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quinta-feira, 7 de abril de 2016

"O GLOBO" - 29 e 30/05/1973 MORREU VEREMUNDO, O VELHO INIMIGO DE LAMPIÃO

Material do Acervo do pesquisador Antonio Corrêa Sobrinho

RECEIFE (O GLOBO) – Dois dias antes de completar 95 anos de idade, morreu ontem, às 9h45m, em seu velho chalé de Vila Maria, no município de Salgueiro, alto sertão pernambucano, o mais velho dos coronéis do Nordeste, Veremundo Antonio Joaquim Soares, que se tornou famoso por sua riqueza e por sua inimizade a Lampião.

Em Salgueiro, onde a família do coronel Veremundo possui o cinema, a farmácia, o curtume, a casa de saúde, a empresa de energia elétrica, as fábricas de beneficiamento de algodão e de óleo vegetal, a saboaria, o armazém de estivas, lojas de tecidos, casas de aluguel e uma fazenda de mil hectares, tudo vai parar às 11 horas de hoje para o enterro do penúltimo “Coronel” do sertão pernambucano; o último é o coronel Francisco Heráclito. 


Sempre de camiseta, camisa, calça de brim, o coronel Veremundo deixou em Salgueiro a imagem do homem bem sucedido na vida, do homem rico cujos negócios sempre prosperaram.

- Comecei tudo com o capital de 4 contos e 500 e nunca tive uma conta de cobrança em meu arquivo – costumava lembrar, vaidoso, aos seus 16 filhos legítimos.

No sertão, quando tudo era difícil, especialmente no setor assistencial, ele firmou seu prestígio fazendo partos e dando receitas, quase sempre baseadas em chás e emplastros. Por causa disso, o Presidente da República lhe concedeu, em 1904, a original carta-patente de capitão-cirurgião do 257º Batalhão de Infantaria e da Guarda Nacional de Salgueiro como as de um médico formado.

Outro orgulho do coronel Veremundo era sua coragem de dizer a verdade, a quem quer que fosse, ainda as que pudessem compromete-lo. Ele contava, para quem quisesse ouvir:

- Meu pai era um padre, de nome Joaquim Soares, que saiu de Minas Gerais, subiu pelo rio São Francisco e se fixou em Salgueiro.

O coronel gostava de ler e era dançarino emérito. No tempo de solteiro fez sucesso como clarinetista e saxofonista da bandinha de Salgueiro. Era tido como criador do balaio e de outros ritmos sertanejos em que se inspiraram algumas composições do sanfoneiro Luiz Gonzaga.

O IMPÉRIO

Como fazendeiro e comerciante, criou em Salgueiro e em toda a região um verdadeiro império. Em sua fazenda Monte Alegre, que comprou em 1930, a cana-de-açúcar e a rapadura ainda são produzidas numa velha engenhoca a vapor, uma das poucas do gênero, em Pernambuco.

Pouco antes de morrer, já desiludido com a política, ele comentava com seus filhos e netos:

- Vamos cada vez pior. A cada dia que passa a gente descrer numa porção de coisas. Não vale a pena a gente ser político.

Mais comerciante que político nos seus últimos anos de vida, ainda assim elegeu um genro deputado estadual e seu filho prefeito da cidade. No governo de Cid Sampaio em Pernambuco, tentou, com o seu prestígio de “coronel”, impedir a inauguração de uma agência do Banco do Estado de Pernambuco na vizinha cidade de Cabrobó, sob a alegação de que o banco da região era ele mesmo.

O que mais abalou o prestígio de chefe político do “coronel” Veremundo foi a interferência, na política sertaneja, de Etelvino Lins.

- Entrou seu Etelvino e foi uma desgraça. Acabou-se o PSD. Ele dá prestígio a um dá prestígio a outro, e isso não está certo – dizia aos que lhe perguntavam sobre a política de seu município.

O INIMIGO

O que mais fez crescer a fama do coronel Veremundo no sertão foi sua inimizade a Lampião, cujo bando perseguiu. Certa vez o rei do cangaço lhe escreveu esta carta: “Suas saudações. O fim desta é somente para saber qual o seu plano depois da minha passagem. O senhor mandou uma força ir atrás de mim. Em outra era nós já fomos inimigos porém para o presente eu pensava que nós era amigo. Para si eu era, mas me parece que o senhor era meu amigo. Portanto, eu lhe faço esta para saber qual é seu destino. Já mandei avisar ao padre Cícero que nesta minha diligência o que se alterou contra mim foi o município de Salgueiro. Tenha muita cautela, eu não volto a ser o mesmo que era outro dia. Eu bem que quero virar santo e fazer a felicidade para vocês mesmo. Sem mais assunto. Capitão Virgulino Ferreira.

Temendo um encontro com Lampião, o coronel Veremundo, sempre que precisava ir a Recife, fazia uma longa e complicada viagem na qual usava bote, cavalo e carro. No longo itinerário, passava por Juazeiro, na Bahia.

A única vitória de que se recordava, em sua guerra a Lampião, foi quando o juiz de Salgueiro, João Jungmann, prendeu com seu auxílio a mãe e um irmão de Lampião, João.

VEREMUNDO PARA A CIDADE DE SALGUEIRO

SALGUEIRO (O GLOBO) – Toda a cidade de Salgueiro, 512 quilômetros de Recife, parou na manhã de ontem para acompanhar o enterro do “coronel” Veremundo Soares, o penúltimo dos “coronéis” do sertão pernambucano e famoso por ter combatido o bando de Lampião. No seu enterro, com honras militares, um pelotão da Polícia Militar deu uma salva de tiros de festim. Uma Bandeira Nacional cobria o seu esquife.

Umas duas mil pessoas, que choravam e rezavam, acompanharam o cortejo fúnebre. Com o luto oficial de três dias decretado pelo prefeito da cidade, Romão Sampaio, a indústria, o comércio e os educandários de Salgueiro estavam ontem de portas fechadas.

Acompanharam o sepultamento de Veremundo, que morreu dois dias antes de completar 93 anos, um representante do governador Eraldo Gueiros e os deputados Honório Rocha, Ribeiro Godoy e Edson Cantarelli, que representavam a Assembleia Legislativa.

FAMÍLIA PRESENTE

Dos filhos, netos e bisnetos do “coronel” Veremundo, só a sua neta Nalda, que está em Fortaleza, não acompanhou o enterro. Dois dias antes da morte do avô ela havia viajado para o Ceará. Os outros 16 filhos, 30 netos e 33 bisnetos deslocaram-se de Recife e de várias cidades do interior para assistir à cerimônia. O cortejo fúnebre foi aberto por mais de 100 colegiais, que representavam todos os educandários de Salgueiro e formaram duas filas indianas.

Às 9 horas, com o chalé de Vila Maria inteiramente tomado, o padre José de Castro Filho, vigário de Salgueiro, celebrou missa de corpo presente.

No salão principal do chalé, onde o corpo foi velado, os parentes do “Coronel” choravam muito, principalmente no instante em que foi fechado o esquife. Um tenente do Exército, Alcides Ruas, cobriu o esquife com a bandeira Nacional. O velho patriarca foi agraciado com a Medalha do Pacificador e a Ordem do Mérito de Pernambuco.

O cortejo fúnebre saiu da Vila Maria às 10 horas e passou pela praça principal de Salgueiro. A entrada do cemitério, um pelotão de soldados da PM, armado de fuzis, disparou duas salvas de tiros de festim contra o solo e fez a apresentação de armas, em homenagem ao morto.

No cemitério só foi permitida a entrada de pessoas da família, de altas autoridades e de jornalistas. O primeiro orador da cerimônia fúnebre foi o professor Potiguar Matos, representante do governador Eraldo Gueiros. Em seguida falou em nome da Assembleia Legislativa, o deputado Honório Rocha. Em nome da família falou um genro do “coronel” Veremundo, o Prof. Orlando Parahym, que, muito emocionado, chorou.

O “coronel” Veremundo baixou à sepultura vestindo uma farda preta de capitão-cirurgião do 257º Batalhão de Infantaria e da Guarda Nacional de Salgueiro, patente que lhe foi conferida, em 1904, pelo então Presidente da República, Rodrigues Alves.

Imagem do coronel Veremundo obtida na internet

Fonte: facebook
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PARQUE CULTURAL LANÇARÁ CONCURSOS DIA 05 DE ABRIL


O Parque Cultural “O Rei do Baião”, da Comunidade São Francisco, município de São João do Rio do Peixe-PB, lançou no dia 05 todos os concursos da festa de Luiz Gonzaga do corrente ano de 2016.

O V CONPOZAGÃO – Concurso de Poesia em Homenagem ao Gonzagão e seus Seguidores, homenageia esse ano Joquinha Gonzaga, sobrinho do Gonzagão.

As inscrições vão de 05 de abril até 31 de julho de 2016, e poderão ser feitas na Comunidade São Francisco (Fazenda Cidade), zona rural de São João do Rio do Peixe (PB), ou ainda no endereço: Rua Dr. José Guimarães Braga, 70, Vila do Bispo, Cajazeiras (PB), CEP – 58.900-000, pelos telefones: (83) 99615-7942 /(83) 99379-1893, pelos e-mails: chicocardoso.caldeirao@gmail.com echicocardosocz@yahoo.com.br

Maiores informações no site: www.caldeiraodochico.com.br, no programa “Caldeirão Político”, na Rádio Oeste da Paraíba e no bloghttp://gonzagaodobrasil.blogspot.com.br/.


Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço Jose Romero de Araújo Cardoso

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"COMO DEI CABO DE LAMPIÃO" - CAPITÃO JOÃO BEZERRA

Por Raul Meneleu Mascarenhas

Na leitura do livro "Como dei cabo de Lampião" de João Bezerra, o militar que comandou as volantes no fogo do Angico, e que me foi presenteado com uma dedicatória de punho, pelo filho dele, o pesquisador Paulo Britto, nos mostra que tal, foi iniciado por seu pai logo após o combate de Angico, com anotações que a mente lhe trazia, para passar às pessoas, segundo ele, que estudam a sociologia do cangaço terem o conhecimento de sua visão para avaliarem juntamente com outros escritos sobre o cangaço que se abatia pelo sertão nordestino, e tirarem conclusões.

Qual o filho não teria orgulho de seu pai? E em razão mais que aceita por todos os filhos, que sentiriam-se também orgulhosos, mesmo sem o histórico de matador de onça e exterminador do ícone da violência daquela época, como foi o Coronel João Bezerra. Logo no introdutório feito por ninguém menos que um dos maiores pesquisadores da saga nordestina do cangaço, o ilustre historiador Frederico Pernambucano de Mello, autor de clássicos sobre o cangaço, hoje com mais de quarenta e cinco anos de estudos e pesquisas, abordando com segura exposição, a vida desse militar alagoano.

Mostra-nos que, desde cedo, esse personagem entrou na história brasileira e porque não dizer mundial, pois o cangaço é estudado sociologicamente em muitas universidades no mundo. Como bem disse Frederico Pernambucano, num bovarismo explicável pelo impacto da fatalidade de um destino aventureiro que desde jovem o dominava e como em uma corrida tipo "steeaple-chase" tenha vencido todos os obstáculos de sua vida até então e ter-lhe caído às mãos o aniquilamento do Rei do Cangaço.

Maktub, é uma palavra em árabe que significa "já estava escrito" ou "tinha que acontecer" - essa palavra, considerada como sinônimo de "destino", expressa alguma coisa que estava predestinada ou um acontecimento que já estava "escrito nas estrelas". Neste caso, apesar de possuirmos o livre arbítrio, as coisas que acontecem já estavam destinadas a acontecer. Coisa que não acredito muito.

Tal expressão "tinha de acontecer", poderia ter sido considerada com qualquer daqueles comandantes de volantes que perseguiam Lampião. Mas fez a ocasião que João Bezerra estivesse ali naquele cenário onde tudo conspirou contra o chefe cangaceiro. Os fatos que contribuíram para o êxito daquela investida fulminante todos sabem. Não tem necessidade d'eu entrar em detalhes.

A conspiração podemos dizer, não foi planejada por homens. Foi consequência de diversos fatores que contribuíram para o acontecimento; e todos esses atos conspiratórios foram aproveitados pelo então Tenente João Bezerra e por aqueles que comandara e participaram na mais ousada campanha militar daquela época. Alguns autores da Saga Cangaceira procuraram mostrar, os desvios da tropa, pois bebiam muito, e até mesmo a conduta do Tenente João Bezerra sobre ser amigo do cangaceiro chefe e por isso existir a versão de ter sido usado veneno para acabar com Lampião. As dúvidas se abatem até os dias de hoje. Mas pergunto: e daí? Se tivesse sido usado, diminuiria em alguma coisa aquele grandioso ato em livrar a sociedade dos tantos males trazidos pelo cangaço e por Lampião? Não seria tido como estratégia?

O Mestre Frederico Pernambucano de Mello magistralmente nesse livro que não tinha lido ainda para ter um entendimento melhor da grande questão do Angico, mostra como se diz "tin-tin-por-tintin" as causas que contribuíram para a derrota de Lampião e que incluo também as técnicas rudimentares, vamos dizer assim, da força bruta, aplicadas pelo Tenente Bezerra e seus comandados ao investigarem junto a coiteiros, onde se encontrava Lampião e seu bando.

O mais importante levantado nesse livro é que temos de reconhecer: João Bezerra obedeceu as ordens de seus superiores e cumpriu as ordens passadas. No momento que o destino "maktub" o teve "como seu agente e ponta de lança, dando-lhe a chance de virar uma das páginas mais expressivas da história do Nordeste rural" ele deu o seu voto de garantia e foi para a guerra.

Já li diversos livros tais como "Lampião, o rei dos cangaceiros" de Billy Jaynes Chandler, onde na página 249 diz que João Bezerra propôs retardar a investida contra os cangaceiros, mas o oficial Francisco Ferreira de Melo lhe disse que mesmo se Bezerra desistisse ele iria com seus homens efetuar o ataque, fazendo que o Tenente João Bezerra voltasse a concordar com o plano estabelecido, assim não tirando seu valor.

Li também os livros de homens e mulheres que saíram à cata de estabelecer um juízo mais próximo da verdade dos fatos, como por exemplo Billy Jaynes, Oleone Coelho, Luitgarde Oliveira, entre outros, que atestam o conluio de autoridades em proteger e fornecer armas e munições aos bandidos, fora aqueles que participaram no combate a Lampião, como Optato Gueiros que contou os milagres mas não disse quem eram os santos.

Luitgard que entrevistou testemunhas vivas dessa história, afirma em seu livro "A Derradeira Gesta" pg 244-245 sobre o relato do coiteiro Bié das Emendadas, fazendeiro da beira do São Francisco que foi intimado pelo então Major Lucena porque fora denunciado como coiteiro.

Manoel Aquino, que estava com a volante de Lucena e entrevistado pela autora, fornece depoimento, coincidindo com outro depoimento, o do senhor Wilson Lucena Maranhão, sobre o mesmo acontecimento testemunhado pelo Padre Bulhões e sua mãe dona Sofia que hospedaram Bié e depois chamaram o major Lucena que repetiu o que lhes tinha sido contado, que "muitas noites Lampião e o Tenente João Bezerra, se esqueciam do mundo jogando carteado até altas horas." e que tinha amizade com Lampião ao ponto de jogarem cartas a noite inteira, apostando dinheiro.

Nesses relatos identificam as pessoas que lhes testemunharam. Infelizmente encontramos esses relatos atestados por comprovantes testemunhais como o relatado por essa historiadora. E também tem as entrevistas dela com o senhor Francisco Rodrigues em Piranhas, que ajudou a desvelar o intricado relacionamento da família Brito de Propriá-SE com os cangaceiros.

Muitas estórias, e muitas mais iremos ouvir, mas "no trilho da causalidade histórica implacável foi ter no Angico" conforme nos diz Frederico; velhice e doença juntamente com armas bélicas modernas e o cansaço de Lampião fazendo-o mais indolente, e auxiliados pelas forças da natureza, fizeram que bastasse apenas quinze minutos de tiroteio. Pra que mais?

O livro de João Bezerra traz para nós, alguns fatores que ficam como sendo sua história e sua defesa, desses tempos em que imperava Lampião e os Coronéis. Serve também para cruzarmos informações valiosas para termos um retrato mental dos acontecimentos que levaram João Bezerra ser o escolhido dessa grande conspiração aleatória a vontades humanas, para terminar com a vida de Lampião. Valeu a pena ler o livro.

http://meneleu.blogspot.com.br/2016/04/como-dei-cabo-de-lampiao-capitao-joao.html

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DAVI GOMES JURUBEBA

Por Manoel Severo
Tenente Davi Gomes Jurubeba

No primeiro dia do ano de 1903, Floresta testemunharia o nascimento de um dos mais bravos combatentes contra o cangaço. O filho de dona Maria Gomes Jurubeba e seu Militão, desde cedo cultivou o sentimento de combate aos filhos de Zé Ferreira. Com o tempo Davi Gomes Jurubeba viria a se notabilizar pela coragem, valentia e destemor, sendo um dos mais tenazes perseguidores de Lampião. 

Em um dos episódios mais marcantes dessa saga, Davi Jurubeba chegou a desafiar o rival para um duelo de punhal. Nada menos que 17 parentes de Jurubeba foram mortos em conflitos com o líder do cangaço. "Eu não era mais valente que os outros, mas, como policial, não podia fugir de bandido." O grande Davi Jurubeba morreu em 2001 aos 98 anos depois de toda uma vida dedicada a retidão e a dignidade. 

DAVI GOMES JURUBEBA, 
Um dos homenageados do Cariri Cangaço Floresta 2016!

Manoel Severo
Curador do Cariri Cangaço

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2016/04/davi-gomes-jurubeba-pormanoel-severo.html

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O FOGO DA FAZENDA FAVELA E OS SEGREDOS DO LIVRO


O fogo da fazenda Favela e os segredos do livro. As Cruzes do Cangaço - Os fatos e personagens de Floresta. 

Com meu amigo Vital Novaes, filho de Manoel Antônio Novaes e neto do Tenente Antônio Novaes. O seu pai estava dentro da casa junto a Lampião quando aconteceu o ataque das Volantes de Manoel Neto e José Saturnino. Além do mais Manoel Antônio Novaes, ajudou a enterrar os corpos dos seis soldados, do guia e de um dos cangaceiros. Está escrito nos livros que essa casa foi incendiada por ordem do Capitão Antônio Muniz de Farias, fato que nunca aconteceu, também ninguém dessa propriedade tinha sido entrevistado por nenhum outro pesquisador. 

Os depoimentos de Vital, guardião dos segredos do fogo da Favela impressionam pela riqueza de detalhes.

Fonte: facebook
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1678450232416309&set=a.1416729091921759.1073741825.100007540442582&type=3&theater

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HISTÓRIA DO PARQUE CULTURAL “O REI DO BAIÃO”


O Parque Cultural “O Rei do Baião” idealizado pelo advogado Alves Cardoso foi criado no dia 20 de agosto do ano de 2007.
         
Fica localizado na Comunidade São Francisco, município de São João do Rio do Peixe, estado da Paraíba, distando cinco quilômetros da cidade.
         
No ano de 2008 foi realizado o I FESMUZA – Festival de Músicas Gonzagueanas, e teve como palco o CLIMA, na cidade de São João do Rio do Peixe.
         
Em 2009, o II FESMUZA aconteceu mais uma vez na cidade de São João do Rio do Peixe, com a participação de sanfoneiros de vários recantos do nordeste brasileiro.
         
A partir do ano de 2010, o Festival de Músicas Gonzagueanas passou a ser realizado no palco da Fazenda São Francisco, onde hoje é localizado o Parque Cultural “O Rei do Baião”. O primeiro campeão foi o sanfoneiro Chico de Tereza, da cidade do Cedro, estado do Ceará.
         
Em 2011 o campeão do IV FESMUZA foi o cantor Estrela do Norte, de Fortaleza, estado do Ceará.
         
Em 2012 surgiu a grande novidade do FESMUZA, o garoto Cícero Paulo, da cidade de Juazeiro do Padre Cícero, ganhando o prêmio de campeão. Em 2013, Cícero Paulo foi bicampeão.

Para 2014 a programação já está pronta para a realização do VII FESMUZA, no dia 16 de agosto.

LIVROS DOADOS PARA A BIBLIOTECA DO PARQUE CULTURAL "O REI DO BAIÃO"

A Diretoria do Parque Cultural "O Rei do Baião" recebeu a doação de cinco livros para a Biblioteca do referido Parque, ofertados pela escritora Marinalva Freire da Silva, integrante da Casa dos Escritores Amigos do "Caldeirão Político".

O Parque agradece a Marinalva essa doação tão importante para o desenvolvimento da nossa instituição. A seguir as capas dos livros:







Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero de Araújo Cardoso

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MAIS UMA DESCOBERTA...


Nesse ossário que fica localizado no Cemitério da Vila Formosa, Zona Leste da cidade de São Paulo/SP, está armazenado os restos mortais de VITOR RODRIGUES LIMA “CRIANÇA III” um antigo integrante do bando de Lampião.

De acordo com os documentos constantes na administração do cemitério o corpo foi exumado no dia 21 de agosto de 2001 e a partir de então os restos mortais foram transferidos da sepultura para o ossário onde atualmente se encontram.

Criança III faleceu na cidade de Itanhaém/SP onde residia no dia 28 de julho de 1997 em decorrência de INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA e foi sepultado no Cemitério da Vila Formosa no dia 29 de agosto de 1997. Importante observar que o dia e o mês (28 de Julho) do seu falecimento coincidiram com a data (28 de julho de 1938) em que foram mortos Lampião, Maria Bonita, nove cangaceiros e um Soldado Volante em Angico que na época pertencia ao município de Porto da Folha/SE e que atualmente pertencente ao município de Poço Redondo/SE. Criança e sua companheira Dulce Menezes foram alguns dos que sobreviveram ao ataque da Força Volante naquele fatídico dia.

No ossário não existe qualquer tipo de identificação (Foto/Nome) e só foi possível a sua localização graças às informações repassadas pela administração do cemitério.

Quero agradecer ao amigo/pesquisador Adauto Silva (Osasco/SP) que esteve presente comigo no local e colaborou para a obtenção das informações e localização do lugar onde descansa o antigo Cabra de Lampião.

Quem por ventura de agora em diante desejar fazer uma visita ao local segue abaixo o endereço e dados adicionais para facilitar o acesso.

CEMITÉRIO VILA FORMOSA
Avenida João XXIII, 2537 – A – Vila Formosa – Zona Leste – São Paulo/SP.
VITOR RODRIGUES LIMA
GALERIA: 35
OSSÁRIO: 463
Obs.: Na fotografia acima o OSSÁRIO onde está armazenado os restos mortais de Criança III está apontado pela seta.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior 
Grupo: O Cangaço
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=569142079916359&set=gm.1200248116654971&type=3&theater

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CORONEL, SACERDOTE OU LÍDER POLÍTICO?


Naquele tempo, as intempéries climáticas, a distância das coisas e a obrigação da submissão já faziam parte da vida, se pode chamar de vida, do sertanejo.

Como não bastasse, surgia de todos os cantos os cangaceiros e as volantes para lhe apoquentarem seu dia a dia.


Mas, como sempre, o sertanejo nato sempre foi um ‘herói’. Sim, meus amigos, um herói de mãos calejadas, de ‘lombo’ ferido e de alma cortada pelas ‘desgraças’ que os faziam passar...

Não vendo uma saída fácil, o sertanejo apega-se a fé com unhas e dentes. Essa fé lhe dá forças para seguir em frente e suportar todas as atrocidades que a natureza e os homens o faziam passar.

PS// As notas com imagens de ditadores são meramente ilustrativas.

Sabemos que todo líder ditador, além das “Leis” por ele criadas, lança, de alguma forma, objetos, outdoors e o próprio dinheiro com sua imagem, determinando uma ‘lembrança’ para que ninguém esqueça de quem manda nem quem está no comando.

Normalmente é lançado cédulas de dinheiro corrente no País com a imagem de algum político, revolucionário, entidade eclesiástica que fizeram, de alguma forma, parte da História daquela Nação, e ainda, animais representativos da sua fauna, principalmente se estiverem em perigos de extinção.

PS// As notas com imagens de ditadores são meramente ilustrativas.

Em uma das várias ‘viagens’ que fiz em pesquisas pelas redes sociais, deparei-me, no blog cangaçonabahia.com, numa matéria de Glauber Araújo, com uma nota de 10, seu real valor não sei, nem a reportagem dizia, “...dez padim; ... dez Mil Réis de Padim; dez Contos de Padim; ...”, não sabemos. Sabemos que ela vinha trazendo a imagem do Padre Cícero Rumão Batista, o ‘Padim Ciço’ do Juazeiro do Norte, no Ceará.

PS// As notas com imagens de ditadores são meramente ilustrativas.

O significado, não sabemos. Na matéria em que encontramos a imagem da cédula, relata-nos que trata-se de uma impressão clandestina.

Mas, perguntamos, com qual sentido, qual o objetivo de tal lançamento?

Esse dinheiro, mesmo clandestino e clandestinamente, circulou?

A matéria relata: ““VALA-MI, MEU PADIM PADE CIÇO!”

“O Padre Cícero mandava e desmandava lá nos seus adustos domínios de Juazeiro do Norte (CE), no sertão cearense.

Alçado á categoria de super–homem pela ingenuidade do caboclo nordestino, o velho sacerdote tem, ali, um desses prestígios formidáveis que dominam populações, moldando–as ao sabor de sua vontade.

PS// As notas com imagens de ditadores são meramente ilustrativas.

Para o sertanejo, maior do que o padim pade ciço – só Deus.

E ele, por isso, faz o que entende apoiado por milhares de homens fanatizados.

O clichê que estampamos acima (abaixo), é bem uma prova desse absolutismo do chefe cearense: – representa uma nota de 10.$000, corrente em Juazeiro, impunemente, apesar de provir de emissões clandestinas, feitas ali”. (Transcrito)
Fonte Blog Ct.
Foto cangaçonabahia.com
Google.com

Segunda fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira
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A MORTE DE ZÉ DE DEIA, (JOSÉ DE OLIVEIRA. EM 24-9-1947), IRMÃO DE MARIA BONITA, COMPANHEIRA DE LAMPIÃO.

Por José Sabino Basseti – pesquisador e escritor do cangaço.

A MORTE DE ZÉ DE DEIA, (JOSÉ DE OLIVEIRA. EM 24-9-1947), IRMÃO DE MARIA BONITA, COMPANHEIRA DE LAMPIÃO.

Depois da morte de Lampião, Zé de Deia, seu pai, e o irmão Isaías, brigaram com o primo Gêncio e mais dois ou três irmãos. Um desentendimento corriqueiro que acabou em tiros e facadas, Zé de Deia, foi ferido a tiro e facada, seu pai também foi ferido e seu irmão Isaías acabou morrendo. Do outro lado um irmão de Gêncio e outro primo foram mortos por Zé de Deia.

Logo depois, Zé de Deia veio para São Paulo, morava pelos lados da Vila Guarani. Certa noite, quando ele e um amigo passeavam pela Vila, passou por eles um táxi. 

Zé de Deia jogou uma ponta de cigarro dentro do veículo, o motorista voltou e, ao chegar perto dele, apontou o revólver. 

Zé de Deia abaixou e foi atingido na coluna. Foi levado para um hospital asilo e, acabou morrendo. Certamente, esse amigo era um amigo de bar, pois só soube informar o nome incorreto e que Zé era operário. Não sabia o endereço, filiação, procedência nem nada. Nota-se que, na certidão de óbito que ele foi enterrado como indigente. Claro que depois a família deve ter tomado conhecimento do fato e, tomado as providências cabíveis. 

José Sabino Basseti – pesquisador e escritor do cangaço.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta
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