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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

CANGAÇO ETERNO

 Por Helton Araújo

Uns estão pelo hype, eu estou pela história, não dedico horas e dias da minha vida por esse tema atoa. Criei as mídias CANGAÇO ETERNO, não para valorizar crimes cometidos por cangaceiros ou volantes, criei essa marca para preservar e propagar a história de um povo que por muitos anos e por incrível que pareça em alguns locais até hoje são esquecidos.

Não romantizo o CANGAÇO, não acho Lampião herói, nem tão pouco coloco volantes em pedestais, estudo incansavelmente para entender e difundir o contexto histórico da época. Não irei me calar ou me intimidar por ataques de qualquer esfera que seja!

Meu compromisso não é com política, não é com fanáticos por A ou B, seja nos dias atuais ou na época do cangaço. Meu compromisso é única e exclusivamente com a história. Não irei permitir, mesmo diante da minha pouca relevância no cenário nacional, que essa história seja passada para gerações futuras com romantização ou inverdades.

Em respeito a grandes pesquisadores que já se foram como: Dr. Amaury, Alcino Alves, Sabino Basseti, Dr. Napoleão Tavares, Paulo Gastão, entre outros tantos que dedicaram suas vidas a esse tema. Continuarei com imparcialidade e respeito propagando essa história.

E o nome é CANGAÇO ETERNO para que jamais o sofrimento daquela gente seja esquecido e não para eternizar ou idolatrar QUALQUER UM que tenha cometido os crimes.

Me chamo Helton Silva de Araújo, nascido em Barueri, São Paulo, com muito orgulho, filho de pais pernambucanos. Residente atualmente em Pernambuco e com mais orgulho ainda de nas minhas veias correrem o sangue quente e destemido do Nordeste. Não vai ser uma certidão de nascimento ou uma divisão territorial que vai me tornar menos apaixonado pela história dessa terra que tanto amo.

Finalizo dizendo que meu canal no YouTube só tem 2 anos e 10 meses, e se conquistei 68 mil inscritos nesse pequeno período de tempo não foi por acaso. Se hoje tenho o respeito dos amigos pesquisadores sérios do tema, também não foi à toa.

Eu e meus companheiros de pesquisa que de fato levam esse estudo a sério, seguiremos até o fim com esse compromisso e você que também pensa assim é nosso convidado a fazer parte desse time.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=327640539746321&set=gm.841027604351396&idorvanity=414354543685373

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POR ONDE ANDA O DR. IVANILDO ALVES DA SILVEIRA?

 Por José Mendes Pereira

Por onde anda o pesquisador e colecionador do cangaço o Dr. Ivanildo Alves da Silveira, que nunca mais o vi nas páginas da internet?

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

EM SOLO BAIANO LAMPIÃO EM RIBEIRA DO POMBAL

   Por José Mendes Pereira

Sobre esta imagem acima dos cangaceiros, o pesquisador do cangaço Ivanildo Régis afirma que o Dr. Ivanildo Alves da Silveira, pesquisador e colecionador do cangaço por muitos anos, faz a seguinte observação: 

Pesquisador e colecionador do cangaço Ivanildo Alves da Silveira

“Embora a identificação dos cangaceiros da foto acima seja um tanto polêmica, consultando especialistas, é quase unânime que a legenda que mais se aproxima da realidade, é a seguinte: Lampião, Ezequiel, Virgínio, Luiz Pedro, Mariano, Corisco, Mergulhão e Alvoredo".

 Um pouco da biografia deles:

1 - Virgulino Ferreira da Silva “o Lampião”, ou ainda o patenteado “capitão” Lampião. Ele nasceu no dia 04 de junho de 1898, em Vila Bela, nos dias de hoje, Serra Talhada, no Estado de Pernambuco. Era filho do sofrido casal fazendeiro José Ferreira da Silva ou dos Santos, e Maria Sulena da Purificação, ou ainda dona Maria Lopes. Se quiser saber mais sobre Virgolino Ferreira da Silva o capitão Lampião clique neste link abaixo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lampi%C3%A3o_(cangaceiro)

José Ferreira da Silva e dona Maria Lopes pais de Lampião

Depois de quase vinte anos como chefe de cangaceiros, totalmente plantado na caatinga do nordeste brasileiro, Virgolino Ferreira da Silva o afamado e sanguinário capitão Lampião, foi abatido juntamente com Maria Gomes de Oliveira a sua amada rainha "Maria Bonita" e mais nove cangaceiros na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, no Estado de Sergipe.

Maria Bonita

O ataque ao grupo de facínoras foi preparado pelo o tenente João Bezerra da Silva, para que fossem eliminados todos os cangaceiros que estavam presentes na Grota do Angico. 

Tenente João Bezerra da Silva o matador de Lampião

Mas nem todos facínoras foram abatidos, com certeza, o planejamento dos perseguidores aos cangaceiros não foi perfeito, deixando terreno sem cobertura, e assim, fugiu uma boa parte dos perseguidos. 

Se você quiser saber mais um pouco sobre o tenente João Bezerra da Silva é só clicar neste link: - https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Bezerra_da_Silva

Cabeças dos cangaceiros abatidos na Grota do Angico.

Todos estes cangaceiros que aparecem na foto acima foram abatidos na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, lá no Estado de Sergipe. O grupo era dominado pelo maior líder e comandante de cangaceiros o capitão Lampião.

2 - Ezequiel Ferreira da Silva o Ponto Fino (irmão do capitão Lampião). Nasceu também em Vila Bela, no ano de 1908, no Estado de Pernambuco. Foi abatido no dia 23 de abril de 1931 – no tiroteio da Fazenda Touro, povoado Baixa do Boi, no Estado da Bahia, ponto conhecido como Lagoa do Mel. 

Conheça mais um pouco sobre o irmão de Lampião (Ezequiel Ferreira) clicando neste link. - http://meneleu.blogspot.com/2017/10/lampiao-ressurreicao-de-ezequiel.html

3 - Virgínio Fortunato da Silva, o "Moderno" era ex-cunhado de Lampião. Teria sido esposo da Angélica Ferreira da Silva. Virgínio nasceu em 1903 e faleceu em 1936, aos 33 anos de idade. O casamento durou pouco. Casaram em 1926 e três meses depois Angélica Ferreira da Silva faleceu.

Angélica é a nº 14

Segundo o escritor e pesquisador do cangaço de nome Franklin Jorge, há suspeita, não comprovada ainda, que o cangaceiro Virgínio era da cidade de Alexandria, no Estado do Rio Grande do Norte. 

Durvalina e Moreno no período do cangaço e após.

Virgínio Fortunato da Silva no cangaço era companheiro de Durvalina, que com a sua morte, ela amasiou-se com Moreno. Durvalina faleceu no dia 30 de junho de 2008. Moreno faleceu no dia 06 de setembro de 2010.  

Quer saber mais um pouco sobre este cangaceiro de Lampião, é só clicar neste link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Virg%C3%ADnio_Fortunato_da_Silva  

Neném do Ouro e Luiz Pedro.

4 - Luiz Pedro do Retiro companheiro de Neném do Ouro. Ele foi abatido juntamente com Lampião, Maria Bonita e mais oito cangaceiros, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota de Angico, no Estado de Sergipe. Dizem que quem o assassinou foi o policial Mané Véio. 

Cangaceiro Vila Nova ladeado pelas autoridades policiais.

Mas eu, sendo apenas estudante do cangaço, e mesmo assim, sem muita segurança no que digo, acho que o volante Mané Véio, cujo, o respeito muito como grande combatente lá na Grota do Angico,  mas não consigo acreditar que foi ele quem abateu o cangaceiro Luiz Pedro. Vejam o que disseram os cangaceiros Vila Nova e Balão, quando foram entrevistados por jornalistas:

No dia 14 de novembro de 1938, Iziano Ferreira Lima, o afamado cangaceiro VILA NOVA, afirmou ao “Jornal A Noite”, que estava na Grota de Angico no momento do ataque das volantes ao grupo de Lampião, na madrugada de 28 de julho de 1938.

 Vejam o que ele fala:

“ – Escapei pela misericórdia de Deus, afirma. Vi quando o CHEFE (o chefe que ele se refere é Lampião) caiu se estrebuchando pelas forças do tenente Ferreira. Meu padrinho Luiz Pedro caiu ferido nos meus pés. Pediu que o matasse logo. O que fiz, foi apanhar (o seu mosquetão), e fugir para as bandas do riacho, onde o fogo era menor. Depois da fuga, fui me esconder na Fazenda Cuiabá, onde me encontrei com ZÉ SERENO, e outros que puderam fugir do cerco. Ali soubemos que junto com o capitão, tinha morrido mais 11 cabras, inclusive D. Maria Bonita”. 

O cangaceiro Balão - fonte pesquisada - http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2009/08/cangaceiro-balao-sensacional-entrevista.html

Já o cangaceiro Balão, afirmou à “Revista Realidade”, em novembro de 1973, sobre Luiz Pedro o seguinte:

Balão - Luís Pedro ainda gritou: "Vamos pegar o dinheiro e o ouro na barraca de Lampião". Não conseguiu, caiu atingido por uma rajada. Corri até ele, peguei seu mosquetão e, com Zé Sereno, consegui furar o cerco. Tive a impressão de que a metralhadora enguiçou no momento exato. Para mim, foi Deus.

As duas entrevistas destes dois cangaceiros cedidas ao Jornal A Noite e à Revista Realidade ficam meio confusas, que cabe aqui esta pergunta? 

O cangaceiro Luís Pedro carregava dois mosquetões, no momento em que tentava fugir do cerco policial?

O cangaceiro Vila Nova disse que pegou o mosquetão do Luís Pedro, e deu no pé. O Balão também afirma a mesma coisa.

As duas afirmativas deles, deixam a gente novamente confuso, sobre a morte do cangaceiro Luís Pedro. Por quê? 

Volante Mané Véio. - 

O volante Mané Veio disse aos pesquisadores e repórteres que foi ele quem assassinou o cangaceiro Luís Pedro, e pelo que ele diz, levou um bom tempo para matá-lo, saiu perseguindo, perseguindo entre pedras e pedras, e ele tentando salvar a sua vida, mas finalmente o assassinou.

Sobre a morte do cangaceiro Luís Pedro você poderá ler em ”Lampião Além da Versão Mentiras e Mistério de Angico”, escrito por Alcino Alves Costa.

Conheça mais um pouco sobre a vida do cangaceiro Luiz Pedro clicando neste link:
http://cariricangaco.blogspot.com/2011/12/um-pouco-mais-de-luis-pedro-poralfredo.html

5 - Mariano Laurindo Granja, companheiro da cangaceira Rosinha.  Entrou para o cangaço em 1924. Foi um dos poucos que em agosto de 1928, cruzou o Rio São Francisco, em companhia do seu comandante Lampião, em direção à Bahia. Foi morto no dia 10 de outubro de 1936. Ele era um amigo do capitão Lampião do tempo da velha guarda.

Se quiser saber mais um pouco sobre o cangaceiro Mariano Laurindo Granja, é só clicar nos links abaixo: 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2017/04/morte-do-cangaceiro-mariano.html

https://www.geni.com/people/Mariano-Laurindo-Granja/6000000176915312850

Escritor Alcino Alves Costa

Segundo Alcino Alves Costa, em seu livro: (Lampião Além da Versão – Mentiras e Mistérios de Angico), o ataque foi entre os municípios de Porto da Folha e Garuru, região conhecida como o Cangaleixo. 

Juliana Pereira e Alcino Alves Costa

A pesquisadora do cangaço Juliana Pereira, afirma que Rosinha do cangaceiro Mariano, foi morta a mando do capitão Lampião, por não ter obedecido o dia certo do seu retorno ao coito. 

As irmãs Rosinha e Adelaide.

Quando Mariano foi abatido, Rosinha pediu uma espécie de férias do cangaço. Com muita luta, o capitão Lampião aceitou a sua solicitação, mas numa condição. Teria que voltar da sua casa para o coito o mais rápido possível. Mas infelizmente, a Rosinha estava gostando das suas férias (uma espécie de férias), não obedeceu a ordem do capitão, e assim, como prêmio de sua desobediência, ganhou a morte.

Era filha de Lé Soares e irmã de Adelaide, esta última, sendo companheira de Criança. Ambas eram parentas próximas da cangaceira Áurea, companheira de Mané Moreno.  Sendo Áurea filha de Antonio Nicácio, que era primo/irmão de Lé Soares.

Se você quiser saber mais um pouco sobre a cangaceira Rosinha basta clicar no link abaixo: http://blogdoinhare.blogspot.com/2019/10/a-cangaceiracangaceira-rosinha.html

Corisco.

6 - Cristino Gomes da Silva Cleto -  o Corisco, ou ainda o Diabo Loiro, lá de Água Branca, no Estado de Alagoas, que era companheiro da cangaceira Dadá. Ele foi abatido no dia 25 de maio de 1940, pelo tenente Zé Rufino, na fazenda Cavaco, em Brotas de Macaúbas, no Estado da Bahia. Com a sua morte, o cangaço foi enterrado juntamente com ele, porque ele era o último cangaceiro que ainda tentava permanecer fazendo as suas maldades contra os sertanejos e fazendeiros.

Se você quiser saber mais sobre o cangaceiro Corisco é só clicar neste link abaixo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Corisco#:~:text=Cristino%20Gomes%20da%20Silva%20Cleto%2C%20mais%20conhecido%20como%20Corisco%20(%C3%81gua,era%20conhecido%20como%20Diabo%20Louro.

Dadá após cangaço

Sérgia Ribeiro da Silva, mais conhecida como Dadá, companheira de Corisco, foi ferida no combate e presa pela volante do tenente Zé Rufino. Ela nasceu em Belém do São Francisco, onde viveu seus primeiros anos de vida, e teve algum contato com índios. A família muda-se para Macururé, Bahia onde, aos doze anos, é raptada por Corisco. Ele faleceu no dia 25 de maio de 1940 e ela faleceu em Salvador no dia 7 de fevereiro do ano de 1994. Com a morte do cangaceiro Corisco, finalmente o cangaço foi enterrado juntamente com ele.

Se você quiser saber mais sobre a cangaceira Dadá é só clicar no link abaixo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dad%C3%A1_(cangaceira)#:~:text=S%C3%A9rgia%20Ribeiro%20da%20Silva%20mais,fuzil%20no%20bando%20de%20Lampi%C3%A3o.

O Mergulhão I quando posou para Alcides Fraga, em 17/12/ 1928, em Ribeira do Pombal/BA. Acervo Lampião Aceso. 

7 –  Em 7 de Janeiro de 1929, travou-se o combate de Abóbora, povoado de Juazeiro, BA, morrendo o cangaceiro Mergulhão (I), cujo nome real era Antônio Juvenal da Silva, mas que aparece citado também, na literatura sobre o cangaço como Antônio Rosa. (Não tenho maiores informações sobre este cangaceiro).

Informação: O cangaceiro Mergulhão (II) que não houve outro Mergulhão depois dele, morreu quando aconteceu o ataque aos cangaceiros na Grota do Angico, na madrugada de 28 de julho de 1938, em terras de Porto da Folha, atualmente Poço Redondo, no Estado de Sergipe. 

8 - Hortêncio Gomes da Silva o Arvoredo. – Desligou-se do bando no momento do ataque à Jaguarari, no Estado da Bahia. Fez dois meninos como reféns. Mas eles conseguiram o dominar, desarmando-o. Em seguida mataram-no a facadas. Achando que o serviço ainda não tinha sido concluído, degolaram-no e cortaram as suas mãos. Após o trabalho concluído acionaram a polícia. (Não tenho maiores informações sobre este cangaceiro).

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