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terça-feira, 21 de junho de 2022

A CASA QUE A FOME MORA

Por Antonio Francisco

 


A casa que a fome mora

Eu de tanto ouvir falar
Dos danos que a fome faz,
Um dia eu saí atrás
Da casa que ela mora. 
Passei mais de uma hora
Rodando numa favela
Por gueto, beco e viela,
Mas voltei desanimado,
Aborrecido e cansado.
Sem ter visto o rosto dela.

Vi a cara da miséria
Zombando da humildade,
Vi a mão da caridade
Num gesto de um mendigo
Que dividiu o abrigo,
A cama e o travesseiro,
Com um velho companheiro
Que estava desempregado,
Vi da fome o resultado,
Mas dela nem o roteiro.

Vi num barraco de lona
Um fio de esperança,
Nos olhos de uma criança,
De um pai abandonado,
Primo carnal do pecado,
Irmão dos raios da lua,
Com as costas seminuas
Tatuadas de caliça,
Pedindo um pão de justiça
Do outro lado da rua. 

Vi o orgulho ferido
Nos braços da ilusão
Vi pedaços de perdão
Pelos iníquos quebrados,
Vi sonhos despedaçados
Partidos antes da hora,
Vi o amor indo embora,
Vi o tridente da dor,
Mas nem de longe via a cor
Da casa que a fome mora. 

Vi a gula pendurada
No peito da precisão
Vi a preguiça no chão
Sem ter força de vontade
Vi o caldo da verdade
Fervendo numa panela
Dizendo: "Aqui ninguém come!" 
Ouvi os gritos da fome,
Mas não vi a boca dela. 

Passei a noite acordado 
Sem saber o que fazer,
Louco, louco pra saber
Onde a fome residia
E por que naquele dia
Ela não foi na favela?
E qual o segredo dela,
Quando queria pisava,
Amolecia e matava
E ninguém matava ela? 

No outro dia eu saio
De novo à procura dela, 
Mas não naquela favela,
Fui procurar num sobrado
Que tinha do outro lado
Onde morava um sultão.
Quando eu pulei o portão
Eu vi a fome deitada
Em uma rede estirada
No alpendre da mansão.

Eu pensava que a fome
Fosse magricela e feia,
Mas era uma sereia
De corpo espetacular
E quem iria culpar
Aquela linda princesa
De tirar o pão da mesa
Dos subúrbios da cidade
Ou pisar sem piedade
Numa criança indefesa?

Engoli três vezes nada 
E perguntei: O seu nome?
Respondeu-me: Sou a fome
Que assola a humanidade,
Ataco vila e cidade,
Deixo o campo morimbundo,
Eu não descanso um segundo
Atrofiando e matando,
Me escondendo e zombando 
Dos governantes do mundo. 

Me alimento das obras
Que são superfaturadas,
Das verbas que são guiadas
Pros bolsos dos marajás
E me escondo por trás
Da fumaça do canhão,
Dos supérfluos da mansão,
Na soma dos desperdícios,
Na queima dos artifícios
Que cega a população.

Tenho pavor da justiça
E medo da igualdade,
Me banho na vaidade
Da modelo desnutrida
Da renda mal dividida
Na mão do cheque sem fundo,
Sou pesadelo profundo
Do sonho do boia fria
E almoço todo dia
Nos cinco estrelas do mundo. 

Se vocês continuarem
Me caçando nas favelas,
Nos lamaçais das vielas,
Nunca vão me encontrar
E eu vou continuar
Usando o terno xadrez
Metendo a bola da vez,
Atrofiando e matando,
Me escondendo e zombando 
Da burrice de vocês.

(Antônio Francisco T. de Mello)

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APAGANDO O LAMPIÃO VIDA E MORTE DO REI DO CANGAÇO

Veja se o professor Pereira ainda o tem. 

franpelima@bol.com.br

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GRANDE NOITE DE CONFERÊNCIAS E LANÇAMENTOS NO ENCERRAMENTO DO CARIRI CANGAÇO PAULO AFONSO 2022

 

A terceira e última noite de Cariri Cangaço Paulo Afonso, no dia 26 de Março de 2022, trouxe ao público presente ao Auditório da Escola João Bosco Ribeiro, as Conferências; "Lugares de Memória como Testemunho do Cangaço das Mulheres Paulo Afonsinas", com a recém empossada Conselheira Cariri Cangaço, Luma Holanda e "A Ação das Volantes Baianas contra o Cangaço" com o também recém empossado Conselheiro Cariri Cangaço, Tenente Coronel Raimundo Marins.

Célia Maria e Quirino Silva

Antes mesmo das Conferencias e Lançamentos da noite de encerramento, tivemos as apresentações artísticas do casal Célia Maria e Quirino Silva, em mais uma performance musical onde desponta a arte e o talento desses extraordinários artistas. Em seguida o público presente foi brindado com a apresentação de uma das mais festejadas artistas do sertão baiano e do nordeste; Rita Pinheiro, a Garimpeira da Cultura, que emocionou a todos numa peculiar apresentação teatral.

Rita Pinheiro, a Garimpeira da Cultura
Lugares de Memória com Luma Holanda, Conselheira Cariri Cangaço

A partir de uma pesquisa apurada, a pesquisadora Luma Holanda; à exemplo do trabalho desenvolvido a partir de dissertação que analisou o papel de Jesuíno Brilhante no Cangaço e seus possíveis lugares de memória enquanto representações de um passado que se faz presente na memória social, através da Geografia das Representações; traz a mesma disposição aos cenários pauloafonsinas e principalmente tendo como objeto de pesquisa as  mulheres de Paulo Afonso que entraram no cangaço.

Nadja Claudino, Neli Conceição, João de Sousa, dona Maria Sonia, 
Manoel Severo e Celia Maria
João de Sousa, dona Maria Sonia e Manoel Severo
Nadja Claudino, Neli Conceição, João de Sousa e dona Maria Sonia
Luma Holanda no Cariri Cangaço Paulo Afonso 2022

"Tanto história oral, memória e imaginário quanto representações, se organizaram e se manifestaram numa multiplicidade de linguagens, dentro da história do Cangaço e em Paulo Afonso e suas mulheres cangaceiras não são diferentes. Assim, no que tange aos aspectos metodológicos, a História Oral e o Imaginário Social forneceram elementos que nos possibilitaram melhor compreensão das produções de sentido inerentes ao caráter social dessas mesmas representações" revela Luma Holanda.

"As Volantes Baianas contra o Cangaço" com Raimundo Marins
Conselheiro Cariri Cangaço

Raimundo Marins trouxe ao público presente no Cariri Cangaço Paulo Afonso 2022, um trabalho dedicado e exaustivo de pesquisa, especialmente aos arquivos oficiais da Polícia Militar do Estado da Bahia, quando garimpou um conjunto extraordinário de documentos que revelavam "o dia a dia da tropa" refletindo todas as preocupações e determinação das volantes baianas no combate ao banditismo rural, notadamente dos cangaceiros.

Raimundo Marins no Cariri Cangaço Paulo Afonso 2022

"Nos dedicamos com muito zelo e responsabilidade na busca por elementos que nos ajudassem a compreender melhor a ação das forças públicas da Polícia Militar da Bahia no combate ao cangaço, e encontramos um vasto e rico material, inclusive muitas e variadas curiosidades que hoje compartilhamos com os amigos do Cariri Cangaço" confirma Raimundo Marins.

Raimundo Marins, Archimedes Marques, Manoel Severo, Moacir Assunção

Raimundo Marins, Archimedes Marques, Manoel Severo, Moacir Assunção e Gilmar Teixeira
Archimedes Marques, Manoel Severo, Moacir Assunção e Gilmar Teixeira

A noite de encerramento do Cariri Cangaço Paulo Afonso 2022 ainda guardava a apresentação dos pesquisadores; Archimedes Marques e o lançamento de mais um volume de sua obra máxima "Lampião e Historiografia de Sergipe - Vol 3" , Moacir Assunção e o festejado "Os Homens que Mataram o Facínora"; em nova edição; e Gilmar Teixeira com a esperada segunda edição de "Quem Matou Delmiro Gouveia?"

Archimedes Marques e "Lampião na Historiografia de Sergipe - Vol 3"

Archimedes Marque presidente da ABLAC e Conselheiro Cariri Cangaço, fez o lançamento do mais novo volume de sua obra máxima "Lampião e Historiografia de Sergipe" em seu terceiro volume, e relata: "Foram 12 anos de intensa pesquisa sobre o tema cangaço quando consegui reunir um farto material que certamente dará para chegar ao quinto volume, e neste noite aqui no Cariri Cangaço Paulo Afonso estamos lançando o terceiro; assim penso estar contribuindo com a preservação dessa história que nunca deixa de ser remendada, afinal de contas, o seu líder maior, o cangaceiro Lampião, não passou de um atroz bandido para multidões, mas também de uma espécie de justiceiro para tantos outros”.

Moacir Assunção e "Os Homens que Mataram o Facínora

O segundo lançamento da noite recebeu o jornalista, pesquisador e escritor, Moacir Assunção, lançando seu festejado "Os Homens que Mataram o Facínora" em sua nova edição. Moacir Assunção ressaltou a "imensa satisfação de estar pela primeira vez participando de um Cariri Cangaço, iniciativa que acompanho há muitos anos, respeitando e admirando muito o trabalho de Severo e de todos os amigos." Assunção revela que a obra traz em sua essência o objetivo de “tirar das coxias da história personagens como Zé Saturnino, Zé Lucena, João Bezerra, Davi Jurubeba e Mané Neto, dentre outros, na verdade são personagens que passaram toda a existência como secundários dentro da história do cangaço, quando foram verdadeiramente protagonistas." A nova edição traz ainda um novo capítulo traçando um paralelo entre as "táticas do cangaço e de resistência das autoridades há 80 anos com as dos dias atuais", o trabalho de Assunção traz reflexões que comparam a atuação de Lampião com a dos atuais líderes do crime organizado e dos traficantes de drogas como também os episódios recentes que remetem à existência do chamado ‘Novo Cangaço'

Gilmar Teixeira e "Quem Matou Delmiro Gouveia?"

O terceiro lançamento da noite trouxe o pesquisador e escritor Gilmar Teixeira de Feira de Santana com a polêmica e aguardada segunda edição de "Quem Matou Delmiro Gouveia?" Para o autor, "continuamos a saga para aprofundar e trazer luz à esse que foi um dos mais polêmicos episódios do começo do século passado, quando um dos mais ousados empreendedores da história do nordeste, Delmiro Gouveia é alvejado a bala na varanda de seu chalé, no final da tarde, na localidade de Pedra, atual município de Delmiro Gouveia" e continua Gilmar, "Essa segunda edição, lançada na noite de hoje, traz muitas outras novidades que nos ajudarão a construir o quebra-cabeça da elucidação do assassinato de Delmiro, tivemos o cuidado de mais uma vez confrontar todos os depoimentos e notícias da época, rebuscamos episódios não relatados e ainda despercebidos , enfim, hoje trazemos com humildade o resultado desse trabalho aos amigos do Cariri Cangaço e de todo o Brasil."

Palavras de agradecimento de João de Sousa Lima, 
anfitrião do Cariri Cangaço Paulo Afonso
Dr Juliano Medeiros e os agradecimentos ao Cariri Cangaço

Encerrando toda a programação do Cariri Cangaço Paulo Afonso 2022, o anfitrião e presidente da Comissão Organizadora, Conselheiro Cariri Cangaço, João de Sousa Lima em suas palavras finais agradeceu em nome da equipe e em nome da cidade de Paulo Afonso a todos os presentes a "esse que sem dúvidas foi um dos maiores eventos com a marca Cariri Cangaço" e que "veio consolidar Paulo Afonso como um dos maiores destinos para o turismo cultural, histórico e de conhecimento, do Brasil", em seguida usou a palavra o médico e empresário Dr Juliano Medeiros, que ressaltou a grandeza do Cariri Cangaço como também a imensa vocação de Paulo Afonso para o turismo.

Moacir Assunção e Manoel Severo
João de Sousa e Felipe
Conselheiro Cariri Cangaço Mucio Procópio e Camilo Lemos
Herton Cabral, Ivanildo Silveira e Josué Santana
Bismarck Oliveira e Neli Conceição; Leticia e Felipe; Leonardo Gominho e Valdir Nogueira; Capitão Quirino e Jurivaldo
Padre Agostinho, capelão do Cariri Cangaço e Felipe Teles
Gerivanio e Manoel Severo
Ciço do Pife e Beto Patriota
Raimundo Marins e Junior Almeida

Terceira Noite de Cariri Cangaço Paulo Afonso, 26 de Março de 2022

https://cariricangaco.blogspot.com/2022/06/grande-noite-de-conferencias-e.html

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ENTRANDO NA CANJICA

 Clerisvaldo B. Chagas, 21 de junho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.719

NEBLINA EM SANTANA (FOTO: GRACILDA FREITAS)

Hoje tem início oficialmente o inverno no hemisfério Sul. Para nós, alagoanos, continua o período chuvoso iniciado em maio até a primeira quinzena de agosto. Nesse contexto estão Alagoas, Pernambuco e Sergipe, tudo igual em relação ao tempo. Mas como os climas da Terra estão em nova formação, não sabemos se a tradição será mantida. Choveu todo mês de maio e continua pelo mês de junho. Muita chuva, muito frio, com a vantagem em ser a chuva mansa em nossa região. As pingadeiras e chamadas garoas já encheram barreiros, lagoas açudes e até mesmo a represa recém construída do riacho João Gomes. Não sabemos o futuro, mas essa fase junina nos permite provar, provar e provar as delícias típicas da culinária, notadamente, pamonha, canjica e bolo de milho.

O mês de julho é o mês mais chuvoso do nosso chamado inverno, todavia não sabemos se ele ainda será o campeão ou o perdedor. Mas aqui temos festa em cima de festa, amigo. Encerrou a de Santo Antônio, vem a de São João, depois a de São Pedro e o cordão da alegria entra “pocando” no mês de julho com a Festa da Juventude e em seguida a da Padroeira Senhora Santana. Aliás, dizem que os festejos do mês seguinte já foram divulgados e as coisas vão acontecendo normalmente. Já tem cabra esperto dando polimento em carro de boi e limpando os acessórios que enfeitam as parelhas, para a procissão dos carreiros que abre a Festa de Senhora Santana. E mais uma vez a atração iniciará no Parque de Exposição Isaías Vieira Rego com missa solene.

E assim segue o nosso Sertão nordestino sofredor e festeiro o ano todo. Ainda aguardamos para o mês a grande festa do padre Cícero, na Pedra, em Dois Riachos e as visitas turísticas e fanáticas dos admiradores de cangaceiros à Grota dos Angicos a partir de Piranhas ou Pão de Açúcar. Mês de julho, mesmo com frieza e possíveis chuvas, promete. Os nossos sertões já possuem asfalto por todas as malocas, o que facilita as coisas para quem gosta de viajar, conhecer... Participar. Por todos os lugares existem bons restaurantes e posadas. Bebida alcoólica para quem gosta, parece brotar da terra e muitas quadrilhas já estão organizadas e dançando sem ferrugens nas juntas. Andar pelo Sertão faz bem à saúde, meu senhor e minha senhora.

Vamos gastar o dinheiro amofambado!

 


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LAMPIÃO EM BARBALHA/CE - CANAL CANGAÇO EM FOCO

Por Cangaço em Foco 

https://www.youtube.com/watch?v=XZdGl8CfXag&ab_channel=CANGA%C3%87OEMFOCO

Passagem de Lampião em Barbalha em 1926, antes de chegar em Juazeiro do Norte. #cangaceiro #cangaço #ceará #lampião #mariabonita #nordeste #historia #cariri #juazeirodonorte

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CANGACEIRO CUNHADO DE LAMPIÃO ERA NATURAL DE FLORÂNIA/RN.

 Por Geraldo Júnior

Recentemente um grupo de pesquisadores/estudiosos do cangaço, encabeçado pelo pesquisador Thiago de Góes, localizou um documento no cartório da cidade de Florânia no Estado do Rio Grande do Norte, que coloca em dúvidas o verdadeiro nome do cangaceiro e sua naturalidade, que acreditava-se até então ser da cidade de Alexandria no citado Estado.

No registro constante no documento consta o nome de um cidadão chamado VIRGÍNIO FORTUNATO DA SILVA NETO, nascido na antiga Vila de Flores, atual cidade de Florânia/RN, no dia 16 de janeiro de 1902 , filho de José Venâncio da Silva e Julia Amélia de Vasconcellos, neto de Virgínio Fortunato da Silva.

Embora necessite de maiores elementos comprobatórios o documento localizado levanta a hipótese de que VIRGÍNIO FORTUNATO DA SILVA NETO, seja o cunhado do temível rei do cangaço. Lampião.

Continuaremos em busca de maiores detalhes a respeito desse caso e por enquanto nos resta apenas apreciar a imagem apresentada.

Geraldo Antônio De Souza Júnior

Informações AQUI

https://edsondantas.com/?p=65007

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LAMPIÃO CONHECE MASSILON LEITE

 Por José de Paiva Rebouças


Com o sucesso da empreitada criminosa, Massilon Leite foi se encontrar com o então coronel Isaías Arruda em Aurora-CE, a 240 km de Apodi. Lá, dividiram o saque. O bandido estava eufórico e fazia grandes planos, um deles era entrar para o cangaço.

Massilon Leite foi o comandante do ataque a Apodi.

Na penúltima semana de maio, Virgínio armou acampamento na Serra do Coxá-Diamante, em Aurora-CE. Tinha fracassado na missão de saquear a Paraíba.

Virgínio Fortunato da Silva

Coube a José Cardoso, primo de Isaías, a tarefa de levar e apresentar Massilon a Lampião. Contou sobre seu assalto e pediu que fosse incorporado ao bando. O cangaceiro desconfiou, mas, como tinha perdido alguns homens nos confrontos recentes, aceitou a parceria.

Continuarei amanhã.

Fonte - Revista Brava Gente  do Jornal de fato.com 

Página 12

Mês Junho de 2022.

Digitado e Ilustrado por José Mendes Pereira - administrador deste blog.

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VERSOS POÉTICOS

 Por Veridiano Dias Clemente


Essa rêde que balança

É feito a onda do mar

Ela me ensina a amar

Feito a onda que vem

Mas também vai embora

E não vejo a hora

De beijar você meu bem


Mas cada vez que você vem

Eu tento de novo te agarrar

Mas sempre voltas prú mar

Com teu véu de espumas

Vejo teus pés pisando

E meus olhos te olhando

Afundando com as brumas


E eu vou tomando umas

Te olhando devagar

Inverso a onda do mar

Que se move ofegante

O teu corpo vai molhando

E cada vez vou te amando

Com esse teu olhar cintilante


Poeta Verí

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