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sábado, 31 de outubro de 2015

LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS


Se você ainda não comprou este fantástico trabalho do escritor José Bezerra Lima Irmão, só restam poucos livros. Então procura adquiri-lo o quanto antes, pois os colecionadores poderão comprar os poucos que restam. Seja mais um conhecedor das histórias sobre cangaço, para ter firmeza em determinadas reuniões quando o assunto é "cangaço". 

São 736 páginas.
29 centímetros de tamanho. 
19,5 de largura. 
4 centímetros de altura.
Foram 11 anos de pesquisas feitas pelo autor 

É o maior livro escrito até hoje sobre "Cangaço". Fala desde a juventude  e namoro dos pais de Lampião. Quem comprou, sabe muito bem a razão do "Sucesso a nível nacional do Raposa das Caatingas". 

O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
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CANGAÇO ECOS NA LITERATURA E CINEMA NORDESTINOS


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NOVIDADE NA PRAÇA CHARGES COM LAMPIÃO É O LANÇAMENTO DE LUIZ RUBEN


Lendo e pesquisando tantos jornais e revistas da época em que Lampião atuava, isto é, anos 20 e 30 do século passado, não passou despercebido, de vez em quando aparecia caricaturas e charges de Lampião, mas, o que me chamou a atenção foi a utilização do personagem com a política e os políticos do poder naquele período.

Contextualizar cada charge ou caricatura seria por demais maçante, pois creio que elas não perderam o caráter atemporal.

As codificações visuais que os chargistas queriam passar ao retratar Lampião eram afetadas de acordo com a região do artista, o que determinava, até pela falta de conhecimento que tinham do caricaturado, a representação de formas tão dispares na fisionomia desenhada.



As charges com Lampião, nessa pesquisa, abrangem o período de 1926 a 1939, porém acrescentei duas de 1969, sendo a última apresentada, uma propaganda com alusão ao desenvolvimento industrial através de incentivos fiscais, citando Sudam-Sudene onde Lampeão é usado como referência de uma região. Ao todo o livro mostra 83 charges e caricaturas.

A charge tem como finalidade satirizar, descrever ou relatar fatos do momento por meio de caricaturas, com um ou mais personagens de destaque, nas áreas da política com maior frequência.

As apresentadas nesse livro abrangem personagens de prestígio nacional como o Padre Cícero, Antônio Carlos, governador de Minas, Capitão Chevalier, com a famosa tentativa de uma expedição contra Lampião no início dos anos 30, Getúlio Vargas como presidente do governo provisório após a revolução de 1930.

Após sua morte, cartazes foram utilizados como propaganda de filme da Warner, com James Cagney “substituindo o famoso cangaceiro nordestino”.

A propaganda comercial também utilizou com frequência o nome de Lampião. Como curiosidade inseri no trabalho as da Casa Mathias e O Mandarim, que apresentavam nos seus comerciais um conteúdo humorístico.



Até o conhecido compositor Noel Rosa, como Lampeão foi caricaturado. Como se fossem dois personagens ao mesmo tempo é mostrado características de identificação de Lampião com o rosto de Noel Rosa. Mesmo nas capas de famosas revistas, Careta em 1926 e 1931, O Cruzeiro em 1932, Lampeão é caricaturado.

Na contracapa desse livro, consta a foto original muito popular de Lampeão e seu irmão Antônio Ferreira, já nesta época, famigerado cangaceiro, perseguido em Pernambuco, Paraíba, Ceará e Alagoas. Foi tirada em Juazeiro do Norte, no estado do Ceará, onde Lampeão foi convocado pelo Padre Cícero a pedido do deputado federal Floro Bartolomeu, para combater os inimigos do governo de Artur Bernardes, a Coluna Prestes, em 1926. Na capa, usando a foto da contra capa, foram introduzidas as faces de Getúlio Vargas como Lampeão e Osvaldo Aranha como Antônio Ferreira. Foi publicada pelo Estado de São Paulo em 24 de setembro de 1933, sendo Getúlio já vitorioso da revolta de 1932 em São Paulo.

O desenho era utilizado, isto é, a charge, como uma crítica político social onde as situações cotidianas são exploradas com humor e sátira. Lampião foi personagem principal dos chargistas, mas o objetivo era atacar os poderosos da época, geralmente vítima dos jornais da oposição.

Coloquei tudo numa ordem cronológica para facilitar a sequência histórica, pois, no futuro com a leitura das diversas obras publicadas sobre Lampião e o cangaço em geral, teremos uma visão não contextualizada das sátiras contra os personagens vítimas dos chargistas.

O livro tem 95 páginas, custa R$ 25 (Vinte e cinco reais) com frete incluso e você adquire diretamente com o autor pelo emailluiz.ruben54@gmail.com

*Luiz Ruben F. de A. Bonfim. Economista e Turismólogo e Pesquisador do Cangaço e Ferrovias

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LAMPIÃO – GAROTO PROPAGANDA DA BAYER


“As fotos e filmes de Benjamim eram um atestado da incompetência das forças policiais e uma afronta ao Palácio do Catete”, comenta o historiador, que traduziu a caderneta em que o forasteiro sírio registrou denúncias sobre as forças policiais que matavam civis e colocavam a culpa nos cangaceiros.

Nessa época, sequências inteiras dos filmes foram destruídas. O que restou foi recuperado na década de 1950 pela Fundação Getúlio Vargas. Entre os filmes remanescentes, um chama atenção. Mostra o rei do cangaço fazendo comercial de Cafiaspirina, remédio para dor de cabeça da empresa alemã Bayer. O cangaceiro aparece distribuindo o remédio para seu bando em frente a um cartaz que diz: “Se é Bayer, é bom”.

Nessa época, sequências inteiras dos filmes foram destruídas. O que restou foi recuperado na década de 1950 pela Fundação Getúlio Vargas. 

Entre os filmes remanescentes, um chama atenção. Mostra o rei do cangaço fazendo comercial de Cafiaspirina, remédio para dor de cabeça da empresa alemã Bayer. O cangaceiro aparece distribuindo o remédio para seu bando em frente a um cartaz que diz: “Se é Bayer, é bom”.

Na imagem abaixo Lampião entrega aos seus companheiros de cangaço o comprimido de CAFIASPIRINA da empresa alemã Bayer.

Fonte: Livro “BENJAMIN ABRAHÃO – ENTRE ANJOS E CANGACEIROS” de Frederico Pernambucano de Melo.

2ª fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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RELAÇÃO DE LIVROS À VENDA (PROFESSOR PEREIRA - CAJAZEIRAS/PB).


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CORONEL DELMIRO GOUVEIA (GERALDO SARNO, 1979)

https://www.youtube.com/watch?v=ZMsyOSwK3zc

Publicado em 1 de abril de 2014

Em fins do século passado, Delmiro Gouveia, rico comerciante e exportador do Recife, capital do Estado de Pernambuco, Brasil, sofre perseguições políticas. Seu estilo arrojado e aventureiro lança contra ele muitos inimigos, inclusive o Governador do Estado que manda incendiar o grande mercado Derby, recém - construído por Delmiro Gouveia. Falido e perseguido pela polícia do Governador, Delmiro refugia-se no sertão, sob a proteção do Coronel Ulisses, levando consigo uma enteada do Governador. No sertão, ele recomeça sua atividade de exportador de couros e monta uma fábrica de linhas de costura, aproveitando a energia elétrica de uma usina que constrói na cachoeira de Paulo Afonso e o algodão herbáceo nativo da região. A Grande Guerra de 1914, impedindo a chegada dos produtos ingleses à América do Sul, garante a Delmiro a conquista desse mercado, sobretudo brasileiro. Os ingleses da Machine Cottons, ex-senhores absolutos do mercado, enviam emissários para negociar a situação assim criada. Delmiro nega-se a vender ou associar-se. É assassinado em 10 de outubro de 1917. Alguns anos mais tarde, 1929, a fábrica é adquirida pelos ingleses, destruída e lançada nas águas da Cahoeira Paulo Afonso. (Press-release)

Prêmios Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora no Festival de Brasília, 11, 1978, Brasília - DF.. Grande Prêmio Coral no Festival de Havana, 1979 - CU.. Prêmio São Saruê - Federação de Cineclubes do Estado do Rio de Janeiro, 1979. Melhor Diretor - Troféu Golfinho de Ouro, 1979 - Governo do Estado do Rio de Janeiro

Elenco:

Falco, Rubens de (Coronel Delmiro Gouveia)
Parente, Nildo (Lionello Lona)
Soares, Jofre (Coronel Ulisses Luna)
Berdichevsky, Sura (Eulina)
Dumont, José (Zé Pó)
Graça, Magalhães (Gal. Dantas Barreto)
Sena, Conceição (Mulher de Zé Pó)
Freire, Álvaro (Tenente Isidoro)
Déda, Harildo (Coronel Zé Rodrigues)
Adélia, Maria (Dona Augusta)
Bourke, Denis (Mister Hallam)
Alves, Maria (Jove)
Almeida, Henrique (Oswaldo)
Gama, João (Chefe da estação)
Wilson, Carlos
Ribeiro, Sue
Guerra, Hélio (Sertanejo)

Ficha completa da Cinemateca Brasileira: http://cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis...
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2ª Fonte: facebook
Página: Cleide Mylaide

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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

DULCE - A ÚLTIMA DO BANDO DE LAMPIÃO

https://www.youtube.com/watch?v=QuEkBU_7EGM&feature=youtu.be

Na iminência de finalizar um vídeo especial, com a última componente do bando de Lampião, Dulce Meneses dos Santos, apresento aos amigos deste seleto grupo, o Making of, do que será apresentado em breve na sua totalidade... 

Neste trabalho, a mesma aborda de forma inédita, algumas passagens ainda desconhecidas pela maioria dos pesquisadores do tema!

Publicado em 28 de outubro de 2015
Dulce Menezes dos Santos
Categoria: Pessoas e blogs
Licença: Licença padrão do YouTube

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A VOLTA DO REI DO CANGAÇO


O livro custa 45,00 Reais, e basta clicar no link abaixo e pedir o seu.

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Amigos, nosso trabalho, A VOLTA DO REI DO CANGAÇO, além vendido direto por mim, no MERCADO ALMEIDA JUNIOR, também pode ser encontrado na PAPELARIA AQUARELA, ao lado do Correio, também na PANIFICADORA MODELO, com Ariselmo e Alessilda e no MERCADO POPULAR, de Daniel Claudino Daniel Claudino e Gicele Santos.

Também pode ser encontrado com o Francisco Pereira Lima, especialista em livros sobre cangaço.

franpelima@bol.com.br

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DELUZ... O MATADOR DE JURITI.

Por Alcino Alves Costa

Em nossos livros “Lampião além da versão” e “O Sertão de Lampião”, existe em cada um deles um capítulo discorrendo sobre a vida e morte de Deluz e de Juriti, este assassinado cruelmente pelo famoso e temido sargento, então delegado de Canindé de São Francisco. No “O Sertão de Lampião”, a página 269, está o capítulo “A morte do sargento Deluz” e no “Lampião além da versão, a página 345, está o capítulo “Juriti: perverso na vida, valente na morte”.

Amâncio Ferreira da Silva - Sargento Deluz

Amâncio Ferreira da Silva era o verdadeiro nome do sargento Deluz. Nascido no dia 11 de agosto de 1905, este pernambucano ainda muito jovem arribou para o Estado de Sergipe, indo prestar os seus serviços na polícia militar sergipana.

Os tempos tenebrosos do banditismo levaram Deluz para o último porto navegável do Velho Chico, o arruado do Canindé Velho de Baixo. Por ser um militar extremamente genioso, violento e perverso, ganha notoriedade em toda linha do São Francisco e pelas bibocas das caatingas do sertão. Dos tempos do cangaço ficou na história, e está registrada no livro “Lampião em Sergipe”, o espancamento injusto que ele deu no pai de Adília e Delicado, o velho João Mulatinho, deixando-o para sempre aleijado.

No pós-cangaço, sem jamais sair de Canindé, também ficaram na história aquelas versões de que os assaltantes de Propriá quando presos eram entregues a Deluz e ele ao transportá-los em canoas que faziam o trajeto Propriá/Canindé, prendia as mãos dos prisioneiros e amarrava uma pedra nos pés dos mesmos jogando-os dentro do rio. Um de seus maiores prazeres era caçar ex-cangaceiro para matá-los sem perdão e sem piedade. Foi o que fez com Juriti, prendendo-o na fazenda Pedra D`água e o assassinando de maneira vil e abjeta jogando-o em uma fogueira nas proximidades da fazenda Cuiabá.

Foi em virtude de desavenças com o seu sogro, o pai de Dalva, sua esposa, que naquele dia 30 de setembro de 1952, quando viajava de sua fazenda Araticum para o Canindé Velho de Baixo, se viu tocaiado e morto com vários tiros. Morte atribuída ao velho pai de Dalva, o senhor João Marinho, proprietário da famosa fazenda Brejo, no hoje município de Canindé de São Francisco.

Diz à história que João Marinho foi o mandante, chegando até ser preso; e seu genro João Maria Valadão, casado com Mariinha, irmã de Dalva, portanto cunhado de Deluz, ainda vivo até a feitura desse artigo, com seus 96 anos de idade, completados no mês de dezembro de 2011, foi quem tocaiou e matou o célebre militar e delegado que aterrorizou Canindé e o Sertão do São Francisco.

Cangaceiro Juriti

Foi o sargento Deluz o matador de Manoel Pereira de Azevedo, o perverso e famoso Juriti. Manoel Pereira de Azevedo era um baiano lá das bandas do Salgado do Melão. Um dia arribou de seu inóspito sertão e viajou para as terras do Sertão do São Francisco, indo ser cangaceiro de Lampião, recebendo o nome de guerra de Juriti.

Este cangaceiro possuía uma aparência física impressionante. O seu porte atlético abismava as mocinhas sertanejas que se derramavam em desejos para receber os seus carinhos e o seu amor. Contrapondo a toda essa atração que despertava nas jovens, Juriti carregava em seu sentimento e em sua alma um extremado pendor para brutais violências; cangaceiro de atitudes monstruosas sentia especial prazer em torturar e assassinar com requintes animalescos as infelizes vítimas que caiam em suas mãos, como aconteceu com José Machado Feitosa, o rapaz de Poço Redondo que ele após torturá-lo medonhamente, o assassinou com uma punhalada em seu pescoço.

Em pouco tempo Juriti angariou extraordinária fama.

A fama de ser um cangaceiro que deixava as mocinhas sertanejas loucas de paixão e a fama de ser um assecla perverso ao extremo. Uma menina-moça, chamada Maria, filha de Manoel Jerônimo e Àurea, irmã de Delfina da Pedra D`água, deixou-o alucinado. Aquela ardente paixão foi recíproca. E o jamais imaginado pelos seus pais aconteceu. A menina de Mané de Aura deixou seu lar, seus pais e se jogou no mundo. Os seus sonhos e a sua ilusão era passar a viver nos braços do tão falado e comentado cabra de Lampião.

Na Grota de Angico vamos encontrar Juriti e Maria vivendo aquele instante de suprema agonia. Lampião, Maria Bonita e seus companheiros foram abraçados pela morte. Sem o grande chefe o viver cangaceiro não era possível. Os bandos espalhados pelas caatingas foram se desfazendo. Alguns fugiram e outros se entregaram as autoridades de Alagoas e Bahia.

Juriti seguiu o mesmo caminho de muitos. Após enviar a sua Maria para a proteção do pai e a ajuda do amigo Rosalvo Marinho que a levaram para Jeremoabo, onde ela foi recebida e bem tratada pelo capitão Aníbal Ferreira que deixando o papai surpreso e feliz liberou a sua filha para que com ele retornasse para sua casa e para o aconchego de sua família. Ainda mais. Solicitou a ajuda de Maria, do pai e de Rosalvo Marinho para que ambos fizessem com que Juriti e seus companheiros também viessem se entregar.

Juriti e Borboleta são convencidos pelo amigo da Pedra D`água e também seguem para Jeremoabo onde se entregam ao capitão Aníbal. Recebem o mesmo presente que Maria recebeu. São liberados. Borboleta joga-se na “lapa do mundo” e nunca mais se soube notícias dele. Talvez não esquecendo a sua Maria, Juriti se demora alguns dias no Canindé Velho de Baixo, porém no início de 1939 viaja para Salvador a capital baiana.

Em Salvador consegue trabalhar como vigia de um fábrica. Em 1941 é despedido do trabalho e retorna para o sertão de Sergipe. É seu desejo visitar os amigos da Pedra D`água, obter notícias de sua antiga companheira e seguir viagem para o Salgado do Melão, a sua terra de nascimento. Chegou ao último porto do Baixo São Francisco em uma quarta-feira e seguiu para a fazenda de Rosalvo Marinho, onde se “arranchou” e dormiu.

O sargento Deluz foi avisado da inesperada presença de Juriti na casa de seu cunhado Rosalvo Marinho. O sentimento impiedoso do militar não perdoava ex-cangaceiro. Juriti teria que pagar todos os crimes praticados durante sua vida no cangaço, e ele seria o juiz que iria condená-lo a morte.

Assim foi feito. A quinta-feira amanheceu e ainda muito cedo o café foi servido. Juriti conversa animado com seu amigo Rosalvo. Deluz e seus “rapazes” haviam cercado a casa. Surpreso, Juriti se vê na mira das armas dos atacantes e é imediatamente preso.

Sorrindo, Deluz diz:

- “Mais qui surpresa! Nunca pensei qui Juriti fosse um pásso tom manso, tom faci de ser agarrado. Teje preso cabra. Eu num quero cangaceiro perto de mim não”.

Juriti se recompõe da surpresa e desafia Deluz, dizendo: “Deluz, você é covardi. Eu sei quem você é. Um covardi. Mostri qui é homi e mi sorte. Só assim você vai ficar sabeno quem sou eu. Vamu, mi sorti, covardi. Você é um covardi”.

Amarrado a uma corda, Deluz transporta Juriti na direção de Canindé. Ao chegar a uma localidade chamada Roça da Velhinha, nas proximidades da fazenda Cuiabá, o sargento, friamente, ordena que se faça uma fogueira e quando as labaredas começam a lamber a caatinga e torrar a mataria e o chão daquele triste cenário da vida sertaneja, Juriti é jogado, sem dó e sem piedade no meio do fogaréu.

Em poucos minutos o corpo do antigo cangaceiro havia se transformado em um monte de cinzas. Ficando, por várias décadas, como testemunha daquele medonho momento os botões da braguilha da calça de Juriti, além do negrume deixado pelo fogo no local do monstruoso assassinato do antigo Manoel Pereira de Azevedo, do Salgado do Melão.

Saudações cangaceiras!
Alcino Alves Costa
Texto extraído do Blog Cariri Cangaço
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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ENTRE DEUS E O DIABO

Por: Sofia Moutinho
Capa do livro de Frederico Pernambucano mostra Benjamin Abrahão e padre Cícero. (foto: reprodução).

Livro resgata a saga do sírio-libanês Benjamin Abrahão, que imigrou para o Nordeste brasileiro na década de 1910 e entrou para a história por se tornar braço direito do padre Cícero e ter sido o único a filmar Lampião e seu bando.

O aventureiro sírio-libanês Benjamin Abrahão exibe o equipamento da Aba Filmes ao lado de Lampião, Maria Bonita e o restante do bando. (foto: Cinemateca Brasileira)

Deus e o diabo na terra do sol. Impossível não lembrar do título do filme de Glauber Rocha ao ouvir a história do sírio-libanês Benjamim Abrahão, curiosa figura que fez sua vida no sertão nordestino nos anos 1920 e 1930. O forasteiro conseguiu seu sustento se aproveitando ora do homem santo padre Cícero, ora do vilão Lampião. Nessa empreitada, ficou marcado na história como o primeiro a documentar de perto a vida do cangaço, através de fotos e filmes.

Sua rica biografia é narrada pelo historiador Frederico Pernambucano em Benjamin Abrahão, entre anjos e cangaceiros, livro repleto de detalhes suculentos sobre a vida no sertão e que não deixa de fora importantes marcos da política e da história da época. 

Parte da história de Benjamin Abrahão já havia sido contada no filme Baile perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira. A essa época, Pernambucano já estudava a saga do sírio-libanês e foi ele quem sugeriu o tema para os cineastas. Passados quase 20 anos, o historiador nos revela, em mais detalhes, um Benjamin Abrahão oportunista, que soube aproveitar cada chance oferecida no Brasil. 

Logo que chegou ao país, em 1915, fugido do alistamento militar para a Primeira Guerra Mundial, Abrahão usou da sua estrangeirice para conquistar a confiança de padre Cícero, então um poderoso e influente líder religioso e político de Juazeiro, interior do Ceará. Em meio à multidão de fiéis que visitavam o ‘padim’, o sírio se destacou apresentando-se como conterrâneo de Jesus. Tornou-se secretário pessoal de Cícero.

“Benjamin era um espertalhão, tão sedutor que conseguiu se instalar na casa paroquial, na época uma sede de poder importante. Lá vivia o padre Cícero e seu braço político Bartolomeu Floro. Benjamin se tornou o braço pessoal do padre”, conta Pernambucano. “Ficaram o padre e os dois como se fossem seus ministros.”

O sírio-libanês ficou na paróquia de 1917 a 1926. Nesse período, responsável pelas muitas joias doadas por fiéis, desviou fundos para si mesmo. Circulava no luxo e na luxúria até que a morte do padre pôs fim a sua boa vida. 

Pernambucano nos conta que em uma última tentativa de lucrar em cima do beato, Abrahão cortou chumaços de cabelo de Cícero já morto e passou a vendê-los para os romeiros. O empreendimento deu lucro até que o povo começou a desconfiar que o religioso não tinha tanto cabelo quanto estava sendo vendido.

O cangaço filmado

Sem dinheiro e desrespeitado, Benjamin Abrahão partiu para uma nova aventura. Com a chancela de ter sido braço direito de padre Cícero, foi em busca do temido Virgulino Ferreira, o Lampião. Devoto conhecido do ‘padim’, o cangaceiro estava em seu auge, controlando vários bandos pelo Nordeste, quando Abrahão lhe propôs ser seu documentarista oficial. Os dois já haviam se encontrado quando o cangaceiro foi convencido por padre Cícero a lutar ao lado do governo contra a Coluna Prestes, que passou pelo Nordeste por volta de 1925.

Abrahão já tinha tudo preparado. Conseguiu apoio da agência alemã Aba Filmes para filmar o cangaceiro procurado pela Justiça com uma câmera sem som de alta tecnologia para a época. Lampião, fascinado com a modernidade dos apetrechos, aceitou a proposta. Antes, porém, testou o equipamento para garantir que não se tratava de uma arma disfarçada.

Pernambucano: “Lampião  viu na proposta de filmagem a oportunidade de ingressar na história pela forma mais moderna que havia então”.

“Benjamim conseguiu convencer Lampião por causa do efeito mágico do cinema”, diz Pernambucano. “Naquela época, Lampião mobilizava grossos capitais. Travava com coronéis da região que financiavam seus roubos e recebiam parte do lucro. Seu bando era a imagem do sucesso da organização fora da lei. Ele viu na proposta de filmagem a oportunidade de ingressar na história pela forma mais moderna que havia então.”

A aventura cinematográfica de Benjamim Abrahão ganhou as páginas dos principais jornais do país. Em fevereiro de 1937, ele publicou uma série de reportagens no Diário de Pernambuco exibindo a intimidade do cangaço. 

Havia fotos impensáveis de Lampião costurando, Maria bonita penteando-lhe os cabelos, cangaceiros tocando gaita e comendo. O sírio-libanês anunciava para a imprensa que em breve lançaria um documentário sobre Lampião e seu bando.

A ideia dele era exibir o filme no Brasil e vender cópias para o exterior, onde Lampião também era manchete. Mas seu sonho foi destruído pela então recém-instalada ditadura do Estado Novo, que mandou confiscar as filmagens e proibiu a exibição e comercialização das películas. 

“As fotos e filmes de Benjamim eram um atestado da incompetência das forças policiais e uma afronta ao Palácio do Catete”, comenta o historiador, que traduziu a caderneta em que o forasteiro sírio registrou denúncias sobre as forças policiais que matavam civis e colocavam a culpa nos cangaceiros.

Assista a trechos do filme de Benjamin Abrahão sobre o bando de Lampião


Nessa época, sequências inteiras dos filmes foram destruídas. O que restou foi recuperado na década de 1950 pela Fundação Getúlio Vargas. Entre os filmes remanescentes, um chama atenção. Mostra o rei do cangaço fazendo comercial de Cafiaspirina, remédio para dor de cabeça da empresa alemã Bayer. O cangaceiro aparece distribuindo o remédio para seu bando em frente a um cartaz que diz: “Se é Bayer, é bom”.

Fadados à morte

Benjamin Abrahão morreu em circunstâncias misteriosas sem conseguir lucrar com seus filmes. Saiu para beber cerveja quando faltou luz na vila em que estava. Ouviram-se gritos e seu corpo foi encontrado esfaqueado dentro da casa de um homem aleijado que confessou o crime. 

Ninguém sabe quem foi o real autor do assassinato. Segundo Pernambucano, provavelmente foi alguém do povo contratado por algum coronel que queria queimar o ‘arquivo vivo’ que era Abrahão. Tendo convivido com Lampião, ele conhecia todos os coronéis e policiais corruptos que ajudavam o cangaceiro.

Pernambucano: “Quem matou Benjamin foi a mesma força que matou Lampião: o Palácio do Catete e os valores da ditadura”.

Mas, para o historiador, em última instância, quem matou o sírio-libanês e também Lampião foi o Estado Novo. O fim da soberania dos estados imposta pelo novo regime nacionalista desmantelou a estratégia de ocupação do cangaço, que se mantinha nas fronteiras para escapar das forças policiais que não tinham domínio para além de seus territórios.

Outro elemento apontado por Pernambucano foi o fim da inviolabilidade do latifúndio, que fez com que os coronéis que abrigavam bandos de cangaceiros não pudessem mais impedir a entrada de policiais em suas terras.  

“Quem matou Benjamin foi a mesma força que matou Lampião: o Palácio do Catete e os valores da ditadura”, afirma o historiador. “Antes que o Estado Novo espatifasse o sistema de poder do sertão, era alto negócio para qualquer fazendeiro comercializar com o cangaceiro. O Estado Novo acabou com esse colaboracionismo. A morte de Benjamin foi, sobretudo, uma queima de arquivo histórica.” 

Aproximação suspeita

A história de Benjamim, na biografia de Frederico Pernambucano, tem como pano de fundo a relação da Alemanha com o Brasil antes da Segunda Guerra Mundial. O patrocínio da Bayer e da Aba Filmes à empreitada de Abrahão não foi gratuito. O historiador acredita que o apoio alemão é indício da política de aproximação do Reich com o nosso país.

“Lampião foi garoto propaganda da Bayer e isso se encaixa dentro de um quadro geral de sedução da Alemanha em direção ao Brasil”, diz. “Para se ter ideia, Hugo Sorentino, italiano que fazia filmes no Brasil, foi convidado a dirigir a Universo Filmes, agência alemã criada aqui para difundir o cinema alemão e furar o bloqueio de Hollywood. Ele chegou a ser convidado por Goebbels [ministro de propaganda de Adolf Hitler] a ir para Alemanha e ouviu dele que tinha interesse em moldar o cinema alemão para ser atraente para o brasileiro. Havia um namoro entre Alemanha e Brasil. A Alemanha sonhava com certas matérias-primas brasileiras, algumas estratégicas como o urânio.”

Pernambucano diz que os interesses da Bayer no Brasil não são completamente esclarecidos por falta de documentos históricos. 

Quando o Brasil declarou guerra aos países do Eixo, em 1942, a Bayer sofreu intervenção federal e muitos arquivos foram destruídos. Mas o historiador acredita que a figura de Lampião era estratégica para a entrada da empresa no sertão. “Aproveitar uma figura de herói popular, no sentido grego da palavra, que é um sujeito capaz de grandes façanhas para o bem e para o mal, era a intenção”, diz. “Lampião era cruel, perverso, atacava vilarejos, mas fascina o povo até hoje.”

http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/sobrecultura/2013/05/entre-deus-e-o-diabo-1/

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O CANGAÇO FILMADO

Na fotografia estão o Sírio-Libanês Benjamin Abrahão Botto e o Padre Cicero do Juazeiro.

Sem dinheiro e desrespeitado, Benjamin Abrahão partiu para uma nova aventura.

Com a chancela de ter sido braço direito de padre Cícero, foi em busca do temido Virgulino Ferreira, o Lampião. Devoto conhecido do “Padim”, o cangaceiro estava em seu auge, controlando vários bandos pelo Nordeste, quando Abrahão lhe propôs ser seu documentarista oficial. Os dois já haviam se encontrado quando o cangaceiro foi convencido por padre Cícero a lutar ao lado do governo contra a Coluna Prestes, que passou pelo Nordeste por volta de 1925.

Abrahão já tinha tudo preparado. Conseguiu apoio da agência alemã Aba Filmes para filmar o cangaceiro procurado pela Justiça com uma câmera sem som de alta tecnologia para a época. Lampião, fascinado com a modernidade dos apetrechos, aceitou a proposta. Antes, porém, testou o equipamento para garantir que não se tratava de uma arma disfarçada.

Ademar B. Albuqurque - proprietário da Abafilm

“Benjamim conseguiu convencer Lampião por causa do efeito mágico do cinema”, diz Pernambucano. “Naquela época, Lampião mobilizava grossos capitais. Travava com coronéis da região que financiavam seus roubos e recebiam parte do lucro. Seu bando era a imagem do sucesso da organização fora da lei. Ele viu na proposta de filmagem a oportunidade de ingressar na história pela forma mais moderna que havia então.”

A aventura cinematográfica de Benjamim Abrahão ganhou as páginas dos principais jornais do país. Em fevereiro de 1937, ele publicou uma série de reportagens no Diário de Pernambuco exibindo a intimidade do cangaço.


Havia fotos impensáveis de Lampião costurando, Maria bonita penteando-lhe os cabelos, cangaceiros tocando gaita e comendo. O sírio-libanês anunciava para a imprensa que em breve lançaria um documentário sobre Lampião e seu bando.

Maria Bonita penteando os cabelos de Lampião

A ideia dele era exibir o filme no Brasil e vender cópias para o exterior, onde Lampião também era manchete. Mas seu sonho foi destruído pela então recém-instalada ditadura do Estado Novo, que mandou confiscar as filmagens e proibiu a exibição e comercialização das películas.

“As fotos e filmes de Benjamim eram um atestado da incompetência das forças policiais e uma afronta ao Palácio do Catete”, comenta o historiador, que traduziu a caderneta em que o forasteiro sírio registrou denúncias sobre as forças policiais que matavam civis e colocavam a culpa nos cangaceiros.

Nessa época, sequências inteiras dos filmes foram destruídas. O que restou foi recuperado na década de 1950 pela Fundação Getúlio Vargas. Entre os filmes remanescentes, um chama atenção. Mostra o rei do cangaço fazendo comercial de Cafiaspirina, remédio para dor de cabeça da empresa alemã Bayer. O cangaceiro aparece distribuindo o remédio para seu bando em frente a um cartaz que diz: “Se é Bayer, é bom”.


Nessa época, sequências inteiras dos filmes foram destruídas. O que restou foi recuperado na década de 1950 pela Fundação Getúlio Vargas.

Entre os filmes remanescentes, um chama atenção. Mostra o rei do cangaço fazendo comercial de Cafiaspirina, remédio para dor de cabeça da empresa alemã Bayer. O cangaceiro aparece distribuindo o remédio para seu bando em frente a um cartaz que diz: “Se é Bayer, é bom”.

Fonte principal: BLOG CIÊNCIA HOJE

2ª fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior - O cangaço

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JÁZIGO DO CORONEL ARSÊNIO ALVES DE SOUZA

Detalhe: Essa Sepultura foi localizada pelo Historiador/Pesquisador Rubens Antonio Antônio (Salvador/BA), durante suas pesquisas de campo.

Arsênio Alves de Souza, ou Tenente Arsênio Alves como assim era conhecido foi durante a época do cangaço um implacável perseguidor de cangaceiros, em especial a Lampião e seu bando.

Bando de Lampião em 1936, Ribeira do Capiá, Alagoas.

Uma história interessante que envolveu o então Tenente Arsênio foi quando Lampião e seus homens cercaram o local em que sua tropa havia parado para descansar e tomar água em um lajedo. Quando todos os soldados estavam desprevenidos Lampião e seus homens atacaram, matando muitos soldados já durante os primeiros disparos. A volante foi praticamente dizimada e o massacre não foi ainda pior, graças à rapidez do tenente que conseguiu alcançar e disparar a metralhadora (hotkiss), afugentando os cangaceiros que atacavam ferozmente a tropa. Durante o disparo da metralhadora, que era algo novo para a época, um dos projéteis atingiu mortalmente Ezequiel Ferreira (Ponto Fino), pondo fim a vida do irmão mais novo de Lampião.

O Tenente Arsênio consegue fugir levando uma das peças da metralhadora, deixando-a inutilizada. Esse combate ocorreu no dia 24 de abril de 1931, na Fazenda Tanque do Touro na Bahia.

Arsênio Alves faleceu vítima de acidente automobilístico no sul do Estado da Bahia, e seus restos mortais estão enterrados no CEMITÉRIO CAMPO SANTO em Salvador/BA. Causa da Morte: Fratura do Crânio.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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