Seguidores

sábado, 21 de maio de 2011

“ESPÍRITO SANTO: O DEUS DO AMOR”


Por: Kátia Regina Corrêa Santos

[5.jpg]

Um pouco sobre Kátia

Kátia é professora e reside na cidade de Bragança,
no Estado do Pará.

           Alguém que acredita no carisma da "COMUNHÃO", da comunhão de vida, e é justamente por esta razão que quero dividir a minha experiência com Espírito Santo com você.

           "Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco...

            É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós.

             Disse-vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-a todas as coisas, e vos recordará tudo o que vos tenho dito. (João 14,15-26)".

Foto Extraída do site: universaljoinville.com.br

“ESPÍRITO SANTO: O DEUS DO AMOR”

O Espírito Santo de Deus
é o Deus do Amor !!!
Ele inflama o nosso coração
do verdadeiro amor,
nos liberta do egoísmo,
nos retira do comodismo,
nos impulsiona a amar,
a fazer o bem pelo outro,
o nosso irmão.

Quando deixamos viver
em nós o Espírito Santo
podemos contemplar
em nós este mistério:
o Espírito Santo de Deus
“a Essência do Amor”
amando através de nós,
maravilhoso mistério
do amor em ação.

Um amor que surpreende
o nosso profundo egoísmo,
o nosso lado humano,
pois nos diviniza no amor
junto com o Espírito Santo:
o “Deus do Puro Amor”,
que gera em nosso coração:
 a solidariedade, a  sensibilidade,
e comunhão com o irmão.

Autora: Kátia Regina Corrêa Santos - Escrito em: 18.12.2010

PAÍSES QUE NOS VISITAM!!!

Extraído do blog: "Doce espírito Santo".








Antônio Silvino visitou Pedra Lavrada, PB.

Por Clodoaldo Melo

A pedra de hoje. Foto de Sávio Perazzo Tavares Cavalcanti


PRIMEIRA VISITA EM 1912


           Pedra Lavrada pode não ter tido o delegado mais valente do mundo, mas já teve o mais “hospitaleiro”, João Jerônimo da Costa. Tratava o cangaceiro Antônio Silvino com a maior deferência do mundo.

O cangaceiro Antonio Silvino

              Era o cicerone de “Fuzil de Ouro” nas duas vezes que ele visitou a cidade, levando-o de casa em casa e apresentando-o às pessoas mais importantes e prestando continência ao bandoleiro. Aí é o que se pode chamar de desvio de função! Aquela autoridade local era para proteger a cidade dos cangaceiros, mas convivia pacificamente com os facínoras.
             Em 1912, o casal D. Ernestina Carrilho de Oliveira, D. Doninha, e Manoel Júlio Rodrigues de Lima, ambos de Catolé do Rocha, moravam em Pedra Lavrada. Eles tinham um pequeno hotelzinho na cidade. D. Doninha era, e ainda hoje é lembrada pelos netos, como a pessoa mais ignorante, estúpida e inconsequente deste mundo de meu Deus. Nunca levou desaforo para casa. Fazer pergunta descabida ou dar palpites fora de tom ou da hora, era pedir para ouvir o diabo de D. Doninha. Era valente mesmo e não abria para um trem não.   
             Manoel Júlio, um neto, diz sobre ela: “Minha vó, Mãe Doninha, era danada. Não se sabe como se vem ao mundo daquele jeito não – e rindo termina – ou velha ruim danada!” Agora que era direita e honesta, era. Essas duas virtudes chegaram nela e pararam.
            Nessa primeira visita de Antônio Silvino à cidade, D. Doninha enviuvara e tocava o hotelinho, sozinha. Antônio Silvino chegou acompanhado do delegado João Jerônimo no estabelecimento de D. Doninha por volta das nove horas da manhã. O delegado fez a apresentação:
            - D. Doninha este é o capitão Antônio Silvino. Capitão, esta é D. Doninha, a mulher que faz o melhor arroz doce do mundo que lhe falei.
            -Silvino olhou o arroz doce e disse:
            - Vou comer do seu arroz, coloque dois pratos.
            D. Doninha colocou dois pratos cheios de arroz na mesa.
            O Cangaceiro olhou-a e ordenou:
            - D. Doninha pode começar comer o seu!
            D. Doninha perguntou:
            -O que? Comer o quê homem?
            Respondeu o bandoleiro:
            -Não ouviu bem, D. Doninha? Mandei comer do arroz.  Eu só como quando quem prepara minha comida come primeiro.
            D. Doninha lhe respondeu alto e bom som:
            - Pois não vai comer não ou coma se quiser. Eu já comi hoje de manhã e só como na hora certa e quando quero. A essa hora não como nada e não tem quem me faça comer à força!

O impasse estava criado


             Foi quando o delegado engolindo em seco balbuciou pisando macio que só cabra procurando penico cheio com o pé em noite escura:   
            -“Caaapiitão, o seeenhor esesestá diante e uma das mulheres mais direeeita da reeegião. Se ela diz que não vai comer, não comerá mesmo. Eu confiiiiiio nessssta mulheeeeer. Diga qual é o meu prato dos dois, Capitão, que comerei por ela. Esssta coomiidaa não tem veneno não!
           O Capitão Silvino trocou os pratos, deu um ao delegado e os dois homens começaram a comer.
           Comeu, gostou e elogiou o arroz doce depois disse:
           - D. Doninha a senhora tem muito dinheiro!
           D. Doninha responde-lhe:
           -Tenho. Posso não ter o valor que lhe disseram, mas tenho dinheiro.
           Silvino continuou:
           - D. Doninha a senhora tem 200 mil réis para me dar?
           E a senhora disse:
           -Tenho sim.
           Enfiou a mão num bolso de um avental e puxou uma nota
esverdeada e grande, uma nota de 200 mil réis.
           - Tome! - estendeu-lhe a mão com o dinheiro D. Doninha.
           Foi quando o cangaceiro, disse balançando a cabeça:
           - Não, não Dona eu não recebo dinheiro de criança, nem de mulher e muito menos de viúva...
           Aí foi quando D. Doninha rodou a baiana, e disse:
           - Capitão Antônio Silvino, se experimenta fumo, mulher de verdade não!
           O Capitão Antônio Silvino saiu rindo e dizendo ao delegado:
           - Tudo como você me falou. O arroz doce é o melhor do mundo e D. Doninha é a mulher mais malcriada ou valente que já conheci


A SEGUNDA VISITA EM 1913


             Na segunda visita do bandoleiro a Pedra Lavrada ele foi recebido pelo delegado João Jerônimo. O coronel Eugênio Vasconcelos, irmão de Chico Ferreira, tinha uma loja e vendia chapéus.
             Antônio Silvino parou na loja viu um chapéu marca Ramezzoni 3X (o melhor que existia, hoje, seu preço varia entre R$ 174,00 a R$ 240,00), e perguntou o preço:
             - Dez mil réis – respondeu o coronel Eugênio.
             O cangaceiro não regateou e deu uma nota de vinte mil réis para o Coronel. Este conheceu a nota falsa e disse acompanhado de gestos de toda gentileza:
             - Ora, Capitão Antônio Silvino, o senhor acha que eu vou cobrar um chapéu a você. Ora, ora...
             O bandoleiro agradeceu o presente (era educado) e, além de levar o chapéu passando a nota falsa, ainda queria mais dez mil réis de quebra. Mas, com o Coronel Eugênio não conseguiu tal proeza.
             À noite o delegado João Jerônimo fez um baile para os facínoras dançarem. A cidade transformou-se numa festa. A sanfona roncava, o xaxado comia no centro e os bandidos bebiam e dançavam. Às quatro horas da manhã Antônio Silvino chamou o delegado e disse:
              - João, eu vou indo e estou sentindo cheiro de macacos (soldados) por perto, mas me dê um recado a eles. Diga ao Comandante da Volante que não vão atrás de mim não que eu estou cansado, pois dancei à noite toda e um homem cansado não corre, briga! Disse isso e saiu logo.          
              Depressa como os cangaceiros chegaram depressa se foram. Na hora de partir não faziam rodas para não atraírem disparos em cima deles e nem se despediam. Eram como ciganos num instante arribavam, era como serpentes escorregavam e sumiam. De repente nenhum cangaceiro no meio do povo.
             Mais ou menos às sete horas da mesma manhã, a volante comandada pelo tenente Joaquim Henrique e auxiliado pelo cabo Piaba chegaram a Pedra Lavrada. O tenente Joaquim Henrique ainda sentiu nas ventas o cheiro de perfume dos cangaceiros (eles andavam muito perfumados) e mandou localizar depressa o delegado.
              O delegado João Jerônimo às pressas ainda ajeitando o cinturão e o chapéu, disse que o bando de Antônio Silvino esteve ali sim, e tinha deixado um recado. E deu o recado sem tirar nem por, sem engordar, sem emagrecer, nem esticar e nem encolher, ele deixou dito para eu dizer a vocês:
             - João, eu vou indo... etc.
             O delegado João Jerônimo era bom de recado, pois só acrescentou o seguinte:
             - Eles saíram para o lado de Parelhas.


AS SERPENTES E A SUSSUARANA


             O tenente Joaquim Henrique bradou:
             - Atenção, os bandidos estão por perto, estão de cavar com a unha. Vamos pegar esses filhos das putas e de mão... - Sigam-me!
             E saíram em marcha acelerada pelo caminho que levava qualquer um que fosse muito disposto à Parelhas no rio Grande do Norte. O caminho era estreito, tortuoso, acidentado, cheios de pedra, com pedras gigantes que surgiam para fechar o caminho ou deixá-lo quase despencando nas escarpas dos riachos que só tinham águas no inverno.
            A cerca de seis quilômetros do então povoado de Pedra Lavrada fica a Fazenda Maxinaré, do Coronel Graciliano Fontini Lordão. Casa grande edificada no sentido Sul-Norte, com duas portas nas laterais da frente e uma janela no meio e alpendrada; a casa ficava de fronte para o povoado, mas não o avistando por conta das serras entre ela e a cidade. O terreno é muito acidentado.
            O cansaço dos cangaceiros era tanto que só aguentaram chegar até em Maxinaré. O Coronel providenciou logo a matança de um carneiro, galinhas, capões e peru. Mas Antônio Silvino e seus cabras, não ficaram na sede da fazenda. Preferiram ficar mais adiante onde depois de se atravessar um riacho, segue-se pela trilha aberta com o lado esquerdo da vereda, sendo uma escarpa de até trinta metros de despenhadeiro e, o direito, uma elevação de mais de 10 metros de altura sem nenhuma pedra capaz de esconder um homem.
            Ao começar descer a vereda em busca do riacho que dobra à direita, têm-se uns blocos de pedras mais ou menos da altura de um homem dispostos na forma de dominós postos de lado e distantes dos outros em distâncias variadas. Homens, as pedras assim dispostas são trincheiras naturais, colocadas ali pela natureza! Os cabras do Capitão Antônio Silvino dormiam atrás delas como se fossem serpentes prontas para o bote e injetar o veneno mortífero da mais terrível delas. Vir na vereda em buscas daquelas trincheiras rochosas era como ir entrando num funil: de um lado o despenhadeiro, do outro, a subida íngreme; em frente, o encontro com a morte!
           A polícia ia de marcha batida. O rastejador na frente comia a distância entre eles e os cangaceiros. Assim passaram no terreiro da casa grande da Fazenda Maxinaré. A ânsia de pegar os cangaceiros era tanta que nem sentiram o cheiro das carnes nas panelas. Nunca tinha pegado tanta moleza - talvez pensasse consigo o rastejador - pois os rastros eram fresquinhos, os galhos quebrados ainda soltavam o aroma característico de sua planta, as pedrinhas deslocadas pelo solado de couro dos bandidos, o horário era bom porque ainda era de manhã e, como estavam tão perto deles, a noite não os cobririam antes que eles pusessem as armas em cima daquele bando de malfeitores. O Capitão Joaquim Henrique experiente já tinha pegado o coice da tropa. Seus homens estavam com ânimos e o combate estava próximo.

Antonio Silvino

           Quem sabe, se ao começar descer o riacho depois daquelas pedras postas como se fossem dominós, não descem com a vista no bando de criminosos que fugia entre pedras, feitos cabritos saltadores, pulando sobre e entre elas, com medo da onça suçuarana. Ele, Capitão Joaquim Henrique, era a verdadeira onça suçuarana!


O COMBATE DA FAZENDA MAXINARÉ


          O vigia que tinha ficado entre a casa grande da Fazenda e as trincheiras de pedras onde repousavam os bandidos, ao ver a volante, saiu em disparada e avisou a Antônio Silvino. O Capitão que ficava fora do grupo mandou o portador da má notícia avisar a todos: - Eu mandei avisar ao macaco-chefe que não viesse atrás da gente. Se veio, o diabo vai se soltar. Não quero ninguém nem pensando em fugir. O sangue vai dar no meio da canela. Querem briga e vão ter! O Cabra escorregou do esconderijo do Chefe e deu a notícia aos demais cabras. Eram cerca de 20 homens que há dias não brigavam. Estavam com a brigada toda dentro e muitos ressacados da cachaça da noite anterior. Todos se prepararam.
           Os cangaceiros começaram a ouvir as tropeladas da tropa. Pássaros emudeceram, o vento parou. As primeiras cabeças da volante surgiram na ladeira que antecede ao funil descrito antes, que era a chegada nas pedras em forma de pedaços de muralhas. Vinham quase num trote, arma em punho, vontade de brigar. A vereda estreita deixava os soldados em fila indiana e caminhavam perto demais um do outro. Era quase um tirando o pé e o outro botando no mesmo lugar.
           Os primeiros homens chegaram a quase 10 metros dos primeiros paredões de pedras quando ouviram o grito do Capitão Antônio Silvino:
            - Fogo na macacada! O final de seu comando foi abafado pelo som dos disparos em cima dos soldados. Nem bem terminou os primeiros tiros já vários soldados rolando pelo chão: uns feridos outros tentando escapar da carga mortífera cuspida pelas armas dos cabras de Silvino
              Nesse tiroteio os impropérios gritados eram só dos cangaceiros.
             Os soldados não tiveram tempo de esculhambar as mães e irmãs de cangaceiros como era comum nos combates. Mas, ouviram as risadas, os gritos de deboche e de provocações dos cabras: - Tomem macacada filha de aumenta roxa! Vamos matar todos e se amancebar com as quengas mães de vocês! Ainda hoje dormirei com sua irmã mais nova, macaco filho de uma égua! A tropa só tinha tendência para tentar correr, se livrar das balas inimigas, da carga mortal.
             Os tiros dos cangaceiros se repetiam e quase à queima roupa. Em minutos eram soldados feridos, caídos, fora de combate; tinha também soldados feridos sem ser de tiros, mas da tentativa de fuga e acabaram caindo no barranco com pernas e braços quebrados.
             Era dia, quase meio dia, e foi por isso, talvez, que o local não escureceu de tanta fumaça de tiros. Cascas de paus voavam nos resvalar das balas. Além dos gemidos dos soldados ouvia-se o grito longe do Comandante da Volante, Joaquim Henrique:
              - Recuar, recuar, recuar......recuar!


A SAÍDA DE ANTÔNIO SILVINO E O SALDO DA VOLANTE

             Pelo estrago da soldadesca e a condição de vencedor do cangaceiro Antônio Silvino, vê-se que ele não era um facínora sanguinolento. Qualquer cangaceiro, exceto Jesuíno Brilhante, teria caído de assalto sobre a tropa destroçada e ferida e sangrado muito militar. Antônio Silvino preferiu sair escorregando entre as pedras e sumindo em busca de Parelhas. Os cangaceiros não tiveram uma baixa e nem pequenos ferimentos. O prejuízo maior foi não terem se saciado no almoço da Fazenda Maxinaré.
             Já a volante perdeu um homem no local e um gravemente ferido que morreu a caminho de Soledade carregado pelos companheiros em uma rede. O cortejo triste que saiu de Pedra Lavrada em busca de Soledade era desalentador. Os mais feridos em redes; os menos, à cavalo e, os que podiam andar, à pé.
             E o pior de tudo, eram os gemidos dos doentes abaixando ainda mais o moral da tropa destroçada.
             Silvino saiu danado. Passou na Fazenda Retiro, de Zé Gato. Aproximou-se sorrateiramente. O dono da Fazenda estava dentro de casa e escorado numa das janelas, de costas e escorado nos cotovelos e virado para dentro de casa com quem conversava com alguns familiares. Antônio Silvino ao chegar perto da janela, bateu com rifle com força nas pedras do alpendre. O rifle disparou. Seu Zé Gato deu um pulo com o tiro e já caiu de frente para o cangaceiro.
           Silvino impaciente e a ainda movido pela adrenalina do combate, perguntou:
           - Teve medo, Zé Gato?
           - Não – respondeu Zé Gato
           - Eu tive um susto!
          Silvino o encarou, e disse:
          - Zé Gato, hoje estou com o diabo no couro. Matei um bocado de macacos agora, agorinha mesmo. Quero tomar um café amargo. Mande preparar comida e devagar que aquela macacada não vem atrás de mim não. O estrago que fiz na tropa foi grande!
           Completou Zé Gato:
           - Eu escutei os tiros, Capitão. Num se avexe que vai ter café quente e comida pra todo mundo.
           Depois, Silvino alimentado, subiu o Seridó.

 
DEPOIMENTOS


            Manoel Júlio foi quem me falou sobre as visitas de Antônio Silvino e o local do combate. “Na década de sessenta cheguei a visitar o local e cheguei a ver várias árvores, como juremas, pereiro e craubeiras com ferimentos das balas do combate. Manoel Gomes Calisto de Macedo, Manoel Belo, proprietário da Fazenda Maxinaré, nos disse que as árvores feridas no tiroteio entre bandidos e policiais morreram todas. Ficou uma craubeira gigante já na beira do rio, perto do Poço da Menina que a cheia de 1981, que arrombou dozes açudes no mesmo rio, carregou-a.
           O professor Graciliano, neto do professor e coronel Graciliano Fontini Lordão, disse-nos: - De vez em quando achamos cascas de balas quando estamos arrancando macambira para dar ao gado. E acrescentou mais: - Ano passado, encontramos a última e um visitante de Natal, numa hora em que só estava mãe em casa, pediu e ela a deu ao visitante como souvenir.”

Extraído do blog: "Lampião Aceso", do amigo Kiko Monteiro