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quarta-feira, 22 de abril de 2015

A MANSÃO DA BARONESA DE ÁGUA BRANCA-AL


Residência da Baronesa Joana Vieira de Siqueira Torres, nonagenária, viúva do Barão de Água Branca (AL). Teve a sua residência saqueada pelo grupo de Lampião em 26.06.1922.

Segundo consta essa foi a primeira vez que Lampião liderou seu próprio grupo de cangaceiros.


Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior

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NAS TRILHAS DO CANGAÇO: CORONEL ÂNGELO DA GIA, FAZENDA POÇO DO FERRO E AS DUAS COVAS DE ANTÔNIO FERREIRA.

  Por João de Sousa Lima

Dia 19 de abril de 2015, saí de Paulo Afonso na companhia dos amigos Josué Santana e Leide Soares, para nos encontrarmos com o casal de amigos Marcos de Carmelita e a professora Silvana, residentes na cidade de Floresta, Pernambuco, onde iríamos realizar uma visita técnica para registrar mais um dos pontos históricos que farão parte dos roteiros apresentados durante o evento Cariri Cangaço, encabeçado por seu curador, Manoel Severo.

A pesquisa de campo teve como objetivo o mapeamento geográfico e histórico de um dos mais importantes fatos que marcam as histórias do cangaço na região pernambucana.
     
Um dos pontos mais visitados por Lampião e seus cangaceiros foi a fazenda Poço do Ferro, de propriedade do coronel Ângelo da Gia. A fazenda, na época do cangaço, pertencia a cidade de Floresta e hoje pertence a Ibimirim.
    
A fazenda não teria tanta importância para os pesquisadores do cangaço se lá tivesse sido apenas mais um dos inúmeros coitos dos cangaceiros. Nessa fazenda o Rei do Cangaço perdeu seu irmão Antônio Ferreira.
    
Dirigimos-nos para Poço do Ferro, sendo guiado por Marcos de Carmelita, porém sem conhecermos ninguém da localidade, assim como parentes que ainda residem por lá.

Quando avistamos a pequena placa com o nome da fazenda, paramos em uma cancela, abrimos e seguimos a estreita estrada. Mais a frente encontramos um casebre onde reside o senhor João David da Silva, sua esposa Maria das Graças e os filhos Joaquim e Graziela. O João David nos recepcionou, serviu água e nos levou ao lugar onde foi enterrado o Antônio Ferreira.

Uma pequena formação de pedras e uma cruz marca o local da sepultura.

Fizemos algumas fotos e fomos até a casa grande da fazenda, onde estavam  Neta, bisnetos e trinetos de Ângelo Gomes de Lima, o Ângelo da Gia.

Na casa grande fomos recebidos por Washington Gomes de Lima, bisneto do coronel. Um fato interessante é que disseram que não seríamos bem recebidos pela família e confesso que de todos esses anos de pesquisas e entrevistas, nunca tive uma receptividade tão calorosa como a que recebemos da família.

Travamos um diálogo em uma festiva roda de conversas, tendo por depoentes a neta do coronel e matriarca da família, a senhora Eunice Gomes  Lima e suas filhas Ruth Gomes Lima Laranjeira e Maria do Socorro Gomes Lima Cordeiro e ainda, do trineto João Vítor Gomes Lima.

As histórias foram muitas mais sempre voltávamos ao episódio principal: a morte de Antônio Ferreira e a perseguição sofrida pela família e imposta pelas volantes policiais.
    
Uma das informações importantes nos forneceu Washington que contou que dois dias depois da morte de Antônio, uma volante chegou na fazenda Poço do ferro, descobriu o túmulo do cangaceiro morto, desenterrou-o e cortou a cabeça e colocou em uma estaca da porteira do curral do casarão do coronel. Quando a polícia saiu o coronel mandou enterrar a cabeça no antigo cemitério da família. Antônio Ferreira tem, portanto dois túmulos, sendo um para o corpo e outro pra cabeça.

A MORTE DE ANTÔNIO FERREIRA
     
Em janeiro de 1927, Antônio Ferreira, Jurema e mais alguns cangaceiros estavam jogando baralho na fazenda Poço do Ferro, enquanto Luiz Pedro descansava em uma rede. Antonio pediu pra ficar um pouco na rede pois Luiz já fazia tempo que estava deitado. Quando Luiz Pedro tentou levantar da rede apoiando a coronha do mosquetão no chão, apoiou com força e na batida a arma disparou atingindo mortalmente Antônio.

Lampião estava na Serra Negra e quando foi avisado correu pra saber da verdadeira história. O próprio coronel Ângelo da Gia contou que a morte havia sido de “SUCESSO” (termo que servia para designar  um acidente).

O cangaceiro Jararaca queria matar Luiz Pedro e os outros que estavam no lugar, Lampião não aceitou e por isso discutiram e Jararaca deixou a companhia de Lampião e seguiu outro rumo.
    
Fala-se que foi ai o juramento que Luiz Pedro fez dizendo que seguiria Lampião até sua morte. Se verdade ou não a promessa, eles morreram juntos na fria manhã do dia 28 de julho de 1938.

Na fazenda Poço do Ferro ainda restam as velhas pedras escuras que circundam covas das pessoas de várias gerações da família e duas dessa simbolizam a passagem do cangaço em suas terras.

No final da conversa nos convidaram para um farto almoço regado a galinha cabidela, bode assado, arroz e feijão de corda. Porém o que mais me marcou nessa visita foram os sorrisos dos membros da família, que mesmo tendo sofrido os abusos e as injustiças de uma época tão marcada pela violência, não perderam suas essências de sertanejos valorosos e, sabem como poucos, receber calorosamente, aos que buscam os filetes de suas memórias históricas...

Dona Eunice, Washington, Ruth, Maria Socorro e João Vítor, Deus proteja sempre vocês.

João de Sousa Lima
Historiador e escritor
Membro da ALPA- Academia de Letras de Paulo Afonso
Membro da SBEC_ Sociedade Brasileira de estudos do Cangaço

Paulo Afonso, 20 de abril de 2015

Devido alguns problemas no momento da postagem, não foi possível a transferência das fotos deste artigo. Para você ver todas as fotos, clique no link abaixo:

http://www.joaodesousalima.com/2015/04/nas-trilhas-do-cangaco-coronel-angelo.html

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REUNIÃO DO GRUPO PARAIBANO DE ESTUDOS DO CANGAÇO - João Pessoa-PB



No próximo sábado 25/abril/2015, será realizado reunião do GPEC às 09:00 da manhã, Endereço: Praia do Seixas na antiga Associação dos Funcionários da Embratel. Além dos membros do grupo também podem participar qualquer pessoa que tenha interesse na temática Cangaço. Será um prazer recebê-los. Telefones para contato:(83)8832-7456/(83)9637-1191 

Narciso Dias.

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DOCUMENTÁRIO SOBRE À INVASÃO DE MOSSORÓ COMEÇARÁ SER FILMADO NESTA QUINTA EM AURORA-CE


FONTE –http://blogdaaurorajc.blogspot.com.br/2015/04/documentario-sobre-invasao-de-mossoro.html

Muito já se sabe sobre a história de Lampião em seus quase 20 anos de intensas estripulias pelos sertões de 7 estados nordestinos. Porém, ao contrário do que muitos ainda imaginam, inclusive bons pesquisadores e outros  “escribas livrescos”,  há muito ainda a se dizer, descobrir, estudar e escrever acerca da verdadeira saga lampiônica pelos grotões sertanejos.   

Uma dessas lacunas que continua aberta nas narrativas do Cangaço, sobretudo no que tange à história de Lampião, diz respeito  ao famoso episódio relacionado à Invasão da cidade de Mossoró em julho de 1927, cuja trama aconteceu na fazenda Ipueiras no município de Aurora no Cariri cearense. 

Um imenso cipoal de fatos e acontecimentos dos mais emblemáticos envolvendo, além da figura de Lampião, personagens fundamentais como o Cel Izaías Arruda e Massilon Leite – ditos como os principais patrocinadores  que convenceram Virgulino a aceitar tal empreitada. Ainda, outros colaboradores aurorenses tais como Zé Cardoso, Miguel Saraiva, Décio Holanda do Pereiro, Júlio Porto e João 22 do subgrupo dos irmãos marcelinos. Como ainda figuras menores mas não menos importantes para a compreensão da trama como os cangaceiros da terra, moradores do riacho das Antas como José Côco, Zé Roque, Zé de Lúcio e Antonio Soares que integravam tanto o bando do coronel como o do próprio Massilon e dos Marcelinos.


Ocorrências históricas que se deram em solo aurorense(envolvendo a Ipueiras, os serrotes do Cantis e Diamante que serviam de coito para Lampião e seu bando) meses antes da malograda invasão à cidade do oeste potiguar. E depois da invasão frustrada – a traição do cel. ao rei do cangaço, culminando com a tentativa de envenenamento do bando e o famoso fogo da Ipueiras que também contou com a presença suspeita do major Moisés Leite de Figueiredo – comandante geral das volantes.

Fatos que como se nota estão ausentes ou muito pouco narrados(pelos menos como deveriam) na literatura tida como oficial do cangaço atinente ao célebre acontecimento.

DOCUMENTÁRIO DE SILVIO COUTINHO

De modo que avaliamos como bastante necessário e alvissareiro a produção do documentário cinematográfico “Chapéu Estrelado”, do diretor carioca Silvio Coutinho, roteiro do artista plástico Iaperi Araújo, Além da produção de Valério Andrade na produção e de Rostand Medeiros na pesquisa. 


Um filme que tenta refazer o caminho que o bando de Lampião trilhou entre 10 e 14 de junho de 1927 pelo interior do Ceará, Paraíba e RN a partir do município de AURORA Sul do Cariri precisamente na fazenda Ipueiras onde ocorreu  toda a trama para à invasão de Mossoró.

Trata-se portando de um documentário em longa-metragem intitulado “Chapéu Estrelado – Os caminhos de Lampião no Oeste Potiguar” que estará sendo filmado a partir desta quarta-feira(22) na cidade de Aurora.


Para tanto,  Rostand Medeiros (foto acima, entrevistando) já combinou com o secretário de cultura de Aurora o também pesquisador José Cícero para que o mesmo possa participar dos trabalhos durante as filmagens à Ipueiras, Cantins e Serrote do Diamante( locais que serviram de coito para o rei do cangaço e seu bando).

Oportunidade em que o secretário aurorense falará um pouco acerca da figura de Massilon Leite que juntos do Cel. Izaías Arruda convenceram Lampião à empreitada de Mossoró. Como igualmente de Miguel Saraiva e Zé Cardoso que também foram participes no citado episódio. 

Conforme o cineasta a prioridade “máxima” é que a primeira exibição pública seja no RN, “pelo menos” em Natal e Mossoró. O plano é lançar ainda em 2015, mas a data não foi definida. “Depois do lançamento, e antes de chegar ao circuito comercial, pretendemos fazer o circuito de festivais nacionais e internacionais. Para ele, o cangaço é um tema internacional e continua atual.

Coutinho adiantou que o formato do documentário, que conta com parceria da produtora Locomotiva Cinema de Arte (RJ), será moderno, dinâmico. “Vamos explorar bastante a paisagem dos três estados onde vamos filmar (CE, PB e RN) e ouvir herdeiros dessa memória pelo caminho”.

Para a execução do documentário a equipe de filmagem ouvirá também alguns pesquisadores do cangaço, sobretudo no tocante aos episódios  ocorridos em Aurora que envolveram Lampião, o coronel Izaías Arruda, Zé Cardoso e  Massilon. Quando serão entrevistados o secretário de cultura local José Cícero (professor e pesquisador do cangaço)  e na vizinha cidade de Missão Velha onde existe ainda hoje o grande casarão onde residiu coronel; serão entrevistados  o prof. João Calixto Jr e o memorialista João Bosco André.

Toda a equipe de filmagem deverá chegar em Aurora na noite de quarta-feira(22) onde ficará hospedada até o dia seguinte, data prevista para o início dos trabalhos.

Da Redação do Blog de Aurora.
Com informes do TOK DE HISTÓRIA.

Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros.

http://tokdehistoria.com.br/

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TODO SERTÃO NUM SÓ CORAÇÃO

Por Antonio José de Oliveira

Nobre pesquisador Mendes: 

Tive o privilégio (como tantas outras vezes) de ser indicado por você para a leitura do livro TODO O SERTÃO NUM SÓ CORAÇÃO: Vida e obra de Alcino Alves Costa, de autoria do Advogado e Escritor Rangel Alves da Costa.


Tenha certeza caro amigo que, a leitura desse livro me despertou tanto pelo aprofundamento da pesquisa sobre a Saga do cangaço, como procurar compreender com mais afinco o que acontece na vida de um homem público.

Você que conhece o livro do Rangel, sobre a vida de seu pai, sabe perfeitamente quem foi o mestre Alcino: sua inteligência, dedicação, sofrimento nos últimos dias e, apesar de um grande administrador, (logo que governou sua Poço Redondo por três vezes), a injustiça pela qual fora acometido na sua última gestão.

Alcino - filho de um torrão sertanejo que produziu mais de duas dezenas de cangaceiros, e, ele próprio era sobrinho de um deles: O Zabelê, que segundo suas palavras LEVANTOU VOO, NÃO MAIS RETORNANDO ao torrão que lhe vira nascer.

Alcino, que fora escritor, compositor, radialista, político de peso em sua Terra, mas havia estudado somente o curso primário. Era na verdade um autodidata.

Mas, para o leitor conhecer em profundidade quem era o "CAIPIRA DE POÇO REDONDO" e "VAQUEIRO DA HISTÓRIA", faz-se necessário apossar-se da leitura do livro VIDA E OBRA DE ALCINO COSTA, escrito pelo seu filho Rangel e, LAMPIÃO ALÉM DA VERSÃO: Mentiras e mistérios de Angico, escrito pelo próprio Alcino.


Explanar sobre a vida do mestre de Poço Redondo, é sempre motivo de prazer e honra para um iniciante na estrada da Saga do Cangaço.
O meu muito obrigado,

Antonio Oliveira - Serrinha desta nossa Bahia.

Informação: Se você quiser adquirir livros sobre o cangaço, escrito pelo  saudoso Alcino Alves Costa, entre em contato através dos e-mails abaixo com Rangel Alves da Costa, ou o professor Pereira: 

rangel_adv1@hotmail.com
franpelima@bol.com.br

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