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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Mais Lançamentos no Cariri Cangaço 2013 !!

Por: Gilmar Teixeira

Caro amigo Severo, é com satisfação que confirmo minha presença em mais um Cariri cangaço, evento este considerado a Meca dos Estudos sociais do povo nordestino; cangaço, messianismo, coronelismo e temas afins; estarei presente sim, e espero poder contribuir com o evento, com o lançamento de meu mais novo curta, "Os últimos dias de Aristéia", contando os últimos dias de vida da ex-cangaceira Aristéia. Assim também como o lançamento de mais um livro nosso, neste grande evento, este livro voltado ao tema cangaço.

Minha filha, Louise Farias, também estará presente e lançará no evento seu curta, nota 10, "Lá pras bandas de Maria”, aproveitando a oportunidade Severo, acho que o evento merece um dia dedicado ao cinema e vídeo, onde os amantes da sétima arte poderiam exibir seus trabalhos alusivos ao evento, fica a dica e desde já me coloco a disposição dos amigos organizadores pra o que der e vier.

Abraços a todos e que venha o cariri cangaço 2013.

Gilmar Teixeira
Pesquisador, Escritor e Cineasta
Paulo Afonso - BA

http://cariricangaco.blogspot.com
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Aderbal Nogueira em Diálogo...


O lado B de um pesquisador - Diálogo com Aderbal




Estava justamente buscando fugir do lugar comum e explorar um pouco das atividades extracurriculares dos escritores, pesquisadores, enfim, gostaria de compartilhar um outro cotidiano destes vaqueiros. Por exemplo: para o entrevistado do vídeo abaixo, Cangaço é uma entre tantas paixões. É o segundo assunto da pauta, e só pra variar é o que domina o papo recheado de boas histórias de aventuras.

Assista aí, o Programa Diálogo da TV Ceará com apresentação de Ricardo Guilherme que recebeu o nosso confrade o pequisador, esportista, multimídia etc Aderbal Nogueira.

Aproveitando a deixa...


Atenção cangaceirólogos da terra da Iracema. Neste sábado, 16 o também pesquisador, escritor e presidente do Grupo de estudos do cangaço do Ceará - GECC Ângelo Osmiro Barreto é o entrevistado do programa "Papo Literário" com Monica Silveira a partir das19h 30min na TV Ceará Canal 5. E pro resto do país? Assim que o vídeo estiver disponível na web compartilharemos com toda certeza.



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O Coronel Franklin Maxado...


Meu caro Manoel Severo, parabéns por sua luta e pelas novas iniciativas. Aqui  o que sei de Cangaço, é que seu xará, o prof. Manoel Neto está gravando para o CEEC da Universidade Estadual da Bahia, UNEB tendo como profissional operador o  mesmo câmera  que Glauber Rocha  empregou em seus filmes...

Por outro lado faço um papel de coronel no filme de cangaço  rodado aqui em Feira de Santana - Foi Assim no Sertão - Thriller - que tem uma mostra na YouTube e pode ser acessado. Também, recentemente, a Editora Queima bucha de Mossoró republicou o meu livro "O Que é Cordel" no qual consta uma parte sobre o cangaço no cordel.

Sem mais, confessando admirador do seu trabalho, 
Franklin Maxado
Feira de Santana - BA

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Convento de São Pascoal em Mossoró - 10 de Fevereiro de 2013

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Folheando o livro “Os Religiosos no Brasil: Enfoque Histórico / Riolando Azzi, José Oscar Beozzo (organizadores). São Paulo: Paulinas, 1986”, tomo conhecimento de um projeto para a construção de um convento franciscano em Mossoró e uma matriz. Diz o texto que “o motivo principal que levou a Província de Santo Antônio a fundar uma residência franciscana na cidade de Mossoró, foi o pedido do seu primeiro bispo, Dom Jaime Câmara”. E atendendo ao pedido do Bispo, a Direção da Província, a 19 de maio de 1941, se comprometeu com a Diocese a aceitar o encargo da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, apesar de não ver grande vantagem em Mossoró. Para tanto, Dom Jaime tinha prometido aos franciscanos a aquisição do terreno e mais uma contribuição monetária no valor de 35 contos de réis, para a construção do convento e matriz. A Direção da Província enviou inicialmente, em 1940, Frei Francisco Solano a fim de sondar o local que havia sido cedido pela Diocese de Mossoró para a construção do convento.
               
A 28 de julho de 1941 partiram do Recife para Mossoró, os três primeiros franciscanos que iam construir a comunidade inicial. O local em questão era um bairro pobre da periferia da cidade, chamado Alto da Conceição, onde ficava a residência provisória, doada pela diocese, e que lhe serviu de primeiro convento.
               
A denominação desse bairro merece um parágrafo a parte: Raimundo Soares de Brito em seu livro “Rua e Patronos de Mossoró: Dicionário – Fundação Vingt-un Rosado, 2003”, registra que a região antes se chamava Mariseira dos Macacos e depois Alto dos Macacos. Em 1896 uma comissão composta de Manoel Francisco de Borja, Silvério José de Morais, sob a presidência do professor Manoel Antônio, deliberou que a partir daquela data (03 de dezembro), o local não se chamaria mais Alto dos Macacos, mas sim, Alto da Conceição. E com essa denominação permanece até os dias atuais.
               
Voltando ao assunto, mesmo com a chegada dos franciscanos, os serviços de construção do convento e da igreja não puderam ser iniciados, uma vez que justamente nesse ínterim houve a transferência de Dom Jaime Câmara para Belém do Pará, devendo se esperar o novo Bispo, a fim de se levarem a cabo os entendimentos com a diocese e, conseqüentemente, com a Santa Sé. O novo Bispo foi nomeado na pessoa de Dom João Batista Portocarrero Costa, que manteve todo o acordo firmado pelo seu antecessor. Tiveram ainda problemas na aquisição do terreno para construção, mas também esse problema foi resolvido. E finalmente a obra foi começada, tendo sido a primeira pedra do convento lançada em 3 de dezembro de 1944. Um ano e meio depois, ou seja, em fins de maio de 1946, já se transferiria a comunidade para este novo convento.
               
Quanto à igreja, a pequena capela, que existia ao lado, foi transformada numa grande e espaçosa matriz. A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição foi criada em 15 de agosto de 1941.
               
Com relação aos trabalhos apostólicos, esses se iniciaram logo após a chegada dos franciscanos. Mas, pelo menos nos primeiros anos, não foram de tudo satisfatórios. Faltava, principalmente, pessoal. A solução encontrada pelos religiosos foi à formação de 15 centros catequéticos pelas várias partes da paróquia. E para maior eficiência e constância do ensino religioso, dada a deficiência numérica de sacerdotes, procurou-se formar um grupo de catequistas, ministrando-lhes uma instrução mais sólida e profunda.
               
Com o tempo foram se formando várias associações religiosas: o Apostolado da Oração, a Pia União das Filhas de Maria e a Cruzada Infantil.
               
Apesar do árduo trabalho que tinham pela frente, os franciscanos, não obstante o pequeno número de padres (três, e às vezes só dois), tomaram sob seus encargos, por algum tempo, as paróquias de Alto Santo e Frade, na diocese de Limoeiro, no Ceará, e ordinariamente pastorearam a paróquia anexa de São Sebastião, hoje Governador Dix-sept Rosado.
               
O convento de São Pascoal em Mossoró não figura entre as grandes fundações da Província, sejam quanto as suas dimensões ou ao número de religiosos. No entanto, não obstante suas limitadas possibilidades procuraram seus religiosos escrever uma página de franciscanismo nas terras mossoroenses.
               
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Fonte:
http://www.blogdogemaia.com/index.php?arq=09/2011

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento
http://blogdomendesemendes.blogspot.com/

O ALEMÃO QUE NÃO FEZ A SAUDAÇÃO NAZISTA – QUANTOS DE NÓS TERÍAMOS A MESMA CORAGEM?

Por: Rostand Medeiros

Hamburgo, Alemanha Nazista, 1936, uma multidão de pessoas se reuniu em um estaleiro para assistir ao lançamento do navio-escola da marinha SSS Horst Wessel, em que o próprio Adolf Hitler estava presente. Enquanto centenas levantavam obedientemente seus braços em uníssono na saudação nazista, um homem na parte de trás da multidão ficou com os braços cruzados sobre o peito e apertando os olhos para quem estava fazendo a saudação.

No destaque vemos  August Landmesser sem realizar a saudação nazista, em uma solenidade onde o próprio Hitler estava presente
No destaque vemos August Landmesser sem realizar a saudação nazista, em uma solenidade onde o próprio Hitler estava presente

Esta figura era desconhecida até 1991, quando a sua famosa foto foi publicada em 22 de março, no jornal alemão “Die Zeit”. Logo uma de suas filhas o identificou como sendo August Landmesser, um trabalhador do estaleiro Blohm + Voss, da cidade de Hamburgo.

August Landmesser
August Landmesser

Landmesser, nascido em 24 de maio de 1910,  foi inclusive membro de carteirinha do Partido Nazista, onde entrou em 1931 na esperança de conseguir um emprego, mas tinha uma razão muito pessoal para não fazer mais a infame saudação. No verão de 1935, de acordo com o ”Nürnberger Gesetze” (“Leis de Neuremberg”), o Estado nazista proibia Landmesser, como um não judeu, a se casar com Irma Eckler, a sua amada companheira.

Consta que a condição de judia de Irma não era totalmente correta. Seu pai, Arthur Eckler, nasceu da união de uma mãe judia e um pai não judeu. Com a morte de seu pai, seu padrasto conseguiu convencer Irma, sua mãe e suas irmãs a se converterem ao protestantismo e serem batizadas. Mas para o regime de Hitler a jovem Irma era uma judia.

Irma Eckler
Irma Eckler

Independente disso o casal seguiu adiante na sua luta para continuarem unidos. Em 29 de outubro de 1935 nasceu a primeira filha, chamada Ingrid. Em 1937 a família tentou fugir para a Dinamarca, mas Landmesser foi preso e se tornou conhecido que Irma estava grávida.

Landmesser então foi acusado pelas leis nazistas de “desonrar a raça”. Ele argumentou que não sabia se Irma era totalmente judia e foi absolvido por falta de provas em 27 de maio de 1938. Mas com o aviso de que uma reincidência resultaria em uma pena de prisão de vários anos.

Mesmo com o perigo a espreita, Landmesser e Irma continuaram seu relacionamento publicamente e esta atitude foi fatal.

No dia 15 de julho de 1938 ele foi novamente preso por ter se apaixonado e condenado há dois anos e meio em regime fechado. Entre as peças de acusação estava a foto que se tornaria famosa. Landmesser cumpriu a pena no campo de concentração de Börgermoor, onde os presos foram usados ​​para o trabalho forçado em fábricas de armamento e estaleiros.

Já Irma foi detida pela Gestapo e colocada na prisão de Fuhlsbüttel, em Hamburgo, onde ela deu à luz uma segunda filha, Irene. De lá ela foi enviada para o campo de concentração de Oranienburg, depois para o campo de Lichtenburg e em seguida campo de concentração das mulheres de Ravensbrück.

Ficha de Irma
Ficha de Irma

Suas filhas foram inicialmente levadas para o orfanato da cidade de Hamburgo. Ingrid mais tarde foi autorizada a viver com uma avó e Irene foi adotada por outra família. Algumas cartas de Irma Eckler chegaram até suas filhas em janeiro de 1942. Acredita-se que Irma foi levada para o chamado Centro de Eutanásia de Bernburg em fevereiro de 1942, onde ela foi morta na câmara de gás junto com outras 14 mil pessoas.

Landmesser foi libertado em 1941 e viveu como capataz de uma fábrica. Mas em fevereiro de 1944 ele foi convocado para servir no batalhão penal Bewaehrungsbattalion 999 (uma unidade do exército alemão formada por ex-criminosos). Foi declarado desaparecido em ação e supostamente morto durante combates ocorridos na Croácia, em 17 de outubro de 1944.

Landmesser, Irma e suas filhas
Landmesser, Irma e suas filhas

Irene Eckler publicou em 1996 o livro “Die Vormundschaftsakte 1935-1958:einer Familie Verfolgung wegen Rassenschande”, onde conta a história da destruição de sua família pelas leis racistas da Alemanha nazista. Publicado em alemão e em inglês, obteve grande sucesso na Alemanha e em outro países da Europa.

A autora buscou familiares da sua mãe que tivessem sobrevivido a guerra para descobrir o máximo que pudesse acerca do seu passado e esteve nos tribunais locais em busca de documentos. O livro inclui uma grande quantidade de fotos de materiais originais, como cartas de sua mãe e documentos de instituições estatais.

Quando eu olho para a fotografia de August Landmesser, eu vejo um homem que se recusou a realizar um nefasto gesto coletivo e, assim, optou por não ficar em silêncio e viver junto de quem amava.

August Landmesser em momentos mais aprazíveis
August Landmesser em momentos mais aprazíveis

Tenho certeza de que no meio da multidão naquele dia, havia muitos mais que desejariam não realizar aquela saudação infame, mas não tiveram a coragem de repetir o mesmo gesto de Landmesser. Quase oitenta anos depois é fácil ser crítico de todos aqueles que são vistos saudando. Mas isso é uma reação simples.

Mais instrutivo é olhar no espelho e se perguntar: “Qual tipo de sacrifício eu realmente faria por quem eu amo?”.

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