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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Quem matou Delmiro Gouveia?

Por: Gilmar Teixeira


Livro: Quem Matou Delmiro Gouveia?
Autor: Gilmar Teixeira


Edição do autor:
 
152 págs.
 
Contato para aquisição
 
 
Valor: R$ 30,00 + R$ 5,00 (Frete simples)
Total R$ 35,00
 
Sem mentiras e sem calúnias 
 
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Hoje na História - 22 de Dezembro de 2010

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Em 22 de dezembro de 1947 dava-se o falecimento do jornalista José Martins de Vasconcelos, nascido na cidade do Apodí a 11 de novembro de 1874. 
Além de jornalista, musicista, escritor, historiador, professor, poeta, artista alfaiate, compositor, Martins de Vasconcelos foi proprietário e diretor do jornal “O Nordeste’, que circulou em Mossoró entre nos anos de 1915 a 1934. 
Antes fez circular o jornal “A Crise”, em 1915. Colaborou em todos os jornais da terra, desde 1900, até mesmo em órgãos literários e estudantis, feitos a manuscrito. 
Foi professor e diretor do Grupo Escolar 30 de Setembro e exerceu a secretaria da Prefeitura de Mossoró na gestão do Prefeito Tertuliano Aires Dias.
Geraldo Maia do Nascimento


Todos os direitos reservados 
É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de
comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

A criação da Comarca de Mossoró - 23 de Maio de 2009

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Em 23 de maio de 1861, através da Lei nº 499, era criada a Comarca de Mossoró, ficando a mesma constituída de Mossoró e Campo Grande. A criação da referida Lei decorreu de proposta de Lei apresentada na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, na sessão de 2 de maio de 1861, pelo Deputado-Suplente, Bacharel José Maria de Albuquerque Melo, que pertencia ao Partido Liberal. Era a Sexta Comarca da Província. 
Dizia o texto: 
“Lei nº 499, de 23 de maio de 1861 
Pedro Leão Velloso, Presidente da Província do Rio Grande do Norte.
Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléia Legislativa Provincial decretou e eu sanccionei a lei seguinte:
 
Art. 1. Ficam desmembrados da Comarca de Assu, os termos de Mossoró e Campo Grande, os quaes formarão uma comarca que se denominará – Comarca de Mossoró. 
Art. 2. A nova comarca comprehenderá também o termo de apodi, que fica desmembrado do da Maioridade(Martins). 
Art. 3. Ficam revogadas as disposições em contrário. 
Mando portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que cumpram e façam cumprir tão inteiramente como nella se contém. O Secretário da Província a faça imprimir, publicar e correr. Palácio do Governo do Rio Grande do Norte, 23 de maio de 1861, quadragésima da independência e do império.
L.S.
Pedro Leão Velloso
Carta de lei pela qual V. Exc. Manda executar o decreto da Assembléia Legislativa Provincial, creando a Comarca de Mossoró, como acima se declara.
Para V. Exc. ver.
Antônio Benevides Seabra de Melo a fez.
Sellada e publicada nesta Secretaria do Governo aos 23 de maio de 1861.
O Secretário do Governo Adelino de Luna Freire.
Registrada a fls. 299 v. do livro 3º de leis e resoluções provinciaes. 1ª secção da Secretaria do Governo do Rio Grande do Norte, 28 de maio de 1861.
O Chefe, Álvaro de Oliveira Gondim."
 Em 1863, Campo Grande passou a fazer parte da Comarca de Assu.
O primeiro juiz de Direito de Mossoró foi o Dr. João Querino Rodrigues da Silva, que deu a mesma por instalada a 23 de abril de 1862. O referido magistrado faleceu em Mossoró a 15 de outubro de 1870, quando já estava transferido para a Comarca de Penedo, em Alagoas, como nos informa o historiador Raimundo Nonato, na sua “História Social da Abolição em Mossoró”.
Quem primeiro exerceu a Promotoria Pública da Comarca foi o Dr. Manuel José Fernandes, que permaneceu até o ano de 1867.
O historiador Luís da Câmara Cascudo nos informa que em 10 de agosto de 1861, pouco tempo após ter criado a Comarca, o Presidente da Província, Conselheiro Pedro Leão Velloso, visitou Mossoró, vindo de São Sebastião, onde dormira com sua comitiva. Seu Ajudante d’Ordens, Manoel Ferreira Nobre, elogiou a vila, dizendo-a agradável e de bom clima, com alguma arborização.
Leão Velloso viajou no dia imediato, 11 de agosto, dormindo no Umari e indo jantar, no dia seguinte, na Ponta do Mel.
O poeta Francisco Otílio Alvares da Silva, secretário do Presidente Leão Velloso, descreveu a jornada presidencial no número de setembro a dezembro d’O Recreio. Informa que Mossoró possuía cento e vinte prédios e o comércio já bastante agitado. Ficou encantado com a hospitalidade.
Era assim a vila de Santa Luzia do Mossoró no longínquo ano de 1870, no ano em que foi criada a sua Comarca. 
Geraldo Maia do Nascimento
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Morre Monsenhor Assis, defensor dos mártires do RN

Corpo de Monsenhor Assis sendo velado
A igreja católica potiguar está em luto pelo Monsenhor Francisco de Assis Pereira, 76 anos. O religioso faleceu na manhã de ontem, dia 13, vítima de câncer de garganta. Desde o início do ano, o padre era submetido ao tratamento e estava internado desde a última segunda-feira, no Hospital São Lucas. A missa de corpo presente será celebrada a partir das 8h, pelo arcebispo Dom Matias Patrício de Macedo, na Catedral Metropolitana de Natal, onde o corpo é velado desde a tarde de ontem. São esperados para a cerimônia, cerca de 25 sacerdotes do Rio Grande do Norte e estados vizinhos para concelebrar a missa. Outras duas missas foram celebradas às 16h30 e às 19h de ontem.
Natural de Santa Cruz, na região Agreste potiguar, Monsenhor Assis, que era capelão da Igreja de São Judas Tadeu, no Tirol, ficou conhecido por defender a causa da beatificação dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu. O sacerdote, eleito postulador romano da Santa Sé junto às Congregação das Causas dos Santos, foi responsável por investigar e reunir documentos históricos e defender a argumentação perante o então papa João Paulo II que comprovou a autenticidade da fé durante o massacre.
"Ele foi o braço forte do processo de beatificação dos mártires de Cunhaú e Uruaçu", disse o arcebispo Dom Matias Patrício de Macedo. O arcebispo lamentou a partida do religioso e ressaltou ainda a grande contribuição deixada enquanto professor e diretor de estudos do Seminário São Pedro. "Foi uma vida dedicada a formação intelectual e espiritual dos nossos padres", acrescentou.

A governadora Rosalba Ciarlini prestou os últimos respeitos ao sacerdote. "É com profundo pesar que nos despedimos de uma personalidade que tanto fez pela Igreja Católica. O Rio Grande do Norte perde um grande sacerdote e uma figura humana de extrema bondade", lamentou a governadora.
O capelão de reserva da Polícia Militar, padre Tarcísio Pereira de Carvalho, 73 anos, e irmão do religioso enfatizou ter o Monsenhor Assis dedicado parte da vida para "mostrar a autenticidade dos nossos santos nordestinos. Era voltado para a causa regional, como postulador".
Padre Tarcísio lembra que a vocação do irmão para a vida religiosa iniciou desde a infância. "Aos oito anos, depois que papai faleceu, ele foi para o monastério em Garanhuns, Congregação dos Dominicanos. Uma vida entregue ao trabalho para Deus", disse.
Dois anos depois, o segundo de oito filhos retornaria a Natal e entraria para o Seminário São Pedro, onde viveu maior parte da vida.
Ordenado sacerdote em 13 de abril de 1958, Monsenhor Assis estudou em Roma, onde fez doutorado em Filosofia e em Teologia. Ade volta a Natal, atuou junto as paróquias de Nossa Senhora Aparecida, em Neópolis, da Sagrada Família, nas Rocas, e de São João Batista, em Lagoa Seca.
Paralelo ao trabalho como postulador, Monsenhor Assis atuava na construção do Arquivo da Arquidiocese de Natal. Considerado um intelectual e pesquisador incansável, escreveu e acumulou vasto acervo sobre estudos eclesiais, tendo publicado apenas dois livros, um sobre a história os Protomártires do Brasil e outro sobre o Beato Mateus Moreira, patrono dos Ministros da Eucaristia. Também foi professor da UFRN, do Departamento de Filosofia.
"Era um intelectual, homem reservado, mais conhecido pelo dom da escrita, do que da oratória", disse a sobrinha, a irmã Vilma Lúcia de Oliveira, que assumirá as atribuições junto ao Arquivo Eclesial. "A Igreja perde um arquivo", lamentou a sobrinha irmã Vilma Lúcia de Oliveira, sucessora
Três processos de beatificação estão em andamento
Nos últimos anos, o Monsenhor Francisco de Assis Pereira se dedicava de três processos de beatificação - o de Dom Frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira (Olinda - PE), Padre José Antônio de Maria Ibiapina (Guarabira-PB) e de reabilitação histórico-eclesial do padre Cícero Romão Batista, do Juazeiro (CE). Esse último buscava reverter a excomunhão do padre Cícero. (*) 
Os processos se encontram no Vaticano, para ser submetido à análise da Congregação das Causas dos Santos. De acordo com o chanceler da Cúria Júlio Cezar, o postulador era responsável por reunir documentos que atestassem a integridade e vida dos religiosos investigados.
Desde 2002, levantava a história de vida e santidade do padre João Maria Cavalcanti de Brito, o "padre João Maria", e do Cônego Luiz Gonzaga do Monte, o "cônego Monte", à pedido do arcebispo Dom Heitor de Araújo Sales. De acordo com o chanceler da cúria padre Júlio César, nesses se trata ainda de investigações ainda junto às paroquias, não tendo ainda previsão de quando serão, sobretudo agora, concluídos para apreciação da Santa Sé.
O padre Júlio Cezar frisa ainda ser cedo para falar em substitutos aos processos de beatificação e canonização dos santos do nordeste. Entretanto, assegura que o processo dos 30 mártires de Cunhaú e Uruaçu terá prosseguimento, com observância a todas exigências e cautelas que rodeiam tal investigação antes da proclamação como santos.
"Ele foi o maior propulsor da devoção aos mártires no nosso Estado. Uma pessoa firme e decidida, capaz de se comover diante da necessidade do outro e ajudar", lembrou o chanceler da Cúria.

Foto: Adair Dantas

Nota do editor do Blog do Juazeiro
Tudo que diz respeito a história do Padre Cícero é muito polêmica e o Jornal pode estar equivocado na afirmação que ele teria sido excomungado. A pena teria vindo de Roma, é verdade, contudo, segundo relatos, a partir de documentos catalogados por Lira Neto no livro Poder, Fé e Guerra no Sertão, não aplicada.
Dom Quintino, na época Bispo de Crato, vendo o estado debilitado de saúde do Padre Cícero e, segundo algumas interpretações, receoso de que a informação agravasse o estado do religioso podendo lhe levar a morte e uma reação do Dr. Floro Bartolomeu e do próprio povo, enviou o documento de volta a Roma, prevalecendo apenas à suspensão das ordens sacerdotais, ou seja, não podendo mais realizar sacramentos, o que já era um absurdo, diga-se de passagem.
Fico com a contextualização histórica do Lira Neto, baseada em documentos da própria Diocese de Crato, cedidos por Dom Fernando.
O professor Jose Carlos dos Santos, Secretário de Turismo e Romaria de Juazeiro, me disse que o Monsenhor Assis, era um religioso vocacionado e profundo conhecedor da história. Certamente realizou um bom trabalho buscando a reabilitação das ordens sacerdotais do Padre Cícero, considerado santo popular no nordeste brasileiro.

Beto Fernandes
Editor
Extraído do "blog do Juazeiro"

Professores são educadores, não babás

Nathalia Goulart
Ron Clark e seus alunos: em defesa de mais cooperação entre pais e professores
Ron Clark e seus alunos: em defesa de mais cooperação entre pais e professores (Divulgação/Ron Clark Academy)
Autor do 2º artigo mais compartilhado no Facebook em 2011, americano diz que pais desrespeitam regras de escolas, pondo em risco o futuro dos filhos.
"Hoje, existe uma preocupação grande com a autoestima da criança. Por isso, muitas pessoas se veem obrigadas a dizer aos pequenos que eles fizeram um ótimo trabalho e que são brilhantes, mesmo quando isso não é verdade"
O segundo artigo mais compartilhado em 2011 por usuários americanos do Facebook foi escrito por um professor, Ron Clark (o primeiro trazia fotos da usina de Fukushima). Mais de 600.000 pessoas curtiram o texto na rede, escrito a pedido da rede de TV CNN e intitulado "O que os professores realmente querem dizer aos pais". O artigo descreve um cenário de guerra, travada entre pais e professores. Na visão de Clark, os pais vêm transferindo suas responsabilidades para a escola, sem, contudo, aceitar que seus filhos se submetam de fato às regras da instituição. Por isso, assim que surge a primeira nota vermelha ou uma advertência, invadem a sala de aula culpando os professores – a pretexto de preservar a reputação e o orgulho de seus filhos. "Precisamos estar mais atentos à excelência acadêmica e menos preocupados com a autoestima das crianças", diz o professor, na entrevista concedida a VEJA.com e reproduzida a seguir. "Essas crianças deixam de aprender que é preciso se esforçar muito para conseguir bons resultados. No futuro, elas não terão sucesso porque, em nenhum momento, exigiu-se excelência delas." Clark conhece sua profissão. Aos 39 anos, vinte deles dedicados à carreira, o americano já lecionou na zona rural da Carolina do Norte, nos subúrbios de Nova York e atualmente comanda uma escola modelo no estado da Geórgia que oferece treinamento a educadores. Graças à função, manteve, desde 2007, contato com cerca de 10.000 educadores de diversas partes do mundo, incluindo brasileiros.
Em seu artigo, o senhor fala de um ambiente escolar em que pais e professores não se entendem mais. O que tornou a situação insustentável, como o senhor descreve? A sociedade se transformou. Hoje, vemos pais muito jovens, temos adolescentes que se veem obrigados a criar uma criança sem ao menos estarem preparados para isso. São pessoas imaturas. Por outro lado, temos famílias abastadas, em que pais trabalham fora e são bem-sucedidos profissionalmente. Pela falta de tempo para lidar com os filhos, empurram toda a responsabilidade da educação para a escola, mas querem ditar as regras da instituição. Ou seja, eles querem que a escola eduque, mas não dão autonomia a ela.
Que tipo de comportamento dos pais irrita os professores? Acho que o ponto principal são as desculpas que os pais criam para livrar os filhos das punições que a escola prevê. Se um aluno tira nota baixa, por exemplo, ou deixa de entregar um trabalho, os pais vão à escola e descarregam todo tipo de desculpa: dizem que o filho precisava se divertir, que a escola é muito rigorosa ou que a criança está passando por um momento difícil. Ou, ainda, culpam os professores, dizendo que eles não são capazes de ensinar a matéria. Mas nunca culpam seus próprios filhos. É muito frustrante para os professores ver que os pais não querem assumir suas responsabilidades.
Problemas com notas são bastante frequentes? Sim. Certa vez tive uma aluna que estava indo mal em matemática. A mãe dela justificou-se dizendo que, na escola em que a filha estudara antes, ela só tirava boas notas, sugerindo, assim, que o problema éramos nós, os novos professores. Infelizmente, essa ideia se instalou na nossa sociedade. Se a nota é boa, o mérito é do aluno; se é baixa, o problema está com o professor. E quando as notas ruins surgem, os pais ficam furiosos com os professores. O resultado disso é que muitos profissionais estão evitando dar nota baixa para não entrar em rota de colisão com os pais, que nos Estados Unidos chegam a levar advogados para intimidar a escola.
Os pais poupam os filhos de lidar com fracassos? Hoje, existe uma preocupação grande com a autoestima da criança. Por isso, muitas pessoas se veem obrigadas a dizer aos pequenos que eles fizeram um ótimo trabalho e que são brilhantes, mesmo quando isso não é verdade. Essas crianças deixam de aprender que é preciso se esforçar muito para conseguir bons resultados. No futuro, elas não terão sucesso porque, em nenhum momento, exigiu-se excelência delas. Precisamos estar mais atentos à excelência acadêmica e menos preocupados com a autoestima das crianças.
Que conselho o senhor dá aos professores? É possível evitar que os pais surtem diante de notas ruins e do mau comportamento dos filhos se for construída uma relação de confiança. Em vez  de só procurar os pais quando as crianças vão mal na escola, oriento que os professores conversem com os responsáveis também quando a criança vai bem. Na minha escola, procuro conhecer os pais de todos os meus alunos. Procuro encontrá-los com frequência e envio cartas a eles com boas notícias. Assim, quando tenho que dizer que a criança não está rendendo o esperado, eles me darão credibilidade e confiarão na minha avaliação.
É possível determinar quando termina a responsabilidade dos pais e começa a da escola? As duas partes precisam trabalhar em conjunto. Os pais precisam da escola e a escola precisa do apoio da família para realizar um bom trabalho. Um conselho que sempre dou aos pais é que nunca falem mal da instituição de ensino ou do professor na frente dos filhos. Se a criança ouve os próprios pais desmerecerem seus mestres, perde o respeito por eles. O contrário também é verdadeiro. Os professores precisam respeitar os pais, porque eles são parte fundamental na educação de uma criança.
Em algumas situações a discussão sobre responsabilidades da família e da escola surge com muita força. Em casos de bullying, por exemplo, pais e professores trocam acusações. Sobre quem recai a maior parte da responsabilidade nesses casos? A minha resposta novamente é que precisamos trabalhar em conjunto. Quando o bullying acontece na escola, é obrigação dos professores intervir imediatamente. Mas muitos não agem assim porque querem evitar conflitos com os pais. E isso é muito grave. O bullying está devastando nossas crianças. Precisamos combatê-lo. Para que os professores tenham liberdade para agir, precisam do apoio dos pais. Mas você sabe o que acontece? Muitas vezes, quando os pais são chamados na escola para serem alertados de que seu filho está praticando bullying contra um colega de classe, o que ouvimos é: "Mas qual o problema disso? Tenho certeza de que outros colegas também zombam do meu filho e ele não se sente mal por isso." Mais uma vez, vemos os pais se esquivando da responsabilidade.
A que o senhor atribui o sucesso do artigo que estourou no Facebook? Eu escrevi o que todos os professores tinham vontade de dizer aos pais, mas não podiam dizer, porque isso os enfureceria. O que eu fiz foi dar voz a milhões de profissionais. Fiquei sabendo que muitas escolas imprimiram o texto e enviaram uma cópia a cada família. Na internet, pessoas de outros países também compartilharam a minha mensagem.
O senhor criou uma escola modelo, a Ron Clark Academy. Como é a relação de seus professores com os pais? Procuramos estabelecer uma relação próxima. Como eu disse, estamos constantemente em contato com os pais, nos bons e nos maus momentos. Também promovemos encontros semanalmente, nos quais ofereço aos pais a oportunidade de assistir a uma aula na escola, destinada exclusivamente a eles, para que acompanhem o que está sendo ensinado a seus filhos. Ou seja, trabalhamos muito para conquistar uma relação harmônica. Não estou dizendo que é fácil lidar com os pais. Alguns deles podem ser bem malucos.
O senhor, na sua escola, recebe professores de diversas partes dos Estados Unidos e também de outros países, como o Brasil. Além dos problemas de relacionamento com os pais, do que mais professores de todo o mundo reclamam? As avaliações tiram o sono dos professores. Não sei exatamente como funciona no Brasil, mas nos Estados Unidos os professores são constantemente cobrados a melhorar o desempenho de suas escolas em testes padronizados. E todo o processo educacional passa a girar em torno de algumas provas. Isso é massacrante, para os alunos e para os professores. Os professores precisam de mais diversão na sala de aula.
Extraído do blog do Eurico Paz

Jornal - Notícia de Lampião - Repassando

Por: Kidelmir Dantas


Tem razão o Dr. Oleone Coelho Fontes... Há um grande preconceito contra os homossexuais.
Tão grande quanto o dele ao se reportar sobre... "um País que teve um Presidente analfabeto".

Enviado por: Alfredo Bonessi

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Jornal - Notícia de Lampião

Por: Alfredo Bonessi

Amigo Kydelmir
 
Lógico que não importa o que Lampião foi. Acho estranho um estuprador ser gay.
Sou contra proibir o livro, mas sou a favor de reparações morais pelos danos causados com o caráter e a moral de quem já não pode se defender, porque estão mortos, e daí eu acho que os familiares deles devem buscar na justiça para que seja feita justiça  por essa injúria e difamação  que o autor do livro fez.
"Um homem não pode ser condenado pelo que ele pensa nem pelo o que ele fala, mas pelo que ele faz" e - autor, fez! - escreveu!
Bonessi
Enviado pelo autor: Capitão Alfredo Bonessi

MIRELA SOANE ESCREVE SOBRE MARIA BONITA: A marca de uma sertaneja

Do site da Revista Algo Mais:

Ícone feminino do Cangaço, Maria Bonita completa centenário de nascimento em 8 de março, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. A jovem ousada, que rompeu preconceitos e tradições para ingressar no bando de Cangaceiros como companheira do líder Virgulino Ferreira da Silva (Lampião), hoje é sinônimo de sofisticação. Maria Bonita empresta seu nome para grifes famosas, hoteis, SPA’s, clínicas de estética e salões de beleza. Maria Bonita virou marca.

“Isso se deve ao fato dela ter sido uma sertaneja de porte fino, elegante e a ideia que se tinha de um sertanejo era de uma figura relaxada com a aparência. Os cangaceiros gostavam de se embelezar e isso desperta a atenção das pessoas já há algum tempo. Zuzu Angel, por exemplo, abordou a temática Cangaço no seu desfile de 1969, em Nova York”, relata Vera Ferreira, neta de Lampião e Maria Bonita.



Na moda, talvez, Maria Bonita tem sua mais conceituada representante desde 1975, quando Maria Cândida Sarmento e Malba Pimentel de Paiva criaram a grife que leva o nome da cangaceira. O objetivo da dupla era atender às mulheres modernas que desejavam uma marca forte, à frente de seu tempo; vesti-las com estilo e elegância, sem condicioná-las a padrões de mercado.

Em 1990, as empresárias criaram a Maria Bonita Extra com a proposta de apresentar peças jovens e girlie. Hoje, as marcas são sinônimo de bom acabamento, despojamento e refinamento, além de serem consideradas “escolas da moda” devido a quantidade de renomados profissionais que passaram pela grife como Isabela Capeto, Antonia Bernardes, Maria Fernanda Lucena e Naná Paranaguá.
A Maria Bonita tornou-se referência no mundo fashionista e participa ativamente dos principais desfiles de moda do país. Recife conta com uma unidade da versão jovem da marca, que, assim como a pioneira, também pode ser encontrada em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Belo Horizonte, Ribeirão Preto, Porto Alegre.


Segundo a jornalista e pesquisadora sobre Cangaço há 15 anos, Wanessa Campos, a companheira de Lampião era um exemplo de beleza para a época. “Baixinha, de pernas grossas roliças, seios pequenos, cabelos finos e olhos claros”, afirma Campos, baseada nos estudos e entrevistas realizadas para a produção de um livro que será dedicado a história da rainha do Cangaço.

“Certamente será algo inédito, já que muitas obras retratam Maria Bonita apenas como coadjuvante. No meu livro, ela será a personagem principal. O trabalho é difícil, mas prazeroso. Tenho viajado muito por cidades de Sergipe e da Bahia conversando com historiadores, ex-volantes e familiares dos Reis do Cangaço, como Expedita (filha) e Vera (neta)”, revela.


Maria Bonita foi a primeira mulher a entrar para o Cangaço. A partir daí, outros integrantes passaram a agregar as companheiras ao bando. Para o historiador e pesquisador,


Frederico Pernambucano de Mello, outras duas situações propiciaram a entrada das mulheres no Cangaço: a proximidade do grupo do Baixo São Francisco, possibilitando uma melhor higiene pessoal devido a abundância de água; e o fato de Lampião ter se deparado com a Coluna Prestes e percebido que a presença de mulheres entre eles não influenciava no desempenho dos combatentes.

Maria possibilitou a entrada de mais 40 mulheres no Cangaço, agregando melhores hábitos de higiene e mudanças nas vestimentas.  


“Dadá, companheira de Corisco, era a responsável pelos desenhos das roupas. Nas cidades que percorriam, os cangaceiros já tinham suas costureiras e periodicamente levavam os desenhos e os tecidos para que as roupas fossem feitas”, afirma Campos.

Por outro lado, Mello garante que as roupas encomendadas eram exceção à rotina dos cangaceiros. Ele afirma que todas as vestimentas, tanto em tecido como em couro, eram feitas no leito do próprio grupo. “A maioria dos cangaceiros sabia costurar e bordar. Apenas quando não tinham tempo disponível, as encomendas eram feitas. Inclusive, Dadá não tinha liderança nenhuma para ditar moda”, garante.


Segundo o historiador e autor do livro “Estrelas de Couro – A Estética do Cangaço”, Lampião bordava de maneira exímia e tinha habilidade na costura do couro e do tecido. “O bordado de Lampião era melhor do que o de Maria Bonita. O bando possuía uma máquina de costura portátil, inclusive registrada em várias fotos, sendo utilizada tanto por Lampião como por outros cangaceiros”, afirma.


Mello relata que em conversa com o cangaceiro conhecido por Candeeiro, ele garantiu que Lampião tinha desenvoltura com a costura. “Candeeiro contou-me que Lampião fez um jogo de bornais para ele. O rei do Cangaço teria colocado um papel sobre a coxa, desenhado flores e posteriormente bordado a peça na máquina para presentear o colega”.


Já Ferreira afirma que o avô não tinha apreço por costurar. “Falam que Lampião gostava muito de costurar. Ele realmente era muito habilidoso com o couro, mas esta é uma habilidade característica dos vaqueiros, dos sertanejos de maneira geral. Por vezes eles precisavam fazer reparos nas roupas rasgadas pela vegetação seca do sertão”, explica Ferreira.

Embora existam discordâncias quanto aos “responsáveis” pela moda do Cangaço, não se pode negar o curioso. Homens e mulheres vistos como salteadores sanguinários usavam bornais bordados com flores coloridas ou desenhos simétricos, cantis decorados, perneiras de couro com ilhoses e fivelas, chapéus com bordados de estrelas, lenços de seda e tafetá envoltos no pescoço. “Talvez isso tudo venha da alma colorida do brasileiro”, comenta Mello.


De Maria Bonita, hoje, restam dois vestidos que retratam bem a maneira das cangaceiras se vestirem. O chamado vestido de batalha (não no sentido de luta, mas de cotidiano; dia a dia) que faz parte do acervo de Mello é feito em brim grosso, cor de goiaba, enfeitado com galões e com os punhos revestidos em vermelho. O segundo está no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. O modelo cinza, com riscas de giz e enfeitado com sinhaninha vermelha era mais utilizado aos domingos ou em comemorações especiais.

No bando, as mulheres desempenhavam o papel de companheiras e não tinham, por exemplo, a obrigação de cozinhar. Esta tarefa ficava mais com os homens. A presença do feminino também passava segurança para as pessoas que se deparavam com os cangaceiros. Por vezes Maria Bonita evitou a morte de crianças e idosos. “Além disso, os crimes contra os costumes, como o estupro, também diminuíram”, afirma Mello.

Outro mito é a participação feminina nos combates. As mulheres eram treinadas e aprendiam a atirar apenas para uma possível necessidade de defesa. Elas não participavam ativamente dos tiroteios, exceto Dadá quando substituiu o marido que teve os braços feridos em batalha.


Para Ferreira, o imaginário popular acerca da personalidade de Maria Bonita se confunde com a realidade. “Pouca gente sabe que de brava ela não tinha nada. Minha avó era uma moleca, bem humorada e fazia brincadeira com todo mundo. Ela era amiga, agradável, carinhosa, generosa e cuidava bem das pessoas”, revela. Campos reforça o argumento sobre as lendas que permeiam o universo do Cangaço: “Lampião não inventou o Cangaço, mas foi o cangaceiro mais conhecido. Nem tampouco inventou o Xaxado, mas foi seu grande divulgador”.

O desejo de ser mãe – inerente à maioria das mulheres – também estava presente entre as cangaceiras, embora o estilo de vida do bando não lhes dessem condições de permanecer com os filhos. “Diziam que as mulheres eram muitas crueis porque abandonavam seus filhos. Mas, na verdade, elas faziam isso porque não tinham escolha. Se ficassem com a criança, o choro entregaria a localização do grupo; e se retornassem para seus lares certamente seriam entregues e mortas pelas autoridades”, argumenta Campos.

A companheira de Lampião teve quatro gestações, mas apenas a última delas vingou. O bebê recebeu o nome de Expedita e passou somente 21 dias na companhia da mãe até ser entregue para ser criada por um casal que já dispunha de 11 filhos. A criança sabia sua verdadeira origem e poucas vezes encontrou com os pais que a visitavam sempre que podiam. “Os bebês das mulheres do Cangaço eram entregues a pessoas de confiança, padres, fazendeiros, vaqueiros, autoridades e até mesmo policiais”, conta Ferreira.

O romance de Maria Bonita e Lampião durou nove anos. No dia 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, na margem sergipana do Rio São Francisco, o bando de Lampião foi atacado de surpresa por soldados da polícia alagoana. No combate, entre os onze mortos estavam os reis do Cangaço. 

Extraído do blog: "Raimundo Pajeú"
mirela-soane-escreve-sobre-maria-bonita.html

Maria Bonita: a mulher e o nome


O historiador e membro da Academia Pernambucana de Letras, Frederico Pernambucano de Mello, faz palestra no Museu do Estado, no dia 14 de dezembro, às 19h, no auditório Joaquim Cardoso. O tema. Maria Bonita: a mulher e o nome.

A palestra se dá no ano em que está sendo assinalada, em diferentes pontos do Brasil, o centenário de nascimento da biografada. Frederico fala sobre a mais evidenciada mulher de guerra do Brasil, Maria Gomes Oliveira, a Maria Bonita.


Ele mostra os aspectos pessoais e familiares, sua inserção na história da região e do Brasil, o pioneirismo de sua condição de cangaceira. O rompimento  da tradição do cangaço, que não admitia a presença da mulher, a correção documental recentíssima da data de seu nascimento, a origem do apelido Maria Bonita, com que ficou internacionalmente conhecida-ignorada, até o presente. 
Com a palestra do historiador, o Museu do Estado, junto com a Sociedade dos Amigos do Museu,  encerra o ano de atividades.
Fonte:

Viva Luiz: o começo

100 ANOS DE LUIZ GONZAGA

O Luz de Fifó começa hoje uma homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga, o rei do baião. Até o dia 13 de dezembro de 2012, quando completaria seus 100 anos de idade, iremos publicar matérias sobre a vida e a obra de um dos mais importantes artistas do século passado. Gonzagão continua vivo na memória e nas lembranças de muita gente, foi imortalizada por sua própria música. Hoje, é impossível se falar do Nordeste, de música brasileira, de forró e da cultura brasileira sem citar o filho do velho Januário e de dona Santana. Portanto, vamos viver um pouco de Luiz!

Luiz Gonzaga nasceu em Exu (PE), em uma fazenda chamada "Caiçara", a 3 léguas da cidade. Filho de Januário e Ana Batista (conhecida por Santana), ele ganhou esse nome em homenagem à Santa Luzia, que era seu dia.
Aos sete anos, Luiz já pegava sua enxada. Mas preferia ficar olhando o pai consertar sanfonas e observar como se tocava esse instrumento. Januário era sanfoneiro respeitado em toda a região. E Luiz via o pai tocar, estudando os movimentos dos dedos, louco para experimentar o fole.
Um dia, o pai na roça, Santana na beira do rio, Luiz pegou uma sanfona velha e começou a tocar. Com poucas tentativas já conseguia tirar melodias do instrumento. Foi quando a mãe chegou e lhe deu um safanão. Não queria um filho sanfoneiro que se perderia no sertão. Mas Januário gostava das tendências musicais do filho. Deixava o filho ir tocando as sanfonas que vinham de longe para serem consertadas. Só se assustou quando um dono de um terreiro muito concorrido, pediu licença para Luiz tocar num baile. O menino irrequieto e cheio de iniciativa, já andara tocando por lá, sem que Januário soubesse, fazendo grande sucesso.
- Fale com Santana, ela é que resolve - disse Januário, ao mesmo tempo orgulhoso e temeroso pelo filho.
Santana a princípio negou, mas depois resolveu deixar na mão dos homens o assunto. Conversa vai, conversa vem, Januário consentiu:
- E se der sono nele por lá?
- Ora, a gente arma a rede e manda ele drumi - respondeu o dono do terreiro, com o sanfoneiro já garantido para a festa.
Januário ao lado do filho já famoso
Naquela noite Luiz tocou com todo entusiasmo, agradando em cheio. Mas realmente não resistiu. Os olhos pesaram, a sanfona tornou-se um fardo e o menino foi para a rede. Tão menino ainda que fez xixi enquanto dormia, fugindo para casa com vergonha.
A partir de então passou a acompanhar Januário pelos forrós daquele sertão. Santana a princípio discordava mas calou-se depois de ver os dois mil réis que o menino ganhava revezando-se com o pai na sanfona.
A história continua na próxima postagem...

Fonte: Abril Cultural
Postado por Ailton Fernandes

Mossoró em 1915 - 10 de Maio de 2009

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Em 1915 o nordeste brasileiro foi assolado por uma terrível seca – a famigerada seca de quinze. E Mossoró, em pleno sertão nordestino, mas com uma boa estrutura comercial, assistia a procissão humilhante dos flagelados que haviam chegados a cidade em busca de salvação. Em registros do livro de tombo da Paróquia de Santa Luzia, eram cerca de doze mil retirantes, famintos e andrajosos que de porta em porta invocavam a caridade popular. A população local era de dezesseis mil habitantes, o que significa dizer que nesse período o número de habitantes quase que dobrou. Apesar da grande massa de flagelados, a misericórdia divina e a ajuda do povo foi tão propícia que ninguém morreu de fome. Não houve peste, correu a seca sem nenhum morbus contagioso.  Francisco Vicente Cunha da Mota, industrial salineiro e um dos chefes de importante organização comercial daquela época, havia assumido o comando da municipalidade para o triênio 1914/1916. Não obstante as dificuldades que teve de vencer, ocasionadas pela seca, a sua administração ficou marcada por uma série de acontecimentos e realizações notáveis, todas de incentivo ao desenvolvimento de Mossoró e da própria região.  

 
 Cunha da Mota era um ardoroso entusiasta do automobilismo, sendo, nesse setor, um verdadeiro pioneiro. Conseguiu fazer a primeira grande viagem de automóvel de penetração interiorana, quando até então as estradas só permitiam o trânsito de comboios e carros de boi. Partindo de Mossoró, chegou a Souza, na Paraíba, três dias depois, percorrendo trezentos quilômetros de trechos sem estradas. Ao regressar, concedeu entrevista ao jornal da terra, narrando com entusiasmo o bom êxito da pioneira jornada. 

Ficheiro:Igreja-São-Vicente-Mossoró.jpg
Foi em 1915 que se iniciou a construção da capela de São Vicente de Paula, na rua Alberto Maranhão, centro de Mossoró, com os retirantes fabricando tijolos para a construção, praticamente trocando o seu serviço por comida. O sacrifício foi tanto que inspirou o padre Manuel de Almeida Barreto, que foi professor, escritor e por duas vezes Diretor do Colégio Diocesano Santa Luzia, a escrever em 1 de dezembro de 1946: “Mossoroenses, quando passardes diante da Igreja de São Vicente de Paula, prestai o vosso culto, não só ao orágo do templo, como aos seus construtores, quase todos desaparecidos, já, porém, ainda mais – Rendei ao vosso preito àqueles humildes grandes, que fabricaram, de graça, o material para o citado templo.” 
Foi também em 1915 que Jerônimo Rosado iniciou a exploração das jazidas de gesso no sítio “Tapuio” em São Sebastião, atual Dix-sept Rosado. 
História: Primeira locomotiva da Estrada de Ferro Mossoró-Porto Franco, 1915.
Foi ainda em 1915, a 7 de fevereiro, num Domingo, por volta das 17 horas, que chegou o primeiro comboio da Estrada de Ferro de Mossoró, vindo de Porto Franco, sendo festivamente recebido pela população. A 19 de março do mesmo ano era feita a inauguração oficial do trecho, que foi entregue ao serviço público, com banquetes oficiais e discurso. O jornal “O Comércio de Mossoró”, em sua edição de 13 de fevereiro de 1915 registrara: “Toda a população correu à estação: eram homens, mulheres e meninos, de todas as classes e de todas as idades. O trem entrou grave e solene, devagar para não atropelar o povo que se apinhava em filas ao longo da estação, saudando-o, vibrando.” 
Esses fragmentos de história que aqui retratamos, é apenas para que as novas gerações possam conhecer um pouco do nosso passado e assim valorizar mais as coisas de nossa terra. Já dizia o Cônego Sales: “Quem não sabe amar o passado, dificilmente terá amor às tradições de sua terra e de sua gente.” 

Geraldo Maia do Nascimento
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