições extraordinárias e sucessivas o juri que condenou Volta Seca a 30 anos de prisão por 15 mortes conhecidas e provadas. No entanto, seu fuzil tinha 60 marcas. E o jornal lembrava esse fato, repetindo que cada marca era um homem morto.


"VOLTA SECA", AINDA GAROTO, JUNTO A UM GRUPO DE PERSONALIDADES DA BAHIA. SENTADO, DE ÓCULOS, O Profº ARTHUR RAMOS, QUE ESTUDOU O PERFIL ANTROPOLÓGICO DO FAMOSO CANGACEIRO-MENINO:

Mas publicava também parte do relatório do médico-legista, cavalheiro de honestidade e cultura recinhecidas, já então um dos grandes sociólogos e etnógrafos do país, relatório que provava que Volta Seca era um tipo absolutamente normal e que se virava cangaceiro e matara tantos homens e com tamanha crueldade não fora por vocação de nascença. Fora o ambiente... e vinham as devidas considerações científicas.

O que aliás não despertou tanta curiosidade entre o público como a descrição de belíssimo, vibrantíssimo e apaixonadíssimo discurso de doutor Promotor Público, que fizera os jurados chorar, e até o prórpio juiz tinha limpado as lágrimas, ao descrever o doutor Promotor, com sublime força oratória, o sofrimento das vítimas do ferz cangaceiro-menino.
O público ficou indignado porque Volta Seca não chorou durante o júri. Seu rosto sombrio estava cheio de estranha calma. 



Capitães da Areia - Jorge Amado

É um mistério ou não?

INTRIGANTE DE FATO!

É um mistério; ou não!

Este ano vamos experimentar quatro datas incomuns ....
1/1/11, 1/11/11, 11/1/11, 11/11/11 e tem mais!!!
Pegue os últimos 2 dígitos do ano em que você nasceu, mais a idade que você vai ter este ano, e a sua soma será igual a
111 para todos!

Por exemplo:

O Johnatan nasceu em 1981 e vai fazer 30 anos. Portanto:    
81 + 30 = 111 ALGUÉM EXPLICA O QUE É ISSO ????
É o Ano do dinheiro!!!

Este ano outubro terá 5 domingos, 5 segunda feira e 5 sábados.
Isto acontece uma vez a cada 823 anos. Estes anos são conhecidos como  'moneybags'.

Passe para 8 boas pessoas e o dinheiro aparece  em 4 dias, baseado no feng-shui chinês. Quem parar não recebe; é um mistério...
Bom, eu é que não vou parar...não custa tentar....

 

Uma maravilhosa renda nordestina

 Por: Luiz Zanotti

...É na soma do seu olhar que eu vou me conhecer inteiro (Tanto amar, Chico Buarque)

Após quase 10 horas de viagem entre Campo Largo (PR), chego ao Cariri cearense. Logo na recepção no aeroporto, eu sou recebido com um caloroso abraço, recepção alegre e emotiva que os nordestinos costumam proporcionar a todos, sejam velhos amigos ou conhecidos recentes. Uma breve passagem no hotel e lá vamos nós numa alegre caravana a caminho de Crato, uma moderníssima cidade localizada no sopé da Chapada do Araripe, uma agradável surpresa para mim, que meio desinformado da força deste Nordeste, esperava encontrar um pequeno povoado do sertão nordestino.

Daí, então começo ver ser elaborada a maravilhosa renda da cultura nordestina que é o Cariri Cangaço, uma renda elaborada pelo demiurgo Manoel Severo e pela sua querida esposa Danielle que entrelaça os diversos tipos de pesquisas, cidades, perspectivas, paixões, emoções, serras, céus, amizades e tanta coisa mais. Esta trama começou a ser tecida pelo fio de seda de cor prata oferecido pela Professora Salete Libório que, através do que a sua alma clamava, trouxe a importância da personagem Bárbara de Alencar na história da liberdade do Brasil.
Após uma noite de sono restaurador daquela verdadeira overdose de emoções da primeira noite, acordei em meio à própria grota de Angico, traçada com fios de algodão dourado pelos artesãos Amaury, Aderbal, Gastão, Alcino e Sabino , e por toda uma infinidade de outros fios, diversas cores entrelaçadas por outros artesãos presentes. Artesãos tão laboriosos, mas que seriam impossíveis de serem citados na limitação de uma folha de papel, e que, por este motivo lanço mão das palavras do grande vaqueiro/violeiro baiano Elomar: “Mas foi tanto dos vaqueiros (artesãos) que reinou no meu sertão, que cantando o dia inteiro não menajo todos não”.
Esta rede multicolorida que estava sendo constituída, nos transportou para os últimos momentos de vida de Lampião dentro de uma perspectiva que a recriação da realidade só é possível através de uma pluralidade de visões, pois, conforme nos ensina Heráclito, a realidade tem como característica o movimento e, portanto, impossível de ser apreendida por uma só linha, uma realidade que a sabedoria poética de Chico Buarque capturou em Tanto amar: “É na soma do seu olhar que eu vou me conhecer inteiro”.

maravilhosa colcha de retalhos do solo da Chapada...

Dentro deste fino e colorido tecido que ia sendo construído, viajamos no decorrer destes seis dias de entrelaçamento através das exuberantes paisagens do Cariri para Juazeiro, Aurora, Barro, Barbalha, Floresta do Araripe, Missão Velha e Porteiras, conhecendo cidades muito bem geridas pelos seus administradores. No entanto, entre as tantas emoções e descobertas que para sempre serão delicadamente lembradas, não posso deixar de dar o meu testemunho do momento em que me senti voltando ao útero materno. Este momento aconteceu quando em meio a nossa caminhada pela floresta do Araripe, Severo solicitou que parássemos um pouco para observar a natureza e nos mostrou que além de elaborar a rede, ele também sabe balançá-la, nos ofertando toda uma renovação espiritual.
Finalmente, após esta verdadeira odisséia de amor, amizade e conhecimento que resultou nesta multiforme e colorida renda de bilro − fruto coletivo do trabalho difícil e fino realizado com grande habilidade por todos os artesãos do Cariri Cangaço−, parto triste, porém com a certeza que o nosso maestro Severo, além de um grande artesão e de uma grande alma, é também um grande artilheiro, pois balançou a rede do meu coração, parto com vontade de dizer: Só deixo o meu Cariri Cangaço no último pau de arara.

Grande abraço a todos,
Luiz Zanotti
Campo Largo-Paraná

Scans: Revista Nordeste21, nº 25 - Agosto de 2011



De volta à praça

Lampião, Segredos e Confidências do Tempo do Cangaço de Antônio Amaury ganha 3ª edição

O que faz deste livro um dos mais especiais da literatura lampionica é que o renomado pesquisador apresenta um apanhado de depoimentos e fatos pitorescos que não figuram nas suas obras anteriores . Destaque para o encontro do Rei do cangaço com um ídolo da música romântica nacional em pleno sertão de Alagoas.



Lampião, Segredos e confidências do tempo do cangaço, 3ª edição.
Edição do autor 
230 págs.

Valor: R$ 45,00
com (frete incluso)

Contatos para aquisição: 
Antônio Amaury Corrêa de Araujo
Rua Guajurus, 156 – Jardim São Paulo
São Paulo – SP / CEP: 02.045-070

E-mail: aacangaceiro@gmail.com 
Tel.: (11) 2972 - 4824

Hoje, reunião na Saraiva do Iguatemi

Atenção !!


Logo mais as 7 da noite, novo encontro
GECC-Cariri Cangaço
no espaço Rachel de Queiroz
da livraria Saraiva do
Shopping Iguatemi, em Fortaleza, na pauta; apresentação do Vídeo Clip Cariri Cangaço 2011.

Terça-Feira, dia 04 de Outubro
Livraria Saraiva 
Shopping Iguatemi
19 horas
Fortaleza - Ceará
 

Penitentes, momento marcante de fé no Cariri Cangaço 2011

O Mestre e a imagem forte da devoção e fé...

Na tarde do dia 22 de setembro, ainda no município de Barbalha, a caravana Cariri Cangaço teve a grande permissão de visitar o Sítio Cabeceiras, no sopé da Serra do Araripe, território sagrado da Ordem dos Penitentes da Santa Cruz. Criada pelo Padre Ibiapina, a Ordem possui alguns rituais que a diferenciam das demais seitas populares do interior nordestino. O principal deles é o autoflagelo, ou simplesmente “disciplina”. Pode ser feito de diversas maneiras, desde longas caminhadas pedindo esmolas, até a martirização do corpo com instrumentos próprios para esse fim.

 
 
 
 
 
 
"Imagens de homens que são pura fé
...e oração"

Liderada essencialmente por gente acima dos 70 anos, a Ordem teve seu inicio ainda  na segunda metade do século XIX e que tem o mérito de ter atravessado o tempo sem perder as características originais. Hoje possui 17 discípulos, que acolheram o Cariri Cangaço 2011 em seu próprio "terreiro santo".

"Eu particularmente não conhecia a Ordem dos Penitentes e foi uma oportunidade maravilhosa para vivenciar aquele momento de fé, e ainda mais perceber o grande respeito mútuo entre os visitantes; escritores e pesquisadores de todo o Brasil; e os membros da irmandade, foi sensacional o encontro, que durou cerca de uma hora e meia, com o Mestre da Ordem nos concedendo ao lado dos discipulos uma demonstração de suas fortes melodias e orações", ressalta Micheline Andrade, assessora do Cariri Cangaço.

Assessoria de Imprensa e Marketing
Heldemar Garcia
 


...e os Cangaceiros chegam aos Penitentes

 
Caravana Cariri Cangaço visita os Penintentes da Santa Cruz

Pela segunda vez, a família Cariri Cangaço tem a oportunidade de ser recebida pela Ordem dos Penitentes da Santa Cruz em Barbalha. Na primeira oportunidade ainda em nossa primeira edição, no ano de 2009 e agora na terceira edição do evento. A recepção sempre a cargo da Secretaria de Cultura de Barbalha, ficou sob a coordenação do professor Josier Silva e Rodrigo Sampaio.

 
Professor Josier Silva e a história da Ordem dos Penitentes
 
 
Antônio Vilela, Josier Silva, Diana Lopes e Manoel Severo
 
 
Aderbal Nogueira e os Penintentes da Santa Cruz

"O ponto alto da visita foi a forma respeitosa como fomos recebidos pelos membros da Ordem dos Penitentes da Santa Cruz. A curadoria do Cariri Cangaço compreendendo a ordem como uma das mais fortes manifestações culturais religiosas de nosso nordeste, não poderia deixar de trazer até aqui todos esses pesquisadores do Brasil inteiro, e muitos deles que pesquisam Padre Ibiapina, penitentes, manifestações religiosas, místicas, enfim, daí agradecer ao Mestre Severino e a todos os itegrantes a acolhida" disse Manoel Severo.

 
Antônio Amaury, à sombra do mítico
e respeitoso penitente...


Mas nem tudo é perfeito...

 
E lá vai ele, o Benjamim da família Cariri Cangaço, para mais uma aventura em busca dos fragmentos da verdade histórica...
 
 
Só que agora no município de Barbalha, o encontro se dá com o inusitado...aliás, não tão inusitado assim... nem tudo é perfeito, até ali; no Sítio Cabeceiras, coisas estranhas e inesperadas podem acontecer...
 
 
 
 
Bem, o que dizer?
Talvez...Bem vindo Bin ao Cariri Cangaço 2011
 


Por: Manoel Severo